Dramática evidência que apoia a Igreja Primitiva.Perseguição aos cristãos começou com o próprio Jesus. Fizeram-Lhe a seguinte pergunta durante o seu julgamento: "És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?" Jesus não deixou espaço para a ambiguidade - Suas duas primeiras palavras foram: "Eu sou". A elite religiosa em Jerusalém sabia o que Jesus estava dizendo - era muito claro para eles que Ele estava afirmando ser Deus. Como tal, Jesus foi condenado à morte em uma cruz romana pelo crime de blasfêmia, tornando-se assim o primeiro mártir para o que viria a ser a igreja Cristã.
Perseguição aos Cristãos: Muitos dos primeiros discípulos morreram pela sua fé
Perseguição aos cristãos foi uma parte dramática da história da igreja primitiva. A pessoa que defende que a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo foram uma farsa conspirada por um grupo de discípulos deve estudar o legado do martírio. Onze dos 12 apóstolos, e muitos dos outros discípulos primitivos, morreram por sua adesão a esta história. Isto é dramático, visto que todos eles testemunharam os alegados fatos de Jesus e ainda enfrentaram a morte defendendo a sua fé. Por que isso é dramático, quando muitos ao longo da história têm sofrido o martírio por causa de sua crença religiosa? Porque as pessoas não morrem por uma mentira. Olhe para a natureza humana ao longo da história. Nenhuma conspiração pode ser mantida quando a vida ou a liberdade estão em jogo. Morrer pelo que se acredita é uma coisa, mas inúmeras testemunhas oculares morrendo por uma mentira conhecida é outra coisa completamente diferente.
Perseguição aos Cristãos: Uma lista dos primeiros mártires que foram testemunhas da vida de Jesus
Aqui está uma narrativa da perseguição aos Cristãos primitivos. Essa lista foi compilada de várias fontes fora da Bíblia, a mais famosa das quais é a obra de John Fox, intitulada O Livro dos Mártires:
Cerca de 34 AD, um ano depois da crucificação de Jesus, Estêvão foi expulso da cidade de Jerusalém e apedrejado até a morte. Cerca de 2.000 cristãos sofreram o martírio durante este tempo. Mais ou menos 10 anos depois, Tiago, filho de Zebedeu e irmão mais velho de João, foi morto quando Herodes Agripa chegou como governador da Judeia. Agrippa detestava os judeus, e muitos discípulos da antiguidade foram martirizados sob o seu regime, inclusive Timão e Pármenas. Filipe, um discípulo de Betsaida, na Galileia, sofreu o martírio em Heliópolis, na Frígia. Ele foi açoitado, lançado na prisão e depois crucificado. Cerca de seis anos depois, Mateus, o cobrador de impostos de Nazaré que escreveu um evangelho em hebraico, estava pregando na Etiópia quando sofreu o martírio pela espada. Tiago, irmão de Jesus, administrou a igreja primitiva em Jerusalém e foi o autor de um livro da Bíblia com o seu nome. Na idade de 94, ele foi espancado e apedrejado, até que finalmente teve seu cérebro esmagado com um porrete.
Matias foi o apóstolo que substituiu Judas Iscariotes. Ele foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado. André, irmão de Pedro, pregou o evangelho por toda a Ásia. Em sua chegada a Edessa, foi preso e crucificado em uma cruz, duas extremidades da qual foram fixadas transversalmente no chão (daí o termo, Cruz de Santo André). Marcos converteu-se ao Cristianismo por influência de Pedro, e depois transcreveu no seu Evangelho a narrativa de Pedro sobre Jesus. Marcos foi arrastado aos pedaços pelo povo de Alexandria, na frente de Serapis, seu ídolo pagão. Aparenta ser o caso que Pedro foi condenado à morte e crucificado em Roma. Jerônimo afirma que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, a seu pedido, porque ele disse que era indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor. Paulo sofreu a primeira perseguição sob Nero. A fé de Paulo era tão forte mesmo à face do martírio, que as autoridades o levaram a um lugar privado fora da cidade para executá-lo com a espada. Em cerca de 72 AD, Judas, o irmão de Tiago comumente conhecido como Tadeu, foi crucificado em Edessa. Bartolomeu pregou em vários países e traduziu o Evangelho de Mateus na Índia. Ele foi cruelmente espancado e crucificado pelos idólatras de lá. Tomé, chamado de o Dídimo, pregou na Pártia e na Índia. Ele foi morto por sacerdotes pagãos com uma lança que atravessou o seu corpo. Lucas foi o autor do Evangelho em seu nome. Ele viajou com Paulo através de diversos países e foi supostamente enforcado em uma oliveira pelos sacerdotes idólatras da Grécia. Barnabé, de Chipre, foi morto sem muitos fatos conhecidos em 73 AD. Simão, de sobrenome Zelote, pregou na África e na Grã-Bretanha, onde foi crucificado em cerca de 74 dC. João, o "discípulo amado", era o irmão de Tiago. De Éfeso, ele foi levado à Roma, onde afirma-se que ele foi jogado em um caldeirão fervente. Ele escapou por um milagre, sem ferimentos. Depois disso, Domiciano o exilou à ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Ele foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta.
Perseguição aos Cristãos: A Igreja cresceu drasticamente apesar das mortes horríveis
A perseguição aos Cristãos não retardou o crescimento da fé cristã durante os primeiros séculos depois de Cristo. Mesmo com seus primeiros líderes sofrendo mortes horríveis, o Cristianismo floresceu em todo o Império Romano. Como pode este registro histórico de martírio ser visto como algo diferente do que a evidência dramática da verdade absoluta da fé Cristã - uma fé que não se iguala a qualquer outra, fundada sobre eventos históricos e narrativas de testemunhas oculares.
icthus peixe
ichusteama
A História de Icthus
Este sinal foi usado como uma forma secreta de comunicação entre os cristãos do início da Igreja dentro das catacumbas romanas. Eles entalhavam este sinal nas paredes para que se identificassem com outros cristãos.
É uma palavra grega que significa "peixe" (daí o uso do desenho) e que formava um acróstico:
Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador
Você vê-los na parte traseira dos automóveis em todo lugar.Ocasionalmente, você vê-los usado em colares ou pulseiras. Eu mesmo vi-los como chaveiros e bonés. Mesmo os evolucionistas exibir este símbolo com o nome "Darwin" apropriadamente inscrito em cima dele. Eu mesmo vi esses símbolos misteriosos com uma pontuda, pequenas e nadadeira dorsal saliente em cima de um destes, assemelhando-se um tubarão.
O "ichthus", quando exibido corretamente deve ser semelhante a qualquer uma das quatro figuras apresentadas a seguir:
Exatamente o que faz o Ichthus significa?
Ichthus (IKH-thoos) ou ichthys é a palavra grega que significa simplesmente "peixe".
A ortografia é grego para ichthus - Iota, Chi Theta, Upsilon, e Sigma. A tradução para Inglês é IXOYE. As cinco letras gregas representam as palavras que significam "Jesus Cristo, Filho de Deus, Salvador". A versão grega é, "Iesous Christos, Theou Uios, Soter ".
Este símbolo foi utilizado principalmente entre os cristãos da igreja primitiva anos (e segundo século 1 dC) O símbolo foi introduzido a partir de Alexandria, Egito, que, na época, era um porto muito populosas. Era o porto em que muitos bens foram trazidos do continente europeu. Devido a isso, foi utilizado pela primeira vez pelos povos do mar como um símbolo de uma divindade familiar, neste caso, Jesus Cristo.
O símbolo foi usado mais tarde como um meio de identificar ou reconhecer um irmão em Cristo, sem necessidade de qualquer comunicação verbais sendo trocados. Por que isso foi necessário?
Durante o reinado do imperador Nero (54 dC-68 dC), e durante todo o reinado de maldade subseqüentes imperadores do Império Romano, os cristãos eram comumente perseguidos, torturados e condenados à morte por causa de sua fé em Cristo Jesus. Imperador Nero se pessoalmente desprezava os cristãos. Ele culpou-os para o grande incêndio de 64 dC, que queimou cerca de metade de Roma. Foi durante as perseguições do Nero que ambos Pedro e Paulo são pensados para ter morrido.
Espalhados por todo o império, os soldados romanos estavam estacionados em toda parte para manter a ordem e agir como polícia. Isto incluiu mantendo um olhar atento sobre os acontecimentos da vida quotidiana das pessoas. Muitas vezes, quando um soldado avistou um cristão, ele iria relatar a seus superiores que, por sua vez, ser condenada a prisão do cristão e ser levado para interrogatório. O cristão, então, ser perseguidos e torturados para que eles a retratar-se e submeter-se a muitas religiões politeístas de Roma. Na maioria dos casos a morte seria o fim final.
Gregory B. Dill
Creio que só Jesus Salva
Sou um cristão fundamentalista, amo o Senhor e a Igreja,
creio na sua palavra, sou um anti-comunista. não gosto de religião, muito menos da Teologia da Libertação, da Prosperidade e dos teólogos liberais e hereges (uma redundância).
creio na sua palavra, sou um anti-comunista. não gosto de religião, muito menos da Teologia da Libertação, da Prosperidade e dos teólogos liberais e hereges (uma redundância).
Quem sou eu
- Luiz Ernani P.Faria
- Inteligente,Talentoso, lutador sei muito bem o que quero.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Dons Espirituais.
Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).
É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).
Os Dons EspirituaisEm 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (Jo 6.2).
Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:
Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado.Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3).
A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31).
A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3).
O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).
Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos:
Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas… dos anjos” (13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16).O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20).
Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6).
Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).
Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).
As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).
É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).
Os Dons EspirituaisEm 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).
Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc 17.6).
Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).
Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (Jo 6.2).
Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:
Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado.Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3).
A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31).
A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3).
O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).
Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos:
Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas… dos anjos” (13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16).O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20).
Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6).
Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).
Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).
segunda-feira, 31 de maio de 2010
QUEM É JESUS?
JESUS É O FILHO DE DEUS
A confissão de Pedro: Mt. 16:15,16 – Pedro declara que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.
Cristo significa: ungido, consagrado, separado, enviado, escolhido.
- Jesus declara que Ele é o filho de Deus: Jo. 10.36
- Deus declara que Jesus é o Seu filho: Mt: 3:17
- Os demônios declaram que Jesus é o filho de Deus: Mt: 8:28,29;
Lc: 4:41
- Os discípulos declaram que Jesus é o filho de Deus: Mt. 14:33
- O Anjo Gabriel declara que Jesus é o filho de Deus: Lc. 1:31-33
JESUS É O NOSSO SALVADOR - Lc. 2:11; At. 13:23; Tt. 2:13,14
Sabemos que Jesus é o nosso Salvador, que levou sobre Ele os nossos pecados, os nossas iniquidades, as nossas transgressões. Is. 53: 4-6
Nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados, separados de Deus, condenados a morte eterna, mas o Senhor na cruz derramou o seu sangue e nos redimiu, lavou, limpou, purificou, justificou, cancelando todo o escrito de dívida que havia contra nós, de maneira que agora temos acesso à presença de Deus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne(Hb. 10:19,20).
JESUS É O NOSSO LIBERTADOR - LC. 4:18,19; Jo. 8:36; Ap. 1:5b, 6
Nós estávamos presos, cativos pelos grilhões(a força, o poder, o domínio do pecado ), mas o Senhor Jesus rompeu os grilhões e nos libertou do poder e do domínio do pecado sobre nós. O pecado não tem mais domínio sobre nós. SOMOS LIVRES!
JESUS É MISERICORDIOSO - Hb. 2:17
“Misericordioso é aquele que se compadece da miséria alheia”.
O Senhor se compadeceu da nossa miséria. Rm. 3:10-18
O SENHOR É A NOSSA PAZ - Ef. 2:13,14a
Ter paz é estar de debaixo de cobertura, submisso à autoridade; e estar debaixo de autoridade significa estar protegido, guardado, estar em lugar seguro. Quando estamos e vivemos assim, o maligno, os verdugos não podem nos tocar. Esta é a paz que o Senhor nos dá, a paz que o mundo não pode dar, porque o mundo não conhece esta paz.
JESUS É O BOM PASTOR - Jo. 10.11; Sl. 23
Jesus é o bom Pastor, que me supre em todas as coisas, de maneira que nada me falta, Ele é o provedor. O bom Pastor é aquele que me cuida, guarda, protege, me conduz por lugar seguro, que me livra do mal, que não me abandona, nem desampara. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas; Ele deu a sua vida por nós.
JESUS É O CONSOLADOR - 2 Co. 1:3-5
Jesus é aquele me consola na minha dor, na minha tristeza, na dor da saudade, aquele que enxuga a minha lágrima, aquele onde eu encontro descanso para minha alma.
JESUS É O SENHOR - Lc. 2:11; Fp. 2:9-11
Senhorio de Cristo, significa que Ele que governa, que reina, que manda, que decide, que é o dono, o soberano, o absoluto, a máxima autoridade.
Nós precisamos ter consciência do que significa, o que implica nós declararmos que JESUS É O MEU SENHOR. Se Ele é o meu Senhor então estamos dizendo que:
– abro mão da minha vontade;
– renuncio a tudo por Jesus;
– abro mão dos meus direitos;
– decido perder a minha vida, etc.
Alguém pode pensar: se esta é a condição, então é melhor eu deixar de existir, morrer logo.....é exatamente isso; eu preciso morrer(o eu), para que Cristo, o Senhor, viva em mim, para que o Seu governo e Senhorio seja estabelecido e consumado em minha vida. Somente dessa maneira seremos a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas(Ef. 1:22,23) e Cristo será glorificado em minha vida, na Igreja. CRISTO EM NÓS A ESPERANÇA DA GLÓRIA. Cl. 1:27
Há muitas coisas ainda que podemos dizer que Jesus é, mas uma coisa precisamos fazer continuamente, CONHECER E PROSSEGUIR EM CONHECER O SENHOR.
Plenitude: Estado completo, pleno, cheio.
Ministrado por Roberto Moreira na reunião do dia 08/05/2010.
A confissão de Pedro: Mt. 16:15,16 – Pedro declara que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.
Cristo significa: ungido, consagrado, separado, enviado, escolhido.
- Jesus declara que Ele é o filho de Deus: Jo. 10.36
- Deus declara que Jesus é o Seu filho: Mt: 3:17
- Os demônios declaram que Jesus é o filho de Deus: Mt: 8:28,29;
Lc: 4:41
- Os discípulos declaram que Jesus é o filho de Deus: Mt. 14:33
- O Anjo Gabriel declara que Jesus é o filho de Deus: Lc. 1:31-33
JESUS É O NOSSO SALVADOR - Lc. 2:11; At. 13:23; Tt. 2:13,14
Sabemos que Jesus é o nosso Salvador, que levou sobre Ele os nossos pecados, os nossas iniquidades, as nossas transgressões. Is. 53: 4-6
Nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados, separados de Deus, condenados a morte eterna, mas o Senhor na cruz derramou o seu sangue e nos redimiu, lavou, limpou, purificou, justificou, cancelando todo o escrito de dívida que havia contra nós, de maneira que agora temos acesso à presença de Deus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne(Hb. 10:19,20).
JESUS É O NOSSO LIBERTADOR - LC. 4:18,19; Jo. 8:36; Ap. 1:5b, 6
Nós estávamos presos, cativos pelos grilhões(a força, o poder, o domínio do pecado ), mas o Senhor Jesus rompeu os grilhões e nos libertou do poder e do domínio do pecado sobre nós. O pecado não tem mais domínio sobre nós. SOMOS LIVRES!
JESUS É MISERICORDIOSO - Hb. 2:17
“Misericordioso é aquele que se compadece da miséria alheia”.
O Senhor se compadeceu da nossa miséria. Rm. 3:10-18
O SENHOR É A NOSSA PAZ - Ef. 2:13,14a
Ter paz é estar de debaixo de cobertura, submisso à autoridade; e estar debaixo de autoridade significa estar protegido, guardado, estar em lugar seguro. Quando estamos e vivemos assim, o maligno, os verdugos não podem nos tocar. Esta é a paz que o Senhor nos dá, a paz que o mundo não pode dar, porque o mundo não conhece esta paz.
JESUS É O BOM PASTOR - Jo. 10.11; Sl. 23
Jesus é o bom Pastor, que me supre em todas as coisas, de maneira que nada me falta, Ele é o provedor. O bom Pastor é aquele que me cuida, guarda, protege, me conduz por lugar seguro, que me livra do mal, que não me abandona, nem desampara. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas; Ele deu a sua vida por nós.
JESUS É O CONSOLADOR - 2 Co. 1:3-5
Jesus é aquele me consola na minha dor, na minha tristeza, na dor da saudade, aquele que enxuga a minha lágrima, aquele onde eu encontro descanso para minha alma.
JESUS É O SENHOR - Lc. 2:11; Fp. 2:9-11
Senhorio de Cristo, significa que Ele que governa, que reina, que manda, que decide, que é o dono, o soberano, o absoluto, a máxima autoridade.
Nós precisamos ter consciência do que significa, o que implica nós declararmos que JESUS É O MEU SENHOR. Se Ele é o meu Senhor então estamos dizendo que:
– abro mão da minha vontade;
– renuncio a tudo por Jesus;
– abro mão dos meus direitos;
– decido perder a minha vida, etc.
Alguém pode pensar: se esta é a condição, então é melhor eu deixar de existir, morrer logo.....é exatamente isso; eu preciso morrer(o eu), para que Cristo, o Senhor, viva em mim, para que o Seu governo e Senhorio seja estabelecido e consumado em minha vida. Somente dessa maneira seremos a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas(Ef. 1:22,23) e Cristo será glorificado em minha vida, na Igreja. CRISTO EM NÓS A ESPERANÇA DA GLÓRIA. Cl. 1:27
Há muitas coisas ainda que podemos dizer que Jesus é, mas uma coisa precisamos fazer continuamente, CONHECER E PROSSEGUIR EM CONHECER O SENHOR.
Plenitude: Estado completo, pleno, cheio.
Ministrado por Roberto Moreira na reunião do dia 08/05/2010.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
A História Esquecida
Existem muitos livros, bem autenticados e bem detalhados, que contam a historia do cristianismo, desde o seu começo humilde em Jerusalém (At 2:41) até ao dia de hoje. Falam do seu desenvolvimento e das suas divisões; mostram a origem e a história das inúmeras denominações que professam ser a Igreja, ou uma parte dela.
É uma história que nos empolga e ao mesmo tempo nos envergonha. Ficamos empolgados ao ler as histórias da fé e da coragem dos mártires que não negaram o seu Senhor. Envergonham-nos, porém, as intrigas, as heresias, as guerras chamadas santas e a Inquisição. Alegra-nos ler das conquistas do Evangelho, mas entristece-nos ver o abandono das doutrinas Bíblicas, e até da honestidade e da sinceridade.
Esta história, porém, não é a história da Igreja de Jesus Cristo. É a história daquela pequena semente que tornou-se em grande árvore e as aves do céu fizeram ninho nos seus ramos (Mt 13:31-32). É a história de organizações que professam o Nome de Cristo.
A Igreja do Senhor Jesus Cristo, porém, não é uma organização; é um organismo vivo. Não tem sede em lugar algum na Terra; é celestial. Não tem líder humano; Jesus Cristo é o “Cabeça”. As igrejas que vemos no Novo Testamento pouco ou nada têm em comum com as organizações eclesiásticas do cristianismo histórico.
A verdadeira história
A verdadeira história começou a ser escrita por Lucas, que nos deixou um livro inspirado pelo Espírito Santo, e portanto digno de toda a confiança. Neste livro vemos como o Evangelho foi levado de Jerusalém para outras cidades, países e continentes. Vemos também como os salvos em cada localidade se reuniam, formando igrejas locais. Segundo a história relatada em Atos dos Apóstolos, estas igrejas não se uniram para organizar uma “Igreja” composta de muitas “igrejas filiadas”; eram igrejas autônomas. Cada uma destas igrejas, diretamente responsável ao Senhor, tornou-se um centro de evangelismo, levando as boas novas a todos em redor, e desta forma se multiplicavam.
Seguindo a estrada do tempo, logo encontramos uma bifurcação. Até o ano 63 a.D. tudo é claro, pois o Espírito Santo registrou a história como Ele a viu. A partir desta data, porém, vemos dois caminhos que atravessam os séculos. Aquele que segue em frente parece estreito, escuro, e pouco movimentado. A maioria segue pelo outro caminho, que desvia ligeiramente para um lado, mas parece ser o principal, pois é bem iluminado e muito movimentado. A maioria dos historiadores seguiram este caminho largo, contando-nos a história da “Igreja Professa”. É bem documentada e bem conhecida. Neste livreto, porém, vamos caminhar pela outra estrada, observando o que pudermos da história esquecida. Este caminho é estreito, e relativamente pouco movimentado, porque a maioria desviou-se dele; é escuro, pois existem poucas informações a seu respeito, mas isto não deve nos assustar. Creio que nossa viagem por este caminho trará muitas recompensas, e a nossa fé será fortalecida.
O fato da maioria dos cristãos professos se desviarem do modelo bíblico não surpreende aquele que lê o Novo Testamento. Vez após vez o Espírito Santo avisou que isto aconteceria. Ao conversar com os anciãos da igreja em Éfeso, Paulo disse que lobos crueis entrariam no meio deles, e também avisou que do meio daqueles presbíteros se levantariam homens que procurariam atrair os discípulos após si, dividindo a igreja (At 20:29-30).
Na primeira carta a Timóteo, o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios (I Tm 4:1). Na última carta inspirada que Paulo escreveu, aprendemos que muitos não suportariam a sã doutrina e resistiriam à verdade (II Tm 4:3 e 3:8). O apóstolo Pedro também avisou deste desvio da verdade, dizendo: “entre vós haverá falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição” (II Pd 2:1). E João, o último dos apóstolos, disse: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (I Jo 4:1).
Poucas informações
A escassez de informações quanto à história de igrejas neotestamentárias é devido a dois fatos importantes:
NO ESCURO… Porque há tão poucas informações históricas sobre o assunto deste estudo? Veja duas razões ao lado
• Através dos séculos, as organizações eclesiásticas dominaram e perseguiram aquelas igrejas autônomas que procuravam manter a simplicidade do modelo deixado no Novo Testamento. Em conseqüência disto, a literatura daquela época ainda existente é a do grupo dominante. Os escritos das igrejas locais foram, quando possível, destruídos pelos perseguidores, de sorte que a maior parte das informações que temos acerca destas igrejas é o que seus perseguidores escreveram a respeito delas.
• A própria natureza destas igrejas contribuiu para esta escassez de informações. Sendo celestiais e espirituais, ficaram separadas das organizações e movimentos terrenos, e conseqüentemente há pouca menção delas na história secular. Também como igrejas locais e autônomas, não se filiaram a nenhuma organização, e portanto não chamaram a atenção dos historiadores.
Em O Cristianismo Através dos Séculos H. H. Muirhead diz: “Infelizmente os dados históricos não permitem traçar passo a passo a história das igrejas do NT. Isto porque a quase totalidade das informações acerca dos grupos divergentes procede dos seus maiores inimigos. Sustentamos, porém, que a continuação histórica das doutrinas essenciais pode ser traçada, e que Deus não tem ficado sem testemunhas” (pág. 76).
Igrejas Neotestamentárias
LOCAIS?
Veja ao lado o que quer dizer a expressão“ igrejas locais” usada neste estudo
Apesar da escassez de informações, e das dificuldades que cercam este estudo, haverá grande recompensa para aquele que procura descobrir a história das igrejas de Deus. Ele descobrirá que nestes dois mil anos que já se passaram desde o começo da primeira igreja local (a de Jerusalém — Atos cap. 2), sempre houve igrejas que procuravam seguir fielmente o modelo deixado no Novo Testamento. Neste livreto vamos chamá-las de igrejas locais porque, permanecendo fieis ao ensino do NT, não se filiaram a nenhuma organização ou movimento; continuaram sendo igrejas autônomas e, conseqüentemente, locais. Deus nunca se deixou a Si mesmo sem testemunho (At 14:17).
O historiador E. H. Broadbent escreve: “Há uma sucessão ininterrupta de igrejas, compostas de crentes, que procuravam praticar o ensino do Novo Testamento. Esta sucessão não é encontrada necessariamente num só lugar, pois freqüentemente estas igrejas foram dispersas ou se degeneraram, mas outras, semelhantes, surgiram em outros lugares. O modelo é apresentado nas Escrituras com tanta clareza, que é possível haver igrejas semelhantes em diversos lugares, mesmo não sabendo que outros, antes deles, seguiram o mesmo caminho, ou que nos seus próprios dias alguns estavam fazendo isto em diversos lugares” (The Pilgrim Church, pág. 2).
H. H. Muirhead afirma: “… há duas linhas históricas a traçar; duas tendências que não se conciliam — a centralização administrativa e a fixidez dogmática, por um lado, e a reação em favor dos ensinos e práticas do Novo Testamento, simples e desartificiosos, por outro … A primeira delas tem o seu ponto culminante na hierarquia romana: a segunda, numa volta à norma apostólica” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 75).
No final do terceiro século, a maioria das igrejas era muito diferente daquelas igrejas dos dias dos apóstolos. As mudanças foram realmente grandes. O livro já citado, O Cristianismo Através dos Séculos, ainda comenta: “Essa transformação, que gradualmente ia formando a Igreja Católica, foi motivada pela rápida influência judaica e pagã … Naturalmente essa transformação não poderia deixar de provocar protestos por parte dos mais espirituais nas igrejas, resultando em divisões”. E. H. Broadbent também escreve sobre esta transformação: “À medida que a organização do grupo católico de igrejas desenvolvia, surgiram no seu meio grupos que almejavam uma reforma; também algumas igrejas se separam dela; e ainda outras, perseverando nas doutrinas e práticas reveladas no NT, achavam-se isoladas daquelas igrejas que as abandonaram … Havia naquele tempo, como agora, várias linhas divergentes de testemunho … e vários grupos de igrejas que se excluíam mutuamente” (The Pilgrim Church, pág. 11).
Os Montanistas
Muitos daqueles que se opuseram às mudanças nas igrejas foram apelidados Montanistas, devido à grande influência de Montano que, partindo da região da Frígia, condenava corajosamente os desvios das igrejas que abandonavam o modelo bíblico da igreja local.
AUTONOMIA
Opondo-se a qualquer idéia de federação de igrejas, os Montanistas defendiam a autonomia de cada igreja local.
Os Montanistas, entre outras coisas, ensinavam que a direção das igrejas é prerrogativa do Espírito Santo, e resistiam à dominação exercida pelos “bispos”. Destacavam a necessidade de cada igreja deixar lugar para a operação do Espírito no seu meio. No leste do Império Romano logo surgiu uma separação definitiva, porém no ocidente os chamados “Montanistas” permaneceram em comunhão com as igrejas que aceitavam a autoridade dos “bispos” até o começo do século III, quando finalmente seguiram o exemplo dos seus irmãos do leste, separando-se daquele grupo que viria a ser a Igreja Católica. Um dos ensinadores mais destacados naquela época entre os Montanistas foi Tertuliano, cuja oposição à idéia de federação, e cuja defesa da autonomia das igrejas locais, foram decisivas nesta separação. O alvo dos chamados Montanistas era “fazer voltar o Cristianismo aos seus moldes primitivos” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 85). A Shaff-Herzog Encyclopedia, Vol III, diz o seguinte a respeito deles: “Não foi uma nova forma de Cristianismo: foi a volta ao velho, à Igreja primitiva, em oposição à corrupção do cristianismo corrente” (pág. 1562).
Não devemos pensar, porém, que todas as igrejas que foram apelidadas “Montanistas” eram realmente igrejas segundo o modelo nas Escrituras. A “Igreja” perseguidora incluía sob este nome muitos que divergiam entre si, da mesma maneira que as palavras “crente” ou “evangélico” são usadas hoje. Muitos que se chamam de crentes em nossos dias professam falar em línguas desconhecidas e ter o poder de fazer milagres, expulsar demônios e curar os enfermos. São divididos em inúmeras denominações onde cada congregação tem o seu Pastor. Qualquer historiador daria ênfase a estes, pois são a vasta maioria, e se mencionasse aquelas igrejas que hoje seguem o modelo claro do NT as chamaria também de “crentes” ou “evangélicas”, embora estas nada têm em comum com as denominações.
Entre os chamados Montanistas havia divergências. Algumas destas igrejas, fugindo do erro de organização humana na obra de Deus, caíram em outro erro por não entender as Escrituras no tocante aos dons do Espírito Santo. Procuravam os dons de línguas, de profecia, e outros semelhantes que foram dados como sinais nos primeiros anos da era apostólica, não percebendo que tais dons haviam cessado (veja Mc 16:16-20 e Hb 2:3-4). Outras igrejas, porém, baseando-se no ensino da Palavra de Deus, sabiam que tais dons não mais existiam, e continuavam seu testemunho simples e fiel segundo a Palavra de Deus. Estes foram chamados de Novacianos.
Os Novacianos
Foram assim apelidados porque um certo Novácio, que mais tarde foi martirizado, foi um bem conhecido ensinador entre estas igrejas. Eles não aceitavam nome algum, mas afirmavam ser individualmente cristãos e irmãos. Não reconheciam como igreja aquela que uniu-se ao Estado, nem davam qualquer valor às suas ordenanças.
Estes irmãos, bem como os demais Montanistas, se opunham à hierarquia na igreja, e ensinavam e praticavam a verdade do sacerdócio de todos os salvos. Foram inimigos implacáveis das inovações que gnósticos e pagãos introduziam nas igrejas. Discordavam também daqueles Montanistas que diziam possuir dons espetaculares, tais como o de línguas e profecia (veja O Cristianismo Através dos Séculos, págs. 86-87).
Durante muitos anos estes irmãos continuaram o seu testemunho. Espalharam-se por diversas partes do Império Romano, especialmente no Norte da África e na atual Turquia. Em Ecclesiastical Researches o Dr. Robinson escreve: “Continuaram a florescer por duzentos anos. Depois, quando as leis penais os obrigaram a se esconder em lugares retirados e adorar a Deus secretamente, foram designados por vários nomes, e a sua sucessão continuou até a Reforma.”
No quarto século havia muitas destas igrejas na atual Turquia e na Armênia, muitas das quais haviam começado nos dias dos apóstolos (provavelmente fruto dos trabalhos de Paulo e seus companheiros). Além do Eufrates, onde provavelmente Pedro e outros trabalharam bastante, havia ainda muitas igrejas seguindo o modelo original. Retomaremos a história destas igrejas após uma breve referência aos Donatistas.
Os Donatistas
Este movimento no Norte da África foi influenciado pelos chamados Novacianos. Receberam o nome de Donatistas porque dois dos seus ensinadores mais notáveis se chamavam Donato. Este grupo separou-se da igreja dos bispos por questões disciplinares, mas manteve a mesma forma de hierarquia; não voltou ao modelo deixado nas Escrituras. E. H. Broadbent diz: “Os Donatistas, sendo muitos no norte da África, e tendo mantido muito da organização católica, possuíam condições para apelar ao Imperador no seu conflito com o grupo católico” (The Pilgrim Church, págs. 20-21). Discordavam da Igreja Católica, pois acreditavam que o caráter moral dos ministrantes afeta seu ministério. Foram condenados em concílios convocados pela Igreja Católica e cruelmente perseguidos. Foram finalmente extintos quando a invasão maometana atingiu o Norte da África.
TODOS JUNTOS?
“… a idéia de que existia, nos primeiros três séculos, uma igreja verdadeiramente católica e unida está longe da verdade.”
Assim podemos ver que a idéia de que existia, nos primeiros três séculos, uma igreja verdadeiramente católica e unida está longe da verdade. Muito pelo contrário, a verdade incontestável é que naqueles dias, como agora, havia várias correntes de testemunho, vários grupos que mutuamente se excluíam. O livro O Cristianismo Através dos Séculos, comentando os primeiros três séculos do cristianismo, diz: “… o crescimento fora fenomenal … Também o Cristianismo ganhara alta posição social e, em muitas igrejas, grande parte dos membros eram ricos … Esta expansão, todavia, custou um alto preço. Se o Cristianismo venceu o paganismo, de seu turno, o paganismo operou transformação no Cristianismo … O mundo grego-romano fora cristianizado, e o Cristianismo, em parte, paganizado. Todavia, seria erro supor que esta situação prevalecesse … em todas as igrejas … Entre os grupos dissidentes havia uma aproximação ao Cristianismo primitivo” (págs. 126-127).
Constantino (séc. IV) e depois
Quando Constantino entrou vitorioso em Roma ele pôs fim às perseguições aos cristãos. Estes haviam sofrido desde o começo, primeiramente nas mãos dos judeus e depois nas do Império Romano. Todos os grupos de igrejas, bem como aquelas igrejas que não faziam parte de grupo algum, sofriam a mesma perseguição.
Com o Imperador Constantino, porém, uma fase nova começou. Este Imperador, sem renunciar a sua posição de Pontífice Máximo da religião pagã, assumiu a mesma posição entre os cristãos. O célebre intelectual brasileiro, Rui Barbosa, escreveu na introdução do livro que traduziu (O Papa e o Concílio): “Foi o que entrou a suceder sob Constantino. Estreou-se aí o sacrifício do cristianismo ao engrandecimento da hierarquia. O Imperador não batizado recebe o título de bispo exterior; julga e depõe bispos; convoca e preside concílios; resolve sobre dogmas. Já não era mais esta … a igreja dos primeiros cristãos.”
No mesmo livro, Rui Barbosa continua descrevendo a Igreja que se uniu ao Império, e comenta: “de perseguida, tornou-se perseguidora”. Logo, todo o poder do Império estava à disposição dos bispos e, liderados pelos Metropolitanos, não hesitaram em perseguir aquelas igrejas que ainda mantinham fielmente o ensino apostólico. Na medida do possível eles procuravam exterminar os verdadeiros servos de Deus, e juntamente com eles destruíam, quando possível, todos os seus escritos. Esta é a razão da escassez de informações existentes quanto à história das igrejas locais. É necessário também lembrar que a Igreja Católica as difamava injustamente, chamando-as de hereges e dando-lhes nomes, tais como Paulicianos, Cátaros e outros; nomes estes que estas igrejas repudiavam.
Ao prosseguir por esta estrada escura convém lembrar de certos fatos. As acusações feitas pela “Igreja” perseguidora não são de confiança, a não ser quando há evidências para sustentá-las. Além disto, devemos lembrar da tendência de generalizar. As igrejas locais, como mencionamos acima, não reconheceram qualquer nome denominacional, mas os perseguidores as chamavam de Paulicianos, e outros nomes. Não devemos pensar que todos os que a Igreja Católica classificava de Paulicianos compartilhavam as mesmas crenças.
UM FATO IMPORTANTE
“… apesar da escassez de informações, surge um fato inegável: em todo este período, desde o Imperador Constantino até à Reforma, as igrejas locais continuaram a existir …”
Em nossos dias, o nome de “crente” inclui muitos grupos com pensamentos e práticas diferentes, e foi assim através dos séculos. Qualquer historiador que tentasse escrever sobre o cristianismo no Brasil neste século XX daria destaque aos movimentos pentecostal e carismático, e pouco ou nada teria a dizer das igrejas locais que não fazem parte de organização alguma, porque mantém fielmente os princípios da Palavra de Deus (por exemplo, a autonomia de cada igreja local).
Mas, apesar da escassez de informações, surge um fato inegável: em todo este período, desde o Imperador Constantino até à Reforma, as igrejas locais continuaram a existir, e a seguir fielmente o modelo da Palavra de Deus. Veja algumas evidências disto.
Apesar da perseguição feroz e da difamação cruel, alguns escritos daquela época ainda existem, o que permite que a verdade seja conhecida, pelo menos em parte.
Os Paulicianos
Não se sabe ao certo por que receberam este nome, mas presume-se que foi devido ao destaque que davam às cartas de Paulo. A Igreja Católica os chama de hereges, e os acusa de toda a sorte de perversidade, porém a verdade é bem outra. Gregório, considerado um dos “Pais da Igreja”, e inimigo dos Paulicianos, escreveu: “não são acusados de perversidade de vida, mas sim de livre pensamento e de não reconhecer autoridade. De uma posição negativa quanto à igreja, eles tomaram uma posição positiva, e começaram a examinar o próprio fundamento, as Escrituras Sagradas, procurando ali um ensino puro, e direção sadia para a sua vida moral” (The Pilgrim Church, pág. 59-60). E. Gibbon, um historiador do século XVIII, escreveu dos Paulicianos: “Foi esta a forma primitiva do cristianismo”.
Estas igrejas se espalhavam na Ásia e na Armênia até além do Eufrates. The Pilgrim Church comenta que eram “igrejas de crentes batizados, discípulos do Senhor Jesus Cristo, que guardavam a doutrina dos apóstolos, num testemunho ininterrupto desde o começo” (pág. 44).
A CHAVE CERTA…
O documento A Chave da Verdade ajudou a esclarecer muita coisa sobre os Paulicianos.
No ano de 1891 a.D., W. J. Coneybeare descobriu na Biblioteca do Santo Sínodo em Edjmiatzin, na Armênia, um documento provavelmente escrito por um dos chamados Paulicianos, intitulado A Chave da Verdade. A descoberta deste documento, e outros mais, permitiu que a verdadeira história deste povo, pelo menos em parte, fosse conhecida. Coneybeare comentou: “A igreja Pauliciana não era uma igreja nacional, nem de uma raça particular, mas uma velha forma da igreja apostólica”. Devemos lembrar que eles mesmos repudiavam o nome “igreja Pauliciana”. A Chave da Verdade mostra que eles destacavam a necessidade de arrependimento e fé antes do batismo; suas igrejas eram governadas por anciãos.
Sendo igrejas autônomas, sem um centro que dirigisse ou organizasse, é provável que havia certas diferenças entre estas igrejas, mas o pouco que sabemos deles mostra uma determinação de fazer tudo conforme o modelo nas Escrituras.
Constantino Silvano
Em cerca de 653 a.D. um cristão da Armênia hospedou-se na casa de um certo Constantino, e ao despedir-se deixou um presente de grande valor — uma cópia dos quatro Evangelhos e das epístolas de Paulo. A leitura das Escrituras impressionou muito este homem, e resultou na sua conversão. Imediatamente, ele “resolveu dedicar-se a trabalhar com todo o esforço, a fim de conseguir a volta do cristianismo à sua primitiva forma” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 165). Outro historiador escreveu: “O estudo destes escritos … bem depressa afastou do espírito de Constantino qualquer idéia falsa que pudesse ter tido, e deu-lhe um sincero desejo de novamente ver a igreja naquele estado de simplicidade que a distinguia no tempo dos apóstolos” (A História do Cristianismo, A. Knight e W. Anglin). Ele foi um dos Paulicianos mais conhecidos, e devido ao seu zelo e fidelidade foi apedrejado em 690 a.D. Dizem que 100.000 Paulicianos foram mortos na Armênia, por ordem da Imperatriz Teodora.
Com o passar do tempo, sinais de degeneração começaram a aparecer. Alguns, provocados pela perseguição feroz nos dias da Imperatriz Teodora, pegaram em armas para se defenderem; abandonaram a atitude pacifista dos milhares de mártires que haviam selado seu testemunho com o próprio sangue. Alguns sinais de degeneração doutrinária também começaram a aparecer, e como exemplo disto citamos a questão do batismo. Inicialmente estas igrejas insistiam na necessidade de arrependimento e fé antes do batismo, o qual foi administrado por imersão. “Parece que o modo geral de batismo entre os últimos Paulicianos era afusão, ainda que … os primitivos praticassem imersão” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 169-170).
Vemos outro exemplo desta degeneração na questão do pão e do vinho na Ceia do Senhor. Pelo menos alguns entre eles passaram a considerar que estes emblemas “abençoados” eram mudados no corpo e sangue de Cristo, e chamavam esta ordenança de “mistério da salvação”.
Expansão dos Paulicianos
Devido ao trabalho missionário dos Paulicianos o Evangelho chegou a muitos lugares, especialmente à Bulgária, Bósnia e Sérvia, e “no princípio do século VIII as doutrinas paulicianas espalharam-se por toda a Europa, firmando-se no sul da França, onde mais tarde floresceram os Albigenses” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. l68).
As igrejas que foram plantadas na Bulgária continuaram durante muito tempo, e mesmo no século XVII há evidências de congregações conhecidas como “Pavlicani” (Paulicianas). Estas foram descritas pela Igreja Ortodoxa como “hereges convictos”, enquanto que elas classificaram a Igreja Ortodoxa de “idólatra”. A degeneração espiritual também atingiu estas igrejas, e gradualmente foram desviadas das verdades que outrora defendiam, e pelo esforço de missionários franciscanos, finalmente foram absorvidas pela Igreja Católica Romana. Os candeeiros iam sendo removidos, mas o testemunho iria continuar em outros lugares.
Muitas igrejas na Bulgária foram apelidadas também de “Bogomili”, significando “amigos de Deus”, mas sendo perseguidas cruelmente pelo Império Bizantino, os cristãos fugiram para o oeste, e muitos entraram na Sérvia, mas o poder da Igreja Ortodoxa logo obrigou-os a fugir para a Bósnia.
Bósnia
No século XII havia muitas igrejas locais na Bósnia, no tempo de Kulin Ban, um dos mais eminentes governantes daquele país. Ele e sua esposa, bem como milhares de Bósnios, deixaram a Igreja Católica. E. H. Broadbent diz no livro The Pilgrim Church: “Não havia sacerdotes; eles reconheciam o sacerdócio de todos os salvos. As igrejas eram guiadas por anciãos … vários deles em cada igreja. Reuniões poderiam ser convocadas em qualquer casa, e os lugares de reunião regular eram simples, sem sinos ou altares” (pág. 61).
No início do século XIII, sob ameaça de invasão, as autoridades da Bósnia cederam às pressões do Papa e a liberdade cessou, mas as igrejas continuaram, apesar de perseguidas.
O Papa finalmente persuadiu o Rei da Hungria a invadir a Bósnia por causa do fracasso das medidas anteriores, e a Bósnia foi devastada. As igrejas, porém, continuaram o seu testemunho. Diante desta situação o Papa convocou todo o “mundo cristão” para uma “guerra santa”, e também estabeleceu a Inquisição no ano de 1291, para destruir definitivamente “os hereges”.
COMUNHÃO…
“É nesta época [século XIII] que observamos uma comunhão verdadeira entre estas igrejas e seus irmãos no sul da França, Alemanha e outros lugares, estendendo-se até a Inglaterra e Itália.”
É nesta época que observamos uma comunhão verdadeira entre estas igrejas e seus irmãos no sul da França, Alemanha e outros lugares, estendendo-se até a Inglaterra e Itália. Numa época de grande perseguição contra os chamados Albigenses no norte da Itália e sul da França, muitos irmãos conseguiram fugir e achar proteção na Bósnia (The Pilgrim Church, pág. 62).
Estas igrejas da Bósnia formam um elo entre as igrejas primitivas da era apostólica e as outras que surgiram posteriormente nos Alpes da Itália e França.
Quando muitos irmãos tiveram de deixar a Bósnia devido às perseguições, passaram pela Itália e chegaram ao sul da França. Pelo caminho todo encontraram com muitos cristãos que compartilhavam a mesma fé. Havia ainda nesta época cristãos que aceitavam as Escrituras como sua única regra de fé. Um dos seus perseguidores queixou-se bastante da atitude destes cristãos em recusar qualquer nome denominacional, e em não reconhecer homem algum como seu fundador. Ele escreveu: “Pergunte a eles quem é o fundador da sua seita, e não apontarão homem algum … Sob que nome ou sob que título poderá se arrolar estes hereges? Na verdade, sob nome algum, pois a heresia deles não é derivada de homens, mas sim dos demônios.” Mesmo assim outro líder dos Inquisidores os chamou de “Igreja dos Cátaros”, ou seja, “Igreja dos de vida pura”, e testificou que eles se estendiam desde o Mar Negro até ao Atlântico.
Nos vales dos Alpes estas igrejas se reuniam durante séculos e, embora recusassem reconhecer nome algum, foram conhecidos como Valdenses, Albigenses, etc. Diziam existir desde os tempos dos apóstolos. Não eram igrejas “reformadas”, pois nunca desviaram daquele modelo apresentado no Novo Testamento, como fizeram as igrejas que formaram a Igreja Romana, a Ortodoxa , e outras. A posição básica destas igrejas era a de considerar as Escrituras como o padrão para os seus dias, não sendo anuladas pelas mudanças nas circunstâncias. O seu alvo era manter o caráter do cristianismo original.
O testemunho dos seus perseguidores é impressionante. Um dos Inquisidores escreveu, em meados do século XIII: “Esta seita é a mais perniciosa de todas, por três razões:
• É a mais antiga; alguns afirmam que existe desde o tempo dos apóstolos;
• Alastrou-se muito: existe em quase todos os países;
Eles tem vidas justas e crêem tudo a respeito de Deus; apenas blasfemam a Igreja Romana e os seus clérigos.”
É um fato histórico que diversos grupos floresceram no sul da França, alguns mais, outros menos evangélicos, do princípio do século XII em diante. Já mencionamos como os perseguidores generalizavam, e isto aconteceu também neste caso, pois o nome Albigenses foi usado de todos os que não se sujeitaram à soberania do Papa. Daí vem muita confusão (veja O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 306). Verdadeiras igrejas locais e grupos sectários se confundem na terminologia dos perseguidores, pois classificavam todos os que não reconheciam a Igreja Católica como Albigenses.
Apesar desta confusão, é mais que evidente que sempre houve igrejas conforme o modelo do Novo Testamento desde os tempos dos apóstolos, embora nem sempre no mesmo lugar.
Não há dúvida de que havia igrejas nos vales dos Alpes, conhecidas como Valdenses, que baseavam a sua fé e prática somente nas Escrituras, e eram verdadeiros seguidores daqueles que desde a era apostólica fizeram o mesmo. O livro já citado, The Pilgrim Church, diz: “Não possuíam nenhum credo, ou religião, ou regras, a não ser as Sagradas Escrituras, e não permitiam que a autoridade de homem algum substituísse a autoridade das Escrituras” (pág. 98).
ALBIGENSES
“…vestiam-se com relativa simplicidade, comiam e bebiam moderadamente, eram sempre laboriosos e estudiosos, havendo entre eles muitos homens e mulheres que sabiam de cor todo o Novo Testamento.”
Dois documentos datados do século XIII, e escritos por seus perseguidores, são importantes para nos dar uma idéia de quem eram estes Valdenses. Um destes documentos os descreve da seguinte forma: “vestiam-se com relativa simplicidade, comiam e bebiam moderadamente, eram sempre laboriosos e estudiosos, havendo entre eles muitos homens e mulheres que sabiam de cor todo o Novo Testamento”. O segundo diz que “rejeitavam os milagres religiosos e os festivais, etc.” (veja O Cristianismo Através dos Séculos, págs. 319-320). Os mesmos documentos mostram que rejeitavam o batismo de crianças e a transubstanciação. Os próprios depoimentos dos perseguidores mostram que estas igrejas perseguidas estavam seguindo bem de perto o modelo deixado no NT.
No final da chamada “Idade Média” havia, além das muitas igrejas locais bíblicas, movimentos de protesto dentro da própria Igreja Romana. Muitos verdadeiros cristãos, ainda ligados ao sistema papal, pregavam ousadamente o Evangelho puro, e muitos tiveram de pagar com a própria vida. Embora o nosso propósito seja seguir a história de igrejas locais, não podemos deixar de mencionar nomes como Marcílo de Pádua, na França, e mais tarde João Wycliff na Inglaterra, Conrado do Waldhausen, Pedro Chelcicky da Boêmia, João Huss de Praga, e um verdadeiro exército de reformadores como eles, antes da tão falada Reforma do século XVI.
A Reforma — Século XVI
Antes, e até à ocasião da Reforma, havia em muitas partes da Europa grupos de Igrejas que procuravam seguir o modelo do Novo Testamento, e conseqüentemente não aceitavam nome denominacional. Em 1463 a.D. e também em 1467 a.D. houve Conferências de alguns destes irmãos, quando consideraram juntos os princípios da igreja. Naquelas Conferências declararam formalmente a sua separação da igreja Romana, e se descreveram como “Unitas Fratrum”, ou seja, Irmãos Unidos, acrescentando que não queriam formar um novo grupo, nem separar-se dos irmãos que, sem qualquer denominação, reuniam-se em muitos países.
Por este fato podemos perceber que havia muitas igrejas naquela época que procuravam agir de acordo com o modelo bíblico de igreja local, mas havia entre elas algumas divergências. Algumas (como as igrejas dos Irmãos Unidos), ao mesmo tempo que procuravam manter a autonomia local, estabeleceram uma certa federação e adotaram, com reservas, um nome. Outras igrejas, porém, permaneceram fiéis ao modelo primitivo, recusando participar destas Conferências e recusando qualquer nome, mesmo o de “Irmãos Unidos”.
MINORIA OU MAIORIA?
“… [os cristãos que reuniam na simplicidade do modelo do Novo Testamento] eram tão numerosos que tanto a Igreja Católica quanto as Igrejas Protestantes temiam que poderiam ameaçar a sua supremacia.”
Não está no escopo deste livreto contar a bem conhecida história da Reforma, mas precisamos observar o efeito dela nestas igrejas locais. Geralmente se crê que a Reforma dividiu a Europa entre Católicos e Protestantes. O grande número de cristãos que reuniam na simplicidade do modelo do Novo Testamento é ignorado. Eram, porém, tão numerosos que tanto a Igreja Católica quanto as Igrejas Protestantes temiam que poderiam ameaçar a sua supremacia. Este fato levou tanto Católicos quanto Protestantes a perseguirem cruelmente aqueles cristãos que não reconheciam a sua autoridade.
Martinho Lutero
Martinho Lutero compreendeu claramente o plano de salvação pela fé, e por suas pregações claras e poderosas levou muitos à certeza da salvação. Também entendeu perfeitamente os princípios bíblicos da igreja, mas após uma intensa luta consigo mesmo os abandonou. Johannes Warns, no seu livro Baptism, comenta com surpresa que “um homem como Lutero, que em 1520 a.D. … defendeu a liberdade do cristão; que em 1526 a.D., no seu tratado German Mass and Order of Divine Service, testificou que conhecia bem o modelo duma igreja de crentes, biblicamente organizada, mais tarde mudou de forma tão radical, contradizendo seus próprios princípios” (pág. 184). Warns ainda afirma: “historicamente nada é mais incorreto do que a afirmação de que a Reforma foi um movimento para a liberdade de consciência” (pág. 188).
Os Anabatistas
É nesta época que aparece nas páginas da história o nome “Anabatista”. Significa “Rebatizador”, e foi usado para descrever todos aqueles que rejeitavam a aspersão de crianças, e praticavam a imersão de adultos já salvos. As igrejas locais que procuravam continuar na simplicidade do modelo do Novo Testamento sempre fizeram assim, e obviamente estavam incluídas sob este apelido, junto com diversos grupos que adotavam a mesma posição em relação ao batismo.
A Igreja Católica os perseguia até à morte. Lutero e Zwinglio, líderes das Igrejas Protestantes da Reforma, tomaram a mesma posição, causando o martírio de milhares de cristãos.
No início as igrejas locais se alegraram muito com o aparecimento de Lutero, passando a testemunhar de forma muito mais pública. A sua alegria e liberdade, porém, durou pouco. Johannes Warns, no já citado livro, diz: “Estas comunidades (as igrejas locais) receberam com alegria e com grande expectativa o advento de Lutero. Os princípios antigos duma comunhão cristã bíblica … foram proclamados abertamente … Quando, porém, Lutero e seus companheiros, bem como Zwinglio, abandonaram a idéia de formar igrejas de crentes conforme o modelo bíblico, preferindo estabelecer Igrejas unidas ao Estado, surgiu um antagonismo cruel” (pág. 191) contra todos que recusaram incorporar-se a estas Igrejas do Estado.
E. H. Broadbent escreve em The Pilgrim Church: “A esperança despertada entre os irmãos gradualmente desapareceu à medida que eles se viam entre dois sistemas eclesiásticos (Católico e Protestante), ambos dispostos a usar a espada para forçar conformidade” (pág. 147).
PERSEGUIÇÃO!
Por judeus e romanos, Igrejas do Estado (na Roma e Grécia), Católicos e Protestantes, “as igrejas locais sempre foram perseguidas.”
As igrejas locais sempre foram perseguidas. Nos primeiros três séculos desta era foram perseguidas pelos judeus, e depois pelo Império Romano. Desde a “conversão” do Imperador Constantino estas igrejas passaram a sofrer a perseguição por parte das Igrejas do Estado (Romana no ocidente e Grega no oriente). Agora, porém, havia mais uma agravante. As igrejas Protestantes de Lutero e Zwinglio as perseguiam também, queimando milhares de cristãos e afogando outros. Por não negarem a sua convicção quanto à autonomia da igreja local e o batismo somente daqueles que crêem, e por não aceitarem a doutrina da Transubstanciação, foram martirizados pelos seus próprios irmãos em Cristo, os Luteranos da Alemanha e os Protestantes da Suíça.
Devemos esclarecer, porém, que nem todos que eram apelidados de Anabatistas estavam seguindo verdadeiramente o modelo bíblico. Havia joio no meio do trigo, mas é um fato inegável que as igrejas que aderiram aos princípios do Novo Testamento foram tão cruelmente perseguidas, tanto pelos católicos como pelos evangélicos, que quase desapareceram das páginas da história. Acharam refúgio por algum tempo na Áustria, mas os anos que seguiram à Reforma foram entre os mais difíceis para estas igrejas. Praticamente eliminadas na Alemanha e na Suiça, e perdendo a proteção na Austria, alguns conseguiram fugir para a Holanda e daí para a Inglaterra, onde continuaram apesar de constantes perseguições. E. H. Broadbent comenta que além da Igreja Católica, a Igreja da Inglaterra, e as denominações evangélicas que havia naquele tempo na Inglaterra, “havia também grupos de crentes que correspondiam às igrejas de Deus do Novo Testamento … mas seu testemunho foi mantido … no meio de circunstâncias tão confusas que constituíram uma verdadeira prova de fé e amor” (pág. 247-248).
O Século XIX
UMA OBRA DO ESPÍRITO
“Não sabiam que outros … já estavam fazendo a mesma coisa”
No começo do século XIX a história registra um aumento realmente impressionante destas igrejas locais, começando na Irlanda e estendendo-se quase que simultaneamente a vários países na Europa. Sem dúvida alguma foi uma obra do Espírito Santo. Em 1827 a.D. alguns cristãos na cidade de Dublin, na Irlanda, começaram a reunir-se para partir o pão e edificar-se mutuamente. Não sabiam que outros, por exemplo perto de Omagh na Irlanda do Norte, e em Georgetown na Guiana Inglesa, já estavam fazendo a mesma coisa. Rapidamente mais e mais igrejas locais e autônomas surgiram em muitos lugares.
Logo no começo daquela igreja em Dublin destacou-se um irmão que teria um impacto muito grande, não só na Irlanda, mas em todo o mundo. Era J. N. Darby. Até hoje quantos cristãos e quantas igrejas sentem os resultados benéficos dos trabalhos incansáveis daquele saudoso servo do Senhor. Quando, porém, ele adotou a idéia de que o corpo místico de Cristo é algo visivel na Terra, ele foi levado a conclusões errôneas que trouxeram muito prejuízo ao povo de Deus, provocando uma divisão entre igrejas que até então gozavam de preciosa comunhão mútua. Afirmou que os santos que já partiram estão com Cristo, e conseqüentemente nesta condição não fazem parte do corpo de Cristo que (a seu ver) é algo visivel na Terra (Letters of J.N.D. Vol. 1, pág. 527). Desta forma, ele contemplava um corpo que o Novo Testamento não reconhece. A conseqüência inevitável deste ensino foi a formação duma seita — exatamente a idéia que ele procurava combater!
As igrejas que seguiram este ensino de J. N. Darby foram apelidadas de “Exclusivistas”, mas a bem da verdade devemos reconhecer que estes queridos irmãos não adotam este ou qualquer outro nome. Desde então houve freqüentes divisões entre eles, e sub-divisões, o que é conseqüência inevitável do ensino errado quanto ao corpo de Cristo.
As igrejas que não seguiram este ensino se espalharam pelo mundo inteiro, mas muitas delas, embora dizendo ser igrejas neotestamentárias, tem desviado muito da sua posição original, imitando as práticas das denominações chamadas evangélicas e tornando-se como elas. Enquanto ainda professam aceitar o sacerdócio de todos os crentes, estão dependendo mais e mais da liderança dum chamado “obreiro”, que em muitos casos já é reconhecido como o Pastor da igreja. Ainda dizem ser igrejas autônomas, mas já faz bastante tempo que dizem ser do “Movimento dos Irmãos”. E esta descrição está sendo modificada em nossos dias, pois alguns já dizem que são das “igrejas dos Irmãos”. Ainda dizem que não são denominacionais, mas estão caindo no mesmo erro dos “Irmãos Unidos” ao realizarem suas Conferências em 1463 a.D e 1467 a.D.
DEUS É FIEL!
“… ainda há no mundo hoje, em muitos países, igrejas locais e autônomas.”
Apesar da divisão triste do século XIX, e dos grandes desvios atuais, ainda há no mundo hoje, em muitos países, igrejas locais e autônomas. Obviamente não tem denominação, nem sede, pois aceitam somente as Escrituras Sagradas para sua orientação, e dependem dos dons e da direção do Espírito Santo para sua continuação.
Estão, porém, sempre em perigo. Às vezes foram, e ainda são (em alguns lugares) cruelmente perseguidas, mas o maior perigo hoje é a inerente tendência humana de desviar-se de Deus. Muitas igrejas locais tem deixado de existir não devido à perseguição, mas devido ao seu desvio da Palavra de Deus. O Senhor mesmo removeu o candeeiro.
Conclusão
Temos caminhado rapidamente pelo caminho escuro seguido por igrejas locais durante estes quase dois mil anos desta dispensação. Temos percebido, mesmo nos primeiros anos do seu testemunho, quando os apóstolos ainda viviam, uma tendência constante de desviar-se de Deus e do modelo que Ele estabeleceu. Além disto, temos visto um esforço da parte de Satanás para destruir estas igrejas, desviando-as da simplicidade que há em Cristo (II Co 11:3).
Devido à pouca informação confiável que possuímos, o caminho que acabamos de seguir é obscuro. Uma coisa, porém, fica perfeitamente clara. Apesar das falhas humanas e dos ataques satânicos, Deus nunca Se deixou a Si mesmo sem testemunho (At 14:17). Embora muitas igrejas desviaram da simplicidade original, degenerando-se ao ponto de serem removidas pelo próprio Senhor, sempre houve na Terra verdadeiras igrejas locais, desde a formação da primeira igreja em Jerusalém (Atos cap. 2).
Quando “candeeiros” precisavam ser removidos, o Senhor levantava outras igrejas em outros lugares. O testemunho não se apagava; o candeeiro é que era removido. Em nossos dias, quase dois mil anos depois da primeira igreja, ainda há muitas igrejas conforme o modelo do Novo Testamento — Deus é fiel, Ele tem preservado o testemunho. Que nós sejamos fiéis, guardando a Sua Palavra, apesar dos desvios de muitos em nossos dias.
Nossa responsabilidade
A fidelidade de Deus não nos livra de responsabilidade. Em nossos dias, provavelmente os últimos dias do testemunho de igrejas locais na Terra, vemos os ataques de Satanás se redobrarem cada dia. Igrejas que outrora amavam a simplicidade do modelo divino agora adotam as maneiras e os métodos das denominações. Com muita música e atividades sociais procuram atrair as pessoas e manter os jovens na igreja. Dão muita importância às tradições humanas e às opiniões da sociedade em que vivem, e deixam de lado a Palavra de Deus como algo fora de moda. Muitas já perderam todas as características das verdadeiras igrejas de Deus. A situação é confusa, mas ainda é possível manter o modelo que Deus estabeleceu nas Escrituras.
UM MODELO ATUAL!
“…ainda é possível manter o modelo que Deus estabeleceu nas Escrituras”. O artigo “Reunidos em Seu Nome” dá mais detalhes sobre este modelo.
Deus não mudou. O modelo na Sua Palavra não mudou; a nossa responsabilidade é clara. O cristão não deve tornar-se membro de denominação alguma, mas sim separar-se de todas elas para reunir-se com outros cristãos, simplesmente como cristãos, em Nome do Senhor Jesus Cristo, formando assim uma igreja local e autônoma, onde o Senhor Jesus é a única atração, e a Sua Palavra a única autoridade. Estas igrejas não precisam, nem devem, unir-se a movimento algum; mas ao mesmo tempo que mantém a sua autonomia, devem cultivar comunhão com outras igrejas que seguem os mesmos princípios.
Tais igrejas podem ser fracas, pequenas, e desprezadas pelo mundo religioso, mas o Senhor lhes deixou uma promessa animadora: “eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a Minha Palavra, e não negaste o Meu Nome” (Ap 3:8).
“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (II Co 6:17).
“Saiamos pois a Ele fora do arraial, levando o Seu vitupério.” (Hb 13:13).
R. E. Watterson
O texto acima é a íntegra do livrete "A história esquecida" publicado pela Editora Sã Doutrina.
É uma história que nos empolga e ao mesmo tempo nos envergonha. Ficamos empolgados ao ler as histórias da fé e da coragem dos mártires que não negaram o seu Senhor. Envergonham-nos, porém, as intrigas, as heresias, as guerras chamadas santas e a Inquisição. Alegra-nos ler das conquistas do Evangelho, mas entristece-nos ver o abandono das doutrinas Bíblicas, e até da honestidade e da sinceridade.
Esta história, porém, não é a história da Igreja de Jesus Cristo. É a história daquela pequena semente que tornou-se em grande árvore e as aves do céu fizeram ninho nos seus ramos (Mt 13:31-32). É a história de organizações que professam o Nome de Cristo.
A Igreja do Senhor Jesus Cristo, porém, não é uma organização; é um organismo vivo. Não tem sede em lugar algum na Terra; é celestial. Não tem líder humano; Jesus Cristo é o “Cabeça”. As igrejas que vemos no Novo Testamento pouco ou nada têm em comum com as organizações eclesiásticas do cristianismo histórico.
A verdadeira história
A verdadeira história começou a ser escrita por Lucas, que nos deixou um livro inspirado pelo Espírito Santo, e portanto digno de toda a confiança. Neste livro vemos como o Evangelho foi levado de Jerusalém para outras cidades, países e continentes. Vemos também como os salvos em cada localidade se reuniam, formando igrejas locais. Segundo a história relatada em Atos dos Apóstolos, estas igrejas não se uniram para organizar uma “Igreja” composta de muitas “igrejas filiadas”; eram igrejas autônomas. Cada uma destas igrejas, diretamente responsável ao Senhor, tornou-se um centro de evangelismo, levando as boas novas a todos em redor, e desta forma se multiplicavam.
Seguindo a estrada do tempo, logo encontramos uma bifurcação. Até o ano 63 a.D. tudo é claro, pois o Espírito Santo registrou a história como Ele a viu. A partir desta data, porém, vemos dois caminhos que atravessam os séculos. Aquele que segue em frente parece estreito, escuro, e pouco movimentado. A maioria segue pelo outro caminho, que desvia ligeiramente para um lado, mas parece ser o principal, pois é bem iluminado e muito movimentado. A maioria dos historiadores seguiram este caminho largo, contando-nos a história da “Igreja Professa”. É bem documentada e bem conhecida. Neste livreto, porém, vamos caminhar pela outra estrada, observando o que pudermos da história esquecida. Este caminho é estreito, e relativamente pouco movimentado, porque a maioria desviou-se dele; é escuro, pois existem poucas informações a seu respeito, mas isto não deve nos assustar. Creio que nossa viagem por este caminho trará muitas recompensas, e a nossa fé será fortalecida.
O fato da maioria dos cristãos professos se desviarem do modelo bíblico não surpreende aquele que lê o Novo Testamento. Vez após vez o Espírito Santo avisou que isto aconteceria. Ao conversar com os anciãos da igreja em Éfeso, Paulo disse que lobos crueis entrariam no meio deles, e também avisou que do meio daqueles presbíteros se levantariam homens que procurariam atrair os discípulos após si, dividindo a igreja (At 20:29-30).
Na primeira carta a Timóteo, o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios (I Tm 4:1). Na última carta inspirada que Paulo escreveu, aprendemos que muitos não suportariam a sã doutrina e resistiriam à verdade (II Tm 4:3 e 3:8). O apóstolo Pedro também avisou deste desvio da verdade, dizendo: “entre vós haverá falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição” (II Pd 2:1). E João, o último dos apóstolos, disse: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (I Jo 4:1).
Poucas informações
A escassez de informações quanto à história de igrejas neotestamentárias é devido a dois fatos importantes:
NO ESCURO… Porque há tão poucas informações históricas sobre o assunto deste estudo? Veja duas razões ao lado
• Através dos séculos, as organizações eclesiásticas dominaram e perseguiram aquelas igrejas autônomas que procuravam manter a simplicidade do modelo deixado no Novo Testamento. Em conseqüência disto, a literatura daquela época ainda existente é a do grupo dominante. Os escritos das igrejas locais foram, quando possível, destruídos pelos perseguidores, de sorte que a maior parte das informações que temos acerca destas igrejas é o que seus perseguidores escreveram a respeito delas.
• A própria natureza destas igrejas contribuiu para esta escassez de informações. Sendo celestiais e espirituais, ficaram separadas das organizações e movimentos terrenos, e conseqüentemente há pouca menção delas na história secular. Também como igrejas locais e autônomas, não se filiaram a nenhuma organização, e portanto não chamaram a atenção dos historiadores.
Em O Cristianismo Através dos Séculos H. H. Muirhead diz: “Infelizmente os dados históricos não permitem traçar passo a passo a história das igrejas do NT. Isto porque a quase totalidade das informações acerca dos grupos divergentes procede dos seus maiores inimigos. Sustentamos, porém, que a continuação histórica das doutrinas essenciais pode ser traçada, e que Deus não tem ficado sem testemunhas” (pág. 76).
Igrejas Neotestamentárias
LOCAIS?
Veja ao lado o que quer dizer a expressão“ igrejas locais” usada neste estudo
Apesar da escassez de informações, e das dificuldades que cercam este estudo, haverá grande recompensa para aquele que procura descobrir a história das igrejas de Deus. Ele descobrirá que nestes dois mil anos que já se passaram desde o começo da primeira igreja local (a de Jerusalém — Atos cap. 2), sempre houve igrejas que procuravam seguir fielmente o modelo deixado no Novo Testamento. Neste livreto vamos chamá-las de igrejas locais porque, permanecendo fieis ao ensino do NT, não se filiaram a nenhuma organização ou movimento; continuaram sendo igrejas autônomas e, conseqüentemente, locais. Deus nunca se deixou a Si mesmo sem testemunho (At 14:17).
O historiador E. H. Broadbent escreve: “Há uma sucessão ininterrupta de igrejas, compostas de crentes, que procuravam praticar o ensino do Novo Testamento. Esta sucessão não é encontrada necessariamente num só lugar, pois freqüentemente estas igrejas foram dispersas ou se degeneraram, mas outras, semelhantes, surgiram em outros lugares. O modelo é apresentado nas Escrituras com tanta clareza, que é possível haver igrejas semelhantes em diversos lugares, mesmo não sabendo que outros, antes deles, seguiram o mesmo caminho, ou que nos seus próprios dias alguns estavam fazendo isto em diversos lugares” (The Pilgrim Church, pág. 2).
H. H. Muirhead afirma: “… há duas linhas históricas a traçar; duas tendências que não se conciliam — a centralização administrativa e a fixidez dogmática, por um lado, e a reação em favor dos ensinos e práticas do Novo Testamento, simples e desartificiosos, por outro … A primeira delas tem o seu ponto culminante na hierarquia romana: a segunda, numa volta à norma apostólica” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 75).
No final do terceiro século, a maioria das igrejas era muito diferente daquelas igrejas dos dias dos apóstolos. As mudanças foram realmente grandes. O livro já citado, O Cristianismo Através dos Séculos, ainda comenta: “Essa transformação, que gradualmente ia formando a Igreja Católica, foi motivada pela rápida influência judaica e pagã … Naturalmente essa transformação não poderia deixar de provocar protestos por parte dos mais espirituais nas igrejas, resultando em divisões”. E. H. Broadbent também escreve sobre esta transformação: “À medida que a organização do grupo católico de igrejas desenvolvia, surgiram no seu meio grupos que almejavam uma reforma; também algumas igrejas se separam dela; e ainda outras, perseverando nas doutrinas e práticas reveladas no NT, achavam-se isoladas daquelas igrejas que as abandonaram … Havia naquele tempo, como agora, várias linhas divergentes de testemunho … e vários grupos de igrejas que se excluíam mutuamente” (The Pilgrim Church, pág. 11).
Os Montanistas
Muitos daqueles que se opuseram às mudanças nas igrejas foram apelidados Montanistas, devido à grande influência de Montano que, partindo da região da Frígia, condenava corajosamente os desvios das igrejas que abandonavam o modelo bíblico da igreja local.
AUTONOMIA
Opondo-se a qualquer idéia de federação de igrejas, os Montanistas defendiam a autonomia de cada igreja local.
Os Montanistas, entre outras coisas, ensinavam que a direção das igrejas é prerrogativa do Espírito Santo, e resistiam à dominação exercida pelos “bispos”. Destacavam a necessidade de cada igreja deixar lugar para a operação do Espírito no seu meio. No leste do Império Romano logo surgiu uma separação definitiva, porém no ocidente os chamados “Montanistas” permaneceram em comunhão com as igrejas que aceitavam a autoridade dos “bispos” até o começo do século III, quando finalmente seguiram o exemplo dos seus irmãos do leste, separando-se daquele grupo que viria a ser a Igreja Católica. Um dos ensinadores mais destacados naquela época entre os Montanistas foi Tertuliano, cuja oposição à idéia de federação, e cuja defesa da autonomia das igrejas locais, foram decisivas nesta separação. O alvo dos chamados Montanistas era “fazer voltar o Cristianismo aos seus moldes primitivos” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 85). A Shaff-Herzog Encyclopedia, Vol III, diz o seguinte a respeito deles: “Não foi uma nova forma de Cristianismo: foi a volta ao velho, à Igreja primitiva, em oposição à corrupção do cristianismo corrente” (pág. 1562).
Não devemos pensar, porém, que todas as igrejas que foram apelidadas “Montanistas” eram realmente igrejas segundo o modelo nas Escrituras. A “Igreja” perseguidora incluía sob este nome muitos que divergiam entre si, da mesma maneira que as palavras “crente” ou “evangélico” são usadas hoje. Muitos que se chamam de crentes em nossos dias professam falar em línguas desconhecidas e ter o poder de fazer milagres, expulsar demônios e curar os enfermos. São divididos em inúmeras denominações onde cada congregação tem o seu Pastor. Qualquer historiador daria ênfase a estes, pois são a vasta maioria, e se mencionasse aquelas igrejas que hoje seguem o modelo claro do NT as chamaria também de “crentes” ou “evangélicas”, embora estas nada têm em comum com as denominações.
Entre os chamados Montanistas havia divergências. Algumas destas igrejas, fugindo do erro de organização humana na obra de Deus, caíram em outro erro por não entender as Escrituras no tocante aos dons do Espírito Santo. Procuravam os dons de línguas, de profecia, e outros semelhantes que foram dados como sinais nos primeiros anos da era apostólica, não percebendo que tais dons haviam cessado (veja Mc 16:16-20 e Hb 2:3-4). Outras igrejas, porém, baseando-se no ensino da Palavra de Deus, sabiam que tais dons não mais existiam, e continuavam seu testemunho simples e fiel segundo a Palavra de Deus. Estes foram chamados de Novacianos.
Os Novacianos
Foram assim apelidados porque um certo Novácio, que mais tarde foi martirizado, foi um bem conhecido ensinador entre estas igrejas. Eles não aceitavam nome algum, mas afirmavam ser individualmente cristãos e irmãos. Não reconheciam como igreja aquela que uniu-se ao Estado, nem davam qualquer valor às suas ordenanças.
Estes irmãos, bem como os demais Montanistas, se opunham à hierarquia na igreja, e ensinavam e praticavam a verdade do sacerdócio de todos os salvos. Foram inimigos implacáveis das inovações que gnósticos e pagãos introduziam nas igrejas. Discordavam também daqueles Montanistas que diziam possuir dons espetaculares, tais como o de línguas e profecia (veja O Cristianismo Através dos Séculos, págs. 86-87).
Durante muitos anos estes irmãos continuaram o seu testemunho. Espalharam-se por diversas partes do Império Romano, especialmente no Norte da África e na atual Turquia. Em Ecclesiastical Researches o Dr. Robinson escreve: “Continuaram a florescer por duzentos anos. Depois, quando as leis penais os obrigaram a se esconder em lugares retirados e adorar a Deus secretamente, foram designados por vários nomes, e a sua sucessão continuou até a Reforma.”
No quarto século havia muitas destas igrejas na atual Turquia e na Armênia, muitas das quais haviam começado nos dias dos apóstolos (provavelmente fruto dos trabalhos de Paulo e seus companheiros). Além do Eufrates, onde provavelmente Pedro e outros trabalharam bastante, havia ainda muitas igrejas seguindo o modelo original. Retomaremos a história destas igrejas após uma breve referência aos Donatistas.
Os Donatistas
Este movimento no Norte da África foi influenciado pelos chamados Novacianos. Receberam o nome de Donatistas porque dois dos seus ensinadores mais notáveis se chamavam Donato. Este grupo separou-se da igreja dos bispos por questões disciplinares, mas manteve a mesma forma de hierarquia; não voltou ao modelo deixado nas Escrituras. E. H. Broadbent diz: “Os Donatistas, sendo muitos no norte da África, e tendo mantido muito da organização católica, possuíam condições para apelar ao Imperador no seu conflito com o grupo católico” (The Pilgrim Church, págs. 20-21). Discordavam da Igreja Católica, pois acreditavam que o caráter moral dos ministrantes afeta seu ministério. Foram condenados em concílios convocados pela Igreja Católica e cruelmente perseguidos. Foram finalmente extintos quando a invasão maometana atingiu o Norte da África.
TODOS JUNTOS?
“… a idéia de que existia, nos primeiros três séculos, uma igreja verdadeiramente católica e unida está longe da verdade.”
Assim podemos ver que a idéia de que existia, nos primeiros três séculos, uma igreja verdadeiramente católica e unida está longe da verdade. Muito pelo contrário, a verdade incontestável é que naqueles dias, como agora, havia várias correntes de testemunho, vários grupos que mutuamente se excluíam. O livro O Cristianismo Através dos Séculos, comentando os primeiros três séculos do cristianismo, diz: “… o crescimento fora fenomenal … Também o Cristianismo ganhara alta posição social e, em muitas igrejas, grande parte dos membros eram ricos … Esta expansão, todavia, custou um alto preço. Se o Cristianismo venceu o paganismo, de seu turno, o paganismo operou transformação no Cristianismo … O mundo grego-romano fora cristianizado, e o Cristianismo, em parte, paganizado. Todavia, seria erro supor que esta situação prevalecesse … em todas as igrejas … Entre os grupos dissidentes havia uma aproximação ao Cristianismo primitivo” (págs. 126-127).
Constantino (séc. IV) e depois
Quando Constantino entrou vitorioso em Roma ele pôs fim às perseguições aos cristãos. Estes haviam sofrido desde o começo, primeiramente nas mãos dos judeus e depois nas do Império Romano. Todos os grupos de igrejas, bem como aquelas igrejas que não faziam parte de grupo algum, sofriam a mesma perseguição.
Com o Imperador Constantino, porém, uma fase nova começou. Este Imperador, sem renunciar a sua posição de Pontífice Máximo da religião pagã, assumiu a mesma posição entre os cristãos. O célebre intelectual brasileiro, Rui Barbosa, escreveu na introdução do livro que traduziu (O Papa e o Concílio): “Foi o que entrou a suceder sob Constantino. Estreou-se aí o sacrifício do cristianismo ao engrandecimento da hierarquia. O Imperador não batizado recebe o título de bispo exterior; julga e depõe bispos; convoca e preside concílios; resolve sobre dogmas. Já não era mais esta … a igreja dos primeiros cristãos.”
No mesmo livro, Rui Barbosa continua descrevendo a Igreja que se uniu ao Império, e comenta: “de perseguida, tornou-se perseguidora”. Logo, todo o poder do Império estava à disposição dos bispos e, liderados pelos Metropolitanos, não hesitaram em perseguir aquelas igrejas que ainda mantinham fielmente o ensino apostólico. Na medida do possível eles procuravam exterminar os verdadeiros servos de Deus, e juntamente com eles destruíam, quando possível, todos os seus escritos. Esta é a razão da escassez de informações existentes quanto à história das igrejas locais. É necessário também lembrar que a Igreja Católica as difamava injustamente, chamando-as de hereges e dando-lhes nomes, tais como Paulicianos, Cátaros e outros; nomes estes que estas igrejas repudiavam.
Ao prosseguir por esta estrada escura convém lembrar de certos fatos. As acusações feitas pela “Igreja” perseguidora não são de confiança, a não ser quando há evidências para sustentá-las. Além disto, devemos lembrar da tendência de generalizar. As igrejas locais, como mencionamos acima, não reconheceram qualquer nome denominacional, mas os perseguidores as chamavam de Paulicianos, e outros nomes. Não devemos pensar que todos os que a Igreja Católica classificava de Paulicianos compartilhavam as mesmas crenças.
UM FATO IMPORTANTE
“… apesar da escassez de informações, surge um fato inegável: em todo este período, desde o Imperador Constantino até à Reforma, as igrejas locais continuaram a existir …”
Em nossos dias, o nome de “crente” inclui muitos grupos com pensamentos e práticas diferentes, e foi assim através dos séculos. Qualquer historiador que tentasse escrever sobre o cristianismo no Brasil neste século XX daria destaque aos movimentos pentecostal e carismático, e pouco ou nada teria a dizer das igrejas locais que não fazem parte de organização alguma, porque mantém fielmente os princípios da Palavra de Deus (por exemplo, a autonomia de cada igreja local).
Mas, apesar da escassez de informações, surge um fato inegável: em todo este período, desde o Imperador Constantino até à Reforma, as igrejas locais continuaram a existir, e a seguir fielmente o modelo da Palavra de Deus. Veja algumas evidências disto.
Apesar da perseguição feroz e da difamação cruel, alguns escritos daquela época ainda existem, o que permite que a verdade seja conhecida, pelo menos em parte.
Os Paulicianos
Não se sabe ao certo por que receberam este nome, mas presume-se que foi devido ao destaque que davam às cartas de Paulo. A Igreja Católica os chama de hereges, e os acusa de toda a sorte de perversidade, porém a verdade é bem outra. Gregório, considerado um dos “Pais da Igreja”, e inimigo dos Paulicianos, escreveu: “não são acusados de perversidade de vida, mas sim de livre pensamento e de não reconhecer autoridade. De uma posição negativa quanto à igreja, eles tomaram uma posição positiva, e começaram a examinar o próprio fundamento, as Escrituras Sagradas, procurando ali um ensino puro, e direção sadia para a sua vida moral” (The Pilgrim Church, pág. 59-60). E. Gibbon, um historiador do século XVIII, escreveu dos Paulicianos: “Foi esta a forma primitiva do cristianismo”.
Estas igrejas se espalhavam na Ásia e na Armênia até além do Eufrates. The Pilgrim Church comenta que eram “igrejas de crentes batizados, discípulos do Senhor Jesus Cristo, que guardavam a doutrina dos apóstolos, num testemunho ininterrupto desde o começo” (pág. 44).
A CHAVE CERTA…
O documento A Chave da Verdade ajudou a esclarecer muita coisa sobre os Paulicianos.
No ano de 1891 a.D., W. J. Coneybeare descobriu na Biblioteca do Santo Sínodo em Edjmiatzin, na Armênia, um documento provavelmente escrito por um dos chamados Paulicianos, intitulado A Chave da Verdade. A descoberta deste documento, e outros mais, permitiu que a verdadeira história deste povo, pelo menos em parte, fosse conhecida. Coneybeare comentou: “A igreja Pauliciana não era uma igreja nacional, nem de uma raça particular, mas uma velha forma da igreja apostólica”. Devemos lembrar que eles mesmos repudiavam o nome “igreja Pauliciana”. A Chave da Verdade mostra que eles destacavam a necessidade de arrependimento e fé antes do batismo; suas igrejas eram governadas por anciãos.
Sendo igrejas autônomas, sem um centro que dirigisse ou organizasse, é provável que havia certas diferenças entre estas igrejas, mas o pouco que sabemos deles mostra uma determinação de fazer tudo conforme o modelo nas Escrituras.
Constantino Silvano
Em cerca de 653 a.D. um cristão da Armênia hospedou-se na casa de um certo Constantino, e ao despedir-se deixou um presente de grande valor — uma cópia dos quatro Evangelhos e das epístolas de Paulo. A leitura das Escrituras impressionou muito este homem, e resultou na sua conversão. Imediatamente, ele “resolveu dedicar-se a trabalhar com todo o esforço, a fim de conseguir a volta do cristianismo à sua primitiva forma” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 165). Outro historiador escreveu: “O estudo destes escritos … bem depressa afastou do espírito de Constantino qualquer idéia falsa que pudesse ter tido, e deu-lhe um sincero desejo de novamente ver a igreja naquele estado de simplicidade que a distinguia no tempo dos apóstolos” (A História do Cristianismo, A. Knight e W. Anglin). Ele foi um dos Paulicianos mais conhecidos, e devido ao seu zelo e fidelidade foi apedrejado em 690 a.D. Dizem que 100.000 Paulicianos foram mortos na Armênia, por ordem da Imperatriz Teodora.
Com o passar do tempo, sinais de degeneração começaram a aparecer. Alguns, provocados pela perseguição feroz nos dias da Imperatriz Teodora, pegaram em armas para se defenderem; abandonaram a atitude pacifista dos milhares de mártires que haviam selado seu testemunho com o próprio sangue. Alguns sinais de degeneração doutrinária também começaram a aparecer, e como exemplo disto citamos a questão do batismo. Inicialmente estas igrejas insistiam na necessidade de arrependimento e fé antes do batismo, o qual foi administrado por imersão. “Parece que o modo geral de batismo entre os últimos Paulicianos era afusão, ainda que … os primitivos praticassem imersão” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 169-170).
Vemos outro exemplo desta degeneração na questão do pão e do vinho na Ceia do Senhor. Pelo menos alguns entre eles passaram a considerar que estes emblemas “abençoados” eram mudados no corpo e sangue de Cristo, e chamavam esta ordenança de “mistério da salvação”.
Expansão dos Paulicianos
Devido ao trabalho missionário dos Paulicianos o Evangelho chegou a muitos lugares, especialmente à Bulgária, Bósnia e Sérvia, e “no princípio do século VIII as doutrinas paulicianas espalharam-se por toda a Europa, firmando-se no sul da França, onde mais tarde floresceram os Albigenses” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. l68).
As igrejas que foram plantadas na Bulgária continuaram durante muito tempo, e mesmo no século XVII há evidências de congregações conhecidas como “Pavlicani” (Paulicianas). Estas foram descritas pela Igreja Ortodoxa como “hereges convictos”, enquanto que elas classificaram a Igreja Ortodoxa de “idólatra”. A degeneração espiritual também atingiu estas igrejas, e gradualmente foram desviadas das verdades que outrora defendiam, e pelo esforço de missionários franciscanos, finalmente foram absorvidas pela Igreja Católica Romana. Os candeeiros iam sendo removidos, mas o testemunho iria continuar em outros lugares.
Muitas igrejas na Bulgária foram apelidadas também de “Bogomili”, significando “amigos de Deus”, mas sendo perseguidas cruelmente pelo Império Bizantino, os cristãos fugiram para o oeste, e muitos entraram na Sérvia, mas o poder da Igreja Ortodoxa logo obrigou-os a fugir para a Bósnia.
Bósnia
No século XII havia muitas igrejas locais na Bósnia, no tempo de Kulin Ban, um dos mais eminentes governantes daquele país. Ele e sua esposa, bem como milhares de Bósnios, deixaram a Igreja Católica. E. H. Broadbent diz no livro The Pilgrim Church: “Não havia sacerdotes; eles reconheciam o sacerdócio de todos os salvos. As igrejas eram guiadas por anciãos … vários deles em cada igreja. Reuniões poderiam ser convocadas em qualquer casa, e os lugares de reunião regular eram simples, sem sinos ou altares” (pág. 61).
No início do século XIII, sob ameaça de invasão, as autoridades da Bósnia cederam às pressões do Papa e a liberdade cessou, mas as igrejas continuaram, apesar de perseguidas.
O Papa finalmente persuadiu o Rei da Hungria a invadir a Bósnia por causa do fracasso das medidas anteriores, e a Bósnia foi devastada. As igrejas, porém, continuaram o seu testemunho. Diante desta situação o Papa convocou todo o “mundo cristão” para uma “guerra santa”, e também estabeleceu a Inquisição no ano de 1291, para destruir definitivamente “os hereges”.
COMUNHÃO…
“É nesta época [século XIII] que observamos uma comunhão verdadeira entre estas igrejas e seus irmãos no sul da França, Alemanha e outros lugares, estendendo-se até a Inglaterra e Itália.”
É nesta época que observamos uma comunhão verdadeira entre estas igrejas e seus irmãos no sul da França, Alemanha e outros lugares, estendendo-se até a Inglaterra e Itália. Numa época de grande perseguição contra os chamados Albigenses no norte da Itália e sul da França, muitos irmãos conseguiram fugir e achar proteção na Bósnia (The Pilgrim Church, pág. 62).
Estas igrejas da Bósnia formam um elo entre as igrejas primitivas da era apostólica e as outras que surgiram posteriormente nos Alpes da Itália e França.
Quando muitos irmãos tiveram de deixar a Bósnia devido às perseguições, passaram pela Itália e chegaram ao sul da França. Pelo caminho todo encontraram com muitos cristãos que compartilhavam a mesma fé. Havia ainda nesta época cristãos que aceitavam as Escrituras como sua única regra de fé. Um dos seus perseguidores queixou-se bastante da atitude destes cristãos em recusar qualquer nome denominacional, e em não reconhecer homem algum como seu fundador. Ele escreveu: “Pergunte a eles quem é o fundador da sua seita, e não apontarão homem algum … Sob que nome ou sob que título poderá se arrolar estes hereges? Na verdade, sob nome algum, pois a heresia deles não é derivada de homens, mas sim dos demônios.” Mesmo assim outro líder dos Inquisidores os chamou de “Igreja dos Cátaros”, ou seja, “Igreja dos de vida pura”, e testificou que eles se estendiam desde o Mar Negro até ao Atlântico.
Nos vales dos Alpes estas igrejas se reuniam durante séculos e, embora recusassem reconhecer nome algum, foram conhecidos como Valdenses, Albigenses, etc. Diziam existir desde os tempos dos apóstolos. Não eram igrejas “reformadas”, pois nunca desviaram daquele modelo apresentado no Novo Testamento, como fizeram as igrejas que formaram a Igreja Romana, a Ortodoxa , e outras. A posição básica destas igrejas era a de considerar as Escrituras como o padrão para os seus dias, não sendo anuladas pelas mudanças nas circunstâncias. O seu alvo era manter o caráter do cristianismo original.
O testemunho dos seus perseguidores é impressionante. Um dos Inquisidores escreveu, em meados do século XIII: “Esta seita é a mais perniciosa de todas, por três razões:
• É a mais antiga; alguns afirmam que existe desde o tempo dos apóstolos;
• Alastrou-se muito: existe em quase todos os países;
Eles tem vidas justas e crêem tudo a respeito de Deus; apenas blasfemam a Igreja Romana e os seus clérigos.”
É um fato histórico que diversos grupos floresceram no sul da França, alguns mais, outros menos evangélicos, do princípio do século XII em diante. Já mencionamos como os perseguidores generalizavam, e isto aconteceu também neste caso, pois o nome Albigenses foi usado de todos os que não se sujeitaram à soberania do Papa. Daí vem muita confusão (veja O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 306). Verdadeiras igrejas locais e grupos sectários se confundem na terminologia dos perseguidores, pois classificavam todos os que não reconheciam a Igreja Católica como Albigenses.
Apesar desta confusão, é mais que evidente que sempre houve igrejas conforme o modelo do Novo Testamento desde os tempos dos apóstolos, embora nem sempre no mesmo lugar.
Não há dúvida de que havia igrejas nos vales dos Alpes, conhecidas como Valdenses, que baseavam a sua fé e prática somente nas Escrituras, e eram verdadeiros seguidores daqueles que desde a era apostólica fizeram o mesmo. O livro já citado, The Pilgrim Church, diz: “Não possuíam nenhum credo, ou religião, ou regras, a não ser as Sagradas Escrituras, e não permitiam que a autoridade de homem algum substituísse a autoridade das Escrituras” (pág. 98).
ALBIGENSES
“…vestiam-se com relativa simplicidade, comiam e bebiam moderadamente, eram sempre laboriosos e estudiosos, havendo entre eles muitos homens e mulheres que sabiam de cor todo o Novo Testamento.”
Dois documentos datados do século XIII, e escritos por seus perseguidores, são importantes para nos dar uma idéia de quem eram estes Valdenses. Um destes documentos os descreve da seguinte forma: “vestiam-se com relativa simplicidade, comiam e bebiam moderadamente, eram sempre laboriosos e estudiosos, havendo entre eles muitos homens e mulheres que sabiam de cor todo o Novo Testamento”. O segundo diz que “rejeitavam os milagres religiosos e os festivais, etc.” (veja O Cristianismo Através dos Séculos, págs. 319-320). Os mesmos documentos mostram que rejeitavam o batismo de crianças e a transubstanciação. Os próprios depoimentos dos perseguidores mostram que estas igrejas perseguidas estavam seguindo bem de perto o modelo deixado no NT.
No final da chamada “Idade Média” havia, além das muitas igrejas locais bíblicas, movimentos de protesto dentro da própria Igreja Romana. Muitos verdadeiros cristãos, ainda ligados ao sistema papal, pregavam ousadamente o Evangelho puro, e muitos tiveram de pagar com a própria vida. Embora o nosso propósito seja seguir a história de igrejas locais, não podemos deixar de mencionar nomes como Marcílo de Pádua, na França, e mais tarde João Wycliff na Inglaterra, Conrado do Waldhausen, Pedro Chelcicky da Boêmia, João Huss de Praga, e um verdadeiro exército de reformadores como eles, antes da tão falada Reforma do século XVI.
A Reforma — Século XVI
Antes, e até à ocasião da Reforma, havia em muitas partes da Europa grupos de Igrejas que procuravam seguir o modelo do Novo Testamento, e conseqüentemente não aceitavam nome denominacional. Em 1463 a.D. e também em 1467 a.D. houve Conferências de alguns destes irmãos, quando consideraram juntos os princípios da igreja. Naquelas Conferências declararam formalmente a sua separação da igreja Romana, e se descreveram como “Unitas Fratrum”, ou seja, Irmãos Unidos, acrescentando que não queriam formar um novo grupo, nem separar-se dos irmãos que, sem qualquer denominação, reuniam-se em muitos países.
Por este fato podemos perceber que havia muitas igrejas naquela época que procuravam agir de acordo com o modelo bíblico de igreja local, mas havia entre elas algumas divergências. Algumas (como as igrejas dos Irmãos Unidos), ao mesmo tempo que procuravam manter a autonomia local, estabeleceram uma certa federação e adotaram, com reservas, um nome. Outras igrejas, porém, permaneceram fiéis ao modelo primitivo, recusando participar destas Conferências e recusando qualquer nome, mesmo o de “Irmãos Unidos”.
MINORIA OU MAIORIA?
“… [os cristãos que reuniam na simplicidade do modelo do Novo Testamento] eram tão numerosos que tanto a Igreja Católica quanto as Igrejas Protestantes temiam que poderiam ameaçar a sua supremacia.”
Não está no escopo deste livreto contar a bem conhecida história da Reforma, mas precisamos observar o efeito dela nestas igrejas locais. Geralmente se crê que a Reforma dividiu a Europa entre Católicos e Protestantes. O grande número de cristãos que reuniam na simplicidade do modelo do Novo Testamento é ignorado. Eram, porém, tão numerosos que tanto a Igreja Católica quanto as Igrejas Protestantes temiam que poderiam ameaçar a sua supremacia. Este fato levou tanto Católicos quanto Protestantes a perseguirem cruelmente aqueles cristãos que não reconheciam a sua autoridade.
Martinho Lutero
Martinho Lutero compreendeu claramente o plano de salvação pela fé, e por suas pregações claras e poderosas levou muitos à certeza da salvação. Também entendeu perfeitamente os princípios bíblicos da igreja, mas após uma intensa luta consigo mesmo os abandonou. Johannes Warns, no seu livro Baptism, comenta com surpresa que “um homem como Lutero, que em 1520 a.D. … defendeu a liberdade do cristão; que em 1526 a.D., no seu tratado German Mass and Order of Divine Service, testificou que conhecia bem o modelo duma igreja de crentes, biblicamente organizada, mais tarde mudou de forma tão radical, contradizendo seus próprios princípios” (pág. 184). Warns ainda afirma: “historicamente nada é mais incorreto do que a afirmação de que a Reforma foi um movimento para a liberdade de consciência” (pág. 188).
Os Anabatistas
É nesta época que aparece nas páginas da história o nome “Anabatista”. Significa “Rebatizador”, e foi usado para descrever todos aqueles que rejeitavam a aspersão de crianças, e praticavam a imersão de adultos já salvos. As igrejas locais que procuravam continuar na simplicidade do modelo do Novo Testamento sempre fizeram assim, e obviamente estavam incluídas sob este apelido, junto com diversos grupos que adotavam a mesma posição em relação ao batismo.
A Igreja Católica os perseguia até à morte. Lutero e Zwinglio, líderes das Igrejas Protestantes da Reforma, tomaram a mesma posição, causando o martírio de milhares de cristãos.
No início as igrejas locais se alegraram muito com o aparecimento de Lutero, passando a testemunhar de forma muito mais pública. A sua alegria e liberdade, porém, durou pouco. Johannes Warns, no já citado livro, diz: “Estas comunidades (as igrejas locais) receberam com alegria e com grande expectativa o advento de Lutero. Os princípios antigos duma comunhão cristã bíblica … foram proclamados abertamente … Quando, porém, Lutero e seus companheiros, bem como Zwinglio, abandonaram a idéia de formar igrejas de crentes conforme o modelo bíblico, preferindo estabelecer Igrejas unidas ao Estado, surgiu um antagonismo cruel” (pág. 191) contra todos que recusaram incorporar-se a estas Igrejas do Estado.
E. H. Broadbent escreve em The Pilgrim Church: “A esperança despertada entre os irmãos gradualmente desapareceu à medida que eles se viam entre dois sistemas eclesiásticos (Católico e Protestante), ambos dispostos a usar a espada para forçar conformidade” (pág. 147).
PERSEGUIÇÃO!
Por judeus e romanos, Igrejas do Estado (na Roma e Grécia), Católicos e Protestantes, “as igrejas locais sempre foram perseguidas.”
As igrejas locais sempre foram perseguidas. Nos primeiros três séculos desta era foram perseguidas pelos judeus, e depois pelo Império Romano. Desde a “conversão” do Imperador Constantino estas igrejas passaram a sofrer a perseguição por parte das Igrejas do Estado (Romana no ocidente e Grega no oriente). Agora, porém, havia mais uma agravante. As igrejas Protestantes de Lutero e Zwinglio as perseguiam também, queimando milhares de cristãos e afogando outros. Por não negarem a sua convicção quanto à autonomia da igreja local e o batismo somente daqueles que crêem, e por não aceitarem a doutrina da Transubstanciação, foram martirizados pelos seus próprios irmãos em Cristo, os Luteranos da Alemanha e os Protestantes da Suíça.
Devemos esclarecer, porém, que nem todos que eram apelidados de Anabatistas estavam seguindo verdadeiramente o modelo bíblico. Havia joio no meio do trigo, mas é um fato inegável que as igrejas que aderiram aos princípios do Novo Testamento foram tão cruelmente perseguidas, tanto pelos católicos como pelos evangélicos, que quase desapareceram das páginas da história. Acharam refúgio por algum tempo na Áustria, mas os anos que seguiram à Reforma foram entre os mais difíceis para estas igrejas. Praticamente eliminadas na Alemanha e na Suiça, e perdendo a proteção na Austria, alguns conseguiram fugir para a Holanda e daí para a Inglaterra, onde continuaram apesar de constantes perseguições. E. H. Broadbent comenta que além da Igreja Católica, a Igreja da Inglaterra, e as denominações evangélicas que havia naquele tempo na Inglaterra, “havia também grupos de crentes que correspondiam às igrejas de Deus do Novo Testamento … mas seu testemunho foi mantido … no meio de circunstâncias tão confusas que constituíram uma verdadeira prova de fé e amor” (pág. 247-248).
O Século XIX
UMA OBRA DO ESPÍRITO
“Não sabiam que outros … já estavam fazendo a mesma coisa”
No começo do século XIX a história registra um aumento realmente impressionante destas igrejas locais, começando na Irlanda e estendendo-se quase que simultaneamente a vários países na Europa. Sem dúvida alguma foi uma obra do Espírito Santo. Em 1827 a.D. alguns cristãos na cidade de Dublin, na Irlanda, começaram a reunir-se para partir o pão e edificar-se mutuamente. Não sabiam que outros, por exemplo perto de Omagh na Irlanda do Norte, e em Georgetown na Guiana Inglesa, já estavam fazendo a mesma coisa. Rapidamente mais e mais igrejas locais e autônomas surgiram em muitos lugares.
Logo no começo daquela igreja em Dublin destacou-se um irmão que teria um impacto muito grande, não só na Irlanda, mas em todo o mundo. Era J. N. Darby. Até hoje quantos cristãos e quantas igrejas sentem os resultados benéficos dos trabalhos incansáveis daquele saudoso servo do Senhor. Quando, porém, ele adotou a idéia de que o corpo místico de Cristo é algo visivel na Terra, ele foi levado a conclusões errôneas que trouxeram muito prejuízo ao povo de Deus, provocando uma divisão entre igrejas que até então gozavam de preciosa comunhão mútua. Afirmou que os santos que já partiram estão com Cristo, e conseqüentemente nesta condição não fazem parte do corpo de Cristo que (a seu ver) é algo visivel na Terra (Letters of J.N.D. Vol. 1, pág. 527). Desta forma, ele contemplava um corpo que o Novo Testamento não reconhece. A conseqüência inevitável deste ensino foi a formação duma seita — exatamente a idéia que ele procurava combater!
As igrejas que seguiram este ensino de J. N. Darby foram apelidadas de “Exclusivistas”, mas a bem da verdade devemos reconhecer que estes queridos irmãos não adotam este ou qualquer outro nome. Desde então houve freqüentes divisões entre eles, e sub-divisões, o que é conseqüência inevitável do ensino errado quanto ao corpo de Cristo.
As igrejas que não seguiram este ensino se espalharam pelo mundo inteiro, mas muitas delas, embora dizendo ser igrejas neotestamentárias, tem desviado muito da sua posição original, imitando as práticas das denominações chamadas evangélicas e tornando-se como elas. Enquanto ainda professam aceitar o sacerdócio de todos os crentes, estão dependendo mais e mais da liderança dum chamado “obreiro”, que em muitos casos já é reconhecido como o Pastor da igreja. Ainda dizem ser igrejas autônomas, mas já faz bastante tempo que dizem ser do “Movimento dos Irmãos”. E esta descrição está sendo modificada em nossos dias, pois alguns já dizem que são das “igrejas dos Irmãos”. Ainda dizem que não são denominacionais, mas estão caindo no mesmo erro dos “Irmãos Unidos” ao realizarem suas Conferências em 1463 a.D e 1467 a.D.
DEUS É FIEL!
“… ainda há no mundo hoje, em muitos países, igrejas locais e autônomas.”
Apesar da divisão triste do século XIX, e dos grandes desvios atuais, ainda há no mundo hoje, em muitos países, igrejas locais e autônomas. Obviamente não tem denominação, nem sede, pois aceitam somente as Escrituras Sagradas para sua orientação, e dependem dos dons e da direção do Espírito Santo para sua continuação.
Estão, porém, sempre em perigo. Às vezes foram, e ainda são (em alguns lugares) cruelmente perseguidas, mas o maior perigo hoje é a inerente tendência humana de desviar-se de Deus. Muitas igrejas locais tem deixado de existir não devido à perseguição, mas devido ao seu desvio da Palavra de Deus. O Senhor mesmo removeu o candeeiro.
Conclusão
Temos caminhado rapidamente pelo caminho escuro seguido por igrejas locais durante estes quase dois mil anos desta dispensação. Temos percebido, mesmo nos primeiros anos do seu testemunho, quando os apóstolos ainda viviam, uma tendência constante de desviar-se de Deus e do modelo que Ele estabeleceu. Além disto, temos visto um esforço da parte de Satanás para destruir estas igrejas, desviando-as da simplicidade que há em Cristo (II Co 11:3).
Devido à pouca informação confiável que possuímos, o caminho que acabamos de seguir é obscuro. Uma coisa, porém, fica perfeitamente clara. Apesar das falhas humanas e dos ataques satânicos, Deus nunca Se deixou a Si mesmo sem testemunho (At 14:17). Embora muitas igrejas desviaram da simplicidade original, degenerando-se ao ponto de serem removidas pelo próprio Senhor, sempre houve na Terra verdadeiras igrejas locais, desde a formação da primeira igreja em Jerusalém (Atos cap. 2).
Quando “candeeiros” precisavam ser removidos, o Senhor levantava outras igrejas em outros lugares. O testemunho não se apagava; o candeeiro é que era removido. Em nossos dias, quase dois mil anos depois da primeira igreja, ainda há muitas igrejas conforme o modelo do Novo Testamento — Deus é fiel, Ele tem preservado o testemunho. Que nós sejamos fiéis, guardando a Sua Palavra, apesar dos desvios de muitos em nossos dias.
Nossa responsabilidade
A fidelidade de Deus não nos livra de responsabilidade. Em nossos dias, provavelmente os últimos dias do testemunho de igrejas locais na Terra, vemos os ataques de Satanás se redobrarem cada dia. Igrejas que outrora amavam a simplicidade do modelo divino agora adotam as maneiras e os métodos das denominações. Com muita música e atividades sociais procuram atrair as pessoas e manter os jovens na igreja. Dão muita importância às tradições humanas e às opiniões da sociedade em que vivem, e deixam de lado a Palavra de Deus como algo fora de moda. Muitas já perderam todas as características das verdadeiras igrejas de Deus. A situação é confusa, mas ainda é possível manter o modelo que Deus estabeleceu nas Escrituras.
UM MODELO ATUAL!
“…ainda é possível manter o modelo que Deus estabeleceu nas Escrituras”. O artigo “Reunidos em Seu Nome” dá mais detalhes sobre este modelo.
Deus não mudou. O modelo na Sua Palavra não mudou; a nossa responsabilidade é clara. O cristão não deve tornar-se membro de denominação alguma, mas sim separar-se de todas elas para reunir-se com outros cristãos, simplesmente como cristãos, em Nome do Senhor Jesus Cristo, formando assim uma igreja local e autônoma, onde o Senhor Jesus é a única atração, e a Sua Palavra a única autoridade. Estas igrejas não precisam, nem devem, unir-se a movimento algum; mas ao mesmo tempo que mantém a sua autonomia, devem cultivar comunhão com outras igrejas que seguem os mesmos princípios.
Tais igrejas podem ser fracas, pequenas, e desprezadas pelo mundo religioso, mas o Senhor lhes deixou uma promessa animadora: “eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a Minha Palavra, e não negaste o Meu Nome” (Ap 3:8).
“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (II Co 6:17).
“Saiamos pois a Ele fora do arraial, levando o Seu vitupério.” (Hb 13:13).
R. E. Watterson
O texto acima é a íntegra do livrete "A história esquecida" publicado pela Editora Sã Doutrina.
quinta-feira, 14 de janeiro de 2010
O que é um Cristão.
At 26:28
O termo “cristão” será usado estritamente de acordo com o ensino do Novo Testamento. Usando o processo de eliminação vamos ver primeiro:
I. O QUE NÃO É SER CRISTÃO:
1. Tornar-se cristão não é tornar-se “religioso” ou adotar uma nova “religião”.
a) Entre os não crentes aceitar a Cristo é interpretado como “aceitar o cristianismo”.
b) Nos países chamados cristãos a conversão freqüentemente é o mesmo que tornar-se religioso.
c) Tais expressões são totalmente inadequadas e falsas. Não havia homem mais religioso sobre a terra do que Saulo de Tarso (At 22:26; Fil 3). Ele era um homem zeloso e cheio de paixão religiosa. Ser religioso está muito longe daquilo que o Novo Testamento chama ser cristão!
d) Ser um verdadeiro cristão não é aceitar um credo, declaração ou doutrina. Nem tampouco observar ritos e cerimônias, assistir cultos e se conformar a um padrão de vida!
e) De modo algum religião é Cristianismo. Quando pedimos às pessoas para se tornarem cristãs, não estamos pedindo que mudem de religião, nem que se tornem religiosas.
2. Tornar-se cristão não é unir-se a uma instituição chamada igreja.
a) Não existe tal coisa chamada “unir-se à igreja”. Não damos nenhum passo, nem em palavras, nem em atos para que nossos membros se tornem parte do nosso corpo. Não existe diferença entre os membros e o corpo. Mas, eles não se tornam membros pela organização, convite, exame, interrogação ou catecismo. Não! Só pela vida!
b) No tocante à Igreja de Cristo é a mesma coisa: tem que existir um verdadeiro relacionamento de vida. Ser membro no sentido técnico é uma coisa supérflua. Sem relacionamento não existe a Igreja de Cristo.
c) Existem multidões que são membros do que é chamado de “Igreja”, mas que não suportarão o teste do que seja realmente um cristão.
d) Quando convidamos as pessoas para tornarem-se cristãs não estamos pedindo que se unam à igreja.
e) Devemos reconhecer que o cristianismo não é mais uma instituição ou sociedade. Você pode ir a muitas chamadas “igrejas” e nunca encontrar satisfação.
f) Naturalmente isso é negativo, mas devemos reconhecer que quando nos tornamos cristãos, nós compartilhamos uma nova vida em Cristo, juntamente com todos os outros que nasceram de novo e assim nos tornamos um em Cristo!
3. Tornar-se cristão não é tornar-se parte de um novo movimento.
a) O cristianismo é num sentido um movimento: um movimento Divino do céu!
b) Mas alguns concebem o cristianismo como sendo um grande empreendimento para melhorar o mundo. Um apelo é feito para que as pessoas se unam a esta grande obra.
c) Mais cedo ou mais tarde os que se uniram a ele descobrirão que estão numa falsa posição.
d) Existe algo que deve acontecer antes do movimento: o movimento está com Deus e não conosco. O maior valor no movimento, quando chega a hora de Deus para ele, é que aprendemos a não nos mover sem Ele.
e) Não apelamos para que as pessoas se unam a um movimento, onde todas as suas forças e entusiasmo natural poderão ser usados!
f) Deus tem um propósito e você se interessa por Ele em relação àquele propósito! Mas antes devemos nos tornar “novas criaturas”!
II. O QUE É SER UM CRISTÃO
Vamos ver o que é ser um cristão utilizando um grande exemplo: Saulo de Tarso. O modo como ele foi convertido pode não ser comum ou geral, mas os princípios são sempre os mesmos. Os três princípios e realidades de uma verdadeira vida cristã são:
1. Quem És Tu? “Eu sou Jesus”!
A primeira coisa é um conhecimento interior de que Jesus é uma Pessoa viva e não apenas saber que Ele existiu.
a) Para Paulo foi uma tremenda descoberta: Jesus está vivo? Ele foi crucificado e morto; o que restava agora era apagar Sua memória e destruir aquilo que O representava.
b) Saulo dedicou-se a isso! Que surpresa não foi para ele descobrir que Jesus estava vivo! E na glória!
c) Começamos nossa vida cristã experimentando essa realidade viva. Não um Jesus da história, mas um Jesus do coração!
d) Todos devem provar isso! Temos apenas que lançar fora nossas tradições, preconceitos, dúvidas, perguntas e problemas mentais, ir diante Dele e falar com Ele, embora Ele não possa ser visto.
e) Fale com Ele com coração honesto e como se estivesse face a face com Ele. Fale com Ele como você fala com uma Pessoa.
f) O Espírito Santo está no mundo para levar as pessoas a experimentarem esta realidade! Que Jesus vive e entra no coração de todo aquele que se volta para Ele honestamente.
g) Só existe um caminho que é Jesus. Você ouviu falar de um médico e ele é o homem para o seu caso! Você diz que não existe tal pessoa? Que há evidências que ele morreu a muito tempo? Você vai até ele para dizer que não crê que ele seja médico?
h) Se você fizer isso mostrará duas coisas:
1º) Ou seu caso não é tão sério!
2º) Ou você está fugindo da sua seriedade!
i) Se seu caso é sério e você sabe disso, o mínimo que você vai fazer é ir ao médico e contar a ele sua situação e pedir para ele fazer o que pode!
j) A descoberta de que Jesus é uma realidade viva é a primeira coisa na vida cristã. Isto é um teste e um testemunho.
2. O que Queres Que Eu Faça Senhor?
Esta é a segunda coisa na vida cristã.
a) Isso representa uma nova posição e um novo relacionamento!
b) Antes disso Saulo propunha, planejava, determinava e desejava; fazia tudo para uma boa causa: para o próprio Deus!
c) Uma evidência clara de uma vida verdadeiramente aceitável a Deus: o senhorio absoluto de Cristo. Quando descobriu que Jesus vivia, Paulo exclamou: “Senhor! Que queres que eu faça?!”
d) A marca registrada da verdadeira vida cristã é a submissão a Cristo e uma vida governada por Ele como Senhor.
3. Cristo Em Vós – Col 1:27
a) Isto se torna verdade por um ato definido quando creio Nele e o Espírito Santo toma posse de nós interiormente. Isto é “nascer de novo”.
Ser cristão é:
1) Reconhecer que Jesus está vivo.
2) Entronizá-Lo como Senhor absoluto.
3) Ter Sua presença interior e poder, por meio do Espírito Santo.
III. O TESTEMUNHO DE PAULO: At 26:28 (14)
Estas palavras foram pronunciadas ao mesmo homem: como Saulo de Tarso e depois como Paulo o apóstolo. No primeiro caso (At 26.28) por um governador do Império Romano (Agripa) e depois por Jesus de Nazaré. Elas contêm a essência de uma verdadeira experiência cristã:
1) É Algo Absolutamente Pessoal:
“Ouvi uma voz Me dizendo, Saulo! Saulo!”.
a) Outros estavam com Saulo, mas a palavra foi dirigida a ele de forma pessoal. Jesus o conhecia pelo nome!
b) Deus tem um interesse pessoal conosco. Um irmão tinha o costume de evangelizar entregando apenas versículos da Bíblia. Certo dia, visitando um hospital militar, aproximou-se de um soldado que se achava todo enfaixado da cabeça aos pés. Só a boca e os olhos estavam descobertos. Uma enfermeira de longe deu a entender ao irmão que não adiantava falar com o tal soldado. Ele tentou se afastar, mas o Espírito de Deus o moveu a deixar um texto da Palavra no peito do doente. Ao se afastar ouviu o soldado dizer: “O que é isso?” Ele respondeu: “Palavras da Bíblia”. O doente pediu: “Por favor, leia para mim”. E o irmão leu: “Filho meu, dá-me o teu coração”. O doente ficou perturbado e exclamou: “Não sabia que meu nome estava na Bíblia!” O crente explicou: “Você está enganado: seu nome não está na Bíblia. Este é um texto do Livro de Provérbios”. Nessa hora o soldado moribundo pediu ao irmão que lesse a placa que mostrava o seu nome na cabeceira da cama: Myson Jack. Então o irmão entendeu. O texto da Palavra estava em inglês: “My son, give me your heart”. Observe leitor, que o sobrenome do soldado “myson” são as duas primeiras palavras do texto bíblico: “meu filho = myson”. Deus falou com aquele homem de forma pessoal e direta: “Soldado Myson (meu filho), dá-me o teu coração”. Maravilhoso, sublime, tocante!
c)Você acha isso coincidência, acidente? Aquele homem estava para entrar na eternidade e Deus o chamou pelo nome! (Gl 2:20).
d) Paulo não sabia, mas estava “dando coices contra o aguilhão” (At 26:14).
e) Saulo estava tentando desesperadamente provar a falsidade de Cristo e do cristianismo, mas, por dentro ele estava dando coices na vontade de Deus!
f) Cristo é uma realidade e mais cedo ou mais tarde teremos que recebê-Lo: (i) Como Senhor e Salvador agora; (ii) Como Juiz (Fil 2) no final da vida.
2. Cristianismo Não é Uma Religião e Sim Uma Pessoa!
a) Porque Me persegues? Veja a que ponto o zelo religioso de Saulo o levou!
b) Oh! Que tremenda é a diferença entre ser religioso e ser cristão!
c) Como é possível alguém ser apaixonadamente dedicado e devotado àquilo que crê ser de Deus, ou para Deus, e ainda estar “perseguindo” o próprio Deus ou obstruindo no número ou natureza dos pecados. Sua base de julgamento é outra: O que você fez do meu Filho?
e) Nossa rejeição não precisa ser violenta, como foi a de Saulo. Não precisamos cometer pecados grosseiros como: adultério, roubo, morte!
f) Não é necessário jogar o remédio ao chão para perecer; basta deixá-lo onde está e não tomá-lo.
Todas as questões de vida e morte, pecado e justiça, céu e inferno, tempo e eternidade, estão relacionadas não à religião, igreja ou crença, mas a um relacionamento vivo com o Filho de Deus.
a) O cristão é aquele que entrou num relacionamento vivo e encontrou resposta para todas estas perguntas e questões na Pessoa e Obra de Jesus Cristo.
Autor: T. Austin-Sparks
O termo “cristão” será usado estritamente de acordo com o ensino do Novo Testamento. Usando o processo de eliminação vamos ver primeiro:
I. O QUE NÃO É SER CRISTÃO:
1. Tornar-se cristão não é tornar-se “religioso” ou adotar uma nova “religião”.
a) Entre os não crentes aceitar a Cristo é interpretado como “aceitar o cristianismo”.
b) Nos países chamados cristãos a conversão freqüentemente é o mesmo que tornar-se religioso.
c) Tais expressões são totalmente inadequadas e falsas. Não havia homem mais religioso sobre a terra do que Saulo de Tarso (At 22:26; Fil 3). Ele era um homem zeloso e cheio de paixão religiosa. Ser religioso está muito longe daquilo que o Novo Testamento chama ser cristão!
d) Ser um verdadeiro cristão não é aceitar um credo, declaração ou doutrina. Nem tampouco observar ritos e cerimônias, assistir cultos e se conformar a um padrão de vida!
e) De modo algum religião é Cristianismo. Quando pedimos às pessoas para se tornarem cristãs, não estamos pedindo que mudem de religião, nem que se tornem religiosas.
2. Tornar-se cristão não é unir-se a uma instituição chamada igreja.
a) Não existe tal coisa chamada “unir-se à igreja”. Não damos nenhum passo, nem em palavras, nem em atos para que nossos membros se tornem parte do nosso corpo. Não existe diferença entre os membros e o corpo. Mas, eles não se tornam membros pela organização, convite, exame, interrogação ou catecismo. Não! Só pela vida!
b) No tocante à Igreja de Cristo é a mesma coisa: tem que existir um verdadeiro relacionamento de vida. Ser membro no sentido técnico é uma coisa supérflua. Sem relacionamento não existe a Igreja de Cristo.
c) Existem multidões que são membros do que é chamado de “Igreja”, mas que não suportarão o teste do que seja realmente um cristão.
d) Quando convidamos as pessoas para tornarem-se cristãs não estamos pedindo que se unam à igreja.
e) Devemos reconhecer que o cristianismo não é mais uma instituição ou sociedade. Você pode ir a muitas chamadas “igrejas” e nunca encontrar satisfação.
f) Naturalmente isso é negativo, mas devemos reconhecer que quando nos tornamos cristãos, nós compartilhamos uma nova vida em Cristo, juntamente com todos os outros que nasceram de novo e assim nos tornamos um em Cristo!
3. Tornar-se cristão não é tornar-se parte de um novo movimento.
a) O cristianismo é num sentido um movimento: um movimento Divino do céu!
b) Mas alguns concebem o cristianismo como sendo um grande empreendimento para melhorar o mundo. Um apelo é feito para que as pessoas se unam a esta grande obra.
c) Mais cedo ou mais tarde os que se uniram a ele descobrirão que estão numa falsa posição.
d) Existe algo que deve acontecer antes do movimento: o movimento está com Deus e não conosco. O maior valor no movimento, quando chega a hora de Deus para ele, é que aprendemos a não nos mover sem Ele.
e) Não apelamos para que as pessoas se unam a um movimento, onde todas as suas forças e entusiasmo natural poderão ser usados!
f) Deus tem um propósito e você se interessa por Ele em relação àquele propósito! Mas antes devemos nos tornar “novas criaturas”!
II. O QUE É SER UM CRISTÃO
Vamos ver o que é ser um cristão utilizando um grande exemplo: Saulo de Tarso. O modo como ele foi convertido pode não ser comum ou geral, mas os princípios são sempre os mesmos. Os três princípios e realidades de uma verdadeira vida cristã são:
1. Quem És Tu? “Eu sou Jesus”!
A primeira coisa é um conhecimento interior de que Jesus é uma Pessoa viva e não apenas saber que Ele existiu.
a) Para Paulo foi uma tremenda descoberta: Jesus está vivo? Ele foi crucificado e morto; o que restava agora era apagar Sua memória e destruir aquilo que O representava.
b) Saulo dedicou-se a isso! Que surpresa não foi para ele descobrir que Jesus estava vivo! E na glória!
c) Começamos nossa vida cristã experimentando essa realidade viva. Não um Jesus da história, mas um Jesus do coração!
d) Todos devem provar isso! Temos apenas que lançar fora nossas tradições, preconceitos, dúvidas, perguntas e problemas mentais, ir diante Dele e falar com Ele, embora Ele não possa ser visto.
e) Fale com Ele com coração honesto e como se estivesse face a face com Ele. Fale com Ele como você fala com uma Pessoa.
f) O Espírito Santo está no mundo para levar as pessoas a experimentarem esta realidade! Que Jesus vive e entra no coração de todo aquele que se volta para Ele honestamente.
g) Só existe um caminho que é Jesus. Você ouviu falar de um médico e ele é o homem para o seu caso! Você diz que não existe tal pessoa? Que há evidências que ele morreu a muito tempo? Você vai até ele para dizer que não crê que ele seja médico?
h) Se você fizer isso mostrará duas coisas:
1º) Ou seu caso não é tão sério!
2º) Ou você está fugindo da sua seriedade!
i) Se seu caso é sério e você sabe disso, o mínimo que você vai fazer é ir ao médico e contar a ele sua situação e pedir para ele fazer o que pode!
j) A descoberta de que Jesus é uma realidade viva é a primeira coisa na vida cristã. Isto é um teste e um testemunho.
2. O que Queres Que Eu Faça Senhor?
Esta é a segunda coisa na vida cristã.
a) Isso representa uma nova posição e um novo relacionamento!
b) Antes disso Saulo propunha, planejava, determinava e desejava; fazia tudo para uma boa causa: para o próprio Deus!
c) Uma evidência clara de uma vida verdadeiramente aceitável a Deus: o senhorio absoluto de Cristo. Quando descobriu que Jesus vivia, Paulo exclamou: “Senhor! Que queres que eu faça?!”
d) A marca registrada da verdadeira vida cristã é a submissão a Cristo e uma vida governada por Ele como Senhor.
3. Cristo Em Vós – Col 1:27
a) Isto se torna verdade por um ato definido quando creio Nele e o Espírito Santo toma posse de nós interiormente. Isto é “nascer de novo”.
Ser cristão é:
1) Reconhecer que Jesus está vivo.
2) Entronizá-Lo como Senhor absoluto.
3) Ter Sua presença interior e poder, por meio do Espírito Santo.
III. O TESTEMUNHO DE PAULO: At 26:28 (14)
Estas palavras foram pronunciadas ao mesmo homem: como Saulo de Tarso e depois como Paulo o apóstolo. No primeiro caso (At 26.28) por um governador do Império Romano (Agripa) e depois por Jesus de Nazaré. Elas contêm a essência de uma verdadeira experiência cristã:
1) É Algo Absolutamente Pessoal:
“Ouvi uma voz Me dizendo, Saulo! Saulo!”.
a) Outros estavam com Saulo, mas a palavra foi dirigida a ele de forma pessoal. Jesus o conhecia pelo nome!
b) Deus tem um interesse pessoal conosco. Um irmão tinha o costume de evangelizar entregando apenas versículos da Bíblia. Certo dia, visitando um hospital militar, aproximou-se de um soldado que se achava todo enfaixado da cabeça aos pés. Só a boca e os olhos estavam descobertos. Uma enfermeira de longe deu a entender ao irmão que não adiantava falar com o tal soldado. Ele tentou se afastar, mas o Espírito de Deus o moveu a deixar um texto da Palavra no peito do doente. Ao se afastar ouviu o soldado dizer: “O que é isso?” Ele respondeu: “Palavras da Bíblia”. O doente pediu: “Por favor, leia para mim”. E o irmão leu: “Filho meu, dá-me o teu coração”. O doente ficou perturbado e exclamou: “Não sabia que meu nome estava na Bíblia!” O crente explicou: “Você está enganado: seu nome não está na Bíblia. Este é um texto do Livro de Provérbios”. Nessa hora o soldado moribundo pediu ao irmão que lesse a placa que mostrava o seu nome na cabeceira da cama: Myson Jack. Então o irmão entendeu. O texto da Palavra estava em inglês: “My son, give me your heart”. Observe leitor, que o sobrenome do soldado “myson” são as duas primeiras palavras do texto bíblico: “meu filho = myson”. Deus falou com aquele homem de forma pessoal e direta: “Soldado Myson (meu filho), dá-me o teu coração”. Maravilhoso, sublime, tocante!
c)Você acha isso coincidência, acidente? Aquele homem estava para entrar na eternidade e Deus o chamou pelo nome! (Gl 2:20).
d) Paulo não sabia, mas estava “dando coices contra o aguilhão” (At 26:14).
e) Saulo estava tentando desesperadamente provar a falsidade de Cristo e do cristianismo, mas, por dentro ele estava dando coices na vontade de Deus!
f) Cristo é uma realidade e mais cedo ou mais tarde teremos que recebê-Lo: (i) Como Senhor e Salvador agora; (ii) Como Juiz (Fil 2) no final da vida.
2. Cristianismo Não é Uma Religião e Sim Uma Pessoa!
a) Porque Me persegues? Veja a que ponto o zelo religioso de Saulo o levou!
b) Oh! Que tremenda é a diferença entre ser religioso e ser cristão!
c) Como é possível alguém ser apaixonadamente dedicado e devotado àquilo que crê ser de Deus, ou para Deus, e ainda estar “perseguindo” o próprio Deus ou obstruindo no número ou natureza dos pecados. Sua base de julgamento é outra: O que você fez do meu Filho?
e) Nossa rejeição não precisa ser violenta, como foi a de Saulo. Não precisamos cometer pecados grosseiros como: adultério, roubo, morte!
f) Não é necessário jogar o remédio ao chão para perecer; basta deixá-lo onde está e não tomá-lo.
Todas as questões de vida e morte, pecado e justiça, céu e inferno, tempo e eternidade, estão relacionadas não à religião, igreja ou crença, mas a um relacionamento vivo com o Filho de Deus.
a) O cristão é aquele que entrou num relacionamento vivo e encontrou resposta para todas estas perguntas e questões na Pessoa e Obra de Jesus Cristo.
Autor: T. Austin-Sparks
Os desapontamentos da vida
“Fui Eu que Fiz isto”
(1 Reis 12:24)
Os desapontamentos da vida são na realidade apenas determinações do meu amor. Tenho uma mensagem para ti hoje, meu filho. Vou segredá-la suavemente ao teu ouvido, a fim de que as nuvens anunciadoras da tempestade, quando aparecerem, sejam douradas de glória, e para que os espinhos, que porventura cerquem o teu caminho, sejam afastados. A mensagem é curta – uma simples frase, mas deixa que entre no fundo do teu coração e que seja para ti como almofada onde possas descansar a tua cabeça fatigada:
“FUI EU QUE FIZ ISSO”
* Você nunca imaginou que tudo o que te diz respeito, diz respeito a Mim Também? “Porque aquele que tocar em vós toca na menina do Meu olho” (Zc 2:8). Você é precioso para mim, e é por isso que me interesso especialmente pelo seu crescimento espiritual. Quando a tentação te assalta e o inimigo “vem como uma inundação”, quero que você saiba que “isto vem de mim”. Eu sou o Deus das circunstâncias. Você não foi colocado onde está por acaso, e sim porque este é o lugar que escolhi para você. Você não pediu para ser humilde? Saiba que o lugar onde você está é o único onde poderás aprender bem esta lição. É por intermédio de tudo quanto te rodeia e até dos que te cercam que a Minha vontade em você se cumprirá. Você tem dificuldades monetárias? Custa-te viver com o que tens? “Eu é que fiz isto”. Porque Eu possuo todas as coisas. Quero que recebas tudo, e que dependas inteiramente de Mim. As minhas riquezas são ilimitadas (Fl 4:19). Prova-me para que se não diga a teu respeito: “Contudo, não creu no Senhor seu Deus”.
* Você está passando pela noite escura da aflição? “Eu fiz isto”. Deixei-te sem qualquer auxílio humano para que ao voltares para Mim, encontres consolação eterna (2 Tess 2.16,17).
* Você está desiludido com algum amigo em quem você confiou? “Fui Eu que Fiz isto”. Permiti esse desapontamento para que você pudesse aprender que Eu, Jesus, sou o teu melhor Amigo. Eu te livro de cair, combato as tuas lutas. Anseio por ser o seu confidente.
* Alguém disse coisas falsas sobre você? Não fique preocupado; vem para mais perto de Mim, debaixo das minhas asas, longe de qualquer troca de palavras, porque “Eu farei sobressair a tua justiça como a luz e o teu juízo como o meio dia” (Salmo 37:6). Onde estão os teus planos? Você se sente esmagado e abatido? “Fui Eu que fiz isto”. Não foi você quem fez os seus planos, e depois Me pediu para abençoá-los? Eu quero fazer os teus planos. Eu quero assumir toda a responsabilidade, porque ela é pesada demais e você não poderia realizá-la sozinho (Êx 18:18).
* Você já desejou alguma vez fazer qualquer coisa de grande importância no teu trabalho por Mim? E, em vez disto foi posto de parte, talvez num leito de dor e sofrimento? “Fui Eu que fiz isto”. Não podia prender a tua atenção doutra forma, enquanto estavas tão ativo. Desejo ensinar-te algumas das Minhas lições mais profundas. Somente aqueles que aprenderam esperar pacientemente é que podem Me servir. Os Meus melhores trabalhadores são, às vezes, aqueles que estão fora do serviço ativo, pois assim eles podem aprender a manejar melhor a arma que se chama Oração.
* Foste chamado de repente a ocupar uma posição difícil, cheia de responsabilidade? Vai, conta Comigo! Dou-te esta posição, cheia de dificuldades, porque “O Senhor teu Deus, te abençoará em tudo quanto fizeres” (Dt 15:18).
* Ponho hoje nas tuas mãos o vaso de óleo santo. Tira tudo quanto quiseres meu filho, para que todas as circunstâncias que possam levantar-se diante dos teus pés, cada palavra que te magoe, qualquer coisa que prove a tua paciência, cada manifestação da tua fraqueza, sejam ungidas com este óleo santo. Não esqueça que, interrupções são instruções divinas. A dor que você sofrer será na medida em que você Me enxergar em todas as coisas. Portanto, aplica o teu coração a todas as palavras que hoje testifico entre vós, ”Porque elas são a vossa vida” (Dt 32:46,47).
Este manuscrito foi achado na Bíblia de John Nelson Darby, depois do seu falecimento.
(1 Reis 12:24)
Os desapontamentos da vida são na realidade apenas determinações do meu amor. Tenho uma mensagem para ti hoje, meu filho. Vou segredá-la suavemente ao teu ouvido, a fim de que as nuvens anunciadoras da tempestade, quando aparecerem, sejam douradas de glória, e para que os espinhos, que porventura cerquem o teu caminho, sejam afastados. A mensagem é curta – uma simples frase, mas deixa que entre no fundo do teu coração e que seja para ti como almofada onde possas descansar a tua cabeça fatigada:
“FUI EU QUE FIZ ISSO”
* Você nunca imaginou que tudo o que te diz respeito, diz respeito a Mim Também? “Porque aquele que tocar em vós toca na menina do Meu olho” (Zc 2:8). Você é precioso para mim, e é por isso que me interesso especialmente pelo seu crescimento espiritual. Quando a tentação te assalta e o inimigo “vem como uma inundação”, quero que você saiba que “isto vem de mim”. Eu sou o Deus das circunstâncias. Você não foi colocado onde está por acaso, e sim porque este é o lugar que escolhi para você. Você não pediu para ser humilde? Saiba que o lugar onde você está é o único onde poderás aprender bem esta lição. É por intermédio de tudo quanto te rodeia e até dos que te cercam que a Minha vontade em você se cumprirá. Você tem dificuldades monetárias? Custa-te viver com o que tens? “Eu é que fiz isto”. Porque Eu possuo todas as coisas. Quero que recebas tudo, e que dependas inteiramente de Mim. As minhas riquezas são ilimitadas (Fl 4:19). Prova-me para que se não diga a teu respeito: “Contudo, não creu no Senhor seu Deus”.
* Você está passando pela noite escura da aflição? “Eu fiz isto”. Deixei-te sem qualquer auxílio humano para que ao voltares para Mim, encontres consolação eterna (2 Tess 2.16,17).
* Você está desiludido com algum amigo em quem você confiou? “Fui Eu que Fiz isto”. Permiti esse desapontamento para que você pudesse aprender que Eu, Jesus, sou o teu melhor Amigo. Eu te livro de cair, combato as tuas lutas. Anseio por ser o seu confidente.
* Alguém disse coisas falsas sobre você? Não fique preocupado; vem para mais perto de Mim, debaixo das minhas asas, longe de qualquer troca de palavras, porque “Eu farei sobressair a tua justiça como a luz e o teu juízo como o meio dia” (Salmo 37:6). Onde estão os teus planos? Você se sente esmagado e abatido? “Fui Eu que fiz isto”. Não foi você quem fez os seus planos, e depois Me pediu para abençoá-los? Eu quero fazer os teus planos. Eu quero assumir toda a responsabilidade, porque ela é pesada demais e você não poderia realizá-la sozinho (Êx 18:18).
* Você já desejou alguma vez fazer qualquer coisa de grande importância no teu trabalho por Mim? E, em vez disto foi posto de parte, talvez num leito de dor e sofrimento? “Fui Eu que fiz isto”. Não podia prender a tua atenção doutra forma, enquanto estavas tão ativo. Desejo ensinar-te algumas das Minhas lições mais profundas. Somente aqueles que aprenderam esperar pacientemente é que podem Me servir. Os Meus melhores trabalhadores são, às vezes, aqueles que estão fora do serviço ativo, pois assim eles podem aprender a manejar melhor a arma que se chama Oração.
* Foste chamado de repente a ocupar uma posição difícil, cheia de responsabilidade? Vai, conta Comigo! Dou-te esta posição, cheia de dificuldades, porque “O Senhor teu Deus, te abençoará em tudo quanto fizeres” (Dt 15:18).
* Ponho hoje nas tuas mãos o vaso de óleo santo. Tira tudo quanto quiseres meu filho, para que todas as circunstâncias que possam levantar-se diante dos teus pés, cada palavra que te magoe, qualquer coisa que prove a tua paciência, cada manifestação da tua fraqueza, sejam ungidas com este óleo santo. Não esqueça que, interrupções são instruções divinas. A dor que você sofrer será na medida em que você Me enxergar em todas as coisas. Portanto, aplica o teu coração a todas as palavras que hoje testifico entre vós, ”Porque elas são a vossa vida” (Dt 32:46,47).
Este manuscrito foi achado na Bíblia de John Nelson Darby, depois do seu falecimento.
Aionios (αιωνιος)
Vamos ler o Evangelho de Mateus capítulo 12 e o versículo 32 diz:
“E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.
Nesse texto temos que fazer uma analise da palavra “mundo”. Segundo o original grego o termo aqui é Αιων. Na versão Revista Corrigida está “século”, na Revista Atualizada está “mundo”. Antes de tratar sobre a força e o uso deste adjetivo, é bom examinar brevemente este vocábulo αιων, entender sua origem. A mais antiga aplicação desse substantivo entre os escritores gregos tais como Homero, Hesíodo, Pindar, os poetas trágicos e Herodoto, é feita com referência a vida de um homem ou ao curso da vida. Na história posterior da língua denotava um largo período de tempo. Os filósofos empregavam em contra distinção de χρονος para expressar a duração, αιων de objetos eternos e imutáveis e χρονος para aqueles que são temporais e corpóreos. Por isso, αιων foi utilizado na filosofia antiga com o significado da infinita e imutável eternidade de DEUS.
Por isso, no grego helenístico, os autores da mesma época que os do Novo Testamento, esta palavra foi empregada especificamente para expressar a eternidade. Portanto, nada pode estar mais claro que o uso desse termo nos tempos antigos e na linguagem dos escritores neotestamentário para representar o que é imutável e eterno.
Agora, preste atenção, porque, quando esse termo é qualificado por palavras que modificam seu sentido, se usa nas Escrituras para o curso contínuo de um determinado sistema governado por certos princípios, como em Mateus 12.32; 13.39-40; 24.3; 28.20; há também sua aplicação num sentido mais moral do que dispensacional, como em Gálatas 1.4; Efésios 2.2.
Concluindo então, αιων pode ser empregado de maneira que expressa a continua existência de uma coisa cuja natureza não dura para sempre (como a vida humana, uma era ininterrupta ou dispensacional, ou ao curso geral deste mundo), seu sentido próprio, tomado por si mesmo, é expressar a eternidade. E o mesmo é certo de αιωνιος, que se usa em certos contextos especiais, como em Romanos 16.25; 2 Timóteo 1.9 e Tito 1.2 onde χρονοι modifica sua força e lhe dá um sentido relativo mais absoluto; mas seu significado natural, a menos que seja positivamente restringido, é o eterno em contraste com o temporal.
Fonte – Anotações cristãs - William Kelly, vol. II, pág. 173
Tradução – Luiz Fontes
“E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.
Nesse texto temos que fazer uma analise da palavra “mundo”. Segundo o original grego o termo aqui é Αιων. Na versão Revista Corrigida está “século”, na Revista Atualizada está “mundo”. Antes de tratar sobre a força e o uso deste adjetivo, é bom examinar brevemente este vocábulo αιων, entender sua origem. A mais antiga aplicação desse substantivo entre os escritores gregos tais como Homero, Hesíodo, Pindar, os poetas trágicos e Herodoto, é feita com referência a vida de um homem ou ao curso da vida. Na história posterior da língua denotava um largo período de tempo. Os filósofos empregavam em contra distinção de χρονος para expressar a duração, αιων de objetos eternos e imutáveis e χρονος para aqueles que são temporais e corpóreos. Por isso, αιων foi utilizado na filosofia antiga com o significado da infinita e imutável eternidade de DEUS.
Por isso, no grego helenístico, os autores da mesma época que os do Novo Testamento, esta palavra foi empregada especificamente para expressar a eternidade. Portanto, nada pode estar mais claro que o uso desse termo nos tempos antigos e na linguagem dos escritores neotestamentário para representar o que é imutável e eterno.
Agora, preste atenção, porque, quando esse termo é qualificado por palavras que modificam seu sentido, se usa nas Escrituras para o curso contínuo de um determinado sistema governado por certos princípios, como em Mateus 12.32; 13.39-40; 24.3; 28.20; há também sua aplicação num sentido mais moral do que dispensacional, como em Gálatas 1.4; Efésios 2.2.
Concluindo então, αιων pode ser empregado de maneira que expressa a continua existência de uma coisa cuja natureza não dura para sempre (como a vida humana, uma era ininterrupta ou dispensacional, ou ao curso geral deste mundo), seu sentido próprio, tomado por si mesmo, é expressar a eternidade. E o mesmo é certo de αιωνιος, que se usa em certos contextos especiais, como em Romanos 16.25; 2 Timóteo 1.9 e Tito 1.2 onde χρονοι modifica sua força e lhe dá um sentido relativo mais absoluto; mas seu significado natural, a menos que seja positivamente restringido, é o eterno em contraste com o temporal.
Fonte – Anotações cristãs - William Kelly, vol. II, pág. 173
Tradução – Luiz Fontes
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No livro de Apocalipse as sete igrejas são representadas por meio de sete candeeiros de ouro (Ap. 1:20). Um candeeiro, por sua vez, não é um objeto com um fim em si mesmo. O propósito de um candeeiro é sustentar a luz de modo que todos possam vê-la. Da mesma forma, a Igreja não existe para si própria, ela não é um fim em si mesma, mas é um meio para que um objetivo seja alcançado. O objetivo da Igreja é sustentar o testemunho de Jesus de modo que todos possam vê-lo, de modo que todos possam ver a luz. E se a Igreja falhar em expressar, manifestar a luz do testemunho de Jesus, então ela terá falhado em sua missão. A Igreja não tem como objetivo final atrair as pessoas para si mesma, a Igreja tem como objetivo conduzir as pessoas a Cristo.
Stephen Kaung, no livro “Vendo Cristo no Novo Testamento”, vol. 6, ALC
Postado por IGREJA REUNIDA EM SANTO ESTÊVÃO - BA
Diversas dúvidas sobre Deus
1) Como posso saber que há um Deus? ( João 1.14, 18; 14.9-14; 20.29-31; Romanos 1.20; Isaías 43.9-10)
2) Como posso saber que a Bíblia é verdadeira? (João 5.39-40; 7.17; Atos 17.11-12).
3) Como posso compreender a Bíblia? (1 Coríntios 2.9-14; João 16.13; Lucas 11.13.)
4) Se o homem faz o melhor que pode, isto não basta para Deus? (João 3.5-6, 36; Romanos 3.19-20; Gálatas; 3.10)
5) Se um homem honestamente pensa que está no caminho certo, será condenado? (Provérbios 14.12; Romanos 3.3-4; Atos 17.30)
6) Não é possível ser Cristão sem crer que Jesus é o Filho de Deus? (1 João 5.9-13, 20; João 20.28-31; Mateus 16.13-18.)
7) Por que era necessário Cristo morrer para salvar o homem? (Romanos 8.3; Gálatas-3.10; Romanos 5.12, 19).
8) Qual é a primeira coisa a fazer para se tornar Cristão? (Mateus 11.28; João 6.29, 37; Atos 16.31).
9) Que mais? (Mateus 10.32; Romanos 10.9-10; Hebreus 13.15-16).
10) Preciso reconhecer que sou pecador antes de vir a Cristo? Como posso fazer isto? (Romanos 7.13; João 16.8-9; Atos 2.36-37)
11) Preciso me arrepender? 0 que é arrependimento? Como posso me arrepender? (Lucas 24.46-47; Atos 5.30-31; 20.21; Lucas; 15.17-18.)
12) Como posso vir a Cristo? (Isaías 55.7; 1 João 1.1-3; Romanos 10.8-17; Marcos 10.49-50.)
13) 0 que significa "Aceitar a Cristo"? (João 1. 11- 12; Romanos 6.23; João 4. 10; Efésios 2.8.)
14) Como posso ter fé? (Efésios 1.12-13; Lucas 16.29-31; João 5.39, 46-47; João 4.50)
15) Como posso saber que os meus pecados são perdoados? (Marcos 2.5; Lucas 7.48-50; Atos 13.38-39; 1 João 1.9)
16) Como posso saber que amo a Deus? (I João 4.10,19; Romanos 5.5-8; Efésios 2.4-8)
17) Por que o Senhor não se apresenta a mim e fala comigo, como falou com Paulo?
( I Timóteo 1.16; João 17.20; 20.29; 1 Pedro 1.8; João 14.16-18).
18) Como posso saber que o Espírito de Deus veio a mim? (João 16.8; 1 Coríntios 12.3; Gálatas 5.2, 23; 1 João 3.14).
19) Por que membros da Igreja erram? (Filipenses 3.18-19; 1 Timóteo 4.1-2; 11 Timóteo 3.1-5; Gálatas 5.17, 6:1.)
20) Por que há diferentes denominações? (1 Coríntios 3.1-5; 1 Coríntios 12.12-14; 1 Coríntios 11 - 19; 11 Pedro 2.1-2; Efésios 1.17-23).
21) Preciso fazer profissão de fé para ser Cristão? (Mateus 28.18-20; Atos 2.38-42, 47; Hebreus 10.25.)
22) Como posso vencer o mundo? (Colossenses 3.1-6; 1 João 5.3-4; Gálatas 1.4).
23) Por que os Cristãos sofrem tanto no mundo? (I Coríntios 11.32; Salmos 94.12-13; Hebreus 12.6-11; 1 Pedro 4.12-19.)
24) Como posso ser liberto do poder dos pecados que tenho praticado?
(Romanos 13.14; Efésios 6.10-18; 1 Pedro 5.6-10).
25) Se pecar, após me tornar Cristão, Deus me perdoará? (Romanos 3.28-30; Hebreus 10.28-29; Atos 8.18-23; 1 João 13-10).
26) 0 que é pecado contra o Espírito Santo? (Marcos 3.28-30; Hebreus 10.28-29;
Atos 8.18-23.)
27) Qual é a relação entre o Cristão e este mundo? (I João 2.15-17; João 17.14-19;
1 Pedro 4.2-5).
28) Tenho que perdoar os meus inimigos, ao me tornar cristão? (Mateus 5.23-24; 6.12-15; Efésios 4.31-32).
29) Como posso saber que sou escolhido por Deus? (João 3.16; 6.37; 10.9; Apocalipse 22.17).
30) Tenho de fazer restituição? (Marcos 12.31; Romanos 12.17; Lucas 19.8).
31) Não devo esperar até que compreenda melhor a Bíblia, antes de me tornar Cristão? (Atos 8.12, 35-37; 16.30-33; 1 Coríntios 2.1-5).
32) Não devo ser pessoa melhor antes de me tornar Cristão? (Mateus 9.12-13; 17.15-18; Romanos 7.23-25.)
33) Quando eu oro, a oração não parece real para mim. Como posso resolver isso? (Lucas 11.14; João 1.18; 17.6, 25-26.)
34) Você tem certeza que tão grande pecador como eu pode ser salvo? (Isaías 55.6-9; 43.24-26; 1 Timóteo 1.15-16.)
35) Deveria começar confessando que quero ser Cristão, enquanto não sinto Deus falando comigo? (Mateus 12.10-13; Ezequiel 36.26-27; Efésios 2.4-6).
36) Qual é o maior pecado? (1 João 5.10; João 5.38; Números 23.19.)
37) Se eu me tornar Cristão, o que devo procurar mais ardentemente? (João 14.16-18; João 20.22; Atos 1.8; Efésios 5.17-21.)
38) Como posso ter certeza de que vencerei? (Isaías 41.10; 1 Coríntios 10.13; II Coríntios 9.8; 12.9; João 10.27-29).
39) Qual vai ser a minha maior dificuldade na vida Cristã? (Filipenses 2.3-5; Romanos 12.3, 16; João 13.12-17).
40) Não sinto muito desejo de me tornar Cristão agora. Não posso esperar até alguma outra oportunidade? (Coríntios 6.2; Hebreus 3.7-8; 4.7; Tiago 4.13-17.)
Livros e Mais...
O Evangelho de Deus
O Homem Espiritual
Depressão Espiritual
Rede Record apoia o Aborto
http://www.youtube.com/watch?v=pSWMLtTzbnA
É vergonhoso para qualquer cristão ver uma emissora de tv, controlada por evangélicos, fazer defesa de ato tão cruel e vil. Percebe-se que, de fato, a deficiência teológica influencia a ética e a moral. Se os líderes desta emissora/igreja atentassem para o que diz a Palavra perceberiam os graves erros que cometem e incitam outros a cometer. Alisto-os abaixo:
1. Em primeiro lugar, o corpo que usamos não é nosso, como afirma a atriz do vídeo. Paulo, escrevendo aos Corintios, disse: "Acaso, não sabeis que o vosso corpo é santuário do Espírito Santo, que está em vós, o qual tendes da parte de Deus, e que não sois de vós mesmos?" (1Co 6.19) e, na seqüência, "Porque fostes comprados por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo." (1Co 6.20). Somos apenas mordomos. Vamos prestar contas do que fizemos com o corpo.
2. A imagem de Deus está impressa em cada ser humano, por isso, ninguém tem o direito de tirar a própria vida ou a de outrem. A Bíblia diz: "Se alguém derramar o sangue do homem, pelo homem se derramará o seu; porque Deus fez o homem segundo a sua imagem." (Gn 9.6). A razão da proibição do homicídio e, por implicação, do suicídio, está no fato de que 'Deus fez o homem segundo a sua imagem', isto é, ao assassinar alguém, ou a si próprio, estamos eliminando algo que não é nosso, mas de Deus.
3. Uma mulher pode até reclamar o direito de retirar um rim, ou um apêndice, mas não tem o direito de assassinar uma vida que está em formação dentro de si. A mulher pode dizer, equivocadamente, que tem direito sobre o seu corpo, mas o feto é outro corpo, é outra vida. O art. 2º do Código Civil Brasileiro reconhece que a vida começa na concepção: "Art. 2º A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro."
Portanto, o aborto é, além de crime, um pecado gravíssimo aos olhos de Deus. Ninguém tem o direito de assassinar violentamente um ser que não tem qualquer condição de defesa. Deus punirá severamente os que praticam esta classe de assassinato.
Quanto à emissora/igreja, não é de hoje a posição abortista de seu líder Edir Macedo. Em outubro de 2007 nós reproduzimos um artigo de Solano Portela sobre o assunto. Para lê-lo, clique aqui.
Termino com as palavras de Isaías, em uma época em que o povo estava andando bem longe dos caminhos de Deus: "Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal; que fazem da escuridade luz e da luz, escuridade; põem o amargo por doce e o doce, por amargo! Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito!" (Is 5.20,21).
Falando em luz e trevas, a cor predominante do vídeo, um laranja que lembra fogo e a pouca iluminação, levou minha mente a, automaticamente, pensar no local para onde vão os assassinos.
Postado por Rev. Ageu Magalhães
Deus não existe
Um homem caiu em um buraco
http://www.youtube.com/watch?v=RY-g-sH7q2g
Exploração Não
Rastros do Oculto
Você reclama de sua vida!
http://www.youtube.com/watch?v=v7S06iN5P34
Livro - A Cruz e o Punhal
Charles Haddon Spurgeon - Sermoes Devocionais
Cristianismo Puro e Simples
Sinopse
Muita ação e suspense em um filme clássico que continua tocando os corações. A Cruz e o Punhal é a história verídica de David Wilkerson entrando no mundo desesperado de Nick Cruz e das gangues de Nova York. Os Mau Mau e os Bishops são gangues que lutam com correntes, facas e pistolas para proteger seu território de vício e violência. Será que essas gangues que controlam a cidade ouvirão este pregador de fora que invade seus territórios e suas vidas para falar do amor e da paz de Deus?
Bozo
http://www.youtube.com/watch?v=yP6B-MZrMSo
Compromisso Precioso e muito mais...
O compromisso de uma fé desafiada pelo impossível e testada pelo irresistível, afeta toda a família. A história comovente do amor entre John e Ellen Brighton. Unidos eles enfrentam uma terrível e impiedosa doença, o Mal de Alzheimer, que, ou confirmará seu amor, ou destruirá seu casamento e sua família. Problemas na carreira profissional, nos relacionamentos familiares, uma confusão que só o poder de um amor real pode superar. Phil Brighton, o irmão e sócio de John, vive livre demais para entender porque John ainda mantém sua fé e seu casamento diante de circunstâncias tão terríveis. Mas a luta de seu irmão faz com que ele encontre uma nova esperança.
http://www.youtube.com/watch?v=M9tNVXkOCxY
Evangelizacao Pessoal
Icthusfilmens
http://www.youtube.com/watch?v=aiIpWtVQRGI
http://www.youtube.com/watch?v=o3fqwpCUo30