tag:blogger.com,1999:blog-5102434998585144492023-11-16T10:20:44.637-08:00ICTHUSTEAMAEvangelístico,História da Igreja, Biografias, Estudos, Vídeos Filmes e Documentários, Papeis de parede, Musicas,Notícias de Israel.Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.comBlogger61125tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-5912796210356148782011-01-28T18:41:00.000-08:002011-01-28T18:41:25.945-08:00Perseguição aos CristãosDramática evidência que apoia a Igreja Primitiva.Perseguição aos cristãos começou com o próprio Jesus. Fizeram-Lhe a seguinte pergunta durante o seu julgamento: "És tu o Cristo, o Filho do Deus Bendito?" Jesus não deixou espaço para a ambiguidade - Suas duas primeiras palavras foram: "Eu sou". A elite religiosa em Jerusalém sabia o que Jesus estava dizendo - era muito claro para eles que Ele estava afirmando ser Deus. Como tal, Jesus foi condenado à morte em uma cruz romana pelo crime de blasfêmia, tornando-se assim o primeiro mártir para o que viria a ser a igreja Cristã.<br />
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Perseguição aos Cristãos: Muitos dos primeiros discípulos morreram pela sua fé<br />
Perseguição aos cristãos foi uma parte dramática da história da igreja primitiva. A pessoa que defende que a vida, morte e ressurreição de Jesus Cristo foram uma farsa conspirada por um grupo de discípulos deve estudar o legado do martírio. Onze dos 12 apóstolos, e muitos dos outros discípulos primitivos, morreram por sua adesão a esta história. Isto é dramático, visto que todos eles testemunharam os alegados fatos de Jesus e ainda enfrentaram a morte defendendo a sua fé. Por que isso é dramático, quando muitos ao longo da história têm sofrido o martírio por causa de sua crença religiosa? Porque as pessoas não morrem por uma mentira. Olhe para a natureza humana ao longo da história. Nenhuma conspiração pode ser mantida quando a vida ou a liberdade estão em jogo. Morrer pelo que se acredita é uma coisa, mas inúmeras testemunhas oculares morrendo por uma mentira conhecida é outra coisa completamente diferente.<br />
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Perseguição aos Cristãos: Uma lista dos primeiros mártires que foram testemunhas da vida de Jesus<br />
Aqui está uma narrativa da perseguição aos Cristãos primitivos. Essa lista foi compilada de várias fontes fora da Bíblia, a mais famosa das quais é a obra de John Fox, intitulada O Livro dos Mártires: <br />
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Cerca de 34 AD, um ano depois da crucificação de Jesus, Estêvão foi expulso da cidade de Jerusalém e apedrejado até a morte. Cerca de 2.000 cristãos sofreram o martírio durante este tempo. Mais ou menos 10 anos depois, Tiago, filho de Zebedeu e irmão mais velho de João, foi morto quando Herodes Agripa chegou como governador da Judeia. Agrippa detestava os judeus, e muitos discípulos da antiguidade foram martirizados sob o seu regime, inclusive Timão e Pármenas. Filipe, um discípulo de Betsaida, na Galileia, sofreu o martírio em Heliópolis, na Frígia. Ele foi açoitado, lançado na prisão e depois crucificado. Cerca de seis anos depois, Mateus, o cobrador de impostos de Nazaré que escreveu um evangelho em hebraico, estava pregando na Etiópia quando sofreu o martírio pela espada. Tiago, irmão de Jesus, administrou a igreja primitiva em Jerusalém e foi o autor de um livro da Bíblia com o seu nome. Na idade de 94, ele foi espancado e apedrejado, até que finalmente teve seu cérebro esmagado com um porrete.<br />
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Matias foi o apóstolo que substituiu Judas Iscariotes. Ele foi apedrejado em Jerusalém e depois decapitado. André, irmão de Pedro, pregou o evangelho por toda a Ásia. Em sua chegada a Edessa, foi preso e crucificado em uma cruz, duas extremidades da qual foram fixadas transversalmente no chão (daí o termo, Cruz de Santo André). Marcos converteu-se ao Cristianismo por influência de Pedro, e depois transcreveu no seu Evangelho a narrativa de Pedro sobre Jesus. Marcos foi arrastado aos pedaços pelo povo de Alexandria, na frente de Serapis, seu ídolo pagão. Aparenta ser o caso que Pedro foi condenado à morte e crucificado em Roma. Jerônimo afirma que Pedro foi crucificado de cabeça para baixo, a seu pedido, porque ele disse que era indigno de ser crucificado da mesma maneira que o seu Senhor. Paulo sofreu a primeira perseguição sob Nero. A fé de Paulo era tão forte mesmo à face do martírio, que as autoridades o levaram a um lugar privado fora da cidade para executá-lo com a espada. Em cerca de 72 AD, Judas, o irmão de Tiago comumente conhecido como Tadeu, foi crucificado em Edessa. Bartolomeu pregou em vários países e traduziu o Evangelho de Mateus na Índia. Ele foi cruelmente espancado e crucificado pelos idólatras de lá. Tomé, chamado de o Dídimo, pregou na Pártia e na Índia. Ele foi morto por sacerdotes pagãos com uma lança que atravessou o seu corpo. Lucas foi o autor do Evangelho em seu nome. Ele viajou com Paulo através de diversos países e foi supostamente enforcado em uma oliveira pelos sacerdotes idólatras da Grécia. Barnabé, de Chipre, foi morto sem muitos fatos conhecidos em 73 AD. Simão, de sobrenome Zelote, pregou na África e na Grã-Bretanha, onde foi crucificado em cerca de 74 dC. João, o "discípulo amado", era o irmão de Tiago. De Éfeso, ele foi levado à Roma, onde afirma-se que ele foi jogado em um caldeirão fervente. Ele escapou por um milagre, sem ferimentos. Depois disso, Domiciano o exilou à ilha de Patmos, onde escreveu o livro do Apocalipse. Ele foi o único apóstolo que escapou de uma morte violenta.<br />
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Perseguição aos Cristãos: A Igreja cresceu drasticamente apesar das mortes horríveis<br />
A perseguição aos Cristãos não retardou o crescimento da fé cristã durante os primeiros séculos depois de Cristo. Mesmo com seus primeiros líderes sofrendo mortes horríveis, o Cristianismo floresceu em todo o Império Romano. Como pode este registro histórico de martírio ser visto como algo diferente do que a evidência dramática da verdade absoluta da fé Cristã - uma fé que não se iguala a qualquer outra, fundada sobre eventos históricos e narrativas de testemunhas oculares.Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-31322764327484606102010-06-09T19:40:00.000-07:002010-06-09T19:40:06.340-07:00Dons Espirituais.Uma das maneiras do Espírito Santo manifestar-se é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (12.7-11). Essas manifestações do Espírito visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; 14.26). Esses dons e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6-8 e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na igreja de modo mais permanente. A lista em 12.8-10 não é completa. Os dons aí tratados podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.<br />
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As manifestações do Espírito dão-se de acordo com a vontade do Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente na busca dos dons (12.31; 14.1).Certos dons podem operar num crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar “dons”, e não apenas um dom (12.31; 14.1).<br />
É antibíblico e insensato se pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, i.e., menos visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).<br />
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Satanás pode imitar a manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21-23; 24.11, 24; 2Co 11.13-15; 2Ts 2.8-10). O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve “provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).<br />
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Os Dons EspirituaisEm 1Co 12.8-10, o apóstolo Paulo apresenta uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.<br />
Dom da Palavra da Sabedoria (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico (At 6.10; 15.13-22). Não se trata aqui da sabedoria comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).Dom da Palavra do Conhecimento (12.8). Trata-se de uma mensagem vocal, inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Freqüentemente, este dom tem estreito relacionamento com o de profecia (At 5.1-10; 1Co 14.24,25).<br />
Dom da Fé (12.9). Não se trata da fé para salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (13.2) e que freqüentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mt 17.20; Mc 11.22-24; Lc 17.6).<br />
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Dons de Curas (12.9). Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais (Mt 4.23-25; 10.1; At 3.6-8; 4.30). O plural (“dons”) indica curas de diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo (cf. 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé, os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino bíblico de Tg 5.14-16 (ver Tg 5.15).<br />
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Dom de Operação de Milagres (12.10). Trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos (Jo 6.2).<br />
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Dom de Profecia (12.10). É preciso distinguir a profecia aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16-18). Quanto à profecia, como manifestação do Espírito, observe o seguinte:<br />
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Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso do Espírito Santo (14.24,25, 29-31). Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado.Tanto no AT, como no NT, profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade e à paciência (14.3).<br />
A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (14.3, 25,26, 31).<br />
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A igreja não deve ter como infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua autenticidade e conteúdo (14.29, 32; 1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3).<br />
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O dom de profecia manifesta-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no NT um só texto mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o profeta para isso (12.11).<br />
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Dom de Discernimento de Espíritos (12.10). Trata-se de uma dotação especial dada pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (14.29; 1Jo 4.1). No fim dos tempos, quando os falsos mestres (Mt 24.5) e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito (1Tm 4.1), esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja.Dom de Variedades de Línguas (12.10). No tocante às “línguas” (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos:<br />
Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra, e.g., “línguas… dos anjos” (13.1). A língua falada através deste dom não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala (14.14), como pelos ouvintes (14.16).O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer e na ação de graças), expressando-se através do espírito mais do que da mente (14.2, 14) e orando por si mesmo ou pelo próximo sob a influência direta do Espírito Santo, à parte da atividade da mente (cf. 14.2, 15, 28; Jd 20).<br />
Línguas estranhas faladas no culto devem ser seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação conheça o conteúdo e o significado da mensagem (14.3, 27,28). Ela pode conter revelação, advertência, profecia ou ensino para a igreja (cf. 14.6).<br />
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Deve haver ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em línguas pelo Espírito, nunca fica em “êxtase” ou “fora de controle” (14.27,28).<br />
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Dom de Interpretação de Línguas (12.10). Trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a igreja reunida, pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem (14.6, 13, 26). A interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá-las (14.13).Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-35290511585699721152010-05-31T09:19:00.000-07:002010-05-31T09:19:10.828-07:00QUEM É JESUS?JESUS É O FILHO DE DEUS<br />
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A confissão de Pedro: Mt. 16:15,16 – Pedro declara que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus.<br />
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Cristo significa: ungido, consagrado, separado, enviado, escolhido.<br />
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- Jesus declara que Ele é o filho de Deus: Jo. 10.36<br />
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- Deus declara que Jesus é o Seu filho: Mt: 3:17<br />
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- Os demônios declaram que Jesus é o filho de Deus: Mt: 8:28,29;<br />
Lc: 4:41<br />
- Os discípulos declaram que Jesus é o filho de Deus: Mt. 14:33<br />
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- O Anjo Gabriel declara que Jesus é o filho de Deus: Lc. 1:31-33<br />
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JESUS É O NOSSO SALVADOR - Lc. 2:11; At. 13:23; Tt. 2:13,14<br />
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Sabemos que Jesus é o nosso Salvador, que levou sobre Ele os nossos pecados, os nossas iniquidades, as nossas transgressões. Is. 53: 4-6<br />
Nós estávamos mortos nos nossos delitos e pecados, separados de Deus, condenados a morte eterna, mas o Senhor na cruz derramou o seu sangue e nos redimiu, lavou, limpou, purificou, justificou, cancelando todo o escrito de dívida que havia contra nós, de maneira que agora temos acesso à presença de Deus, pelo novo e vivo caminho que ele nos consagrou pelo véu, isto é, pela sua carne(Hb. 10:19,20).<br />
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JESUS É O NOSSO LIBERTADOR - LC. 4:18,19; Jo. 8:36; Ap. 1:5b, 6<br />
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Nós estávamos presos, cativos pelos grilhões(a força, o poder, o domínio do pecado ), mas o Senhor Jesus rompeu os grilhões e nos libertou do poder e do domínio do pecado sobre nós. O pecado não tem mais domínio sobre nós. SOMOS LIVRES!<br />
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JESUS É MISERICORDIOSO - Hb. 2:17<br />
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“Misericordioso é aquele que se compadece da miséria alheia”.<br />
O Senhor se compadeceu da nossa miséria. Rm. 3:10-18<br />
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O SENHOR É A NOSSA PAZ - Ef. 2:13,14a<br />
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Ter paz é estar de debaixo de cobertura, submisso à autoridade; e estar debaixo de autoridade significa estar protegido, guardado, estar em lugar seguro. Quando estamos e vivemos assim, o maligno, os verdugos não podem nos tocar. Esta é a paz que o Senhor nos dá, a paz que o mundo não pode dar, porque o mundo não conhece esta paz.<br />
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JESUS É O BOM PASTOR - Jo. 10.11; Sl. 23<br />
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Jesus é o bom Pastor, que me supre em todas as coisas, de maneira que nada me falta, Ele é o provedor. O bom Pastor é aquele que me cuida, guarda, protege, me conduz por lugar seguro, que me livra do mal, que não me abandona, nem desampara. O Bom Pastor dá a vida pelas suas ovelhas; Ele deu a sua vida por nós.<br />
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JESUS É O CONSOLADOR - 2 Co. 1:3-5<br />
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Jesus é aquele me consola na minha dor, na minha tristeza, na dor da saudade, aquele que enxuga a minha lágrima, aquele onde eu encontro descanso para minha alma.<br />
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JESUS É O SENHOR - Lc. 2:11; Fp. 2:9-11<br />
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Senhorio de Cristo, significa que Ele que governa, que reina, que manda, que decide, que é o dono, o soberano, o absoluto, a máxima autoridade.<br />
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Nós precisamos ter consciência do que significa, o que implica nós declararmos que JESUS É O MEU SENHOR. Se Ele é o meu Senhor então estamos dizendo que:<br />
– abro mão da minha vontade;<br />
– renuncio a tudo por Jesus;<br />
– abro mão dos meus direitos;<br />
– decido perder a minha vida, etc.<br />
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Alguém pode pensar: se esta é a condição, então é melhor eu deixar de existir, morrer logo.....é exatamente isso; eu preciso morrer(o eu), para que Cristo, o Senhor, viva em mim, para que o Seu governo e Senhorio seja estabelecido e consumado em minha vida. Somente dessa maneira seremos a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas(Ef. 1:22,23) e Cristo será glorificado em minha vida, na Igreja. CRISTO EM NÓS A ESPERANÇA DA GLÓRIA. Cl. 1:27<br />
Há muitas coisas ainda que podemos dizer que Jesus é, mas uma coisa precisamos fazer continuamente, CONHECER E PROSSEGUIR EM CONHECER O SENHOR.<br />
Plenitude: Estado completo, pleno, cheio.<br />
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Ministrado por Roberto Moreira na reunião do dia 08/05/2010.Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-12228647338251030652010-04-16T14:43:00.001-07:002010-04-16T14:43:32.251-07:00A História EsquecidaExistem muitos livros, bem autenticados e bem detalhados, que contam a historia do cristianismo, desde o seu começo humilde em Jerusalém (At 2:41) até ao dia de hoje. Falam do seu desenvolvimento e das suas divisões; mostram a origem e a história das inúmeras denominações que professam ser a Igreja, ou uma parte dela.<br />
É uma história que nos empolga e ao mesmo tempo nos envergonha. Ficamos empolgados ao ler as histórias da fé e da coragem dos mártires que não negaram o seu Senhor. Envergonham-nos, porém, as intrigas, as heresias, as guerras chamadas santas e a Inquisição. Alegra-nos ler das conquistas do Evangelho, mas entristece-nos ver o abandono das doutrinas Bíblicas, e até da honestidade e da sinceridade.<br />
Esta história, porém, não é a história da Igreja de Jesus Cristo. É a história daquela pequena semente que tornou-se em grande árvore e as aves do céu fizeram ninho nos seus ramos (Mt 13:31-32). É a história de organizações que professam o Nome de Cristo.<br />
A Igreja do Senhor Jesus Cristo, porém, não é uma organização; é um organismo vivo. Não tem sede em lugar algum na Terra; é celestial. Não tem líder humano; Jesus Cristo é o “Cabeça”. As igrejas que vemos no Novo Testamento pouco ou nada têm em comum com as organizações eclesiásticas do cristianismo histórico.<br />
A verdadeira história<br />
A verdadeira história começou a ser escrita por Lucas, que nos deixou um livro inspirado pelo Espírito Santo, e portanto digno de toda a confiança. Neste livro vemos como o Evangelho foi levado de Jerusalém para outras cidades, países e continentes. Vemos também como os salvos em cada localidade se reuniam, formando igrejas locais. Segundo a história relatada em Atos dos Apóstolos, estas igrejas não se uniram para organizar uma “Igreja” composta de muitas “igrejas filiadas”; eram igrejas autônomas. Cada uma destas igrejas, diretamente responsável ao Senhor, tornou-se um centro de evangelismo, levando as boas novas a todos em redor, e desta forma se multiplicavam.<br />
Seguindo a estrada do tempo, logo encontramos uma bifurcação. Até o ano 63 a.D. tudo é claro, pois o Espírito Santo registrou a história como Ele a viu. A partir desta data, porém, vemos dois caminhos que atravessam os séculos. Aquele que segue em frente parece estreito, escuro, e pouco movimentado. A maioria segue pelo outro caminho, que desvia ligeiramente para um lado, mas parece ser o principal, pois é bem iluminado e muito movimentado. A maioria dos historiadores seguiram este caminho largo, contando-nos a história da “Igreja Professa”. É bem documentada e bem conhecida. Neste livreto, porém, vamos caminhar pela outra estrada, observando o que pudermos da história esquecida. Este caminho é estreito, e relativamente pouco movimentado, porque a maioria desviou-se dele; é escuro, pois existem poucas informações a seu respeito, mas isto não deve nos assustar. Creio que nossa viagem por este caminho trará muitas recompensas, e a nossa fé será fortalecida.<br />
O fato da maioria dos cristãos professos se desviarem do modelo bíblico não surpreende aquele que lê o Novo Testamento. Vez após vez o Espírito Santo avisou que isto aconteceria. Ao conversar com os anciãos da igreja em Éfeso, Paulo disse que lobos crueis entrariam no meio deles, e também avisou que do meio daqueles presbíteros se levantariam homens que procurariam atrair os discípulos após si, dividindo a igreja (At 20:29-30).<br />
Na primeira carta a Timóteo, o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos alguns apostatariam da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e doutrinas de demônios (I Tm 4:1). Na última carta inspirada que Paulo escreveu, aprendemos que muitos não suportariam a sã doutrina e resistiriam à verdade (II Tm 4:3 e 3:8). O apóstolo Pedro também avisou deste desvio da verdade, dizendo: “entre vós haverá falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição” (II Pd 2:1). E João, o último dos apóstolos, disse: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus; porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo” (I Jo 4:1).<br />
Poucas informações<br />
A escassez de informações quanto à história de igrejas neotestamentárias é devido a dois fatos importantes:<br />
NO ESCURO… Porque há tão poucas informações históricas sobre o assunto deste estudo? Veja duas razões ao lado<br />
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• Através dos séculos, as organizações eclesiásticas dominaram e perseguiram aquelas igrejas autônomas que procuravam manter a simplicidade do modelo deixado no Novo Testamento. Em conseqüência disto, a literatura daquela época ainda existente é a do grupo dominante. Os escritos das igrejas locais foram, quando possível, destruídos pelos perseguidores, de sorte que a maior parte das informações que temos acerca destas igrejas é o que seus perseguidores escreveram a respeito delas. <br />
• A própria natureza destas igrejas contribuiu para esta escassez de informações. Sendo celestiais e espirituais, ficaram separadas das organizações e movimentos terrenos, e conseqüentemente há pouca menção delas na história secular. Também como igrejas locais e autônomas, não se filiaram a nenhuma organização, e portanto não chamaram a atenção dos historiadores. <br />
Em O Cristianismo Através dos Séculos H. H. Muirhead diz: “Infelizmente os dados históricos não permitem traçar passo a passo a história das igrejas do NT. Isto porque a quase totalidade das informações acerca dos grupos divergentes procede dos seus maiores inimigos. Sustentamos, porém, que a continuação histórica das doutrinas essenciais pode ser traçada, e que Deus não tem ficado sem testemunhas” (pág. 76).<br />
Igrejas Neotestamentárias<br />
LOCAIS?<br />
Veja ao lado o que quer dizer a expressão“ igrejas locais” usada neste estudo<br />
Apesar da escassez de informações, e das dificuldades que cercam este estudo, haverá grande recompensa para aquele que procura descobrir a história das igrejas de Deus. Ele descobrirá que nestes dois mil anos que já se passaram desde o começo da primeira igreja local (a de Jerusalém — Atos cap. 2), sempre houve igrejas que procuravam seguir fielmente o modelo deixado no Novo Testamento. Neste livreto vamos chamá-las de igrejas locais porque, permanecendo fieis ao ensino do NT, não se filiaram a nenhuma organização ou movimento; continuaram sendo igrejas autônomas e, conseqüentemente, locais. Deus nunca se deixou a Si mesmo sem testemunho (At 14:17).<br />
O historiador E. H. Broadbent escreve: “Há uma sucessão ininterrupta de igrejas, compostas de crentes, que procuravam praticar o ensino do Novo Testamento. Esta sucessão não é encontrada necessariamente num só lugar, pois freqüentemente estas igrejas foram dispersas ou se degeneraram, mas outras, semelhantes, surgiram em outros lugares. O modelo é apresentado nas Escrituras com tanta clareza, que é possível haver igrejas semelhantes em diversos lugares, mesmo não sabendo que outros, antes deles, seguiram o mesmo caminho, ou que nos seus próprios dias alguns estavam fazendo isto em diversos lugares” (The Pilgrim Church, pág. 2). <br />
H. H. Muirhead afirma: “… há duas linhas históricas a traçar; duas tendências que não se conciliam — a centralização administrativa e a fixidez dogmática, por um lado, e a reação em favor dos ensinos e práticas do Novo Testamento, simples e desartificiosos, por outro … A primeira delas tem o seu ponto culminante na hierarquia romana: a segunda, numa volta à norma apostólica” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 75).<br />
No final do terceiro século, a maioria das igrejas era muito diferente daquelas igrejas dos dias dos apóstolos. As mudanças foram realmente grandes. O livro já citado, O Cristianismo Através dos Séculos, ainda comenta: “Essa transformação, que gradualmente ia formando a Igreja Católica, foi motivada pela rápida influência judaica e pagã … Naturalmente essa transformação não poderia deixar de provocar protestos por parte dos mais espirituais nas igrejas, resultando em divisões”. E. H. Broadbent também escreve sobre esta transformação: “À medida que a organização do grupo católico de igrejas desenvolvia, surgiram no seu meio grupos que almejavam uma reforma; também algumas igrejas se separam dela; e ainda outras, perseverando nas doutrinas e práticas reveladas no NT, achavam-se isoladas daquelas igrejas que as abandonaram … Havia naquele tempo, como agora, várias linhas divergentes de testemunho … e vários grupos de igrejas que se excluíam mutuamente” (The Pilgrim Church, pág. 11).<br />
Os Montanistas<br />
Muitos daqueles que se opuseram às mudanças nas igrejas foram apelidados Montanistas, devido à grande influência de Montano que, partindo da região da Frígia, condenava corajosamente os desvios das igrejas que abandonavam o modelo bíblico da igreja local.<br />
AUTONOMIA<br />
Opondo-se a qualquer idéia de federação de igrejas, os Montanistas defendiam a autonomia de cada igreja local.<br />
Os Montanistas, entre outras coisas, ensinavam que a direção das igrejas é prerrogativa do Espírito Santo, e resistiam à dominação exercida pelos “bispos”. Destacavam a necessidade de cada igreja deixar lugar para a operação do Espírito no seu meio. No leste do Império Romano logo surgiu uma separação definitiva, porém no ocidente os chamados “Montanistas” permaneceram em comunhão com as igrejas que aceitavam a autoridade dos “bispos” até o começo do século III, quando finalmente seguiram o exemplo dos seus irmãos do leste, separando-se daquele grupo que viria a ser a Igreja Católica. Um dos ensinadores mais destacados naquela época entre os Montanistas foi Tertuliano, cuja oposição à idéia de federação, e cuja defesa da autonomia das igrejas locais, foram decisivas nesta separação. O alvo dos chamados Montanistas era “fazer voltar o Cristianismo aos seus moldes primitivos” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 85). A Shaff-Herzog Encyclopedia, Vol III, diz o seguinte a respeito deles: “Não foi uma nova forma de Cristianismo: foi a volta ao velho, à Igreja primitiva, em oposição à corrupção do cristianismo corrente” (pág. 1562).<br />
Não devemos pensar, porém, que todas as igrejas que foram apelidadas “Montanistas” eram realmente igrejas segundo o modelo nas Escrituras. A “Igreja” perseguidora incluía sob este nome muitos que divergiam entre si, da mesma maneira que as palavras “crente” ou “evangélico” são usadas hoje. Muitos que se chamam de crentes em nossos dias professam falar em línguas desconhecidas e ter o poder de fazer milagres, expulsar demônios e curar os enfermos. São divididos em inúmeras denominações onde cada congregação tem o seu Pastor. Qualquer historiador daria ênfase a estes, pois são a vasta maioria, e se mencionasse aquelas igrejas que hoje seguem o modelo claro do NT as chamaria também de “crentes” ou “evangélicas”, embora estas nada têm em comum com as denominações.<br />
Entre os chamados Montanistas havia divergências. Algumas destas igrejas, fugindo do erro de organização humana na obra de Deus, caíram em outro erro por não entender as Escrituras no tocante aos dons do Espírito Santo. Procuravam os dons de línguas, de profecia, e outros semelhantes que foram dados como sinais nos primeiros anos da era apostólica, não percebendo que tais dons haviam cessado (veja Mc 16:16-20 e Hb 2:3-4). Outras igrejas, porém, baseando-se no ensino da Palavra de Deus, sabiam que tais dons não mais existiam, e continuavam seu testemunho simples e fiel segundo a Palavra de Deus. Estes foram chamados de Novacianos.<br />
Os Novacianos<br />
Foram assim apelidados porque um certo Novácio, que mais tarde foi martirizado, foi um bem conhecido ensinador entre estas igrejas. Eles não aceitavam nome algum, mas afirmavam ser individualmente cristãos e irmãos. Não reconheciam como igreja aquela que uniu-se ao Estado, nem davam qualquer valor às suas ordenanças.<br />
Estes irmãos, bem como os demais Montanistas, se opunham à hierarquia na igreja, e ensinavam e praticavam a verdade do sacerdócio de todos os salvos. Foram inimigos implacáveis das inovações que gnósticos e pagãos introduziam nas igrejas. Discordavam também daqueles Montanistas que diziam possuir dons espetaculares, tais como o de línguas e profecia (veja O Cristianismo Através dos Séculos, págs. 86-87).<br />
Durante muitos anos estes irmãos continuaram o seu testemunho. Espalharam-se por diversas partes do Império Romano, especialmente no Norte da África e na atual Turquia. Em Ecclesiastical Researches o Dr. Robinson escreve: “Continuaram a florescer por duzentos anos. Depois, quando as leis penais os obrigaram a se esconder em lugares retirados e adorar a Deus secretamente, foram designados por vários nomes, e a sua sucessão continuou até a Reforma.”<br />
No quarto século havia muitas destas igrejas na atual Turquia e na Armênia, muitas das quais haviam começado nos dias dos apóstolos (provavelmente fruto dos trabalhos de Paulo e seus companheiros). Além do Eufrates, onde provavelmente Pedro e outros trabalharam bastante, havia ainda muitas igrejas seguindo o modelo original. Retomaremos a história destas igrejas após uma breve referência aos Donatistas.<br />
Os Donatistas <br />
Este movimento no Norte da África foi influenciado pelos chamados Novacianos. Receberam o nome de Donatistas porque dois dos seus ensinadores mais notáveis se chamavam Donato. Este grupo separou-se da igreja dos bispos por questões disciplinares, mas manteve a mesma forma de hierarquia; não voltou ao modelo deixado nas Escrituras. E. H. Broadbent diz: “Os Donatistas, sendo muitos no norte da África, e tendo mantido muito da organização católica, possuíam condições para apelar ao Imperador no seu conflito com o grupo católico” (The Pilgrim Church, págs. 20-21). Discordavam da Igreja Católica, pois acreditavam que o caráter moral dos ministrantes afeta seu ministério. Foram condenados em concílios convocados pela Igreja Católica e cruelmente perseguidos. Foram finalmente extintos quando a invasão maometana atingiu o Norte da África. <br />
TODOS JUNTOS?<br />
“… a idéia de que existia, nos primeiros três séculos, uma igreja verdadeiramente católica e unida está longe da verdade.”<br />
Assim podemos ver que a idéia de que existia, nos primeiros três séculos, uma igreja verdadeiramente católica e unida está longe da verdade. Muito pelo contrário, a verdade incontestável é que naqueles dias, como agora, havia várias correntes de testemunho, vários grupos que mutuamente se excluíam. O livro O Cristianismo Através dos Séculos, comentando os primeiros três séculos do cristianismo, diz: “… o crescimento fora fenomenal … Também o Cristianismo ganhara alta posição social e, em muitas igrejas, grande parte dos membros eram ricos … Esta expansão, todavia, custou um alto preço. Se o Cristianismo venceu o paganismo, de seu turno, o paganismo operou transformação no Cristianismo … O mundo grego-romano fora cristianizado, e o Cristianismo, em parte, paganizado. Todavia, seria erro supor que esta situação prevalecesse … em todas as igrejas … Entre os grupos dissidentes havia uma aproximação ao Cristianismo primitivo” (págs. 126-127).<br />
Constantino (séc. IV) e depois<br />
Quando Constantino entrou vitorioso em Roma ele pôs fim às perseguições aos cristãos. Estes haviam sofrido desde o começo, primeiramente nas mãos dos judeus e depois nas do Império Romano. Todos os grupos de igrejas, bem como aquelas igrejas que não faziam parte de grupo algum, sofriam a mesma perseguição. <br />
Com o Imperador Constantino, porém, uma fase nova começou. Este Imperador, sem renunciar a sua posição de Pontífice Máximo da religião pagã, assumiu a mesma posição entre os cristãos. O célebre intelectual brasileiro, Rui Barbosa, escreveu na introdução do livro que traduziu (O Papa e o Concílio): “Foi o que entrou a suceder sob Constantino. Estreou-se aí o sacrifício do cristianismo ao engrandecimento da hierarquia. O Imperador não batizado recebe o título de bispo exterior; julga e depõe bispos; convoca e preside concílios; resolve sobre dogmas. Já não era mais esta … a igreja dos primeiros cristãos.”<br />
No mesmo livro, Rui Barbosa continua descrevendo a Igreja que se uniu ao Império, e comenta: “de perseguida, tornou-se perseguidora”. Logo, todo o poder do Império estava à disposição dos bispos e, liderados pelos Metropolitanos, não hesitaram em perseguir aquelas igrejas que ainda mantinham fielmente o ensino apostólico. Na medida do possível eles procuravam exterminar os verdadeiros servos de Deus, e juntamente com eles destruíam, quando possível, todos os seus escritos. Esta é a razão da escassez de informações existentes quanto à história das igrejas locais. É necessário também lembrar que a Igreja Católica as difamava injustamente, chamando-as de hereges e dando-lhes nomes, tais como Paulicianos, Cátaros e outros; nomes estes que estas igrejas repudiavam.<br />
Ao prosseguir por esta estrada escura convém lembrar de certos fatos. As acusações feitas pela “Igreja” perseguidora não são de confiança, a não ser quando há evidências para sustentá-las. Além disto, devemos lembrar da tendência de generalizar. As igrejas locais, como mencionamos acima, não reconheceram qualquer nome denominacional, mas os perseguidores as chamavam de Paulicianos, e outros nomes. Não devemos pensar que todos os que a Igreja Católica classificava de Paulicianos compartilhavam as mesmas crenças. <br />
UM FATO IMPORTANTE<br />
“… apesar da escassez de informações, surge um fato inegável: em todo este período, desde o Imperador Constantino até à Reforma, as igrejas locais continuaram a existir …”<br />
Em nossos dias, o nome de “crente” inclui muitos grupos com pensamentos e práticas diferentes, e foi assim através dos séculos. Qualquer historiador que tentasse escrever sobre o cristianismo no Brasil neste século XX daria destaque aos movimentos pentecostal e carismático, e pouco ou nada teria a dizer das igrejas locais que não fazem parte de organização alguma, porque mantém fielmente os princípios da Palavra de Deus (por exemplo, a autonomia de cada igreja local).<br />
Mas, apesar da escassez de informações, surge um fato inegável: em todo este período, desde o Imperador Constantino até à Reforma, as igrejas locais continuaram a existir, e a seguir fielmente o modelo da Palavra de Deus. Veja algumas evidências disto.<br />
Apesar da perseguição feroz e da difamação cruel, alguns escritos daquela época ainda existem, o que permite que a verdade seja conhecida, pelo menos em parte.<br />
Os Paulicianos<br />
Não se sabe ao certo por que receberam este nome, mas presume-se que foi devido ao destaque que davam às cartas de Paulo. A Igreja Católica os chama de hereges, e os acusa de toda a sorte de perversidade, porém a verdade é bem outra. Gregório, considerado um dos “Pais da Igreja”, e inimigo dos Paulicianos, escreveu: “não são acusados de perversidade de vida, mas sim de livre pensamento e de não reconhecer autoridade. De uma posição negativa quanto à igreja, eles tomaram uma posição positiva, e começaram a examinar o próprio fundamento, as Escrituras Sagradas, procurando ali um ensino puro, e direção sadia para a sua vida moral” (The Pilgrim Church, pág. 59-60). E. Gibbon, um historiador do século XVIII, escreveu dos Paulicianos: “Foi esta a forma primitiva do cristianismo”.<br />
Estas igrejas se espalhavam na Ásia e na Armênia até além do Eufrates. The Pilgrim Church comenta que eram “igrejas de crentes batizados, discípulos do Senhor Jesus Cristo, que guardavam a doutrina dos apóstolos, num testemunho ininterrupto desde o começo” (pág. 44).<br />
A CHAVE CERTA…<br />
O documento A Chave da Verdade ajudou a esclarecer muita coisa sobre os Paulicianos.<br />
No ano de 1891 a.D., W. J. Coneybeare descobriu na Biblioteca do Santo Sínodo em Edjmiatzin, na Armênia, um documento provavelmente escrito por um dos chamados Paulicianos, intitulado A Chave da Verdade. A descoberta deste documento, e outros mais, permitiu que a verdadeira história deste povo, pelo menos em parte, fosse conhecida. Coneybeare comentou: “A igreja Pauliciana não era uma igreja nacional, nem de uma raça particular, mas uma velha forma da igreja apostólica”. Devemos lembrar que eles mesmos repudiavam o nome “igreja Pauliciana”. A Chave da Verdade mostra que eles destacavam a necessidade de arrependimento e fé antes do batismo; suas igrejas eram governadas por anciãos. <br />
Sendo igrejas autônomas, sem um centro que dirigisse ou organizasse, é provável que havia certas diferenças entre estas igrejas, mas o pouco que sabemos deles mostra uma determinação de fazer tudo conforme o modelo nas Escrituras.<br />
Constantino Silvano<br />
Em cerca de 653 a.D. um cristão da Armênia hospedou-se na casa de um certo Constantino, e ao despedir-se deixou um presente de grande valor — uma cópia dos quatro Evangelhos e das epístolas de Paulo. A leitura das Escrituras impressionou muito este homem, e resultou na sua conversão. Imediatamente, ele “resolveu dedicar-se a trabalhar com todo o esforço, a fim de conseguir a volta do cristianismo à sua primitiva forma” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 165). Outro historiador escreveu: “O estudo destes escritos … bem depressa afastou do espírito de Constantino qualquer idéia falsa que pudesse ter tido, e deu-lhe um sincero desejo de novamente ver a igreja naquele estado de simplicidade que a distinguia no tempo dos apóstolos” (A História do Cristianismo, A. Knight e W. Anglin). Ele foi um dos Paulicianos mais conhecidos, e devido ao seu zelo e fidelidade foi apedrejado em 690 a.D. Dizem que 100.000 Paulicianos foram mortos na Armênia, por ordem da Imperatriz Teodora.<br />
Com o passar do tempo, sinais de degeneração começaram a aparecer. Alguns, provocados pela perseguição feroz nos dias da Imperatriz Teodora, pegaram em armas para se defenderem; abandonaram a atitude pacifista dos milhares de mártires que haviam selado seu testemunho com o próprio sangue. Alguns sinais de degeneração doutrinária também começaram a aparecer, e como exemplo disto citamos a questão do batismo. Inicialmente estas igrejas insistiam na necessidade de arrependimento e fé antes do batismo, o qual foi administrado por imersão. “Parece que o modo geral de batismo entre os últimos Paulicianos era afusão, ainda que … os primitivos praticassem imersão” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 169-170). <br />
Vemos outro exemplo desta degeneração na questão do pão e do vinho na Ceia do Senhor. Pelo menos alguns entre eles passaram a considerar que estes emblemas “abençoados” eram mudados no corpo e sangue de Cristo, e chamavam esta ordenança de “mistério da salvação”.<br />
Expansão dos Paulicianos<br />
Devido ao trabalho missionário dos Paulicianos o Evangelho chegou a muitos lugares, especialmente à Bulgária, Bósnia e Sérvia, e “no princípio do século VIII as doutrinas paulicianas espalharam-se por toda a Europa, firmando-se no sul da França, onde mais tarde floresceram os Albigenses” (O Cristianismo Através dos Séculos, pág. l68).<br />
As igrejas que foram plantadas na Bulgária continuaram durante muito tempo, e mesmo no século XVII há evidências de congregações conhecidas como “Pavlicani” (Paulicianas). Estas foram descritas pela Igreja Ortodoxa como “hereges convictos”, enquanto que elas classificaram a Igreja Ortodoxa de “idólatra”. A degeneração espiritual também atingiu estas igrejas, e gradualmente foram desviadas das verdades que outrora defendiam, e pelo esforço de missionários franciscanos, finalmente foram absorvidas pela Igreja Católica Romana. Os candeeiros iam sendo removidos, mas o testemunho iria continuar em outros lugares. <br />
Muitas igrejas na Bulgária foram apelidadas também de “Bogomili”, significando “amigos de Deus”, mas sendo perseguidas cruelmente pelo Império Bizantino, os cristãos fugiram para o oeste, e muitos entraram na Sérvia, mas o poder da Igreja Ortodoxa logo obrigou-os a fugir para a Bósnia. <br />
Bósnia<br />
No século XII havia muitas igrejas locais na Bósnia, no tempo de Kulin Ban, um dos mais eminentes governantes daquele país. Ele e sua esposa, bem como milhares de Bósnios, deixaram a Igreja Católica. E. H. Broadbent diz no livro The Pilgrim Church: “Não havia sacerdotes; eles reconheciam o sacerdócio de todos os salvos. As igrejas eram guiadas por anciãos … vários deles em cada igreja. Reuniões poderiam ser convocadas em qualquer casa, e os lugares de reunião regular eram simples, sem sinos ou altares” (pág. 61).<br />
No início do século XIII, sob ameaça de invasão, as autoridades da Bósnia cederam às pressões do Papa e a liberdade cessou, mas as igrejas continuaram, apesar de perseguidas.<br />
O Papa finalmente persuadiu o Rei da Hungria a invadir a Bósnia por causa do fracasso das medidas anteriores, e a Bósnia foi devastada. As igrejas, porém, continuaram o seu testemunho. Diante desta situação o Papa convocou todo o “mundo cristão” para uma “guerra santa”, e também estabeleceu a Inquisição no ano de 1291, para destruir definitivamente “os hereges”.<br />
COMUNHÃO…<br />
“É nesta época [século XIII] que observamos uma comunhão verdadeira entre estas igrejas e seus irmãos no sul da França, Alemanha e outros lugares, estendendo-se até a Inglaterra e Itália.”<br />
É nesta época que observamos uma comunhão verdadeira entre estas igrejas e seus irmãos no sul da França, Alemanha e outros lugares, estendendo-se até a Inglaterra e Itália. Numa época de grande perseguição contra os chamados Albigenses no norte da Itália e sul da França, muitos irmãos conseguiram fugir e achar proteção na Bósnia (The Pilgrim Church, pág. 62).<br />
Estas igrejas da Bósnia formam um elo entre as igrejas primitivas da era apostólica e as outras que surgiram posteriormente nos Alpes da Itália e França.<br />
Quando muitos irmãos tiveram de deixar a Bósnia devido às perseguições, passaram pela Itália e chegaram ao sul da França. Pelo caminho todo encontraram com muitos cristãos que compartilhavam a mesma fé. Havia ainda nesta época cristãos que aceitavam as Escrituras como sua única regra de fé. Um dos seus perseguidores queixou-se bastante da atitude destes cristãos em recusar qualquer nome denominacional, e em não reconhecer homem algum como seu fundador. Ele escreveu: “Pergunte a eles quem é o fundador da sua seita, e não apontarão homem algum … Sob que nome ou sob que título poderá se arrolar estes hereges? Na verdade, sob nome algum, pois a heresia deles não é derivada de homens, mas sim dos demônios.” Mesmo assim outro líder dos Inquisidores os chamou de “Igreja dos Cátaros”, ou seja, “Igreja dos de vida pura”, e testificou que eles se estendiam desde o Mar Negro até ao Atlântico.<br />
Nos vales dos Alpes estas igrejas se reuniam durante séculos e, embora recusassem reconhecer nome algum, foram conhecidos como Valdenses, Albigenses, etc. Diziam existir desde os tempos dos apóstolos. Não eram igrejas “reformadas”, pois nunca desviaram daquele modelo apresentado no Novo Testamento, como fizeram as igrejas que formaram a Igreja Romana, a Ortodoxa , e outras. A posição básica destas igrejas era a de considerar as Escrituras como o padrão para os seus dias, não sendo anuladas pelas mudanças nas circunstâncias. O seu alvo era manter o caráter do cristianismo original.<br />
O testemunho dos seus perseguidores é impressionante. Um dos Inquisidores escreveu, em meados do século XIII: “Esta seita é a mais perniciosa de todas, por três razões:<br />
• É a mais antiga; alguns afirmam que existe desde o tempo dos apóstolos; <br />
• Alastrou-se muito: existe em quase todos os países; <br />
Eles tem vidas justas e crêem tudo a respeito de Deus; apenas blasfemam a Igreja Romana e os seus clérigos.”<br />
É um fato histórico que diversos grupos floresceram no sul da França, alguns mais, outros menos evangélicos, do princípio do século XII em diante. Já mencionamos como os perseguidores generalizavam, e isto aconteceu também neste caso, pois o nome Albigenses foi usado de todos os que não se sujeitaram à soberania do Papa. Daí vem muita confusão (veja O Cristianismo Através dos Séculos, pág. 306). Verdadeiras igrejas locais e grupos sectários se confundem na terminologia dos perseguidores, pois classificavam todos os que não reconheciam a Igreja Católica como Albigenses.<br />
Apesar desta confusão, é mais que evidente que sempre houve igrejas conforme o modelo do Novo Testamento desde os tempos dos apóstolos, embora nem sempre no mesmo lugar.<br />
Não há dúvida de que havia igrejas nos vales dos Alpes, conhecidas como Valdenses, que baseavam a sua fé e prática somente nas Escrituras, e eram verdadeiros seguidores daqueles que desde a era apostólica fizeram o mesmo. O livro já citado, The Pilgrim Church, diz: “Não possuíam nenhum credo, ou religião, ou regras, a não ser as Sagradas Escrituras, e não permitiam que a autoridade de homem algum substituísse a autoridade das Escrituras” (pág. 98). <br />
ALBIGENSES<br />
“…vestiam-se com relativa simplicidade, comiam e bebiam moderadamente, eram sempre laboriosos e estudiosos, havendo entre eles muitos homens e mulheres que sabiam de cor todo o Novo Testamento.”<br />
Dois documentos datados do século XIII, e escritos por seus perseguidores, são importantes para nos dar uma idéia de quem eram estes Valdenses. Um destes documentos os descreve da seguinte forma: “vestiam-se com relativa simplicidade, comiam e bebiam moderadamente, eram sempre laboriosos e estudiosos, havendo entre eles muitos homens e mulheres que sabiam de cor todo o Novo Testamento”. O segundo diz que “rejeitavam os milagres religiosos e os festivais, etc.” (veja O Cristianismo Através dos Séculos, págs. 319-320). Os mesmos documentos mostram que rejeitavam o batismo de crianças e a transubstanciação. Os próprios depoimentos dos perseguidores mostram que estas igrejas perseguidas estavam seguindo bem de perto o modelo deixado no NT. <br />
No final da chamada “Idade Média” havia, além das muitas igrejas locais bíblicas, movimentos de protesto dentro da própria Igreja Romana. Muitos verdadeiros cristãos, ainda ligados ao sistema papal, pregavam ousadamente o Evangelho puro, e muitos tiveram de pagar com a própria vida. Embora o nosso propósito seja seguir a história de igrejas locais, não podemos deixar de mencionar nomes como Marcílo de Pádua, na França, e mais tarde João Wycliff na Inglaterra, Conrado do Waldhausen, Pedro Chelcicky da Boêmia, João Huss de Praga, e um verdadeiro exército de reformadores como eles, antes da tão falada Reforma do século XVI.<br />
A Reforma — Século XVI<br />
Antes, e até à ocasião da Reforma, havia em muitas partes da Europa grupos de Igrejas que procuravam seguir o modelo do Novo Testamento, e conseqüentemente não aceitavam nome denominacional. Em 1463 a.D. e também em 1467 a.D. houve Conferências de alguns destes irmãos, quando consideraram juntos os princípios da igreja. Naquelas Conferências declararam formalmente a sua separação da igreja Romana, e se descreveram como “Unitas Fratrum”, ou seja, Irmãos Unidos, acrescentando que não queriam formar um novo grupo, nem separar-se dos irmãos que, sem qualquer denominação, reuniam-se em muitos países.<br />
Por este fato podemos perceber que havia muitas igrejas naquela época que procuravam agir de acordo com o modelo bíblico de igreja local, mas havia entre elas algumas divergências. Algumas (como as igrejas dos Irmãos Unidos), ao mesmo tempo que procuravam manter a autonomia local, estabeleceram uma certa federação e adotaram, com reservas, um nome. Outras igrejas, porém, permaneceram fiéis ao modelo primitivo, recusando participar destas Conferências e recusando qualquer nome, mesmo o de “Irmãos Unidos”.<br />
MINORIA OU MAIORIA?<br />
“… [os cristãos que reuniam na simplicidade do modelo do Novo Testamento] eram tão numerosos que tanto a Igreja Católica quanto as Igrejas Protestantes temiam que poderiam ameaçar a sua supremacia.”<br />
Não está no escopo deste livreto contar a bem conhecida história da Reforma, mas precisamos observar o efeito dela nestas igrejas locais. Geralmente se crê que a Reforma dividiu a Europa entre Católicos e Protestantes. O grande número de cristãos que reuniam na simplicidade do modelo do Novo Testamento é ignorado. Eram, porém, tão numerosos que tanto a Igreja Católica quanto as Igrejas Protestantes temiam que poderiam ameaçar a sua supremacia. Este fato levou tanto Católicos quanto Protestantes a perseguirem cruelmente aqueles cristãos que não reconheciam a sua autoridade.<br />
Martinho Lutero<br />
Martinho Lutero compreendeu claramente o plano de salvação pela fé, e por suas pregações claras e poderosas levou muitos à certeza da salvação. Também entendeu perfeitamente os princípios bíblicos da igreja, mas após uma intensa luta consigo mesmo os abandonou. Johannes Warns, no seu livro Baptism, comenta com surpresa que “um homem como Lutero, que em 1520 a.D. … defendeu a liberdade do cristão; que em 1526 a.D., no seu tratado German Mass and Order of Divine Service, testificou que conhecia bem o modelo duma igreja de crentes, biblicamente organizada, mais tarde mudou de forma tão radical, contradizendo seus próprios princípios” (pág. 184). Warns ainda afirma: “historicamente nada é mais incorreto do que a afirmação de que a Reforma foi um movimento para a liberdade de consciência” (pág. 188). <br />
Os Anabatistas<br />
É nesta época que aparece nas páginas da história o nome “Anabatista”. Significa “Rebatizador”, e foi usado para descrever todos aqueles que rejeitavam a aspersão de crianças, e praticavam a imersão de adultos já salvos. As igrejas locais que procuravam continuar na simplicidade do modelo do Novo Testamento sempre fizeram assim, e obviamente estavam incluídas sob este apelido, junto com diversos grupos que adotavam a mesma posição em relação ao batismo.<br />
A Igreja Católica os perseguia até à morte. Lutero e Zwinglio, líderes das Igrejas Protestantes da Reforma, tomaram a mesma posição, causando o martírio de milhares de cristãos.<br />
No início as igrejas locais se alegraram muito com o aparecimento de Lutero, passando a testemunhar de forma muito mais pública. A sua alegria e liberdade, porém, durou pouco. Johannes Warns, no já citado livro, diz: “Estas comunidades (as igrejas locais) receberam com alegria e com grande expectativa o advento de Lutero. Os princípios antigos duma comunhão cristã bíblica … foram proclamados abertamente … Quando, porém, Lutero e seus companheiros, bem como Zwinglio, abandonaram a idéia de formar igrejas de crentes conforme o modelo bíblico, preferindo estabelecer Igrejas unidas ao Estado, surgiu um antagonismo cruel” (pág. 191) contra todos que recusaram incorporar-se a estas Igrejas do Estado.<br />
E. H. Broadbent escreve em The Pilgrim Church: “A esperança despertada entre os irmãos gradualmente desapareceu à medida que eles se viam entre dois sistemas eclesiásticos (Católico e Protestante), ambos dispostos a usar a espada para forçar conformidade” (pág. 147).<br />
PERSEGUIÇÃO!<br />
Por judeus e romanos, Igrejas do Estado (na Roma e Grécia), Católicos e Protestantes, “as igrejas locais sempre foram perseguidas.”<br />
As igrejas locais sempre foram perseguidas. Nos primeiros três séculos desta era foram perseguidas pelos judeus, e depois pelo Império Romano. Desde a “conversão” do Imperador Constantino estas igrejas passaram a sofrer a perseguição por parte das Igrejas do Estado (Romana no ocidente e Grega no oriente). Agora, porém, havia mais uma agravante. As igrejas Protestantes de Lutero e Zwinglio as perseguiam também, queimando milhares de cristãos e afogando outros. Por não negarem a sua convicção quanto à autonomia da igreja local e o batismo somente daqueles que crêem, e por não aceitarem a doutrina da Transubstanciação, foram martirizados pelos seus próprios irmãos em Cristo, os Luteranos da Alemanha e os Protestantes da Suíça.<br />
Devemos esclarecer, porém, que nem todos que eram apelidados de Anabatistas estavam seguindo verdadeiramente o modelo bíblico. Havia joio no meio do trigo, mas é um fato inegável que as igrejas que aderiram aos princípios do Novo Testamento foram tão cruelmente perseguidas, tanto pelos católicos como pelos evangélicos, que quase desapareceram das páginas da história. Acharam refúgio por algum tempo na Áustria, mas os anos que seguiram à Reforma foram entre os mais difíceis para estas igrejas. Praticamente eliminadas na Alemanha e na Suiça, e perdendo a proteção na Austria, alguns conseguiram fugir para a Holanda e daí para a Inglaterra, onde continuaram apesar de constantes perseguições. E. H. Broadbent comenta que além da Igreja Católica, a Igreja da Inglaterra, e as denominações evangélicas que havia naquele tempo na Inglaterra, “havia também grupos de crentes que correspondiam às igrejas de Deus do Novo Testamento … mas seu testemunho foi mantido … no meio de circunstâncias tão confusas que constituíram uma verdadeira prova de fé e amor” (pág. 247-248).<br />
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O Século XIX<br />
UMA OBRA DO ESPÍRITO<br />
“Não sabiam que outros … já estavam fazendo a mesma coisa”<br />
No começo do século XIX a história registra um aumento realmente impressionante destas igrejas locais, começando na Irlanda e estendendo-se quase que simultaneamente a vários países na Europa. Sem dúvida alguma foi uma obra do Espírito Santo. Em 1827 a.D. alguns cristãos na cidade de Dublin, na Irlanda, começaram a reunir-se para partir o pão e edificar-se mutuamente. Não sabiam que outros, por exemplo perto de Omagh na Irlanda do Norte, e em Georgetown na Guiana Inglesa, já estavam fazendo a mesma coisa. Rapidamente mais e mais igrejas locais e autônomas surgiram em muitos lugares. <br />
Logo no começo daquela igreja em Dublin destacou-se um irmão que teria um impacto muito grande, não só na Irlanda, mas em todo o mundo. Era J. N. Darby. Até hoje quantos cristãos e quantas igrejas sentem os resultados benéficos dos trabalhos incansáveis daquele saudoso servo do Senhor. Quando, porém, ele adotou a idéia de que o corpo místico de Cristo é algo visivel na Terra, ele foi levado a conclusões errôneas que trouxeram muito prejuízo ao povo de Deus, provocando uma divisão entre igrejas que até então gozavam de preciosa comunhão mútua. Afirmou que os santos que já partiram estão com Cristo, e conseqüentemente nesta condição não fazem parte do corpo de Cristo que (a seu ver) é algo visivel na Terra (Letters of J.N.D. Vol. 1, pág. 527). Desta forma, ele contemplava um corpo que o Novo Testamento não reconhece. A conseqüência inevitável deste ensino foi a formação duma seita — exatamente a idéia que ele procurava combater!<br />
As igrejas que seguiram este ensino de J. N. Darby foram apelidadas de “Exclusivistas”, mas a bem da verdade devemos reconhecer que estes queridos irmãos não adotam este ou qualquer outro nome. Desde então houve freqüentes divisões entre eles, e sub-divisões, o que é conseqüência inevitável do ensino errado quanto ao corpo de Cristo.<br />
As igrejas que não seguiram este ensino se espalharam pelo mundo inteiro, mas muitas delas, embora dizendo ser igrejas neotestamentárias, tem desviado muito da sua posição original, imitando as práticas das denominações chamadas evangélicas e tornando-se como elas. Enquanto ainda professam aceitar o sacerdócio de todos os crentes, estão dependendo mais e mais da liderança dum chamado “obreiro”, que em muitos casos já é reconhecido como o Pastor da igreja. Ainda dizem ser igrejas autônomas, mas já faz bastante tempo que dizem ser do “Movimento dos Irmãos”. E esta descrição está sendo modificada em nossos dias, pois alguns já dizem que são das “igrejas dos Irmãos”. Ainda dizem que não são denominacionais, mas estão caindo no mesmo erro dos “Irmãos Unidos” ao realizarem suas Conferências em 1463 a.D e 1467 a.D. <br />
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DEUS É FIEL!<br />
“… ainda há no mundo hoje, em muitos países, igrejas locais e autônomas.” <br />
Apesar da divisão triste do século XIX, e dos grandes desvios atuais, ainda há no mundo hoje, em muitos países, igrejas locais e autônomas. Obviamente não tem denominação, nem sede, pois aceitam somente as Escrituras Sagradas para sua orientação, e dependem dos dons e da direção do Espírito Santo para sua continuação.<br />
Estão, porém, sempre em perigo. Às vezes foram, e ainda são (em alguns lugares) cruelmente perseguidas, mas o maior perigo hoje é a inerente tendência humana de desviar-se de Deus. Muitas igrejas locais tem deixado de existir não devido à perseguição, mas devido ao seu desvio da Palavra de Deus. O Senhor mesmo removeu o candeeiro.<br />
Conclusão<br />
Temos caminhado rapidamente pelo caminho escuro seguido por igrejas locais durante estes quase dois mil anos desta dispensação. Temos percebido, mesmo nos primeiros anos do seu testemunho, quando os apóstolos ainda viviam, uma tendência constante de desviar-se de Deus e do modelo que Ele estabeleceu. Além disto, temos visto um esforço da parte de Satanás para destruir estas igrejas, desviando-as da simplicidade que há em Cristo (II Co 11:3).<br />
Devido à pouca informação confiável que possuímos, o caminho que acabamos de seguir é obscuro. Uma coisa, porém, fica perfeitamente clara. Apesar das falhas humanas e dos ataques satânicos, Deus nunca Se deixou a Si mesmo sem testemunho (At 14:17). Embora muitas igrejas desviaram da simplicidade original, degenerando-se ao ponto de serem removidas pelo próprio Senhor, sempre houve na Terra verdadeiras igrejas locais, desde a formação da primeira igreja em Jerusalém (Atos cap. 2).<br />
Quando “candeeiros” precisavam ser removidos, o Senhor levantava outras igrejas em outros lugares. O testemunho não se apagava; o candeeiro é que era removido. Em nossos dias, quase dois mil anos depois da primeira igreja, ainda há muitas igrejas conforme o modelo do Novo Testamento — Deus é fiel, Ele tem preservado o testemunho. Que nós sejamos fiéis, guardando a Sua Palavra, apesar dos desvios de muitos em nossos dias.<br />
Nossa responsabilidade<br />
A fidelidade de Deus não nos livra de responsabilidade. Em nossos dias, provavelmente os últimos dias do testemunho de igrejas locais na Terra, vemos os ataques de Satanás se redobrarem cada dia. Igrejas que outrora amavam a simplicidade do modelo divino agora adotam as maneiras e os métodos das denominações. Com muita música e atividades sociais procuram atrair as pessoas e manter os jovens na igreja. Dão muita importância às tradições humanas e às opiniões da sociedade em que vivem, e deixam de lado a Palavra de Deus como algo fora de moda. Muitas já perderam todas as características das verdadeiras igrejas de Deus. A situação é confusa, mas ainda é possível manter o modelo que Deus estabeleceu nas Escrituras. <br />
UM MODELO ATUAL!<br />
“…ainda é possível manter o modelo que Deus estabeleceu nas Escrituras”. O artigo “Reunidos em Seu Nome” dá mais detalhes sobre este modelo.<br />
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Deus não mudou. O modelo na Sua Palavra não mudou; a nossa responsabilidade é clara. O cristão não deve tornar-se membro de denominação alguma, mas sim separar-se de todas elas para reunir-se com outros cristãos, simplesmente como cristãos, em Nome do Senhor Jesus Cristo, formando assim uma igreja local e autônoma, onde o Senhor Jesus é a única atração, e a Sua Palavra a única autoridade. Estas igrejas não precisam, nem devem, unir-se a movimento algum; mas ao mesmo tempo que mantém a sua autonomia, devem cultivar comunhão com outras igrejas que seguem os mesmos princípios.<br />
Tais igrejas podem ser fracas, pequenas, e desprezadas pelo mundo religioso, mas o Senhor lhes deixou uma promessa animadora: “eis que diante de ti pus uma porta aberta, e ninguém a pode fechar; tendo pouca força, guardaste a Minha Palavra, e não negaste o Meu Nome” (Ap 3:8).<br />
“Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e Eu vos receberei” (II Co 6:17).<br />
“Saiamos pois a Ele fora do arraial, levando o Seu vitupério.” (Hb 13:13).<br />
R. E. Watterson<br />
O texto acima é a íntegra do livrete "A história esquecida" publicado pela Editora Sã Doutrina.Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-10968906484079905382010-01-14T09:24:00.001-08:002010-01-14T13:57:53.540-08:00O que é um Cristão.At 26:28<br />
O termo “cristão” será usado estritamente de acordo com o ensino do Novo Testamento. Usando o processo de eliminação vamos ver primeiro:<br />
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I. O QUE NÃO É SER CRISTÃO:<br />
1. Tornar-se cristão não é tornar-se “religioso” ou adotar uma nova “religião”.<br />
a) Entre os não crentes aceitar a Cristo é interpretado como “aceitar o cristianismo”. <br />
b) Nos países chamados cristãos a conversão freqüentemente é o mesmo que tornar-se religioso.<br />
c) Tais expressões são totalmente inadequadas e falsas. Não havia homem mais religioso sobre a terra do que Saulo de Tarso (At 22:26; Fil 3). Ele era um homem zeloso e cheio de paixão religiosa. Ser religioso está muito longe daquilo que o Novo Testamento chama ser cristão!<br />
d) Ser um verdadeiro cristão não é aceitar um credo, declaração ou doutrina. Nem tampouco observar ritos e cerimônias, assistir cultos e se conformar a um padrão de vida!<br />
e) De modo algum religião é Cristianismo. Quando pedimos às pessoas para se tornarem cristãs, não estamos pedindo que mudem de religião, nem que se tornem religiosas.<br />
<br />
2. Tornar-se cristão não é unir-se a uma instituição chamada igreja. <br />
a) Não existe tal coisa chamada “unir-se à igreja”. Não damos nenhum passo, nem em palavras, nem em atos para que nossos membros se tornem parte do nosso corpo. Não existe diferença entre os membros e o corpo. Mas, eles não se tornam membros pela organização, convite, exame, interrogação ou catecismo. Não! Só pela vida!<br />
b) No tocante à Igreja de Cristo é a mesma coisa: tem que existir um verdadeiro relacionamento de vida. Ser membro no sentido técnico é uma coisa supérflua. Sem relacionamento não existe a Igreja de Cristo.<br />
c) Existem multidões que são membros do que é chamado de “Igreja”, mas que não suportarão o teste do que seja realmente um cristão.<br />
d) Quando convidamos as pessoas para tornarem-se cristãs não estamos pedindo que se unam à igreja.<br />
e) Devemos reconhecer que o cristianismo não é mais uma instituição ou sociedade. Você pode ir a muitas chamadas “igrejas” e nunca encontrar satisfação.<br />
f) Naturalmente isso é negativo, mas devemos reconhecer que quando nos tornamos cristãos, nós compartilhamos uma nova vida em Cristo, juntamente com todos os outros que nasceram de novo e assim nos tornamos um em Cristo!<br />
<br />
3. Tornar-se cristão não é tornar-se parte de um novo movimento.<br />
a) O cristianismo é num sentido um movimento: um movimento Divino do céu!<br />
b) Mas alguns concebem o cristianismo como sendo um grande empreendimento para melhorar o mundo. Um apelo é feito para que as pessoas se unam a esta grande obra.<br />
c) Mais cedo ou mais tarde os que se uniram a ele descobrirão que estão numa falsa posição.<br />
d) Existe algo que deve acontecer antes do movimento: o movimento está com Deus e não conosco. O maior valor no movimento, quando chega a hora de Deus para ele, é que aprendemos a não nos mover sem Ele.<br />
e) Não apelamos para que as pessoas se unam a um movimento, onde todas as suas forças e entusiasmo natural poderão ser usados!<br />
f) Deus tem um propósito e você se interessa por Ele em relação àquele propósito! Mas antes devemos nos tornar “novas criaturas”!<br />
<br />
II. O QUE É SER UM CRISTÃO<br />
Vamos ver o que é ser um cristão utilizando um grande exemplo: Saulo de Tarso. O modo como ele foi convertido pode não ser comum ou geral, mas os princípios são sempre os mesmos. Os três princípios e realidades de uma verdadeira vida cristã são:<br />
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1. Quem És Tu? “Eu sou Jesus”! <br />
A primeira coisa é um conhecimento interior de que Jesus é uma Pessoa viva e não apenas saber que Ele existiu.<br />
a) Para Paulo foi uma tremenda descoberta: Jesus está vivo? Ele foi crucificado e morto; o que restava agora era apagar Sua memória e destruir aquilo que O representava.<br />
b) Saulo dedicou-se a isso! Que surpresa não foi para ele descobrir que Jesus estava vivo! E na glória!<br />
c) Começamos nossa vida cristã experimentando essa realidade viva. Não um Jesus da história, mas um Jesus do coração!<br />
d) Todos devem provar isso! Temos apenas que lançar fora nossas tradições, preconceitos, dúvidas, perguntas e problemas mentais, ir diante Dele e falar com Ele, embora Ele não possa ser visto.<br />
e) Fale com Ele com coração honesto e como se estivesse face a face com Ele. Fale com Ele como você fala com uma Pessoa.<br />
f) O Espírito Santo está no mundo para levar as pessoas a experimentarem esta realidade! Que Jesus vive e entra no coração de todo aquele que se volta para Ele honestamente.<br />
g) Só existe um caminho que é Jesus. Você ouviu falar de um médico e ele é o homem para o seu caso! Você diz que não existe tal pessoa? Que há evidências que ele morreu a muito tempo? Você vai até ele para dizer que não crê que ele seja médico?<br />
h) Se você fizer isso mostrará duas coisas:<br />
1º) Ou seu caso não é tão sério!<br />
2º) Ou você está fugindo da sua seriedade!<br />
i) Se seu caso é sério e você sabe disso, o mínimo que você vai fazer é ir ao médico e contar a ele sua situação e pedir para ele fazer o que pode!<br />
j) A descoberta de que Jesus é uma realidade viva é a primeira coisa na vida cristã. Isto é um teste e um testemunho.<br />
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2. O que Queres Que Eu Faça Senhor? <br />
Esta é a segunda coisa na vida cristã.<br />
a) Isso representa uma nova posição e um novo relacionamento!<br />
b) Antes disso Saulo propunha, planejava, determinava e desejava; fazia tudo para uma boa causa: para o próprio Deus!<br />
c) Uma evidência clara de uma vida verdadeiramente aceitável a Deus: o senhorio absoluto de Cristo. Quando descobriu que Jesus vivia, Paulo exclamou: “Senhor! Que queres que eu faça?!”<br />
d) A marca registrada da verdadeira vida cristã é a submissão a Cristo e uma vida governada por Ele como Senhor.<br />
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3. Cristo Em Vós – Col 1:27<br />
a) Isto se torna verdade por um ato definido quando creio Nele e o Espírito Santo toma posse de nós interiormente. Isto é “nascer de novo”.<br />
Ser cristão é:<br />
1) Reconhecer que Jesus está vivo.<br />
2) Entronizá-Lo como Senhor absoluto.<br />
3) Ter Sua presença interior e poder, por meio do Espírito Santo.<br />
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III. O TESTEMUNHO DE PAULO: At 26:28 (14) <br />
Estas palavras foram pronunciadas ao mesmo homem: como Saulo de Tarso e depois como Paulo o apóstolo. No primeiro caso (At 26.28) por um governador do Império Romano (Agripa) e depois por Jesus de Nazaré. Elas contêm a essência de uma verdadeira experiência cristã:<br />
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1) É Algo Absolutamente Pessoal:<br />
“Ouvi uma voz Me dizendo, Saulo! Saulo!”.<br />
a) Outros estavam com Saulo, mas a palavra foi dirigida a ele de forma pessoal. Jesus o conhecia pelo nome!<br />
b) Deus tem um interesse pessoal conosco. Um irmão tinha o costume de evangelizar entregando apenas versículos da Bíblia. Certo dia, visitando um hospital militar, aproximou-se de um soldado que se achava todo enfaixado da cabeça aos pés. Só a boca e os olhos estavam descobertos. Uma enfermeira de longe deu a entender ao irmão que não adiantava falar com o tal soldado. Ele tentou se afastar, mas o Espírito de Deus o moveu a deixar um texto da Palavra no peito do doente. Ao se afastar ouviu o soldado dizer: “O que é isso?” Ele respondeu: “Palavras da Bíblia”. O doente pediu: “Por favor, leia para mim”. E o irmão leu: “Filho meu, dá-me o teu coração”. O doente ficou perturbado e exclamou: “Não sabia que meu nome estava na Bíblia!” O crente explicou: “Você está enganado: seu nome não está na Bíblia. Este é um texto do Livro de Provérbios”. Nessa hora o soldado moribundo pediu ao irmão que lesse a placa que mostrava o seu nome na cabeceira da cama: Myson Jack. Então o irmão entendeu. O texto da Palavra estava em inglês: “My son, give me your heart”. Observe leitor, que o sobrenome do soldado “myson” são as duas primeiras palavras do texto bíblico: “meu filho = myson”. Deus falou com aquele homem de forma pessoal e direta: “Soldado Myson (meu filho), dá-me o teu coração”. Maravilhoso, sublime, tocante! <br />
c)Você acha isso coincidência, acidente? Aquele homem estava para entrar na eternidade e Deus o chamou pelo nome! (Gl 2:20).<br />
d) Paulo não sabia, mas estava “dando coices contra o aguilhão” (At 26:14).<br />
e) Saulo estava tentando desesperadamente provar a falsidade de Cristo e do cristianismo, mas, por dentro ele estava dando coices na vontade de Deus!<br />
f) Cristo é uma realidade e mais cedo ou mais tarde teremos que recebê-Lo: (i) Como Senhor e Salvador agora; (ii) Como Juiz (Fil 2) no final da vida.<br />
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2. Cristianismo Não é Uma Religião e Sim Uma Pessoa!<br />
a) Porque Me persegues? Veja a que ponto o zelo religioso de Saulo o levou! <br />
b) Oh! Que tremenda é a diferença entre ser religioso e ser cristão!<br />
c) Como é possível alguém ser apaixonadamente dedicado e devotado àquilo que crê ser de Deus, ou para Deus, e ainda estar “perseguindo” o próprio Deus ou obstruindo no número ou natureza dos pecados. Sua base de julgamento é outra: O que você fez do meu Filho?<br />
e) Nossa rejeição não precisa ser violenta, como foi a de Saulo. Não precisamos cometer pecados grosseiros como: adultério, roubo, morte!<br />
f) Não é necessário jogar o remédio ao chão para perecer; basta deixá-lo onde está e não tomá-lo. <br />
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Todas as questões de vida e morte, pecado e justiça, céu e inferno, tempo e eternidade, estão relacionadas não à religião, igreja ou crença, mas a um relacionamento vivo com o Filho de Deus.<br />
a) O cristão é aquele que entrou num relacionamento vivo e encontrou resposta para todas estas perguntas e questões na Pessoa e Obra de Jesus Cristo.<br />
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Autor: T. Austin-SparksLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-66674827517793343402010-01-14T09:14:00.000-08:002010-01-14T09:18:57.856-08:00Os desapontamentos da vida“Fui Eu que Fiz isto”<br />
(1 Reis 12:24)<br />
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Os desapontamentos da vida são na realidade apenas determinações do meu amor. Tenho uma mensagem para ti hoje, meu filho. Vou segredá-la suavemente ao teu ouvido, a fim de que as nuvens anunciadoras da tempestade, quando aparecerem, sejam douradas de glória, e para que os espinhos, que porventura cerquem o teu caminho, sejam afastados. A mensagem é curta – uma simples frase, mas deixa que entre no fundo do teu coração e que seja para ti como almofada onde possas descansar a tua cabeça fatigada: <br />
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“FUI EU QUE FIZ ISSO”<br />
* Você nunca imaginou que tudo o que te diz respeito, diz respeito a Mim Também? “Porque aquele que tocar em vós toca na menina do Meu olho” (Zc 2:8). Você é precioso para mim, e é por isso que me interesso especialmente pelo seu crescimento espiritual. Quando a tentação te assalta e o inimigo “vem como uma inundação”, quero que você saiba que “isto vem de mim”. Eu sou o Deus das circunstâncias. Você não foi colocado onde está por acaso, e sim porque este é o lugar que escolhi para você. Você não pediu para ser humilde? Saiba que o lugar onde você está é o único onde poderás aprender bem esta lição. É por intermédio de tudo quanto te rodeia e até dos que te cercam que a Minha vontade em você se cumprirá. Você tem dificuldades monetárias? Custa-te viver com o que tens? “Eu é que fiz isto”. Porque Eu possuo todas as coisas. Quero que recebas tudo, e que dependas inteiramente de Mim. As minhas riquezas são ilimitadas (Fl 4:19). Prova-me para que se não diga a teu respeito: “Contudo, não creu no Senhor seu Deus”.<br />
<br />
<br />
* Você está passando pela noite escura da aflição? “Eu fiz isto”. Deixei-te sem qualquer auxílio humano para que ao voltares para Mim, encontres consolação eterna (2 Tess 2.16,17). <br />
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* Você está desiludido com algum amigo em quem você confiou? “Fui Eu que Fiz isto”. Permiti esse desapontamento para que você pudesse aprender que Eu, Jesus, sou o teu melhor Amigo. Eu te livro de cair, combato as tuas lutas. Anseio por ser o seu confidente.<br />
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* Alguém disse coisas falsas sobre você? Não fique preocupado; vem para mais perto de Mim, debaixo das minhas asas, longe de qualquer troca de palavras, porque “Eu farei sobressair a tua justiça como a luz e o teu juízo como o meio dia” (Salmo 37:6). Onde estão os teus planos? Você se sente esmagado e abatido? “Fui Eu que fiz isto”. Não foi você quem fez os seus planos, e depois Me pediu para abençoá-los? Eu quero fazer os teus planos. Eu quero assumir toda a responsabilidade, porque ela é pesada demais e você não poderia realizá-la sozinho (Êx 18:18).<br />
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* Você já desejou alguma vez fazer qualquer coisa de grande importância no teu trabalho por Mim? E, em vez disto foi posto de parte, talvez num leito de dor e sofrimento? “Fui Eu que fiz isto”. Não podia prender a tua atenção doutra forma, enquanto estavas tão ativo. Desejo ensinar-te algumas das Minhas lições mais profundas. Somente aqueles que aprenderam esperar pacientemente é que podem Me servir. Os Meus melhores trabalhadores são, às vezes, aqueles que estão fora do serviço ativo, pois assim eles podem aprender a manejar melhor a arma que se chama Oração.<br />
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* Foste chamado de repente a ocupar uma posição difícil, cheia de responsabilidade? Vai, conta Comigo! Dou-te esta posição, cheia de dificuldades, porque “O Senhor teu Deus, te abençoará em tudo quanto fizeres” (Dt 15:18).<br />
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* Ponho hoje nas tuas mãos o vaso de óleo santo. Tira tudo quanto quiseres meu filho, para que todas as circunstâncias que possam levantar-se diante dos teus pés, cada palavra que te magoe, qualquer coisa que prove a tua paciência, cada manifestação da tua fraqueza, sejam ungidas com este óleo santo. Não esqueça que, interrupções são instruções divinas. A dor que você sofrer será na medida em que você Me enxergar em todas as coisas. Portanto, aplica o teu coração a todas as palavras que hoje testifico entre vós, ”Porque elas são a vossa vida” (Dt 32:46,47).<br />
<br />
Este manuscrito foi achado na Bíblia de John Nelson Darby, depois do seu falecimento.Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-83757827657705899992010-01-14T08:31:00.000-08:002010-01-14T08:31:49.161-08:00Aionios (αιωνιος)Vamos ler o Evangelho de Mateus capítulo 12 e o versículo 32 diz:<br />
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“E, se qualquer disser alguma palavra contra o Filho do Homem, ser-lhe-á perdoado, mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado, nem neste século nem no futuro”.<br />
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Nesse texto temos que fazer uma analise da palavra “mundo”. Segundo o original grego o termo aqui é Αιων. Na versão Revista Corrigida está “século”, na Revista Atualizada está “mundo”. Antes de tratar sobre a força e o uso deste adjetivo, é bom examinar brevemente este vocábulo αιων, entender sua origem. A mais antiga aplicação desse substantivo entre os escritores gregos tais como Homero, Hesíodo, Pindar, os poetas trágicos e Herodoto, é feita com referência a vida de um homem ou ao curso da vida. Na história posterior da língua denotava um largo período de tempo. Os filósofos empregavam em contra distinção de χρονος para expressar a duração, αιων de objetos eternos e imutáveis e χρονος para aqueles que são temporais e corpóreos. Por isso, αιων foi utilizado na filosofia antiga com o significado da infinita e imutável eternidade de DEUS.<br />
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Por isso, no grego helenístico, os autores da mesma época que os do Novo Testamento, esta palavra foi empregada especificamente para expressar a eternidade. Portanto, nada pode estar mais claro que o uso desse termo nos tempos antigos e na linguagem dos escritores neotestamentário para representar o que é imutável e eterno. <br />
<br />
Agora, preste atenção, porque, quando esse termo é qualificado por palavras que modificam seu sentido, se usa nas Escrituras para o curso contínuo de um determinado sistema governado por certos princípios, como em Mateus 12.32; 13.39-40; 24.3; 28.20; há também sua aplicação num sentido mais moral do que dispensacional, como em Gálatas 1.4; Efésios 2.2.<br />
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Concluindo então, αιων pode ser empregado de maneira que expressa a continua existência de uma coisa cuja natureza não dura para sempre (como a vida humana, uma era ininterrupta ou dispensacional, ou ao curso geral deste mundo), seu sentido próprio, tomado por si mesmo, é expressar a eternidade. E o mesmo é certo de αιωνιος, que se usa em certos contextos especiais, como em Romanos 16.25; 2 Timóteo 1.9 e Tito 1.2 onde χρονοι modifica sua força e lhe dá um sentido relativo mais absoluto; mas seu significado natural, a menos que seja positivamente restringido, é o eterno em contraste com o temporal. <br />
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Fonte – Anotações cristãs - William Kelly, vol. II, pág. 173<br />
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Tradução – Luiz FontesLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-74841467288125284262010-01-14T08:25:00.000-08:002010-01-14T08:25:32.749-08:00Depressão Espiritual - Capítulo 33 - Vejo os homens como árvores que andam <br />
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"E chegou a Betsaida; e trouxeram-lhe um cego, e rogaram-lhe que lhe tocasse. E, tomando o cego pela mão, levou-o para fora da aldeia; e, cuspindo-lhe nos olhos, e impondo-lhe as mãos, perguntou-lhe se via alguma coisa. E, levantando ele os olhos, disse: Vejo os homens; pois os vejo como árvores que andam. Depois tornou a pôr-lhe as mãos nos olhos, e ele, olhando firmemente, ficou restabelecido, e já via ao longe e distintamente a todos. E mandou-o para sua casa, dizendo: Não entres na aldeia". Marcos 8:22-26 <br />
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Quero chamar sua atenção para este incidente, como parte de nossas considerações sobre o tema que estamos examinando e que denominei "depressão espiritual". <br />
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Estamos considerando este assunto, não somente porque é um fato triste e trágico que um cristão possa se sentir deprimido e miserável, mas também por causa da situação geral da Igreja atualmente. Não hesito em afirmar, novamente, que uma das razões por que a Igreja Cristã exerce tão pouca influência no mundo moderno, é que tantos cristãos estão nesta condição. Se todos os cristãos começassem a agir e a viver conforme o Novo Testamento ensina, a Igreja não enfrentaria problemas para evangelizar. A questão se resolveria por si mesma. É porque estamos falhando como cristãos em nossa vida diária, comportamento e testemunho, que a Igreja exerce tão pouca influência e tão poucos são atraídos a Deus através do Senhor Jesus Cristo. Portanto, por esse motivo tão premente, é imprescindível que tratemos desta questão. <br />
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Já fizemos uma análise geral do problema, e no capítulo anterior consideramos um aspecto específico dele. Vimos que há alguns cristãos nesta condição porque nunca realmente entenderam com clareza a grande doutrina básica da justificação pela fé. Na verdade, essa foi a causa de todo o problema antes da Reforma protestante. A Reforma trouxe paz, felicidade e alegria à vida da Igreja, de uma forma que ela não tinha conhecido desde os primeiros séculos, e tudo aconteceu porque a doutrina básica da justificação pela fé foi redescoberta. Ela fez Martinho Lutero se regozijar e cantar, e ele por sua vez foi usado para levar outros a discernir esta grande verdade. Ela produziu essa grande alegria na Igreja; e, se por um lado hesitamos em declarar que aqueles que não entenderam esta questão com clareza não sejam cristãos, por outro lado, é um fato que no momento que a entendem, imediatamente deixam de ser cristãos miseráveis e se tornam cristãos radiantes. <br />
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Vamos passar agora para o passo seguinte, e quero considerá-lo à luz deste extraordinário incidente na vida e no ministério do nosso bendito Senhor, registrado em Marcos 8:22-26. Observarão imediatamente que estamos tratando de um caso completamente diferente; e este quadro ilustra isso de forma bastante clara. Em vários aspectos é o mais extraordinário de todos os milagres realizados por nosso Senhor e Salvador. Lembram-se dos detalhes do que Ele fez por esse homem cego? Ele o tomou pela mão, levou-o para fora da aldeia, cuspiu nos seus olhos, impôs as mãos sobre ele, e então perguntou ao homem se podia ver alguma coisa. O homem disse: "Sim, vejo. Vejo os homens como árvores andando". Então o Senhor pôs as mãos novamente sobre os olhos do homem e desta vez a sua vista foi restaurada, e ele "viu distintamente". <br />
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Isto, obviamente, é algo de significação muito profunda. O que aconteceu neste caso não foi acidental. Temos outros exemplos em que o Senhor curou pessoas cegas, e é evidente que Ele poderia ter curado este homem instantaneamente, dizendo apenas: "Recebe a vista". Nosso Senhor tinha esse poder; nada era impossível para Ele. Já tinha feito isso antes, e podia fazê-lo novamente. Então, o que Ele fez aqui foi feito deliberadamente e com um propósito. Nada que o Senhor Jesus fez foi feito a esmo ou acidentalmente. Todas as Suas ações eram deliberadas e quando Ele mudava Seu método, sempre tinha uma razão muito boa para fazer isso. Não havia nada particularmente difícil neste caso; a variação no tratamento não era causada por isso. Era devida ao plano determinado pelo próprio Senhor, de operar o milagre desta forma a fim de ensinar uma lição e comunicar uma certa mensagem. Em outras palavras, todos os milagres do Senhor foram mais do que simples eventos — de certa forma, eles também foram parábolas. Isso não quer dizer que não cremos nos incidentes em si como sendo fatos reais na história. Estou simplesmente declarando que um milagre é também uma parábola, e se isso é verdade a respeito de todos os milagres, é especialmente verdade a respeito deste aqui. De fato, pois o Senhor obviamente mudou o método aqui a fim de ensinar uma lição vital e importante. <br />
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Eu concordo com aqueles que sugerem que talvez a lição principal aqui tivesse em vista particularmente os discípulos. Lembram-se do que aconteceu antes? Eles se esqueceram de levar pão no barco, e por isso tinham apenas um consigo. Começaram então a se preocupar com isso, e ficaram perturbados. Nosso Senhor ao falar com eles no barco, disse: "Guardai-vos do fermento dos fariseus e do fermento de Herodes"; e eles arrazoavam entre si, dizendo: É porque não temos pão". Visto que Ele mencionou a palavra "fermento", pensaram que ele estava falando de pão! Eram literalistas, faltava-lhes entendimento espiritual, e por isso a palavra "fermento" fez com que pensassem apenas em pão e no fato de terem se esquecido de levar um suprimento. Por essa razão estavam perturbados e apreensivos, e o Senhor lhes fez uma série de perguntas penetrantes, terminando com esta: "Não compreendestes ainda?" É como se dissesse: "Aqui estou eu, pregando a vocês e lhes ensinando, e parece que ainda não entendem. Estão perturbados porque têm somente um pão, e no entanto testemunharam dois milagres, os quais provam que com apenas alguns pães e peixes eu posso alimentar milhares de pessoas; como é que ainda não entendem?" Eu creio que Ele tratou do homem cego daquela maneira a fim de lhes dar uma imagem deles mesmos. Ele adorou esta técnica registrada aqui, para que os discípulos pudessem se ver a si mesmos, como realmente eram. <br />
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Mas há um sentido mais profundo aqui; é uma lição permanente para o povo de Deus. É uma mensagem terrível. Estou ansioso para chamar sua atenção para isso porque há muitas pessoas que são como este homem, e há muitas pessoas que parecem ainda estar no primeiro estágio que este homem atravessou, no processo de ser curado. Nosso Senhor cuspiu nos seus olhos e perguntou: "Pode ver alguma coisa?" E ele respondeu: "Vejo os homens, como árvores andando". Entendem a sua situação? É difícil descrever este homem. Não podemos mais dizer que ele é cego. Não podemos dizer que ainda é cego, porque pode ver; mas hesitamos em dizer que ele pode ver, porque vê os homens como árvores andando. Então — ele é cego, ou não é? Quase sentimos que a única coisa que se pode dizer, é que ele ao mesmo tempo é cego, e não é. Ele não é uma coisa nem outra. <br />
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Ora, essa é precisamente a condição que estou ansioso por abordar aqui. Eu me preocupo com aqueles cristãos que se sentem inquietos e infelizes e miseráveis por causa desta falta de clareza. É quase impossível defini-los. Vocês às vezes falam com uma pessoa assim, e pensam: "Este homem é um cristão". E então o encontram novamente, e ficam em dúvida, e pensam: "Certamente ele não pode ser cristão, se fala dessa maneira ou age dessa forma". Cada vez que se encontram com esse homem, a impressão que têm dele é diferente; e nunca têm certeza se ele realmente é um cristão ou não. Vocês não se satisfazem em dizer que ele vê, ou que não vê. Além disso, o problema é que não só os outros pensam isso a respeito de pessoas desse tipo, mas muitas vezes elas sentem isso a respeito de si mesmas. Eu digo isso a favor delas, pois se sentem infelizes porque não têm certeza a respeito da sua própria situação. Às vezes, depois de assistir a um culto, elas dizem: "Sim, eu sou um cristão; eu creio nisso". Então alguma coisa acontece, e passam a pensar: "Não posso ser um cristão. Se eu fosse cristão, não teria tais pensamentos, ou não sentiria o desejo de fazer as coisas que faço". Por isso sentem-se tão perplexas a respeito de si mesmas, como os outros cristãos que as observam. Ora sentem que são cristãos, ora sentem que não são. Parecem saber o suficiente a respeito do cristianismo para não sentirem prazer nas coisas do mundo; mas não sabem o bastante para se sentirem felizes consigo mesmos. Não são "nem quentes, nem frios". Eles vêem, e ao mesmo tempo não vêem. E acho que concordarão comigo que estou descrevendo a situação de um grande número de pessoas. É uma situação dolorosa, e minha mensagem, como podem imaginar, é que ninguém deve viver nessa situação, nem deve permanecer nela. <br />
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Vamos seguir o ensino do nosso Senhor. A melhor maneira de fazer isso é colocar o caso dessas pessoas numa forma diferente. Tenho falado até aqui de modo geral. Quero agora entrar em alguns aspectos específicos para ajudar essas pessoas a se verem a si mesmas, e também para ajudar a todos nós a discernir esta condição. O que é que essas pessoas podem ver? Elas vêem alguma coisa. Este homem disse: "Sim, eu vejo, vejo homens, mas alguma coisa está errada, porque os vejo como árvores andando". <br />
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O que essas pessoas vêem? Muitas vezes elas sabem que alguma coisa está errada. Sentem-se infelizes consigo mesmas. Alguma coisa aconteceu com elas que lhes deu um sentimento de insatisfação a respeito de si mesmas. Houve uma época em que se sentiam perfeitamente felizes com as coisas como eram. Levavam a sua vida como queriam, e pensavam que não havia nada de errado com isso. Mas não são mais assim. Alguma coisa lhes aconteceu, que lhes deu uma percepção completamente diferente do tipo de vida que estava vivendo. Não preciso entrar em detalhes; basta que pensem em pessoas que estão vivendo este tipo de vida, pessoas que devoram mexericos de jornal, e consideram maravilhosa e invejável a vida da alta sociedade, e sentem que "aquilo, sim, é que é vida". Mas estas pessoas não são mais assim. Começaram a perceber o vazio, a inutilidade, a completa falsidade daquilo tudo, e sentem-se profundamente insatisfeitas com esse tipo de vida. Percebem que, mesmo à parte de tudo o mais, não é uma escolha inteligente, que é um tipo de vida completamente vazia. Tornam-se infelizes com sua situação, dizendo que não podem continuar assim. Há muitas pessoas nessa situação, e muitas delas passam por esse estágio. É um estágio em que o homem vê que tudo o mais está errado, embora ainda não tenha visto que o cristianismo está certo. E isso muitas vezes o leva ao cinismo, e até mesmo ao desespero. <br />
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Tenho visto muitos exemplos dramáticos disso. Lembro muito bem o caso de um homem que era um cirurgião extraordinário em Londres, de muita proeminência. Subitamente, para assombro de lodos que o conheciam, ele anunciou que tinha desistido de tudo c se tornara um médico de navio. O que aconteceu com esse homem foi o seguinte: ele era muito famoso em sua profissão, e tinha ambições perfeitamente legítimas com respeito a certas honras cm sua profissão. Mas desapontamentos a esse respeito de repente lhe abriram os olhos para toda a situação, e ele concluiu que não havia satisfação duradoura na vida que estava levando. Ele percebeu tudo isso, mas não se voltou para Cristo. Simplesmente tornou-se cínico, e deixou tudo. E tem havido outros exemplos notáveis de homens que abriram mão de tudo e foram para algum lugar isolado onde encontraram uma certa medida de paz e felicidade, sem se tornarem cristãos. Essa é uma possibilidade. <br />
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Mas eles podem até mesmo ir além, e perceber as qualidades superiores da vida cristã, como estão expressas no Sermão do Monte. Dizem: "Não há dúvida que a vida cristã é única vida real; se tão somente todos vivessem assim!" Talvez tenham lido as biografias dos santos e reconhecido que esses homens tinham algo maravilhoso em suas vidas. Houve um tempo em que não tinham qualquer interesse nisso, mas agora passaram a compreender que a vida descrita no Sermão do Monte é a única que vale a pena viver; e também, lendo I Coríntios, capítulo 13, dizem: "Se apenas todos vivêssemos assim, este mundo seria um paraíso". Eles passaram a perceber isso com muita clareza. <br />
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E podem até mesmo ter ido mais além, concordando que Jesus Cristo é a única esperança, que Ele é, de algum modo, o Salvador. Notem como expressei isto: que Jesus Cristo é, "de algum modo", o Salvador. Chegaram a ver que Ele poderia ajudá-los, e que o cristianismo é a única esperança para o mundo, e de algum modo percebem e sabem que essa Pessoa — Jesus — pode ajudá-los. Houve um tempo em que não estavam interessados, quando O puseram de lado, sem qualquer consideração mais séria; mas isso mudou. Compreendendo o vazio deste mundo, e vendo o tipo de vida vivida por certos cristãos, e sabendo que Jesus Cristo é a razão dessa diferença, percebem que de algum modo Ele deve ser o Salvador. Por isso estão interessados nEle, e querem saber mais a Seu respeito. Até aí eles vêem claramente. <br />
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Podemos dizer ainda mais sobre eles, isto é, ao contrário das pessoas de que falamos no capítulo anterior, estes indivíduos perceberam que não podem salvar a si mesmos. O problema do homem que não tem uma compreensão clara da justificação pela fé é que ele ainda está tentando se justificar; mas estes indivíduos sabem que não podem fazer isso. Tentaram muitas vezes, e estão insatisfeitos; e, vendo a verdadeira natureza da qualidade de vida cristã, compreendem que o homem não pode alcançar esse ideal. Compreendem que não podem salvar a si mesmos. <br />
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"Certamente", alguém dirá, "você foi longe demais, você lhes dá crédito demais!" Não! Eu estou simplesmente descrevendo o que essas pessoas podem ver, da mesma forma que aquele homem cego, quando Jesus lhe perguntou: "Podes ver?" respondeu: "Sim". Ele certamente podia ver, podia ver homens. E essas pessoas chegaram a ver alguma coisa, talvez até mesmo chegaram a ver todas estas coisas que estou descrevendo aqui. <br />
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Todavia, preciso dizer também que ainda estão confusas, que ainda não podem ver com clareza. Podem apenas ver homens "como árvores andando". Em que aspecto isto é verdade sobre elas? O problema aqui é saber o que deixar de fora; mas eu vou tentar selecionar o que considero as três coisas mais importantes. <br />
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A primeira coisa é que essas pessoas não têm uma compreensão clara de certos princípios. É por isso que tomei o cuidado de dizer que compreenderam que Cristo é "de algum modo" o Salvador. Mas elas não compreendem de que forma Ele é o Salvador. Não têm uma compreensão clara, por exemplo, da morte de Cristo, e sua absoluta necessidade. Não têm certeza sobre a doutrina do novo nascimento. Se falarmos com elas a respeito destas coisas, vamos descobrir que estão cheias de confusão e perplexidade. Essas pessoas dizem que não vêem, e estão certas! Elas não vêem, elas não entendem por que Cristo teve que morrer, e não vêem a necessidade do novo nascimento. Já temos visto esse tipo de gente; pessoas que estão descontentes com sua vida, e louvam a vida cristã; estão sempre prontas a falar sobre Cristo como Salvador, mas ainda "não podem ver" certas verdades. O resultado é que se sentem perturbadas, infelizes e miseráveis. <br />
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A segunda coisa que não vêem claramente é que seu coração não é totalmente envolvido. Ainda que possam ver muitas coisas, sua felicidade realmente não está no cristianismo nem na posição cristã. Por alguma razão, não encontram alegria verdadeira na fé cristã. Precisam constantemente trazer isso à memória, e às vezes tentam forçar essa atitude em si mesmos. Não são felizes; sua alegria — se é que têm alguma — ainda parece provir de outras fontes. Seu coração não é completamente envolvido. E eu menciono estas coisas aqui porque espero poder tratar delas detalhadamente mais adiante. No momento estou dando uma visão resumida da condição geral. <br />
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A terceira coisa a respeito das pessoas que estamos discutindo, c que sua vontade está dividida. São rebeldes, e não conseguem entender por que é que um homem, só porque se declara cristão, (em que fazer certas coisas e deixar de fazer outras. Acham que isso é ser tacanho. Por outro lado, condenam sua vida passada e aceitam a vida cristã de forma geral. Reconhecem Cristo como Salvador; todavia, quando se trata de aplicar Seus ensinos, ficam confusas e não conseguem discernir a questão com clareza. Estão sempre argumentando, sempre perguntando se é certo fazer isto ou aquilo. Há uma ausência de tranquilidade na esfera da vontade. Não estou apresentando uma caricatura dessas pessoas. Estou ciando uma descrição muito literal, exata e detalhada delas. Muitos de nós passamos por este estágio, e sabemos disso por experiência própria; e, como o Senhor adotou este método no caso do homem cego, Ele parece fazer coisa similar na conversão. Há pessoas que vêem as coisas claramente de uma vez; mas há outras que passam por estágios. Estamos tratando aqui daquelas que atravessam este estágio específico, e é assim que eu descreveria sua condição. <br />
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Quero aqui passar para o ponto seguinte. Por que, quando o Senhor Jesus estava ensinando, Ele apresentou aquela série de perguntas aos discípulos, e então demonstrou tudo desta forma dramática, através deste incidente? Ou, para expressá-lo de uma forma diferente, quais são as causas desta condição? Por que deveria alguém passar por esta situação indefinida, cristão e não cristão, como se fosse "sim e não" ao mesmo tempo? Não há dúvida que às vezes a responsabilidade é inteiramente do evangelista usado para despertá-los. Os evangelistas muitas vezes são a causa do problema. Na sua ansiedade de ver resultados, muitas vezes causam este problema. <br />
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Mas nem sempre é culpa do evangelista; com frequência a culpa é da própria pessoa, e vou mencionar algumas das maiores razões por que "acaba nesta situação. Primeiro, em geral essas pessoas protestam contra definições muito precisas e limitadas. Elas não gostam de nada que seja muito claro e absoluto. Não precisamos entrar nas razões específicas disso. Eu acho que elas se opõem à clareza de pensamento e definição por causa de suas exigências. O tipo mais confortável de religião é sempre uma religião vaga, nebulosa e incerta, cheia de fórmulas e rituais. Não me surpreende que o catolicismo romano atraia certas pessoas. Quanto mais vaga e indefinida a sua religião, mais confortável ela será. Não há coisa mais incômoda do que verdades bíblicas que exigem decisões. Por isso, essas pessoas dizem: "Você está sendo muito rígido, está sendo muito legalista. Não, não, eu não gosto disso. Eu creio no cristianismo, mas você está sendo muito rígido e tacanho em seus princípios. Vocês conhecem esse tipo de pessoa. Mas, se começarem com a teoria que o cristianismo não é definido, não se surpreendam se acabarem como este homem, vendo "homens, como árvores andando". Se começarem sua vida e experiência cristã dizendo que não querem uma perspectiva exata ou uma definição precisa para sua fé, vocês provavelmente não a terão! A segunda causa, e muitas vezes o grande problema com essas pessoas, é que elas nunca aceitam completamente os ensinos e a autoridade das Escrituras. Suponho que, em última análise, esta é a grande causa do problema. Elas não se submetem totalmente à autoridade da Bíblia. Se tão somente nos aproximássemos dela como crianças, com uma aceitação sem reservas, permitindo que a Bíblia fale conosco, este problema não existiria. Essas pessoas não fazem isso ;elas misturam suas próprias idéias com verdades espirituais. Naturalmente, elas afirmam que se baseiam nas Escrituras, porém — e esta é a palavra fatal — imediatamente passam a modificá-las. Aceitam certas idéias bíblicas, mas há outras idéias e filosofias, remanescentes de seu velho estilo de vida, que desejam conservar consigo. Misturam idéias naturais com idéias espirituais. Dizem gostar do Sermão do Monte e de I Coríntios 13; declaram crer em Cristo como Salvador, mas argumentam que não devemos ser muito extremistas nestas questões, que devemos ser moderados. Então começam a modificar as Escrituras. Recusam-se a aceitar sua autoridade em todos os aspectos — na pregação e na vida, na doutrina e na sua visão do mundo. "As circunstâncias mudaram", dizem; "e a vida não é mais o que costumava ser. Estamos vivendo no século vinte!" E mudam a Bíblia aqui e ali, adaptando-a às suas próprias idéias, em vez de aceitarem a doutrina das Escrituras do começo ao fim, reconhecendo a irrelevância dessa conversa sobre o século vinte. A Bíblia é a Palavra de Deus, ela é eterna, e porque ela é a Palavra de Deus, devemos nos submeter a ela, e confiar que o Senhor use Seus próprios métodos à Sua própria maneira. <br />
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Uma outra causa deste problema é que quase invariavelmente suas vítimas não estão interessadas em doutrina.. Vocês estão interessados em doutrina? Às vezes essas pessoas são tolas ao ponto de contrastar o que consideram "leitura espiritual das Escrituras" com doutrina. Dizem que não estão interessadas em doutrina, que gostam de exposição bíblica mas não de doutrina. Declaram crer nas doutrinas que estão expostas na Bíblia, e que provém da Bíblia, porém (é incrível, mas é verdade) elas estabelecem este contraste fatal entre exposição bíblica e doutrina. No entanto, qual é o propósito da Bíblia, senão de apresentar doutrina? Qual é o valor da exposição bíblica, se ela não nos levar à verdade? Mas não é difícil entender sua posição. É a doutrina que fere, é a doutrina que define as coisas. É uma coisa apreciar as histórias e se interessar por palavras e nuanças de sentido. Isso não perturba, não focaliza a atenção no pecado, nem exige uma decisão. Podemos relaxar e apreciar isso; contudo a doutrina fala conosco e exige uma decisão. Doutrina é verdade, e ela nos examina e nos prova e nos força a uma auto-análise. Então, se começamos com objeções à doutrina como tal, não é de surpreender que não vejamos com clareza! O propósito de todos os credos elaborados pela Igreja Cristã, bem como todas as confissões de fé e doutrina, ou dogmas, foi de capacitar as pessoas a verem com clareza. Foi por isso que foram formulados. Nos primeiros séculos do cristianismo o evangelho foi pregado de geração a geração. Mas algumas pessoas começaram a ensinar coisas erradas. Por exemplo, alguns começaram a dizer que Cristo realmente não veio em forma humana, e sim que era uma aparição espiritual. Uma variedade de idéias começou a surgir, levando muitos à confusão e perplexidade. Por isso, a Igreja começou a formular suas doutrinas na forma do Credo dos Apóstolos e outros. Vocês acham que os país da Igreja fizeram essas coisas simples porque gostava de fazê-las? Não. Eles tinham em vista um propósito muito mais prático. A verdade deve ser definida e preservada, para que as pessoas não andem em erros. Então, se temos objeções à doutrina, não é da admirar que não vemos as coisas com clareza, ou que nos sentimos infelizes e miseráveis. Não há nada que ajude tanto um homem a ter clareza em sua visão espiritual, como uma compreensão das doutrinas da Bíblia. <br />
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A última explicação desta condição que eu mencionarei aqui é o fato que muitas pessoas não captam as doutrinas das Escrituras em sua ordem correta. Este é um ponto importante, e espero poder me aprofundar nele mais adiante. Mas sei disso por experiência pessoal. É importante que tomemos as doutrinas das Escrituras em sua ordem certa. Se tomarmos a doutrina da regeneração antes da doutrina da expiação, teremos problemas. Se estamos interessados no novo nascimento e em termos uma nova vida, antes que tenhamos uma visão clara de nossa posição diante de Deus, cairemos em erro, e eventualmente nos sentiremos miseráveis. O mesmo se aplica se tomarmos santificação antes da justificação. As doutrinas devem ser tomadas na ordem certa. Em outras palavras, podemos resumir isso tudo, dizendo que a grande causa do problema que estamos considerando é uma recusa em persistir e examinar as coisas até o fim. É o perigo fatal de querer aproveitar algo antes de realmente captá-lo e tomar posse dele. Homens e mulheres que se recusam a. perscrutar as coisas, que não querem aprender nem querem ser ensinados, por várias razões — às vezes em auto-defesa — em geral são as pessoas que se tornam vítimas desta confusão espiritual, esta falta de clareza, este problema de ver e não ver ao mesmo tempo. <br />
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Isso nos traz à última pergunta. Qual é a cura deste problema? Por enquanto vou dar princípios, apenas. O primeiro é evidente: acima de tudo evitem declarar prematuramente que sua cegueira foi curada. O homem do nosso texto deve ter sido tentado a fazer isso. Ele tinha sido cego. O Senhor cuspiu em seus olhos e disse: "Podes ver?" O homem respondeu: "Posso". Como ele devia ter se sentido tentado a sair correndo e anunciando a todo mundo: "Posso ver!" De certa forma, ele podia ver, mas sua visão era incompleta e imperfeita, e era vital que não desse testemunho antes de ver claramente. É uma grande tentação, e eu posso entendê-la, mas fazer isso é fatal. Muitos estão fazendo tal coisa atualmente (e são incentivados e encorajados a fazer isso), proclamando que vêem, quando é tão claro para os outros que eles não vêem claramente, e realmente ainda estão muito confusos. E acabam prejudicando muita gente. Descrevem homens a outros "como árvores andando", e acabam confundindo outras pessoas! <br />
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A segunda coisa é o oposto da primeira. A tentação do primeiro é correr e proclamar que pode ver, antes de poder enxergar claramente; mas a tentação do segundo é se sentir totalmente sem esperança, e dizer: "Não adianta continuar. Puseste cuspe nos meus olhos, e me tocaste. De certa forma eu vejo, mas vejo homens como se fossem árvores andando". Pessoas assim muitas vezes vêm falar comigo, dizendo que não conseguem ver a verdade com clareza. Em sua confusão ficam desesperadas e perguntam: "Por que não posso ver? Isso tudo não adianta". Param de ler suas Bíblias, param de orar. O diabo já desencorajou muitos com suas mentiras. Não dêem atenção a ele! <br />
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Qual, então, é a cura? Qual é o caminho certo? É ser sincero, e -responder a pergunta do Senhor com honestidade e franqueza. Este é o segredo da questão. Jesus Se voltou para o homem, dizendo: "Podes ver?" E o homem disse, com absoluta franqueza: "Eu vejo, mas vejo homens como se fossem árvores andando". O que salvou este homem foi sua honestidade. A pergunta, então, é: qual é nossa posição? O propósito deste sermão é justamente tratar desta pergunta: qual é nossa posição? O que vemos, realmente? Vemos as coisas com clareza? Somos felizes? Vemos realmente? Ou vemos, ou não vemos — e precisamos saber exatamente qual é nossa posição. Conhecemos a Deus? Conhecemos Jesus Cristo? Não somente como nosso Salvador, mas será que O conhecemos realmente? Estamos nos regozijando com "alegria indizível e cheia de glória"? Esse é o cristão do Novo Testamento. Podemos ver? Vamos ser francos; vamos enfrentar a questão, e vamos fazê-lo com absoluta honestidade. <br />
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E depois? Bem, o último passo é submeter-se a Ele, submeter-se a Ele tão completamente como este homem fez. Ele não fez objeções ao tratamento suplementar, mas regozijou-se com o mesmo, e creio que se o Senhor não tivesse dado aquele passo adicional, o homem teria Lhe pedido que o fizesse. E você, meu amigo, pode fazer o mesmo. Venha à Palavra de Deus. Pare de fazer perguntas. Comece com as promessas, em sua ordem certa. Diga: "Quero a verdade, não importa o preço". Ligue-se a ela, submeta-se a ela, submeta-se totalmente como uma criança e implore que Ele lhe dê visão clara, visão perfeita, e que o faça, uma pessoa completa. E ao fazer isso, é meu privilégio lembrar você que Ele pode fazê-lo. <br />
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Sim, e mais, eu lhe prometo, em Seu bendito nome, que Ele vai fazê-lo. Ele nunca deixa nada incompleto. Esse é o ensino. Ouça-o. Este homem foi curado e restaurado, e passou a ver tudo distintamente. A posição cristã é uma posição clara. Não fomos destinados a permanecer numa situação de dúvida e apreensão, de incerteza e infelicidade. Você acha que o Filho de Deus veio do céu, viveu entre nós e fez tudo que a Bíblia registra, morreu numa cruz e foi sepultado e ressuscitou; que Ele subiu aos céus e enviou o Espírito Santo, para nos deixar num estado de confusão? É impossível! Ele veio para que pudéssemos ver com clareza, para que pudéssemos conhecer a Deus. Ele veio para nos dar vida eterna, "e a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". Se você se sente infeliz a respeito de si mesmo, como resultado deste exame, busque ao Senhor, busque a Sua Palavra, espere nEle, suplique a Ele, apoie-se nEle, ore a Ele com as palavras do hino: <br />
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Santo Espírito, luz divina, <br />
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Ilumina a minha alma; <br />
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Palavra de Deus, luz interior, <br />
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Desperta meu espírito, abre meus olhos. <br />
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Ele Se comprometeu a fazê-lo, e Ele o fará, e você não mais será um cristão incerto, vendo e não vendo; mas será capaz de dizer: "Eu vejo; vejo nEle tudo que necessito, e mais, e sei que pertenço a Ele". <br />
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Martyn Lloyd-JonesLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-62996257535459497612010-01-14T08:22:00.000-08:002010-01-14T08:22:22.356-08:00Depressão Espiritual - Capítulo 22 - O Verdadeiro Fundamento <br />
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"Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei." Romanos 3:28<br />
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Quero examinar esta declaração à luz do texto básico do capítulo anterior.<br />
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Não há dúvida que o problema conhecido como depressão espiritual é bastante comum. De fato, quanto mais o estudamos e falamos sobre ele, mais descobrimos como ele é comum. Estamos estudando este problema, como eu já mencionei, por duas razões principais. Primeira, é desolador que alguém tenha que permanecer em tal condição. Mas a segunda razão é ainda mais importante e séria; é que tais pessoas são péssimas representantes da fé cristã. Ao enfrentarmos o mundo moderno, com todas as suas perturbações e turbulências, com suas dificuldades e tristezas, nós, que nos dizemos cristãos e professamos o nome de Cristo, devemos representar nossa fé diante dos outros de tal maneira que eles digam: “Aí está a solução. Aí está a resposta". Num mundo em que tudo perdeu o rumo, devemos nos sobressair como homens e mulheres caracterizados por uma alegria e segurança interior inabaláveis, apesar das circunstâncias e adversidades. Creio que concordarão comigo quando digo que este é um quadro que tanto o Velho como o Novo Testamento apresentam do povo de Deus. Esses homens de Deus se sobressaíram porque, quaisquer que fossem as circunstâncias e condições, eles pareciam possuir um segredo que os capacitava a viver em triunfo, sendo mais que vencedores. Portanto, é imprescindível que examinemos o problema da depressão espiritual muito de perto.<br />
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Já analisamos o problema em geral, bem como algumas de suas causas principais. Vimos que a essência do tratamento, de acordo com o salmista, é que devemos nos enfrentar a nós mesmos.<br />
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Em outras palavras, devemos falar com nosso "eu" interior, em vez de permitir que ele fale conosco. Devemos assumir o controle de nós mesmos, falando com a nossa alma, como o salmista fez, perguntando: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?" "Você não tem o direito de se sentir assim. Por que está tão desanimada e abatida?" Ele se enfrenta e fala consigo mesmo, discute consigo mesmo e se coloca novamente numa posição de fé. Ele se exorta a ter fé em Deus, e então está em condições de orar a Deus.<br />
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Quero examinar este método defendido pelo salmista. O princípio vital é que devemos nos enfrentar e examinar a nós mesmos, e se estamos entre aqueles que parecem nunca conhecer a alegria da salvação e o gozo do Senhor, precisamos descobrir a causa. As causas podem ser muitas, e em minha opinião, a essência da sabedoria nesta questão é tratar dessas causas, uma por uma, e examiná-las em detalhe. Não devemos tomar nada por certo. Na verdade, creio que poderia ser facilmente constatado que a maior causa de problemas nesta área, é a tendência fatal de tomar certas coisas como garantidas. Quanto mais eu falo com as pessoas sobre isso, mais vejo que é este o caso. Há tantas pessoas que parecem nunca chegar a uma posição firme sobre a fé cristã, porque não chegam a uma definição clara em sua mente quanto a certos pontos primários, certas coisas fundamentais que deviam ser tratadas no princípio.<br />
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Embora correndo o risco de ser mal compreendido, vou apresentar isto assim: o problema específico do qual estamos tratando tem a tendência de ser mais comum entre aqueles que foram criados e educados de maneira religiosa, do que entre os que não foram criados e educados dessa maneira. Parece afetar mais aqueles que foram criados em lares de famílias cristãs, e que sempre foram levados a lugares de adoração, do que aqueles que não foram. Há muitos que parecem atravessar a vida da forma que Shakespeare descreveu como "presos em superficialidade e miséria". Parece que nunca saem disso. Estão envolvidos na igreja, e muito interessados em assuntos cristãos; todavia, se os compararmos com a descrição que o Novo Testamento faz da "nova criatura em Cristo", veremos imediatamente uma grande diferença. De fato, eles mesmos vêem isso, e muitas vezes é a causa principal da sua depressão e infelicidade. Eles vêem outros cristãos se regozijando, e dizem: "Bem, não posso dizer que sou assim. Essa pessoa tem algo que eu não tenho" — e dariam tudo para obter o que a outra pessoa tem.<br />
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Eles lêem biografias de santos que enriqueceram a vida da Igreja Cristã, e admitem logo que não são assim. Sabem que nunca foram assim, e que essas pessoas obviamente usufruíam de algo que eles mesmos nunca tiveram.<br />
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Há um grande número de pessoas nessa situação infeliz. Para elas a vida cristã parece ser um constante problema, e estão sempre fazendo a mesma pergunta: "Por que não posso chegar a esse nível? Por que não posso ser assim?" Lêem livros que oferecem princípios da vida cristã, vão a reuniões e conferências, sempre em busca desse algo que não conseguem encontrar. E ficam desanimadas, sua alma fica abatida e inquieta dentro delas.<br />
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Ao tratar com tais pessoas, é de importância vital certificar-se que os princípios básicos e fundamentais da fé cristã estão claros em suas mentes. Vezes sem conta, eu descobri que o verdadeiro problema delas estava nisso. Não digo que não fossem cristãs, mas eu diria que são entre os que chamo de "cristãos miseráveis" — simplesmente porque não entenderam o caminho da salvação, e por isso todos os seus esforços em geral resultaram em nada. Muitas vezes se concentram no assunto da santificação, mas isto não os ajuda, porque não entenderam a justificação. Supondo que estão no caminho certo, acham que tudo que precisam fazer é continuar nele.<br />
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É um ponto interessante para investigação teológica, se tais pessoas são cristãs ou não. Eu, pessoalmente, diria que são. John Wesley é um exemplo clássico. Eu hesitaria em afirmar que John Wesley não era cristão antes de 1738; mas tenho certeza que ele não havia entendido o caminho da salvação como sendo somente através da justificação pela fé, até 1738. Em certo sentido ,ele concordara com todos os ensinos da Bíblia, mas sem captá-los ou compreendê-los plenamente. Não tenho dúvida nenhuma que, se o tivesse interrogado, ele teria dado todas as respostas corretas, até mesmo sobre a morte do Senhor Jesus; no entanto, em sua experiência ele não tinha uma compreensão clara da justificação pela fé. Foi somente depois de seu encontro com os irmãos morávios, e especialmente após uma conversa com um deles, chamado Peter Bohler, numa viagem de Londres a Oxford, que ele verdadeiramente compreendeu essa doutrina vital. Ali estava um homem que tinha tentado encontrar felicidade em sua vida cristã através do que fazia — pregando aos prisioneiros em Oxford, renunciando à cátedra que ocupava na universidade, e enfrentando os perigos de uma viagem através do Atlântico para pregar aos pagãos da América. Estava tentando alcançar a felicidade seguindo um certo padrão de vida. Contudo o seu problema todo residia no fato que John Wesley nunca tinha realmente compreendido a doutrina da justificação pela fé. Ele não tinha entendido o versículo que estamos considerando: "Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei". Parece quase impossível que um homem assim, criado num lar excepcionalmente piedoso, e que passara sua vida toda no trabalho cristão, pudesse ter uma compreensão errada a respeito de um ponto tão básico e fundamental — mas assim foi!<br />
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E eu diria que esta é a situação de um grande número de pessoas ainda hoje. Elas supõem estarem certas a respeito das coisas básicas, mas nunca entenderam sua justificação, e é exatamente aí que o diabo causa confusão. Agrada-lhe que tais pessoas estejam preocupadas com santificação e santidade e coisas assim, mas elas nunca encontrarão o caminho certo até que esclareçam este aspecto, e portanto é aqui que devemos começar. Não adianta tratar da estrutura, se o alicerce tem falhas. Então devemos começar por esta grande doutrina. Esta confusão é um problema antigo. Num certo sentido é a obra-prima de Satanás. Ele até nos encorajará a sermos justos, enquanto puder nos confundir neste ponto. E ele está conseguindo isso, a julgar pelo fato que as pessoas na Igreja hoje em dia parecem considerar como cristão aquele que faz boas obras, mesmo estando inteiramente errado sobre esta verdade básica. É um problema antigo, e era o problema essencial dos judeus. É o que o Senhor Jesus estava dizendo constantemente aos fariseus, e certamente era o maior argumento que o apóstolo Paulo tinha com os judeus. Eles estavam completamente errados quanto a toda a questão da lei, e o maior problema era mostrar-lhes o ponto de vista certo sobre isso. Os judeus criam que Deus dera a lei ao homem para que ele pudesse se salvar, observando-a. Diziam que tudo que alguém precisava fazer era observar a lei, e que poderia alcançar a justificação mediante isso; e se essa pessoa vivesse de acordo com a lei, Deus a aceitaria, e Ele Se agradaria dela. E pensavam que podiam fazer isso, porque nunca tinham entendido a lei. Interpretaram-na à sua própria maneira, tornando-a em algo que estava ao seu alcance — e assim pensaram que tudo estava bem. Este é o quadro que os Evangelhos e todo o Novo Testamento dão a respeito dos fariseus. Era o problema dos judeus e ainda é o problema de muita gente hoje. Precisamos entender que há certas coisas que devem estar bem claras em nossa mente, antes de podermos realmente ter paz e usufruir as bênçãos da nossa vida cristã.<br />
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Este ponto preliminar pode ser esclarecido através de uma exposição geral do terceiro capítulo da carta aos Romanos. Na verdade, os primeiros quatro capítulos dessa grande epístola são dedicados a esse tema. A verdade principal que Paulo estava ansioso por esclarecer era a mensagem da justiça de Deus, que é pela fé em Jesus Cristo. Ele já tinha declarado, em Romanos 1:16-17: "Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: mas o justo viverá pela fé". Mas então surge a pergunta: Por que nem todos criam nisso? Por que essa mensagem não foi aceita automaticamente por todos que a ouviram, como a melhor notícia já anunciada ao mundo? A resposta é que eles não creram porque não viram a necessidade disso. Tinham um conceito errado de justiça. A justiça de que Paulo fala significa um relacionamento correio com Deus. Não existe felicidade, não existe paz nem regozijo à parte de um relacionamento correto com Deus. E com isso todos concordam — tanto o cristão miserável como o cristão seguro. Mas a diferença entre um e outro, é que o cristão miserável tem um conceito errado sobre como alcançar a justiça de Deus. Esse também foi o problema dos judeus. Eles, como eu já disse, declaravam que a justiça é alcançada através de uma conformação e observância da lei, como eles a entendiam. Mas eles tinham um conceito completamente errado da lei. Eles a perverteram de tal forma que o próprio meio que Deus lhes deu para esclarecer o caminho da salvação tornou-se nas mãos deles o maior obstáculo a essa salvação.<br />
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Qual, então, é o ensino? Há certos princípios, bastante simples, que precisamos entender antes que possamos realmente usufruir dessa salvação cristã. O primeiro é convicção de pecado. Precisamos ter uma visão clara da nossa pecaminosidade. Aqui, vou seguir o método do apóstolo Paulo, levantando uma objeção imaginária. Imagino alguém dizendo imediatamente: "Você vai pregar sobre pecado, vai pregar sobre convicção de pecado? Você diz que seu objetivo é nos levar à felicidade, mas se vai pregar sobre convicção de pecado, isso vai nos tornar ainda mais infelizes. Você está deliberadamente tentando nos levar à miséria e ao desespero?" A minha resposta é: Sim! Este é o ensino do grande apóstolo nestes capítulos. Pode parecer um paradoxo — o termo realmente não importa — mas acima e além de qualquer dúvida, esta é a regra, e não há exceções. Você precisa passar por miséria e desespero, antes que possa conhecer a verdadeira alegria cristã. Na verdade, o grande problema do cristão miserável é que ele nunca foi levado a se sentir verdadeiramente miserável por causa de convicção de pecado. Ele ignorou a preliminar essencial à alegria, presumindo algo que não tem o direito de presumir.<br />
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Deixem-me colocar isso num contexto bíblico. Lembram-se do velho Simeão segurando o Senhor Jesus Cristo, ainda bebê, em seus braços? Ele fez uma declaração muito profunda, ao dizer: "Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel". Não existe elevação sem que tenha havido uma queda antecedente. Esta é uma regra absoluta, e no entanto é algo que está sendo completamente esquecido por muitos hoje em dia, e mal interpretado por muitos outros. As Escrituras, porém, têm uma ordem, e essa ordem deve ser observada, se vamos usufruir os benefícios da salvação. Em última análise, a única coisa que vai levar o homem a Cristo, e fazê-lo confiar somente nEle, é uma verdadeira convicção de pecado. Erramos porque não somos verdadeiramente convictos do nosso pecado. É por isso que digo que este é um problema que afeta particularmente todos aqueles que foram criados num ambiente cristão ou religioso. O seu maior problema, muitas vezes, é uma idéia errada do pecado. Lembro-me de uma pessoa que expressou isso de forma dramática em certa ocasião. Era uma senhora que fora criada num lar muito religioso, assídua frequentadora da igreja, sempre envolvida nas suas atividades. Era membro de uma igreja onde várias pessoas tinham se convertido de repente dos seus caminhos mundanos e vida pecaminosa — bebida, e coisas assim. Lembro quando ela me disse: "Sabe, eu quase chego a desejar que não tivesse sido criada da maneira que fui criada, e que tivesse vivido o tipo de vida que essas pessoas viveram, para também ter essa experiência maravilhosa". O que ela queria dizer com isso? O que ela realmente estava dizendo era que nunca tinha se visto como uma pessoa pecadora. Por que não? Há muitas razões. Esse tipo de pessoa, quando pensa em pecado, pensa em termos de ações, de atos. Não só isso, mas em termos de certos atos em particular, apenas. Então, sua tendência é pensar que, uma vez que não é culpada desses pecados específicos, então não é realmente pecadora. De fato, às vezes o expressa bem claramente, dizendo: "Eu nunca pensei em mim mesmo como um pecador; mas, naturalmente, isso não é de espantar, uma vez que minha vida foi muito protegida desde o começo. Nunca fui tentado a fazer essas coisas, então não é de espantar que nunca tenha sentido que sou um pecador". E aí vemos a essência desse engano. Essas pessoas pensam em termos de ações, certos atos em particular, e em termos de comparação com outras pessoas e suas experiências, e assim por diante. Por' essa razão nunca tiveram uma convicção real de pecado, e por isso nunca viram claramente sua absoluta necessidade do Senhor Jesus Cristo. Ouviram pregar que Cristo morreu por nossos pecados, e dizem crer nisso; mas nunca chegaram a realmente reconhecer a sua absoluta necessidade pessoal disso.<br />
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Como, então, podem tais pessoas chegar à convicção de pecado? Esse é o assunto de Paulo neste capítulo três da Epístola aos Romanos. Ele realmente tratou disso através do segundo capítulo também. E esta é sua grande tese: "Não há um justo, nem um sequer; porque todos pecaram, e destituídos estão da glória de Deus". Quem são esses "todos"? Ele deixa claro: tanto judeus como gentios. Os judeus, é óbvio, concordariam que os gentios eram pecadores, fora da aliança, transgressores contra Deus. "Mas esperem um pouco", Paulo diz: "vocês também são pecadores!" A razão por que os judeus odiavam Cristo e O crucificaram, a explicação da "ofensa da cruz", a razão por que Paulo foi tratado daquela forma por seus conterrâneos que odiavam a fé cristã, era que a fé cristã declarava o judeu tão pecador como o gentio. Ela asseverava que o judeu — o qual pensava que sempre tinha vivido uma vida justa e religiosa — era tão pecador como o pecador mais ímpio entre os gentios. "Todos pecaram"; judeus e gentios estão igualmente sob condenação diante de Deus.<br />
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O mesmo é verdade hoje, e se vamos levar a sério a convicção de pecado, a primeira coisa que devemos fazer é parar de pensar em pecados específicos. Quão difícil é isso para todos nós, pois todos temos esses preconceitos. Restringimos o pecado apenas a certas coisas, e se não somos culpados dessas coisas, pensamos que não somos pecadores. Todavia, essa não é a forma de se chegar à convicção de pecado. Não foi assim que John Wesley chegou a entender que era pecador. Lembram-se o que o levou à convicção de pecado? Começou quando ele viu a forma como certos irmãos morávios agiram durante uma tempestade em pleno oceano Atlântico. John Wesley estava apavorado com a tempestade, e com medo de morrer; os morávios não. Pareciam tão felizes e tranquilos em meio à tempestade como se o sol estivesse brilhando. John Wesley percebeu que tinha medo de morrer; de algum modo ele não conhecia a Deus da forma como aquelas pessoas O conheciam. Em outras palavras, ele começou a sentir sua necessidade, e isso é sempre o começo da convicção de pecado.<br />
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O ponto essencial aqui é que você não chega à convicção de que é pecador comparando-se com outras pessoas, e sim chegando face a face com a lei de Deus. Bem, o que é a lei de Deus? "Não matarás, não furtarás"? "Nunca fiz essas coisas, então não sou um pecador". Meu amigo, isso é apenas parte da lei de Deus. Você gostaria de saber o que é a lei de Deus? Aqui está: "Amarás, pois, ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento, e de todas as tuas forças: este é o primeiro mandamento. E o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo" (Marcos 12:30-31). Esqueça tudo sobre bêbados e outros assim, esqueça as pessoas sobre quem você lê na imprensa atualmente. Aqui está o teste para você e para mim: você está amando a Deus de todo o seu coração? Se não está, você é um pecador. Esse é o teste. "Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Deus nos criou, e nos criou para Si mesmo. Ele criou o homem para Sua própria glória, e com a intenção que o homem vivesse inteiramente para Ele. O homem devia ser representante de Deus e andar em comunhão com Ele. Devia ser o senhor do universo, e devia glorificar a Deus. Como está no Catecismo Menor: "O fim principal do homem é glorificar a Deus e gozá-lo para sempre". E se você não está fazendo isso, você é um pecador da pior espécie, que reconheça e sinta isso ou não.<br />
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Ou deixem-me colocar de outra forma. Considero este um modo válido de apresentar o assunto. Deus sabe que estou pregando a minha própria experiência a vocês, pois tive uma formação muito religiosa. Também estou falando da minha experiência a vocês como alguém que frequentemente ajuda pessoas que foram criadas da mesma maneira. O homem foi criado para conhecer a Deus. Então a pergunta é: vocês conhecem a Deus? Não estou perguntando se vocês crêem em Deus, ou se crêem em certas coisas sobre Ele. Ser um cristão significa ter a vida eterna, e como o Senhor Jesus disse em João 17:3: "E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste". Então o teste que devemos aplicar a nós mesmos não é perguntar se fizemos isto ou aquilo. Meu teste é um teste positivo: "Eu conheço a Deus? Jesus Cristo é real para mim?" Não estou perguntando se vocês sabem coisas a respeito de Deus, mas se conhecem a Deus, se se alegram em Deus, se Deus é o centro de suas vidas, a alma do seu viver, a fonte da sua maior alegria? Ele deve ser. Ele criou o homem para isso — para que habitasse em comunhão com Deus, e se regozijasse nEle, e andasse com Deus. Nós fomos criados para isso, e se não estamos vivendo assim, isso é pecado. Isso é a essência do pecado. Não temos o direito de não ser assim. Isso é pecado, em sua forma pior e mais profunda. A essência do pecado, em outras palavras, é que não vivemos inteiramente para a glória de Deus. Naturalmente, ao cometer certos pecados, agravamos a nossa culpa diante de Deus, mas vocês podem ser inocentes de qualquer dos pecados mais vis, e ainda assim serem culpado desse terrível pecado — de estarem satisfeitos com suas próprias vidas, de terem orgulho das suas realizações, e de olharem para os outros com superioridade, sentindo que são melhores do que eles. Não há coisa pior do que isso, porque vocês estão dizendo a si mesmos que dê certa forma estão mais pertos de Deus do que os outros, quando na verdade não estão. Se esta é sua atitude, vocês são como o fariseu no templo, que agradeceu a Deus por não ser como aquele outro homem — "esse publicano". O fariseu nunca tinha visto sua necessidade de perdão, e não há pecado mais terrível do que esse. Não sei de nada pior do que um homem que diz: "Saiba que nunca realmente senti que sou um pecador". Esse é o cúmulo do pecado, pois significa que essa pessoa nunca compreendeu a verdade sobre Deus e sobre si mesma. Leiam o argumento do apóstolo Paulo, e perceberão que sua lógica não é apenas inevitável, mas também irrespondível. "Não há um justo, nem um sequer". "Sabemos que tudo o que a lei diz, aos que estão debaixo da lei o diz, para que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus". Se nunca reconheceram a própria culpa ou pecaminosidade diante de Deus, nunca vão ter alegria em Cristo. É impossível. Jesus não veio salvar justos, e sim pecadores. "Os sãos não precisam de médico, e sim os doentes". Aí está o primeiro princípio — convicção de pecado. Meu amigo, se você não tem convicção de pecado, e se não reconhece que é indigno diante de Deus, que está condenado e que é um fracasso completo aos olhos de Deus, não preste atenção a mais nada até que tenha isto, até que chegue a essa compreensão, porque você nunca terá alegria, e nunca vai se livrar da sua depressão até que entenda isso. Convicção de pecado é um ponto preliminar essencial a uma verdadeira experiência de salvação.<br />
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Isso me traz ao segundo princípio. A segunda coisa que precisamos entender é o caminho da salvação de Deus em Cristo. Esta é a grande boa nova. "Isto é o que eu estou pregando", Paulo diz aos romanos; "essa justiça de Deus que está em Jesus Cristo — Sua justiça". Do que ele está falando? Podemos colocá-lo em forma de pergunta. Como você vê Jesus Cristo? Por que Ele veio a este mundo? O que Deus fez em Cristo? Foi Ele apenas um exemplo, ou algo assim? Não vou perder tempo demonstrando a futilidade dessas suposições. Não. Isto é algo positivo, essa justiça de Deus em Jesus Cristo. A salvação está inteiramente em Cristo, e se você não está voltado exclusivamente para Cristo, tudo o mais tendo fracassado, você não é um cristão, e não é de admirar que não seja feliz. "A justiça de Deus em Jesus Cristo" significa que Deus O enviou ao mundo para que Ele honrasse a lei, e para que os homens pudessem ser perdoados. Aqui está Um que prestou obediência perfeita a Deus. Aqui está Um — Deus na carne — que tomou sobre Si mesmo a natureza humana e, como homem, rendeu a Deus perfeita adoração, perfeita lealdade e perfeita obediência. Ele observou a lei de Deus de maneira total e absoluta, sem uma falha. Mas não fez só isso. Paulo acrescenta algo mais nesta declaração clássica da doutrina da expiação: "Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus". Isto significa que, antes que o homem possa ser reconciliado com Deus, antes que possa conhecer a Deus, esse pecado precisa ser removido. Deus disse que Ele iria punir o pecado, e o castigo do pecado é a morte, como também separação de Deus. Isso precisa ser resolvido. E o que aconteceu? "Bem", diz Paulo, "Deus o enviou como propiciação". Esse foi o meio que Deus empregou. Significa que Deus fez Cristo responsável por nossos pecados. Eles foram colocados sobre Cristo, e Deus tratou deles e os puniu ali, e uma vez que Ele puniu nossos pecado em Cristo, em Seu corpo sobre a cruz, Ele pode nos perdoar com justiça. Como vemos, esta é uma doutrina profunda. É uma declaração arriscada do apóstolo, mas isso precisa ser dito, e vou repetir. Deus, sendo justo, santo e eterno, não podia perdoar o pecado do homem sem castigá-lo. Ele disse que iria puni-lo, então Ele precisa puni-lo* — e, bendito seja o Seu nome, Ele o puniu! Ele é justo, portanto, e o justificador daquele que crê em Jesus. O pecado foi punido, por isso Deus, que é justo e santo, pode perdoar o pecado.<br />
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Como, então, isso funciona? Desta maneira: Deus aceita esta justiça de Cristo, esta justiça perfeita face a face com a lei que Ele honrou em todos os aspectos. Ele a guardou e obedeceu e levou seu castigo. A lei foi totalmente satisfeita. Este é o caminho de salvação de Deus, diz Paulo. Ele nos dá a justiça de Cristo. Se vemos a nossa necessidade, e vamos a Deus e a confessamos, Ele nos dá a justiça de Seu próprio Filho. Ele imputa a justiça de Cristo a nós que cremos nEle, e nos considera justos, e nos declara justos nEle. Esse é o caminho da salvação, o caminho cristão de salvação, o caminho de salvação através da justificação pela fé. E se resume nisto: que eu não vejo, nem creio nem olho para nada e ninguém a não ser o Senhor Jesus Cristo. Gosto da maneira como Paulo o expressa. Ele pergunta: "Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé". "Oh, judeus tolos", diz Paulo. "Vocês se gabam do fato que são circuncidados, e que têm os oráculos de Deus, e que são o povo de Deus. Precisam parar com isso. Vocês não podem descansar no fato de que têm esta tradição e que são filhos de Israel. Não há jactância — precisam se basear exclusivamente no Senhor Jesus Cristo e Sua obra perfeita. O judeu não é superior ao gentio neste aspecto. "Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus". Olhamos para Cristo, e para Cristo somente, e não para nós mesmos, em nenhum aspecto que seja.<br />
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Para tornar isto bem prático, quero dizer que há um meio muito simples de alguém se testar a si mesmo, para saber se realmente crê nisso. Nós nos revelamos por nossas palavras. O Senhor mesmo disse que seríamos justificados por nossas palavras — e como é verdade! Eu já tive que abordar este ponto com muitas pessoas, explicando o caminho da justificação pela fé, mostrando como é tudo em Cristo, e que Deus nos confere a justiça dEle. E depois de explicar tudo, eu digo: "Vocês entenderam isso? Vocês crêem nisso?" E a resposta é "sim". Então eu digo: "Então estão prontos para dizer que são cristãos?" E eles hesitam. E eu sei então que não entenderam, e pergunto: "O que houve? Por que estão hesitando?" E cada um responde: "Eu não sinto que sou bastante bom". E eu percebo que não entenderam nada. Ainda estão pensando em termos de si mesmos; sua idéia ainda é que precisam ser bons para serem cristãos, precisam ser bons para serem aceitos por Cristo. Eles têm que fazê-lo! "Não sou bastante bom". Parece muito humilde, mas é uma mentira do diabo, e uma negação da fé. Amigo, você acha que está sendo humilde, mas nunca será suficientemente bom; ninguém jamais foi bastante bom. A essência da salvação cristã é dizer que Ele é suficientemente bom, e eu estou nEle!<br />
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Enquanto você continuar pensando em si mesmo, dizendo: "Ah, sim, eu gostaria mas não sou bom o suficiente; sou um pecador, um grande pecador", você está negando a Deus, e nunca vai ser feliz. Vai continuar se sentindo abatido e perturbado em sua alma. Você vai pensar em certas ocasiões que está melhorando, para logo descobrir que não é tão bom quanto pensava. Ao ler as biografias dos santos, você percebe que é um fracasso. Daí fica perguntando: "Que posso fazer? Continuo sentindo que não sou tão bom quanto devia ser". Esqueça-se, esqueça tudo a respeito de si mesmo! É claro que você não é bom o suficiente — e nunca o será! O caminho cristão de salvação lhe diz isto — que não importa o que você foi ou o que fez. Como posso explicar isto com clareza? Tento comunicá-lo do púlpito todo domingo, pois creio que é a coisa que está privando muitas pessoas do gozo do Senhor. Não importa que você tenha ido quase às profundezas do inferno, ou se é culpado de homicídio ou qualquer outro pecado vil, não importa quando se trata de justificação perante Deus. Você não é mais perdido do que a pessoa mais respeitável e correta do mundo. Você acredita nisso?<br />
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Há um outro meio de se testar a si mesmo. Você crê que com referência à salvação e justificação diante de Deus, todas as nossas habituais distinções são demolidas de uma vez, e que o que determina se somos pecadores ou não, não é o que fizemos, e sim nosso relacionamento com Deus? Eu digo, portanto, que este é o teste — que você reconheça prontamente e declare com firmeza que está olhando para Cristo, e Cristo somente, e a nada e ninguém mais, e que deixe de levar em consideração certos pecados e certas pessoas. Não olhe para nada nem para ninguém, a não ser Jesus Cristo, e diga: em nada ponho a minha fé, senão no sangue de Jesus, no sacrifício remidor, no sangue do meu Redentor. A minha fé e o meu amor estão firmados no Senhor. E você precisa crer de tal forma que possa ir além, declarando com santa convicção: Seu juramento é mui leal, Abriga-me no temporal; Ao vir cercar-me a tentação, É Cristo a minha salvação.<br />
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Você gostaria de se livrar dessa depressão espiritual? A primeira coisa que precisa fazer é dizer adeus de uma vez por todas ao seu passado. Compreenda que ele foi coberto e apagado em Cristo. Nunca mais olhe para trás para os seus pecados. Diga: "Está consumado! Eles foram cobertos pelo sangue de Cristo". Esse é o primeiro passo. Tome-o, e acabe com toda essa conversa sobre "ser bom", e olhe para o Senhor Jesus Cristo. Somente então é que verdadeira felicidade e alegria poderão ser suas! Você não precisa decidir viver uma vida melhor, ou começar a jejuar, se esforçar e orar. Não! Diga apenas: Descanso a minha fé nAquele que morreu para expiar minhas transgressões. Dê o primeiro passo, e descobrirá que imediatamente vai começar a experimentar uma alegria e uma liberdade que nunca conheceu antes em sua vida. "Concluímos pois que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei". Bendito seja o nome de Deus por uma salvação tão maravilhosa para pecadores desesperados.<br />
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D. M. Lloyd-JonesLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-28369741772521243532010-01-14T08:17:00.000-08:002010-01-14T08:17:43.303-08:00Depressão Espiritual - Capítulo 1Prefácio <br />
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Estes sermões foram pregados numa série de domingos consecutivos na Capela de Westminster, em Londres, e estão sendo publicados virtualmente na forma como foram pregados.<br />
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A necessidade destes sermões nasceu como resultado da experiência pastoral, e estão agora sendo publicados em forma de livro atendendo ao pedido de grande número de pessoas.<br />
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Eu creio que a maior necessidade atual é de uma Igreja reavivada e triunfante, e portanto, o assunto tratado nestes sermões é da máxima importância. Cristãos deprimidos constituem uma recomendação muito pobre para a fé cristã; e não há qualquer dúvida que o regozijo exuberante dos cristãos primitivos foi um dos fatores mais poderosos na expansão do cristianismo.<br />
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Este estudo de forma alguma esgota o assunto. Tentei tratar daquelas causas que descobri serem as mais comuns desse problema. Em vários aspectos (por exemplo, o relacionamento entre o físico, o psicológico e espiritual), eu gostaria de ter tratado do problema de maneira mais completa, porém não foi possível fazer isso num sermão. Em todo caso, sermões não visam os "especialistas", e sim o povo comum, principalmente aqueles em necessidade de ajuda.<br />
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Minha oração é que Deus use estas mensagens para abençoar tais pessoas.<br />
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Os que forem abençoados por este livro, desejarão se unir a mim em agradecimento à Sra. Hutchings que transcreveu os sermões, e à minha esposa que se encarregou da revisão, leitura de provas, correções, etc.<br />
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D. M. Lloyd-Jones Westminster Chapel Setembro de 1964<br />
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1 - Cosiderações Gerais <br />
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"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença". Salmo 42:5<br />
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"Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele ê a salvação da minha face, e o meu Deus". Salmo 42:11<br />
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A descrição mais simples do livro dos Salmos é que ele era o livro inspirado de oração e louvor de Israel. Contém a revelação da verdade, não de forma abstrata, mas em termos de experiência humana. A verdade revelada está imbuída nas emoções, anseios e sofrimentos do povo de Deus pelas circunstâncias que tiveram de enfrentar.<br />
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Devido isso ser uma descrição muito fiel dos Salmos, eles sempre têm sido uma fonte de conforto e encorajamento para o povo de Deus através dos séculos — tanto para os filhos de Israel como para a Igreja Cristã.<br />
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Aqui podemos observar almas nobres lutando com seus problemas e consigo mesmas. Falam consigo mesmas e às suas almas, descobrindo seus corações, analisando seus problemas, censurando e animando a si mesmas. Às vezes estão animadas, outras vezes deprimidas, mas sempre sinceras consigo mesmas. É por isso que são de tanto valor para nós, se também formos sinceros conosco mesmos.<br />
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Neste salmo (42) que pretendemos considerar, o salmista está infeliz e perturbado, e por isso desabafa nestas dramáticas palavras: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas em mim? Espera em Deus, pois ainda o louvarei na salvação da sua presença".<br />
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Esta declaração, encontrada duas vezes neste salmo, é também repetida no salmo seguinte. Alguns consideram o Salmo 43 como parte do Salmo 42, e não um salmo separado. É algo que não podemos saber, e realmente não é importante, mas encontramos essa declaração em ambos os Salmos, pois está repetida no fim do Salmo 43.<br />
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O salmista está compartilhando sua perturbação, a infelicidade de sua alma, e as circunstâncias que estava atravessando quando escreveu estas palavras. Ele nos conta o motivo da sua perturbação. Provavelmente naquele período ele foi impedido de se unir aos outros em adoração na casa de Deus. Mas não só isso: ele estava claramente sendo atacado por certos inimigos. Havia pessoas que estavam fazendo todo o possível para deprimi-lo, e ele relata isso. Contudo, estamos interessados aqui particularmente na maneira que ele enfrenta a situação e pela qual trata consigo mesmo.<br />
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Nosso assunto, em outras palavras, é o que poderíamos descrever como "depressão espiritual", as suas causas e a maneira como deve ser tratada. É interessante notar a frequência com que este assunto é tratado nas Escrituras. Isso nos leva à conclusão que é um problema muito comum, e que parece ter afligido o povo de Deus desde o princípio, pois tanto o Velho como o Novo Testamento o descrevem e o tratam demoradamente. Isso, por si só, seria razão suficiente para trazê-lo à sua atenção, mas eu também o faço porque parece ser um problema que está afligindo o povo de Deus de forma particular nos dias atuais.<br />
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Existem muitas razões para isso. Uma das maiores, sem dúvida, são os eventos terríveis que enfrentamos nesta geração: as duas grandes guerras, e os distúrbios que resultaram delas. Certamente não é a única razão, mas não tenho dúvida que ela é parcialmente responsável. Entretanto, qualquer que seja a razão, o fato é que existem muitos cristãos que dão a impressão de serem infelizes. Estão abatidos, suas almas estão perturbadas dentro deles, e esta é a razão porque resolvi trazer este assunto à sua atenção.<br />
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Para fazer uma análise a fundo deste tema, precisamos prosseguir ao longo de duas linhas de pensamento. Primeiro, precisamos ver o que a Bíblia ensina sobre o assunto, e então vamos examinar alguns exemplos ou ilustrações notáveis deste problema na Bíblia, e observar como as pessoas envolvidas agiram, e como Deus tratou com elas. Esta é uma boa maneira de enfrentar qualquer problema na vida espiritual. É sempre bom começar com a Bíblia, onde encontramos ensinamentos claros sobre todo e qualquer problema, e depois examinar exemplos e ilustrações oferecidos pela mesma fonte.<br />
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Ambos os métodos podem ajudar-nos muito; e eu gostaria de enfatizar a importância de seguir tanto um como o outro. Há pessoas que só se interessam pelos exemplos, as histórias; mas se não tivermos o cuidado de captar os princípios ilustrados pelas histórias, provavelmente acabaremos por agravar nossa condição, e ainda que possamos ganhar muito através de exemplos e ilustrações, é imprescindível que primeiro busquemos os princípios. Muitas pessoas hoje têm problemas porque, em certo sentido, estão vivendo das experiências de outros, ou cobiçando a experiência de outros; e é porque estão sempre olhando para outras pessoas e suas histórias em vez de primeiro captarem os princípios, que tantas vezes se desviam. Nosso conhecimento da Bíblia devia ter nos prevenido e protegido de tal perigo, pois invariavelmente faz ambas as coisas, como veremos em nossa discussão desse assunto. Existe este grande ensino doutrinário, claro e simples, e além disso Deus em Sua graça tem acrescentado as ilustrações para que possamos ver esses grandes princípios colocados em prática.<br />
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Eu nem preciso explicar porque considero importante que examinemos esta questão. Eu o faço, em parte, por aqueles que estão nesta condição, para que possam ser libertos de sua infelicidade, inquietação, desconforto e tensão, esta perturbação que é descrita com tanta exatidão pelo salmista neste salmo. É muito triste saber que há cristãos que vivem a maior parte de suas vidas neste mundo em tal situação. Não significa que não são cristãos, mas significa que estão perdendo muito, perdendo tanta coisa importante que exige um exame do problema de depressão espiritual em toda a sua extensão, conforme apresentado neste salmo, nem que seja somente para o bem deles.<br />
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Mas há uma outra razão e mais importante: devemos enfrentar este problema por amor ao reino de Deus, e para a glória de Deus. De certa forma, um cristão deprimido é uma contradição de termos, e é uma péssima recomendação do evangelho. Vivemos numa época pragmática. As pessoas hoje em dia não estão primariamente interessadas na verdade, e sim em resultados. Sua pergunta sempre é: Isso funciona? Estão freneticamente buscando alguma coisa que possa ajudá-las. Nós cremos que a obra de Deus, a ampliação do Seu reino, é realizada em parte por Seu povo, e sabemos que, no curso da história da Igreja, Deus frequentemente realizou coisas notáveis através da vida de alguns cristãos muito simples e comuns. Por conseguinte, é muito importante que sejamos libertos de uma condição que dê às pessoas que nos observam a impressão que ser cristão significa ser infeliz, triste, mórbido, e que um cristão é alguém que "despreza os prazeres e vive dias laboriosos". Na verdade, há muitos que apresentam isso como razão para não serem cristãos e para desistirem de qualquer interesse que possam ter experimentado pela fé cristã. Dizem: "Veja esses cristãos, olha a impressão que eles dão!" E gostam de nos comparar com as pessoas do mundo — gente que parece muito entusiasmada pelas coisas em que acredita, quaisquer que elas sejam. Essa gente grita e torce nos campos de futebol, comenta os filmes que viu, está cheia de vibração e quer que todos saibam disso. Em contraste, muitas vezes os cristãos parecem estar em perpétua depressão, com uma aparência de infelicidade, falta de liberdade e ausência de alegria. Não há dúvida que esta é a razão principal porque tantas pessoas deixaram de mostrar interesse pelo cristianismo. E, para ser franco, essa atitude de certa forma é justificada, e temos que admitir que suas críticas têm razão de ser. Portanto, é necessário, não só por amor a nós mesmo, mas por amor ao reino de Deus, e pela glória do Cristo em quem confiamos, representar a Ele e Sua causa, Sua mensagem e Seu poder de tal maneira que homens e mulheres, em vez de se oporem, sintam-se atraídos e persuadidos ao nos observarem, sejam quais forem nossas circunstâncias e nossa situação. Precisamos viver de tal forma que eles sejam compelidos a dizer: "oxalá eu pudesse ser assim, oxalá eu pudesse viver neste mundo como essa pessoa vive!". Mas é óbvio que se vivermos em depressão, jamais nossa vida terá esse efeito sobre os outros.<br />
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Por enquanto quero abordar este assunto de forma geral. Quero examinar e considerar as causas gerais, e também avaliar a maneira que devemos tratar do problema em nós mesmos, se estamos sofrendo dele. Depois dessas considerações gerais, estaremos em condições de examinar o problema de maneira mais detalhada, e quero enfatizar a importância de fazer isso. Se examinarmos as obras e os escritos de homens famosos na história da Igreja que trataram deste problema específico, vamos descobrir que invariavelmente abordavam o assunto dessa forma. Eu sei que não é assim que se faz hoje em dia. Estamos sempre com pressa e queremos tudo instantaneamente. Achamos que toda verdade pode ser apresentada em poucos minutos. Mas o fato é que isso não é possível; e a razão por que tantos hoje em dia estão vivendo uma vida cristã superficial, é que não estão dispostos a tomar tempo para se examinarem a si mesmos.<br />
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Vou usar uma ilustração. Muitas vezes ouvimos falar de pessoas que têm dificuldade em seguir um tratamento prescrito por um médico. Elas vão ao médico e recebem certas instruções. Então vão para casa certas de que sabem exatamente o que fazer. Mas quando começam a observar o tratamento, descobrem que as instruções do médico não foram suficientemente detalhadas. Ele lhes dera instruções gerais, sem se preocupar em detalhar essas instruções. Sentem-se então confusas, sem saberem o que fazer e sem se lembrarem exatamente como o tratamento deve ser observado. O mesmo se aplica ao ensino — razão porque o professor sábio apresenta primeiro os princípios gerais, mas nunca se esquece de explicá-los depois em detalhe. Declarações gerais não são suficientes em si mesmas — é preciso que sejam depois expostas de maneira específica e detalhada. Por enquanto, todavia, vamos tratar do quadro geral.<br />
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Antes de tudo, então, vamos examinar o problema. Seria impossível encontrar uma descrição melhor do que a que é dada aqui pelo salmista. É um quadro extraordinariamente preciso de depressão espiritual. Leiam as palavras e quase poderão ver o homem, perturbado e abatido. É quase possível ver isso em seu rosto.<br />
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Em relação a isso, notem a diferença entre o versículo 5 e o versículo 11. Vejam o versículo onze: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? espera em Deus, pois ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face, e o meu Deus". No quinto versículo ele diz: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim? espera em Deus, pois ainda o louvarei, a ele, meu auxílio e Deus meu" (versão atualizada). Nesse versículo ele diz que há auxílio na presença de Deus (i.e., perante a face de Deus); mas no versículo onze ele fala da "minha face". Em outras palavras o homem que se sente abatido, desanimado e miserável, que está infeliz e deprimido, sempre revela isso em seu rosto. Ele parece preocupado e perturbado. Basta olhar para ele, e se percebe sua condição. "Sim", diz o salmista, "mas quando realmente olho para Deus, e me sinto melhor, minha face também melhora" — "Ele é a salvação da minha face". Aquela aparência cansada, perturbada, aflita, inquieta, perplexa e introspectiva se desfaz, e eu passo a comunicar uma impressão de paz, calma e equilíbrio. Isso não é uma máscara, e sim um resultado inevitável de olhar para Deus. Se estamos deprimidos e infelizes, queiramos ou não, vamos demonstrar isso em nosso rosto. Por outro lado, se nosso relacionamento com Deus é correto, se estamos andando no Espírito, isso inevitavelmente também vai se expressar em nosso semblante. Com isso não estou dizendo que devemos andar por aí com aquele perpétuo sorriso forçado no rosto, que certas pessoas consideram essencial à manifestação da verdadeira alegria cristã. Não precisamos forçar nada — essa alegria vai se expressar naturalmente: "Ele é a salvação da minha face".<br />
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Mas contemplem de novo o quadro que esse pobre homem apresenta. Parece estar carregando o mundo todo sobre seus ombros. Está abatido, triste, perturbado, perplexo. Não só isso, ele também nos diz que chora: "As minhas lágrimas tem sido o meu alimento dia e noite". Ele chora porque está num estado de perplexidade e temor. Está preocupado consigo mesmo, com o que está acontecendo com ele, e perturbado com os inimigos que o estão atacando e insinuando coisas sobre ele e sobre o seu Deus. Tudo parece estar em cima dele, esmagando-o. Ele não consegue controlar suas emoções, e chega ao ponto de perder o apetite. Diz que suas lágrimas têm sido o seu alimento. Todos estamos familiarizados com esse fenômeno. Se alguém está ansioso ou preocupado, perde o apetite — não quer comer. De fato, a comida parece quase que repugnante. Ainda que este seja um problema digno de nota, mesmo que somente do ponto de vista físico e médico, não decénios nos deter nele, exceto para enfatizar a importância do quadro que apresenta. Um dos problemas resultantes da depressão espiritual é que, com frequência, quando sofremos dela, não estamos conscientes da impressão que está sendo transmitida aos outros. Uma vez que devemos nos preocupar com isso, é bom que examinemos o quadro objetivo. Se tivéssemos a capacidade de nos ver a nós mesmos como os outros nos vêem, este muitas vezes seria o passo decisivo para a vitória e a libertação. É bom olhar para nós mesmos, tentando visualizar o quadro que estamos apresentando aos outros, como uma pessoa deprimida, chorosa, que não quer comer, nem ver ninguém, e está tão preocupada com seus problemas que comunica a todos um quadro de depressão e miséria.<br />
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Tendo descrito o problema de forma geral, quero agora mencionar algumas das suas causas gerais. Eu não hesito em colocar, em primeiro lugar e acima de tudo, o temperamento. Afinal, é um fato que as pessoas são diferentes em temperamento e personalidade. Será que alguém se surpreenderá por eu colocar isso em primeiro lugar? Ou argumentará: "Quando você fala de cristãos, não deveria abordar a questão de temperamento, ou tipo de personalidade. Por certo o cristianismo elimina tudo isso, e você não deveria considerar esse aspecto como tendo influência na questão". Pois bem, essa objeção é válida, e deve ser respondida. Quero começar deixando bem claro que o temperamento, o perfil psicológico e a nossa personalidade não fazem a mínima diferença no que concerne à nossa salvação. Esta é, graças a Deus, a base da nossa posição como cristãos. Não importa qual é o nosso temperamento; somos todos salvos do mesmo modo, pelo mesmo ato de Deus em e através de Seu Filho, nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Esta é nossa resposta para a psicologia, e para as críticas ao cristianismo que muitas vezes resultam do estudo da psicologia. Quero deixar uma coisa bem clara: não importa quais sejam seus antecedentes, não importa qual o temperamento que lhe foi dado neste mundo — tudo isso não faz a mínima diferença no que se refere à salvação. Não reconhecemos a existência de um "complexo religioso". Nós nos glorificamos no fato de que a história da Igreja dá provas abundantes de que todo e qualquer tipo concebível de temperamento foi, e ainda é, encontrado hoje na Igreja do Deus vivo. Mas embora eu enfatize, com todo o meu ser, o fato de que o temperamento não faz a mínima diferença quanto à nossa salvação, quero igualmente enfatizar que ele faz uma enorme diferença na experiência concreta da nossa vida cristã, e quando estamos tratando de um problema como o da depressão espiritual, esta questão do temperamento deve ser um dos primeiros fatores a ser considerado.<br />
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Em outras palavras, de acordo com minha compreensão do ensino bíblico sobre esta questão, não há nada tão importante como a necessidade, de nos conhecermos a nós mesmos, e isso tão cedo quanto possível. Pois o fato é que, embora sejamos todos cristãos, unidos num mesmo "corpo", todos somos diferentes, e os problemas e dificuldades, as tribulações e perplexidades que enfrentamos são, em grande medida, determinadas pelas diferenças de temperamento e tipos de personalidade. Todos participamos da mesma batalha, é claro, pois todos compartilhamos da mesma salvação comum, e temos a mesma necessidade básica. Mas as manifestações do problema variam de um caso para outro, e de uma pessoa para outra. Não há nada mais fútil, ao tratar desse problema, do que agir com base na suposição de que todos os cristãos são idênticos em todos os aspectos. Não são — e Deus jamais planejou que fossem.<br />
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Este ponto pode ser melhor ilustrado por um exemplo de uma outra esfera. Todos nós somos seres humanos, tendo basicamente a mesma constituição física, no entanto sabemos muito bem que não há duas pessoas idênticas. Na verdade, somos todos diferentes em muitos aspectos. Ora, muitas vezes encontramos pessoas que defendem estilos de vida, ou métodos de tratamento de doenças, que ignoram completamente este fato fundamental, e portanto, estão obviamente erradas. Elas receitariam a mesma dieta para todo mundo. Prescrevem este regime universal, afirmando que vai curar todo mundo. Isso, eu digo, é impossível, e basicamente errado.<br />
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Muitas vezes tenho dito que a primeira lei fundamental da dietética se resume naquele ditado, em inglês, que traduzido diz mais ou menos o seguinte: "João da Silva não podia comer gordura, sua mulher não podia comer carne". Está certo! É uma declaração engraçada, num sentido, mas por outro lado, é um princípio fundamental de nutrição. João da Silva tem uma constituição diferente da de sua mulher, e sugerir que a mesma dieta seria perfeita para ambos é um erro fundamental. Ambos são seres humanos, mas como seres humanos são diferentes em sua constituição física. Ou, para citar outro exemplo, vejam a tendência de insistir que todas as crianças nas escolas façam ginástica. Aí temos novamente o mesmo erro. Todos diferimos em altura e constituição física, e é algo irracional estabelecer uma regra inflexível para incluir todos os tipos. Alguns têm aptidão para essas coisas, e outros não; e exigir que todas as crianças participem do mesmo tipo de atividade física é tão absurdo como submeter todas as pessoas à mesma dieta. Todos necessitamos de exercício, mas não do mesmo tipo ou na mesma quantidade.<br />
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Menciono isso para ilustrar essa tendência à arregimentação; e o ponto que quero esclarecer é que não podemos estabelecer leis assim generalizadas e universais, como se os homens fossem máquinas. É errado na esfera física, como eu acabo de demonstrar, e é muito mais errado na esfera espiritual.<br />
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É bem óbvio que podemos dividir os seres humanos em dois grupos básicos — os introvertidos e os extrovertidos. Há um tipo de pessoa que está constantemente voltada para dentro de si mesma, e outro tipo cuja atenção está em geral voltada para fora. E é muito importante compreender, não só que pertencemos a um desses dois grupos, mas também que o problema de depressão espiritual tende a afetar um desses grupos mais do que afeta ao outro. Precisamos começar por conhecer e entender a nós mesmos.<br />
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Há um tipo de pessoa que é especialmente vulnerável ao problema da depressão espiritual. Isso não significa que essas pessoas sejam piores do que as outras. Na verdade, eu poderia sustentar com boa base que as pessoas que se destacaram de forma gloriosa na história da Igreja eram, muitas vezes, do tipo que estamos considerando. Alguns dos maiores santos eram introvertidos; o extrovertido geralmente é uma pessoa mais superficial. Na esfera natural existe o tipo de pessoa que está sempre fazendo auto-análise, avaliando tudo o que faz, e se preocupando com os possíveis efeitos de suas ações, sempre olhando para trás, sempre cheia de remorsos fúteis. Pode ser algo que foi feito uma vez para sempre, mas ela não consegue esquecê-lo. Não pode desfazer o que foi feito, entretanto passa o tempo todo se analisando, culpando e condenando. Vocês estão familiarizados com esse tipo de pessoa. Ora, tudo isso é também transferido para a esfera do espírito, afetando sua vida espiritual. Em outras palavras, há um perigo de que tais pessoas se tornem mórbidas. Eu já disse que poderia mencionar nomes. Certamente um deles foi o grande Henry Martin. Não se pode ler a vida desse grande homem de Deus sem se chegar à imediata conclusão de que ele tinha uma personalidade introspectiva. Era introvertido, e sofria de uma tendência óbvia para a morbidez e a introspecção.<br />
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Esses dois termos nos lembram que o problema fundamental dessas pessoas, é que elas muitas vezes não cuidam de estabelecer a linha divisória entre auto-análise e introspecção. Todos concordamos com a necessidade de nos examinarmos a nós mesmos, mas também concordamos que a introspecção e a morbidez são coisas nocivas. Qual, então, é a diferença entre auto-análise e introspecção? Eu diria que atravessamos a linha divisória entre auto-análise e introspecção quando não fazemos outra coisa senão nos examinar, e quando essa auto-análise se torna o fim dominante da nossa vida. Devemos nos examinar periodicamente, porém se o fazemos constantemente, colocando, por assim dizer, a nossa alma num recipiente para dissecá-la, isso é introspecção. E se estamos sempre falando com os outros a respeito de nós mesmos, de nossos problemas e dificuldades, e nos aproximamos deles com uma carranca, dizendo: "Tenho tantos problemas!" — provavelmente isso significa que estamos sempre com nossa atenção toda concentrada em nós mesmos. Isso é introspecção, e pode levar à condição conhecida como morbidez.<br />
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Aqui, então, é o ponto aonde devemos começar. Será que nos conhecemos a nós mesmos? Sabemos quais são as áreas específicas de perigo para nós? Sabemos a que é que somos especialmente vulneráveis? A Bíblia está repleta de ensinamentos sobre isso. Ela nos exorta a sermos cuidadosos com respeito às nossas forças e às nossas fraquezas. Tomemos Moisés como exemplo. Ele era o homem mais manso sobre a Terra, segundo a Bíblia; e, no entanto, seu maior fracasso teve ligação exatamente com isso. Ele afirmou sua própria vontade, e ficou irado. Temos que vigiar tanto nossas forças como nossas fraquezas. A essência da sabedoria é compreender este fato fundamental sobre nós mesmos. Se eu, por natureza, sou um introvertido, tenho que exercer uma vigilância constante e advertir a mim mesmo sobre isso, para não cair inconscientemente num estado de morbidez. Da mesma forma, o extrovertido precisa conhecer-se a si mesmo, mantendo vigilância contra as tentações peculiares à sua natureza. Alguns de nós, por natureza e devido ao nosso temperamento, somos mais suscetíveis à esta doença chamada depressão espirtual do que outros. Pertencemos ao mesmo grupo que Jeremias, João Batista, Paulo, Lutero e muitos outros. Uma companhia muito seleta! Sim, mas não se pode pertencer a ela sem ser especialmente vulnerável a esse tipo específico de tribulação.<br />
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Agora passemos à segunda grande causa: condições físicas. Isso surpreende alguém? Há alguém que pensa que a condição física do seu corpo não importa desde que é cristão?. Bem, se pensa assim, não vai demorar para sofrer uma desilusão. A condição física tem muita influência nisso tudo. É difícil marcar uma linha divisória entre esta causa e a anterior, porque o temperamento parece ser controlado, até certo ponto ,por condições físicas, e na verdade há pessoas que são, parece, fisicamente vulneráveis ao problema da depressão espiritual. Em outras palavras, existem certas debilidades físicas que tendem a causar depressão. Acho que Thomas Carlyle foi um bom exemplo disso. Ou tomemos aquele extraordinário pregador inglês do século passado, que pregou em Londres por quase quarenta anos — Charles Haddon Spurgeon — um dos maiores pregadores de todos os tempos. Esse grande homem era sujeito a depressão espiritual, e a explicação, no caso dele, sem dúvida era o fato de que ele sofria de gota, o problema que acabou causando a sua morte. Ele teve que enfrentar esse problema de depressão espiritual muitas vezes em sua forma mais intensa. Essa tendência à depressão profunda era uma consequência do problema de gota, problema esse que Spurgeon herdou de seus ancestrais. E há muitas pessoas que me procuram em busca de ajuda para o problema de depressão, em cujos casos se torna óbvio para mim que a causa de seu problema é, principalmente, física. Estão incluídos nesse grupo de causas físicas: cansaço, esgotamento, "stress", e qualquer tipo de doença. Não se pode isolar o físico, separando-o do espiritual, pois somos corpo, mente e espírito. Os melhores cristãos são mais propensos a ataques de depressão espiritual quando estão fisicamente fracos — e encontramos grandes ilustrações disso na Bíblia.<br />
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Quero dar uma palavra de advertência nesta altura. Não podemos esquecer a existência do diabo, nem permitir que ele nos engane, considerando espiritual aquilo que é fundamentalmente físico. Mas por outro lado, devemos ser cuidadosos nessa distinção em todos os aspectos; porque, se jogamos toda a culpa em nossa condição física, podemos nos tornar culpados num sentido espiritual. Entretanto, se reconhecermos que nosso físico pode ser parcialmente responsável por nosso problema espiritual, e levarmos isso em consideração, será mais fácil tratar do espiritual.<br />
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Outra causa frequente da depressão espiritual é o que poderíamos chamar de "reação" — reação a uma grande bênção, ou a uma experiência extraordinária ou fora do comum. Pretendo chamar atenção posteriormente ao caso de Elias, assentado debaixo do zimbro! Não tenho nenhuma dúvida de que seu problema era que ele estava sofrendo de uma reação ao que acontecera no Monte Carmelo (I Reis, capítulo 19). Abraão teve a mesma experiência (Génesis, capítulo 15). Por isso, quando alguém vem me contar a respeito de alguma experiência extraordinária que teve, eu me regozijo com a pessoa, dando graças a Deus; mas passo a observá-la atenta e apreensivamente depois disso, caso haja uma reação. Isso não precisa acontecer, mas pode se dar se não estivermos cientes dessa possibilidade. Se apenas compreendêssemos que quando Deus se agrada em nos dar uma bênção incomum, deveríamos redobrar nossa vigilância, então poderemos evitar essa reação.<br />
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Passemos para a causa seguinte. Em certo sentido, em última análise, esta é a única causa da depressão espiritual — é o diabo, o inimigo de nossas almas. Ele pode usar nosso temperamento e nossa condição física. Ele nos manipula de tal forma que acabamos permitindo que nosso temperamento nos controle e governe nossas ações, em vez de nós mantermos o controle sobre ele. São incontáveis os meios pelos quais o diabo causa a depressão espiritual. Temos que nos lembrar dele. O seu objetivo é deprimir o povo de Deus, de tal forma que ele possa ir ao homem do mundo, dizendo: "Eis o povo de Deus; você quer ser assim?" A estratégia do adversário de nossas almas, o adversário de Deus, é de nos levar à depressão e ao estado de espírito do salmista quando estava atravessando este período de perturbação e infelicidade.<br />
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Na verdade, posso resumir a questão desta forma: a causa básica de toda depressão espiritual é incredulidade, pois se não fosse por ela nem o diabo poderia fazer coisa alguma. É porque prestamos atenção ao diabo em vez de ouvirmos a Deus, que caímos derrotados diante dos ataques do inimigo. Por isso é que o salmista continua dizendo a si mesmo "Espera em Deus, pois ainda o louvarei". Ele volta o seu pensamento para Deus. Por quê? Porque ele estava deprimido, e tinha se esquecido de Deus, de forma que sua fé em Deus e no Seu poder, e sua confiança no relacionamento que tinha com o Senhor, não eram o que deveriam ser. Podemos, portanto, resumir tudo isso, afirmando que a causa fundamental é pura e simples incredulidade.<br />
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Até aqui, então, temos examinado as causas. E quanto ao tratamento? Abreviadamente, por ora a primeira coisa que precisamos aprender é o que o salmista aprendeu — precisamos assumir o controle de nós mesmos. Este homem não se contentou em ficar sentado, sentindo pena de si mesmo. Ele fez alguma coisa a respeito. Assumiu o controle de si mesmo. Mas ele fez uma coisa ainda mais importante. Falou consigo mesmo. Ele se voltou para si mesmo, dizendo: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?" Fala consigo mesmo; argumenta consigo mesmo. No entanto, alguém indaga: "Mas não é exatamente isso que devemos evitar, já que gastar tempo demais consigo mesmo é uma das causas do problema? Isso contradiz suas declarações anteriores! Fomos advertidos contra introspecção e morbidez, e agora nos diz que devemos falar conosco mesmos!"<br />
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Como podemos harmonizar as duas coisas? Desta maneira: eu estou dizendo que devemos falar com o nosso "eu" em vez de permitir que o nosso "eu" fale conosco! Entendem o que isso significa? Estou dizendo que o maior problema em toda essa questão de depressão espiritual, num sentido, é que permitimos que o nosso "eu " fale conosco, em vez de nós falarmos com o nosso "eu". Estou tentando ser deliberadamente paradoxal? De modo algum. Isso é a essência da sabedoria nesta questão. Já perceberam que uma grande parte da infelicidade e perturbação em suas vidas provém do fato, que estão escutando a si mesmos em vez de falar consigo mesmos? Por exemplo, considerem os pensamentos que lhes vêm à mente quando acordam de manhã. Vocês não os originaram mas esses pensamentos começam a "falar" com vocês, trazendo de volta os problemas de ontem, etc. Alguém está falando. Quem está lhes falando? O seu "eu" está falando com vocês. Ora, o que o salmista fez foi o seguinte: em vez de permitir que esse "eu" falasse com ele, ele começou a falar consigo mesmo. "Por que estás abatida, ó minha alma?" ele pergunta. Sua alma estava deprimida, esmagando-o. Por isso ele se dirige a ela, dizendo: "Ouça por um momento, eu quero falar contigo". Vocês entendem o que estou falando? Se não, é porque ainda não tiveram muita experiência com estas coisas.<br />
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A arte maior na questão da vida espiritual é saber como dominar-se. Um homem precisa ter controle sobre si mesmo, deve falar consigo mesmo, exortar e examinar a si mesmo. Deve perguntar à sua alma: "Por que estás abatida?" "Como pode se abater assim?" Você como ele, precisa se voltar para si mesmo — repreendendo, censurando, condenando, exortando — e dizendo a si mesmo: "Espera em Deus", em vez de resmungar e murmurar dessa maneira infeliz e deprimida. E então deve prosseguir, lembrando-se de Deus: quem Ele é, o que Ele é, o que Ele tem feito, e o que tem prometido fazer. Tendo feito isso, termine com esta nota de triunfo: desafie a si mesmo, desafie os outros, desafie o diabo e o mundo todo, dizendo com este homem, "Eu ainda o louvarei. Ele é a salvação da minha face, e o meu Deus".<br />
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Essa é a essência do tratamento, em resumo. Os demais capítulos serão apenas uma exposição mais elaborada do que foi apresentado aqui. A essência desta questão é entender que este nosso "eu" interior — esta outra pessoa dentro de nós — precisa ser controlado. Não lhe dê atenção — fale com ele, condenando, censurando, exortando, encorajando, relembrando-o daquilo que você sabe — em vez de ouvir placidamente o que ele tem a dizer, permitindo que ele o leve ao desânimo e à depressão. Certamente é isto que ele sempre fará, se você lhe entregar o controle. O diabo tenta controlar o nosso "eu" interior, usando-o para nos deprimir. Precisamos nos erguer, dizendo como este homem: "Por que estás abatida, ó minha alma, e por que te perturbas dentro de mim?" Pare com isso! "Espera em Deus, pois o louvarei. Ele é a salvação da minha face, e o meu Deus".<br />
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D. M. Lloyd-JonesLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-44570213995943975872010-01-12T19:07:00.000-08:002010-01-12T19:07:54.105-08:00Cristo x A Religião dos HomensEspero que o que vai ser compartilhado com os amados irmãos possa, mediante a graça do Senhor, ajudar a modificar a situação das Igrejas do nosso País.<br />
Este blog tem a certeza que está ministrando a homens conscientes da necessidade de uma restauração das igreja fazendo-as retornar a pura palavra de Deus, a fim de que através da palavra de Deus encontre os princípios que regem a Igreja do Senhor Jesus nesta terra. <br />
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Não vou me deter em detalhes doutrinários ou responder as mais diversas bases teológicas, mas simplesmente dar o alerta, tocar a trombeta para aquele que tiver ouvidos que ouça o que o Espírito diz as igrejas.<br />
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Me dirijo especialmente a todos que sentem a sua responsabilidade na causa do Senhor a todos que tem algum tipo de encargo ou responsabilidade pelo rebanho do Senhor. <br />
Tenho falado muito sobre crescimento espiritual e de como obter a maturidade espiritual e creio que este momento é o momento oportuno para compartilhar sobre a situação das Igrejas no Brasil e no mundo. Mesmo sabendo que irei ser mal interpretados mesmo assim desejo ser fiél ao nosso Deus, não querendo agradar a homens mas agradar ao nosso Deus. <br />
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E antes que você se levante para se opor ao que vai ser dito, faça o favor, leve humildemente diante do Senhor tudo o que vai ser compartilhado. Amém. <br />
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Ao iniciar este importante assunto para a vida das Igrejas do Brasil e no mundo, quero dizer que a história ao lado da palavra de Deus é a grande mestra sobre os assuntos da igreja de hoje, da igreja dos nossos dias. <br />
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O nosso Deus tem permitido que o acervo da história registre as lutas, os gemidos e as agonias que homens e mulheres de Deus travaram e experimentaram no firme desejo de servir ao Senhor. <br />
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O nosso Deus também permitiu que a pena dos historiadores fosse realmente implacável ao descrever as divisões doutrinárias, o orgulho, o autoritarismo e as divisões que marcaram profundamente a igreja dos séculos passados bem como do presente.<br />
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A verdade é que muitos fiéis homens de Deus do passado pagaram o preço para que hoje tenhamos a palavra, a fé e os ensinamentos preservados até nossos dias pelo poder do Espírito Santo do nosso Deus, capacitando homens que realmente viveram exclusivamente para o nosso Deus. <br />
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Foram homens guardadores da fé ,aguardando todas as coisas. Em At 3:21 nos diz: “Ao qual é necessário que o céu contenha Cristo até os tempos da restauração de todas as coisas de que Deus falou por boca dos seus profetas desde a antigüidade.”<br />
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Portanto amados irmãos não podemos desprezar que homens do passado estiveram em alerta, tapando a brecha, pagando o preço, alguns até mesmo ignorados no processo histórico, prepararam o caminho para a restauração da igreja que hoje todos nós também anelamos, quer consciente ou inconscientemente, você sabe que algo necessita ser restaurado. <br />
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Estamos bastante cientes de que o Senhor não tem prazer em que rememoremos os fracassos de seu povo ou que fiquemos a lamentar sobre os fracassos do passado. <br />
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Mas procurando me esquivar de detalhes, quero mostrar alguns pontos importantes aos nossos amados irmãos, sobre a história passada da igreja e também que sirva de advertência para os nossos dias. <br />
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Ø Em primeiro lugar no período que foi do ano 30 a 100 d.C a igreja é um instrumento poderoso que minou o império romano trazendo Jesus como Kyrios ou seja o Senhor para o mundo. Entretanto logo após a morte do apóstolo João tudo indica que o poder começou a cair na igreja, inclusive Nero e suas perseguições foram neste período muito grandes e implacáveis. <br />
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- Por volta de 130 d.C desaparece o ministério profético e a falta da imposição de mãos. Por volta de 150 d.C começa desaparecer muitas evidências do estar cheio do Espírito Santo e dos dons espirituais e o povo já não tinha um encontro vivo com o Espirito. <br />
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- Por volta de 160 d.C desaparece a pluralidade de presbíteros e começa então os bispos monárquicos. <br />
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- Por volta de 180 d.C as igrejas perdem autonomia como igrejas locais. <br />
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- Por volta de 200 d.C as igrejas já não dão muito valor ao batismo nas águas e pouco antes por volta de 185d.C há o primeiro registro de batismo de crianças. <br />
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- Por volta de 210 d.C começa uma grande distinção entre o clero e os leigos, o clero passa a ser os sacerdotes. <br />
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- Por volta de 225 d.C foram criados os credos de fé para se receber novos membros nas igrejas. <br />
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- Por volta de 240 d.C o mundanismo entrou na igreja, a vida de santidade tornou-se irreal para muitos. <br />
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- Por volta de 313 d.C Constantino tornou-se o governador do grande império romano e escolheu o cristianismo como a melhor das religiões. O estado e a igreja se tornaram um. <br />
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- Por volta de 350 d.C o cristianismo se transforma na religião oficial do império e todos que não pertencem a igreja foram perseguidos. Neste ponto perdeu-se a ênfase de ser aceito pela igreja pela salvação ou justificação pela fé. <br />
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- Por volta de 380 d.C Teodósio fez de Roma a capital do império religioso e autoridade final sobre o assunto religioso. <br />
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- No ano de 392 d.C Teodósio declara que toda forma de adoração fora da igreja deveria ser punido com a morte. <br />
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- De 400 a 484 o rito do batismo perdeu o seu valor e o clero estava isento de impostos. <br />
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Acredito que até aqui já temos dados suficientes para vermos como o declínio da igreja foi terrível. Por isso amados irmãos teremos que pular quase 800 anos da história para começarmos a ver os ventos de restauração da igreja do Senhor, aleluia Ele é que restaura o seu povo. <br />
Vamos mencionar alguns dos principais acontecimentos que contribuíram para a renovação da igreja do Senhor e que tem alcançado até os nosso dias. <br />
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- De 1182 a 1223d.C surge o período de Francisco de Assis. Francisco procura voltar aos princípios de Mateus 5,6,7. Começa uma vida piedosa, abandona as riquezas e passa a pregar aos pobres e desamparados e a viver uma vida simples. É o primeiro alvorecer da reforma. Junto com Francisco de Assis surgiu Pedro Valdo que deu origem aos Valdenses excomungados da igreja católica romana, organizaram-se traduzindo a bíblia na linguagem do povo e distribuíram porções bíblicas ao povo.<br />
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- Por volta de 1375d.C João Wyeliff em meio a problemas políticos religiosos entre Inglaterra e Roma prega que não deve haver distinção entre o clero e o povo e combate a transubstanciação. Havia um vento de reforma na Europa, havia um desejo por uma volta a Deus e a sua palavra. É neste momento que surgem os anabatistas e os menonitas, separando-se da igreja católica. <br />
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- Por volta de 1492 a 1559 d.C Meno Simons, e Martinho Lutero, trazem a justificação pela fé. <br />
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- Por volta de 1731 d.C o conde Zinzendorf na Saxônia amparou os irmãos da bondade obra de Jonh Hus da Tchecoslováquia. Irmãos esses perseguidos da moravia por causa da sua fé.<br />
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- De 1731 a 1791 d.C João Wesley é levado a conhecer o Senhor pelos moravianos e daí surge a herança pentecostal. <br />
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- De 1828 a 1829 Jonh Nelson Darby na Inglaterra, conhecido como movimento dos irmãos. Esse movimento produziu grandes homens como Willian Kelly, Mckintosh e Darby. <br />
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- Por volta de 1865 surge na América um homem que após uma profunda experiência de cura divina começa a pregar e a evangelizar. Simpson organiza a aliança cristã e missionária, aqui inicia-se mais diretamente a pregar-se o enchimento com Espírito Santo e a cura divina para os enfermos. <br />
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- No início do séculoXX o movimento pentecostal era puro, era sádio sem razão denominacional, realmente uma verdadeira igreja. Aquilo que hoje se conhece esta distante dos relatos da história. <br />
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Queridos e amados irmãos, hoje temos de cuidar, temos de vigiar para não cairmos nos mesmos erros dos homens do passado. <br />
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O que deixaremos para a geração que nos sucederá, a fim de que não errem como no passado? O que devemos fazer para não perdermos de vista a visão da igreja sem sermos um grupo fechado, sectário, orgulhoso, mundano e sem o Espírito. <br />
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Nossos pais erraram por que lhes faltou visão mais clara uma revelação mais clara sobre o que realmente é a igreja ; que a igreja é um ato soberano do nosso Deus para cumprir a sua economia para cumprir o seu plano e seu supremo propósito. <br />
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Infelizmente ainda hoje no século XXI a quase 2000 anos de história da igreja a quase 2000 anos da morte e ressurreição do Senhor Jesus, no qual pagou alto preço pela sua igreja, apesar de todo este tempo muitos de nós crentes muitos de nós cristãos muitos de nós filhos de Deus ainda estamos confusos acerca da igreja.<br />
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A pergunta que mais se houve por ai é: qual é a igreja certa? Qual e a igreja certa? Qual é a igreja certa? Existem dezenas de denominações nas cidades, e centenas de denominações no estado e existem milhares de denominações no mundo e o pior que todas presumem ser a igreja verdadeira. <br />
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Esta palavra este compartilhar é um alerta , é um apelo aos que desejam ser verdadeiros cooperadores de Deus. <br />
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Será que o Senhor Jesus queria deixar seus discípulos em uma tal confusão? Amados irmãos quando estivermos no céu, serão toleradas as seitas, será que serão toleradas as divisões? <br />
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É claro, certamente que não é a resposta que se houve. Mas por ventura agora neste momento já não estamos ressuscitados e assentados com ele nos céus. <br />
Conf. Ef 2:6: “E juntamente com Ele Cristo Jesus nos ressuscitou, e nos fez assentar nos lugares celestiais com Cristo Jesus.” <br />
Portanto o corpo ressurreto de Cristo Jesus é um só corpo, composto de todos crentes de cada nação. E estamos assentados nos céus. <br />
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Em Jo 17:24 nos diz que todos os que crêem são um com Cristo nos lugares celestiais. <br />
Que Deus o nosso Deus condena a divisão, nenhum dos que se submetem a autoridade da palavra de Deus irá negar. <br />
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O apóstolo Paulo diante do primeiro sinal ou embrião das divisões, disse em ICo 1:10-13: “Rogo, porém irmãos pelo nome do nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós divisões... cada um de vós diz: eu sou de Paulo, e eu de Apólo e eu de Cefas, e eu de Cristo, esta porém Cristo dividido?"<br />
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Tenho absoluta certeza quanto a vontade do Senhor nestes dias, quando cada um diz: eu sou de ROMA, eu sou LUTERANA, eu sou ASSEMBLEIANA, eu sou METODISTA. eu sou EXÉRCITO DA SALVAÇÃO, eu sou LUZ PARA OS POVOS, eu sou ADVENTISTA, eu sou QUADRANGULAR, eu sou da GRAÇA, eu sou da CHAMADA MISSIONÁRIA, eu sou sou BATISTA, eu sou UNIVERSAL. <br />
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Amados irmãos Deus roga a todos os crentes, pela glória e preeminência do nome do Senhor Jesus que não haja divisões. <br />
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Deus não tolera nenhum nome ou divisão. <br />
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Permitir qualquer outro nome que não seja o nome de Cristo Jesus é rebaixar seu bendito nome. Se a vontade de Deus é que não haja divisões, como podemos pertencer a qualquer delas, ou como poderemos apoiar qualquer divisão, sem estar desobedecendo a vontade de Deus, tendo diante de você a santa palavra do nosso Deus. <br />
E ainda para que não haja engano o Espírito de Deus fala de novo sobre o tema dizendo: “porque ainda sois carnais, pois havendo entre vós inveja contenda, divisões não sois porventura carnais.” <br />
Se você querido irmão faz parte de um cisma., se você querido irmão faz parte de uma divisão no corpo de Cristo, lamento te dizer você ainda é carnal você não é espiritual. <br />
Efésios 4:1-4 nos diz que há um só Corpo um só Espírito.<br />
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Todos os crentes são um nO Cristo ressuscitado, e a vontade de Cristo Jesus é que essa unidade seja manifestada ao mundo inteiro. Em Jo 17:21-23 diz que: “Para que todos sejam um, como tu ó pai o és em mim e eu em ti que também eles sejam um em nós para que o mundo creia.” <br />
E outra vez diz: “Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tem amado a eles como me tens amado a mim.” <br />
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Amados irmãos em lugar de divisões terrenas e discórdias, o bendito Senhor deseja que nós manifestemos ao mundo nossa unidade com Ele. Apesar do fracasso dos nosso dias, não estamos dispensados da fidelidade a Cristo Jesus, não podemos pertencer ou nos identificar com qualquer coisa que desonre a ele ou seja contrário a sua vontade.<br />
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Até agora amados irmãos tenho demonstrado não só pela história da igreja mas também pela palavra que as divisões são inteiramente contrárias a vontade do Senhor. Portanto todo crente que deseja andar em conformidade com a palavra de Deus deverá separar-se de todas as divisões do corpo de Cristo. <br />
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O que estou apresentando aqui é um caminho que já tem sido percorrido por muitos servos de Deus, é um caminho difícil, porém quando é que foi fácil a senda da fé? <br />
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Esse foi o caminho dos profetas de Deus para edificação do seu tabernáculo, da sua casa espiritual que somos nós. <br />
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Estamos em tempos perigosos. Aquilo que é mau se chama bom.; ao que é bom se chama mau. Podemos perceber que muito do que é chamado cristandade hoje é apenas a religiosidade do homem. O que o homem precisa não é de religião, mas da pessoa viva do Filho de Deus. <br />
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Encerrando quero dizer que é um grande erro supor que por nos separarmos de toda divisão denominacional somos melhores do que outros queridos irmãos filhos de Deus que estão nas divisões. Não! Longe de nós pensar isso!!! <br />
É simplesmente porque o filho de Deus Cristo Jesus é digno. Sim ele é digno do sacrifício (que, na verdade é uma alegria) de se deixar todo nome ou divisão e se reunir ao seu nome eternamente bendito. <br />
Nos dias dos apóstolos Jesus era o nome exaltado sobre qualquer outro nome. Exaltar outro nome ainda que fosse Paulo ou Pedro era denunciado pelo Espírito de Deus como carnalidade e divisão no corpo de Cristo. Em Mt 6:10 nos diz: “Seja feita a tua vontade na terra assim como no céu.” <br />
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Será que podemos orar assim?<br />
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Seria mais honesto admitir: “Pai tenho estado numa divisão por tanto tempo, mas fui iluminado nesta dia e quero fazer a tua vontade sobre a terra como esta no céu.” <br />
Querido irmão, você deseja fazer a vontade de Deus, então seu caminho é bem claro: deixe todo nome e divisão e receba a todos aqueles que ele recebeu para a glória do nome de Jesus. Amém.<br />
Postado por Lucas<br />
Alimento Sólido Rio Grande do SulLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-15665911347728646032010-01-12T14:53:00.000-08:002010-01-12T14:54:25.110-08:00Sacerdócio RealNós estamos localizados na Palavra nesse contexto. Nós estamos sendo treinados para governar como reis e ministrar como sacerdotes. Por exemplo, o apóstolo Pedro em sua primeira carta nos declara: "4 Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa,5 também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo.6 Pois isso está na Escritura: Eis que ponho em Sião uma pedra angular, eleita e preciosa; e quem nela crer não será, de modo algum, envergonhado.7 Para vós outros, portanto, os que credes, é a preciosidade; mas, para os descrentes, A pedra que os construtores rejeitaram, essa veio a ser a principal pedra, angular8 e: Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra, sendo desobedientes, para o que também foram postos.9 Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz" (1 Pe. 2:4-9). Ali eles, os desobedientes; mas vós sois linhagem escolhida. Para Deus somos uma raça especial; já não somos nem judeus nem gentios. Originalmente, Deus queria fazer de Israel uma nação sacerdotal, mas eles caíram na idolatria e não se qualificaram. Nós agora somos reis e sacerdotes, porque estamos em Cristo, que é Rei de reis e Sumo Sacerdote. Note que Pedro não diz “sereis” e sim “sois”, no presente. Somos linhagem escolhida, real sacerdócio. Para que temos sido chamados? Para anunciar as virtudes Daquele que nos chamou das trevas à Sua luz admirável; para anunciar as virtudes do Rei. Para isso temos sido chamados por Deus, para anunciar essas virtudes do Senhor e, claro, mostrá-las em nós mediante um testemunho santo.Em Apocalipse também aparece esta declaração. "E nos fez reis e sacerdotes para Deus, seu Pai; a ele seja a glória e império pelos séculos dos séculos. Amém" (Ap. 1:6). Nos fez. é um fato. "9 e entoavam novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste morto e com o teu sangue compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação10 e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes; e reinarão sobre a terra" (Ap. 5:9-10). Fomos tirados de toda linhagem e língua e etnia; aí estão as dez virgens. Isso somos, e o seremos para toda a eternidade com o Senhor. Em todo reino há um rei, e há um território que compreende os limites do reino, e há súditos, mas também há leis, há princípios morais e jurídicos, e há disciplinas. Os princípios do reino de Deus são totalmente opostos e diferentes aos princípios dos reinos do mundo. Eu creio que as leis e constituições dos reinos do mundo que mais podem se assemelhar aos princípios do reino de Deus são aquelas que se baseiam em alguma medida na Palavra de Deus. <br />
Postado Irmãos em Cristo <br />
http://osvencedoreseoreino.blogspot.com/Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-65214046747176275222010-01-12T13:29:00.000-08:002010-01-12T13:32:00.218-08:00A ofensa da cruzSe você está lendo esta mensagem e de modo algum não foi ofendido por ela, talvez você não esteja compreendendo bem o que está sendo dito. A pregação da cruz é verdadeiramente uma ofensa. <br />
Para muitos é um ponto de tropeço. Quando Jesus explicou à grande multidão de seguidores que Ele seria crucificado, a maioria o deixou. Eles foram ofendidos pela idéia da morte. Paulo claramente nos conta que Jesus é a “pedra de tropeço e rocha de escândalo” (Rom 9:33). <br />
A verdadeira idéia de que o que nós somos nunca será aceitável a Deus é uma pílula amarga para engolir. Admitir que somos pecadores e que necessitamos ser substituídos por Outro é humilhante ao máximo. <br />
Portanto, somente aqueles que se humilham podem entrar no reino de Deus. Verdadeiramente, Jesus disse: <br />
“Bendito aquele que não achar em mim motivo de tropeço.” (Mat 11:6). <br />
A cruz de Cristo freqüentemente causa ofensa. Levar à morte áreas de nossa vida que amamos e que apreciamos pode ser extremamente difícil. <br />
O que somos pela natureza, que aparentemente parece tão bom é, na realidade, um obstáculo ao melhor de Deus. Entretanto, no calor de nossa situação esta verdade pode ser difícil de ser vista. <br />
Embora possa haver problemas óbvios em nossas vidas, dos quais nos sentimos alegres de nos livrar, não é raro descobrir que Deus deseja matar algo que nós consideramos precioso.<br />
Precisamos estar preparados para isto. Nossa fé precisa descansar em Deus, acreditando que Ele vai levantar da morte algo muito melhor do que aquilo que entregamos a Ele. <br />
Infelizmente, muitas crentes caminham tão distante de Jesus. Embora elas continuem a ser “bons membros da Igreja” e levem exteriormente vidas morais, internamente elas estão resistindo ao Espírito Santo.<br />
Elas chegaram a um determinado ponto em que se recusam a ceder mais a Deus e lá elas permanecem. Na realidade, tais pessoas pararam de seguir o Senhor. Esses crentes estão em uma posição espiritual muito perigosa.<br />
O endurecimento do coração de um homem pode ser tão devagar que é quase imperceptível. Mas, no final, o resultado é destruição. <br />
Nada da velha vida será capaz de permanecer na presença de Deus. Nossa velha natureza adâmica não pode herdar a eternidade. <br />
O trabalho que Jesus Cristo fez na cruz foi completo. É absolutamente suficiente para nos transformar em Sua imagem de um grau de glória a outro. (II Cor 3:18). Nenhuma parte de nossa vida foi etiquetada “difícil demais”.<br />
Deus nos abriu o caminho para sermos feitos completamente novos. Entretanto esta experiência requer alguma cooperação nossa. Deus não vai nos forçar a nada. <br />
Precisamos desejar negar a nós mesmos, pegar a nossa cruz e seguí-Lo. Não há dúvida que a velha natureza se oporá a esta crucificação. Muitas vezes alguma coisa dentro de nós gritará que isto é demais, isto é difícil demais, esta não deve ser a maneira de Deus, isto não pode ser verdadeiro cristianismo.<br />
O amor a si mesmo é o inimigo da cruz e portanto, o inimigo de Cristo. Reconhecê-lo como ele é e condená-lo com o mesmo julgamento com que Deus o julgou, é o único modo de sermos capazes de andar em novidade de vida e poder de ressurreição. <br />
Quando Jesus estava explicando aos discípulos que ele precisava morrer, Pedro, um dos mais ardentes seguidores, discutiu com Ele, dizendo: “Senhor, isto não vai acontecer com o Senhor.” <br />
(Mat 16:22). Em outras palavras, ele estava dizendo: “Não seja tão duro consigo mesmo! Certamente você não precisa de tão drástica solução!” Esta também é a nossa freqüente resposta hoje.<br />
Nós achamos que experimentar a cruz é muito difícil. Certamente no amor de Deus Ele poderia ter um caminho mais fácil. <br />
Mas qual foi a resposta de Jesus a este apelo por auto preservação? Ele disse: “Arreda-te Satanás! Porque não estás cogitando das coisas de Deus, mas das coisas dos homens” (Mat 16:23). <br />
A solução de Deus para o pecado é a morte. Jesus morreu em nosso lugar para que, através Dele, pudéssemos passar da morte para a vida. <br />
Alguns cristãos erroneamente pensam que Jesus era “um segundo Adão”, indicando assim que Ele veio para recomeçar e fazer o trabalho onde Adão falhou.<br />
Entretanto, este não é o caso. Jesus Cristo era o “último Adão” (I Cor 15:45). Quando Jesus veio a esta Terra, aos olhos de Deus a raça de Adão terminou. <br />
A humanidade caída e pecadora terminara. O julgamento do Altíssimo sobre ela está sendo levado a cabo. Quando chegamos a Jesus, nos tornamos parte de uma nova raça de seres. <br />
Tornamo-nos uma nova espécie de criaturas (II Cor 5:17). Agora somos parte da raça divina. Nos tornamos “filhos de Deus” (Gal 4:6). <br />
A raça do “velho Adão” é passado e um novo tipo de ser regenerado está surgindo. Embora este trabalho esteja acontecendo em segredo, algum dia, quando os filhos de Deus forem manifestos (Rom 8:19), tudo o que tenha sido feito através de Cristo se tornará evidente. David W. DyerLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-58781187232529926722009-10-14T19:12:00.000-07:002009-10-14T19:13:49.829-07:00Índios Evangélicos no Brasil HolandêsTrês vezes a igreja evangélica foi implantada no Brasil colônia, mas sempre expulsa pelos portugueses: a igreja reformada dos franceses no Rio de Janeiro (1557-1558), a dos holandeses na Bahia (1624-1625) e a dos holandeses, alemães, ibéricos, ingleses, franceses e índios no Nordeste, quase 30 anos depois. Este artigo focalizará a igreja evangélica indígena durante a ocupação holandesa do Nordeste (1630-1654). A história desta missão está escondida em muitos arquivos, especialmente nos de Amsterdã e Haia, na Holanda.<br /><br />No século XVII os três centros principais do Brasil colonial eram a Bahia, o Rio de Janeiro e Pernambuco. Ali a cidade líder era Olinda, em pleno progresso econômico, porém em franco declínio moral. Um ano antes da invasão holandesa, o frei Antônio Rosado, dominicano e visitador da Inquisição, alertou em sua pregação: "De Olinda a Olanda não há mais que a mudança de um ‘i’ em ‘a’, e esta Vila de Olinda se há de mudar em Olanda e há de ser abrasada pelos olandeses antes de muitos dias; porque, pois, falta a justiça na terra, há de acudir a do céu."1<br /><br />Olhando-se, porém, do outro lado do Atlântico, da Europa, não se notava tanto a situação moral dos colonos portugueses, mas muito mais as grandes caixas de açúcar, branco e mascavo, que de lá chegavam, ao mínimo 35.000 caixas de 300 quilos cada, por ano. E esta riqueza ajudava a Espanha em seu poder mundial que procurava estrangular a jovem República dos Países Baixos Unidos (ou seja, a Holanda, assim chamada pelo nome da província maior). Embora o Brasil tivesse nascido como colônia portuguesa, a partir de 1580 isto havia mudado: Portugal passou a integrar o império espanhol, em cujos limites o sol nunca se punha, e com isto o Brasil luso passou a ser um Brasil ibérico, sendo puxado para dentro da órbita dos conflitos internacionais da coroa de Castela. Mais dia menos dia, e os inimigos da Ibéria haveriam de aparecer na costa brasileira.<br /><br />Nesta altura da história a Holanda ainda fazia parte do Império Alemão. Durante alguns anos um dos Condes de Nassau tinha sido imperador, mas pouco depois de 1500 a casa de Habsburg estava no poder, reunindo suas possessões alemãs, espanholas e holandesas na mão de Carlos V. Durante a sua vida eclodiu a Reforma Protestante, em 1517. O sucessor de Carlos foi Filipe II, rei da Espanha, que decidiu acabar com os evangélicos nas suas terras. Isto levou finalmente a uma luta político-religiosa nos Países Baixos, conhecida como a "Guerra dos 80 anos" (1568-1648), em que o "stadhouder" da Holanda, o príncipe Guilherme de Oranje-Nassau, apoiava seus súditos. Depois da derrota da armada espanhola em 1588 o poder ibérico começou a declinar e, ao mesmo tempo, a Holanda a fortalecer-se, especialmente por causa dos muitos refugiados franceses, belgas, espanhóis, alemães, poloneses, etc. Iniciou-se a "era áurea" dos Países Baixos. A Espanha fechou seus portos para os holandeses e assim esses começaram a singrar os oceanos, considerados até então mares territoriais ibéricos. Descobriram o Estreito de Lemaire e o Cabo Horn, a Nova Zelândia e a Tasmânia. Fundaram Nova Amsterdã, que depois seria denominada Nova Iorque. A cultura floresceu com cinco universidades, artes e ciências. Nomes como Rembrandt e Hugo Grotius, Descartes e Spinosa eram famosos.<br /><br />A Igreja Cristã Reformada também crescia com o grande influxo de refugiados, perseguidos por sua fé evangélica. Chegaram a organizar congregações eclesiásticas de língua francesa e inglesa. Mas, o que foi mais importante do que o simples crescimento numérico, é que ao mesmo tempo procurou-se zelar pela qualidade, como expressão holandesa do puritanismo. Procuravam viver a Bíblia como norma de fé e prática numa verdadeira "prática da piedade," não no sentido de afastamento do presente mundo, mas, partindo da submissão ao SENHOR, saíam para o seu trabalho no seio da sociedade, esforçando-se por aplicar os princípios bíblicos em todas as áreas da vida diária. Os "predicantes" advertiam contra os perigos da crescente riqueza material que começava a se acumular na Holanda, e insistiam na obrigação de ajudar os mais fracos através da assistência diaconal.<br /><br />O crescente comércio ultramarino holandês organizou duas grandes companhias para maior cooperação e para melhor proteção contra os espanhóis nesta "primeira guerra mundial": a das Índias Orientais e a das Índias Ocidentais. A área desta última era o Atlântico. Sua diretoria era composta de dezenove membros, os chamados "Senhores XIX," representando as cidades cooperadoras, da qual Amsterdã era a principal. Sabedores de que as maiores riquezas da Espanha, com que sustentava suas guerras, provinham das Américas, começou-se a pensar não somente em viagens corsárias, mas em conquista de uma parte das suas colônias. A Bahia parecia ser presa fácil. E a cidade de Salvador foi tomada. Depois de um ano, porém, já se perdeu a conquista (1624-1625). Entretanto, tendo-se capturado uma frota carregada de prata espanhola, decidiu-se por outra tentativa, agora em Pernambuco. A concretização desse plano levou ao período do "Brasil Holandês" (1630-1654).<br /><br />A história do Brasil Holandês pode ser dividida em três partes: inicialmente a resistência portuguesa por sete anos; depois a resignação desses "moradores" durante o governo do Conde Maurício de Nassau por quase oito anos (1637-1644); e finalmente os nove anos da guerra da restauração. Foi Maurício que pacificou grandemente a conquista, fazendo-a englobar o litoral desde Sergipe até o Maranhão. Mas foi dali que começou o desmoronamento do domínio holandês, de sorte que o Nordeste conheceu mais guerra do que paz nesses 24 anos.<br /><br />Durante esse período se encaixa um capítulo interessante da história eclesiástica brasileira: a da Igreja Cristã Reformada2 , nome da igreja evangélica na Holanda. Ela era uma "igreja do Estado," conforme a situação da época colonial nos países do ocidente, tanto nos católicos romanos como nos da reforma protestante. Essa igreja reformada veio para o Brasil com a bandeira holandesa, e foi expulsa com ela. Na medida em que a conquista se alargava foram implantadas as congregações reformadas, e na medida em que os luso-brasileiros recapturavam o terreno estas desapareceram, porque não havia lugar para qualquer igreja evangélica debaixo da hegemonia ibérica.<br /><br />Ao todo existiram durante algum tempo vinte e duas igrejas reformadas no Nordeste. Destas a do Recife era a maior, inclusive com uma congregação inglesa e uma francesa. Esta se reunia no "templo gálico" onde o próprio Nassau era o membro mais ilustre, sob o pastorado do predicante espanhol Vincentius Soler.3 Com o aumento da conquista organizou-se uma "classe", uma convenção eclesial, o Presbitério do Brasil, e durante alguns anos existiu até o Sínodo do Brasil, com dois presbitérios: o de Pernambuco e o da Paraíba.4<br /><br />Havia igrejas grandes e pequenas, com seus predicantes ou sem pastores; com seus presbíteros e diáconos ou sem condições de escolher oficiais; com seu "proponente" (um estudante de teologia licenciado) ou seu "consolador" (um evangelista); com seu professor na escolinha ou quase abandonada; com suas alegrias e lágrimas; com sua visão missionária ou com sua falta desta visão. Na leitura dos documentos surge uma igreja como a conhecemos hoje em dia, mas com um problema específico: rodeada de pessoas que queriam expulsá-la da sua terra. Apesar disto a igreja procurou evangelizar os moradores portugueses, inclusive com literatura evangélica. O resultado, porém, não foi grande, pois, por mais gentis que fossem, sempre era a religião dos invasores. Entretanto, para um grupo da população os holandeses não eram invasores, mas sim libertadores: os índios. E não é de estranhar que a maior parte da missão reformada no Nordeste estivesse voltada para eles.<br /><br />A história dessa missão desenvolveu-se em três etapas: a preparação (1630-1636), a expansão (1637-1644) e a conservação (1645-1654).<br /><br />I. Preparação, 1630-1636<br />Havia entre os indígenas dois grupos principais: as tribos já domesticadas e as não subjugadas. Os holandeses denominaram as últimas como "Tapuias" e as primeiras de "brasilianos", como os moradores autóctones do Brasil.<br /><br />O primeiro contato entre os "brasilianos" e a Companhia das Índias Ocidentais ocorreu por ocasião do curto domínio holandês na Bahia. Mas a perda de Salvador em 1625, foi, para os neerlandeses, um preparo direto para o futuro trabalho missionário entre os índios do Nordeste. Chegando tarde para segurar a Bahia para a Companhia, o almirante da frota holandesa navegou para o norte em busca de um lugar onde pudesse reabastecer antes de zarpar para as Ilhas Caribes. Aportaram na Baía da Traição, uns nove quilômetros ao norte da Paraíba. Os índios locais, da tribo Potiguar, escolheram logo o lado dos holandeses como libertadores do jugo português. Quando, porém depois de seis semanas, perceberam que a permanência da frota era passageira, muitos queriam embarcar. Apenas seis moços o conseguiram, velejando com os navios para a Holanda, enquanto os outros procuravam esconder-se da vingança lusa.<br /><br />Os seis potiguaras (um deles era o índio Pedro Poti) permaneceram por cinco anos nos Países Baixos. Aprenderam a ler e escrever e foram instruídos na religião cristã reformada. A Companhia tinha planos definidos para esses jovens, porque pouco depois da invasão em Pernambuco alguns deles foram enviados de volta para o Brasil a fim de servirem de "línguas" (tradutores) no contato com seus compatriotas nas várias aldeias nordestinas.<br /><br />O sistema de aldeamento dos índios havia sido começado pelos padres católicos romanos e continuou na época holandesa. A famosa pintura de Zacarias Wagner nos mostra um deles: duas fileiras de três casas compridas cobertas de palha de coqueiro, e na cabeceira uma capela com um campanário em frente. As casas abrigavam cerca de 40 a 50 pessoas, cada família pequena morando no seu próprio canto. Por volta de 1639 o Rio Grande do Norte tinha cinco aldeias de brasilianos, a Paraíba sete, Itamaracá cinco e Pernambuco quatro, ao todo com umas seis mil pessoas, das quais um terço guerreiros. Mas o número de índios litorâneos já estava declinando muito. Uns cem anos antes, ao iniciar-se a colonização portuguesa, o total de guerreiros foi estimado em cem mil, mas o extermínio começou cedo. Durante o período holandês os indígenas gozavam de todos os direitos humanos da época, mas apesar disto o seu número continuou decrescendo por causa de doenças e das constantes lutas contra os primeiros colonizadores. Depois da expulsão dos holandeses diminuíram ainda mais rapidamente por causa das expedições punitivas portuguesas.<br /><br />Entre esses "brasilianos" em declínio começou o trabalho missionário da igreja reformada, em cima do fundamento lançado pelos padres. Tinham aprendido algumas orações e a confissão apostólica, conheciam os nomes de Jesus Cristo e "nossa Senhora," e tinham sido batizados. Quanto ao mais, viviam nas suas crenças animistas, pintando seus corpos com figuras do diabo, cruzes e evocações latinas. Cedo a igreja reformada reconheceu seu dever de evangelizar os índios, e o governo apoiou o trabalho missionário, sem dúvida inclusive por motivos políticos: precisava deles na sua luta contra os portugueses. E muitos foram os obreiros que serviram nas aldeias: pastores e "consoladores," professores e "proponentes".<br /><br />Vários predicantes tinham visão pelo trabalho missionário. O capelão do exército, o alemão Jodocus à Stetten, era um deles. Numa carta escrita durante uma campanha militar disse que batizara o primeiro pagão naqueles dias (supostamente um soldado indígena), acrescentando que reconhecia a necessidade de aprender bem a língua portuguesa. Um ano depois ele relatou que a sua esposa apresentou diversos brasilianos para o batismo.<br /><br />Não apenas obreiros individuais, mas também a igreja como organização, começou o seu trabalho missionário. Durante a época nassoviana (1637-1644) tudo ocorreu numa situação de relativa paz, mas durante os anos da revolta lusa, no meio de guerra (1645-1654).<br /><br />A decisão de iniciar o trabalho foi tomada na reunião do conselho eclesiástico da Igreja Reformada do Recife, que escreveu uma carta inclusive sobre os métodos, ao Presbitério de Amsterdã. Nessa importante missiva o "Consistório de Fernambuque" solicitava oito "proponentes", bem educados, e aptos para o pastorado, a fim de aprenderem a língua brasiliana. Além disso, Recife pediu professores primários, de preferência com esposa e filhos. Ainda sugeriu que fossem levados à Holanda uns jovens brasilianos com o fim de aprenderem o holandês e serem educados na religião reformada. O Presbitério de Amsterdã decidiu levar o assunto à Companhia, que era responsável pelos salários eclesiásticos.<br /><br />A Diretoria da Companhia, os Senhores XIX, já havia recebido uma carta de igual teor da parte do governo holandês no Recife, com um pedido de enviar à Holanda 25 jovens brasilianos, e trazer de lá 25 órfãos com o mesmo objetivo. Caso isto não fosse possível, então, pelo menos, doze de cada grupo. "Deus engrandeceu o cristianismo por doze apóstolos somente, de modo que Ele bem pode reformar o Brasil com 24 jovens." Os Senhores XIX decidiram apoiar o trabalho missionário, entretanto, não a idéia de levar à Holanda jovens brasilianos, porque o caso de Pedro Poti lhes havia mostrado como eles esqueciam parcialmente a sua língua materna.<br /><br />Mas qual seria finalmente o melhor método missionário? Sempre ficaria difícil evangelizar nômades e semi-nômades através de um padrão cultural que lhes era estranho. As aldeias continuavam como unidades agrícolas artificiais. Acertar com um método melhor era extremamente difícil, e o mais satisfatório provavelmente nunca foi achado, apesar de ensaios sinceros.<br /><br />Não obstante esses problemas metodológicos, encontramos nos documentos algumas anotações sobre batismos, e no Presbitério de 1637 surge uma pergunta sobre o batismo de filhos de brasilianos e de africanos, subentendido de pais já batizados. Quem batizara os pais? Na realidade, as anotações sobre batismos de índios adultos são poucas. Tem-se a impressão de que a maior parte já havia sido batizada. E não é de estranhar quando lembramos da praxe batismal católica romana. Durante esta mesma época, por exemplo, em poucos meses, padres capuchinhos no Maranhão batizaram milhares de índios. Portanto, quando os reformados iniciaram seu trabalho no Nordeste, muitíssimos batismos já haviam sido realizados, durante mais de cem anos, por jesuítas, franciscanos e carmelitas. A Igreja Cristã Reformada reconheceu o batismo da Igreja Católica Romana, apesar de certas dúvidas que surgiram entre ministros evangélicos que entraram na herança missionária romana. O teólogo puritano Voetius, da Universidade de Utrecht, sempre advertiu para não se seguir o exemplo da praxe batismal romana. E não deviam ser batizadas crianças cujos pais não haviam sido batizados.<br /><br />O presbitério decidiu, então, que filhos de pais já batizados podiam receber o sinal da aliança desde que seus pais "confessassem a Jesus Cristo". Um período de ensino bíblico era necessário, e depois de ter certeza de que esses pais criam no Senhor Jesus prometendo obedecer-lhe, seus filhos podiam ser batizados. Era um tipo de reafirmação pública da sua fé por parte dos pais antes de seus filhos poderem receber o selo do pacto da graça. As crianças brasilianas cujos batismos foram registrados no Livro de Batismo da Igreja Reformada do Recife, decerto tinham pais professos nessa igreja.<br /><br />II. Expansão, 1637-1644<br />Durante o ano de 1637 o pastor Soler no Recife e um jovem pastor na Paraíba, David à Doreslaer, tiveram muitos contatos com os índios, um preparo importante para a reunião seguinte do presbitério. A de 1637 tinha sido basicamente de purificação do corpo ministerial; a de janeiro de 1638 tornou-se principalmente uma convenção missionária, embora ambos os aspectos estivessem evidentes nos dois encontros. Na mesa estava um pedido dos índios da Paraíba pleiteando seu próprio predicante. Nesta altura havia ficado claro que a idéia do internato não funcionava na prática, e o presbitério decidiu então atender o pedido indígena e colocar um pastor nas aldeias para "pregar a Palavra de Deus, administrar os sacramentos e exercer a disciplina eclesiástica", citando assim as "três marcas da verdadeira igreja" conforme o artigo 29 da Confissão Belga. Além disso, dois professores hábeis "na língua espanhola" deveriam morar nas vilas para ensinar velhos e jovens a ler e escrever como também dar instrução sobre os fundamentos da religião cristã. Falou-se com o governo, o qual, sob a liderança do Conde Maurício de Nassau, apoiou o plano integralmente.<br /><br />Em seguida, o presbitério pediu ao pastor David à Doreslaer, que conhecia bem a língua portuguesa, que aceitasse este chamado, assegurando-lhe que os colegas o assistiriam em seu serviço com conselho, ajuda e oração. Rev. David, "convencido em seu coração da necessidade e importância do caso, aceitou o chamado no temor do Senhor". E, assim, mudou-se da capital paraibana para a aldeia de Maurícia. A partir dali, vários serviços missionários começaram a desenvolver-se, como a pregação, a educação, a produção de literatura e a diaconia.<br /><br />A. Ministério de Pregação<br />Aparentemente o trabalho do pastor David no sul da capitania da Paraíba foi recebido com muita satisfação, porque já umas semanas depois os "deputados", representantes do Presbitério do Brasil, escreveram aos Senhores XIX que eles tinham "boa esperança" na conversão dos "moradores naturais" e nunca os sinais da conversão tinham sido maiores. E o Conde Maurício comunicou que os próprios índios enxotaram os padres, não querendo mais admiti-los às aldeias.<br /><br />Na reunião seguinte do Presbitério, em outubro de 1638, o missionário David apresentou seu primeiro relatório, informando que os brasilianos estavam frequentando diariamente os cultos de oração, cânticos e pregação, e atendiam às admoestações, mas que era cedo demais para celebração da Ceia do Senhor, pois havia problemas de embriaguez.<br /><br />Na realidade, surgiu aqui na missão reformada a questão da separação dos sacramentos: será que um adulto já batizado poderia participar da santa ceia do Senhor, ou deveria esperar durante alguns anos? Esse problema surgira na Idade Média, mas acentuou-se durante o século XVI, especialmente nas Américas, quando milhões de índios foram batizados pelos padres. Em 1539, a segunda junta apostólica romana do México decidiu que os índios só poderiam participar da eucaristia depois de serem instruídos na fé. No Nordeste brasileiro, na Igreja Cristã Reformada, que entrou na herança missionária romana, a praxe, sem dúvida, corria paralela à seguida no batismo dos adultos: a) instrução bíblica para os catecúmenos; b) batizar somente quando pudessem ser admitidos também à mesa do Senhor; c) pedir aos já batizados pelos padres que fizessem uma pública profissão de fé, antes de admiti-los à mesa da comunhão.<br /><br />Não é bom ter pressa demais; frutos devem amadurecer. Mas finalmente a primeira ceia do Senhor realizou-se: decerto em julho de 1640, em Massurepe, Paraíba, na vila do líder indígena Pedro Poti, reunindo índios de várias aldeias.<br /><br />Antes disso, o pastor David tinha comunicado ao presbitério que ele sozinho não conseguia mais atender toda a região, e os irmãos, reconhecendo o problema, desdobraram o campo missionário: David ficou com as aldeias paraibanas, e a parte sul, na capitania de Itamaracá, passou aos cuidados do inglês Johannes Eduardus, pastor em Goiana (PE), transferido de Sirinhaém. Esta divisão ajudou muito o desenvolvimento da obra: também nas aldeias de Itamaracá começaram as aulas de preparação para a pública profissão de fé.<br /><br />Da Paraíba o trabalho não se expandiu somente para o sul, mas também para o norte: no Rio Grande o comandante Listri insistiu na necessidade de um missionário entre os índios ali. Por enquanto, infelizmente, havia falta de obreiros, e o Presbitério notificou o pastor Cornelius Leoninus Filho, recém chegado e morando no Forte Reis Magos, para que ele cuidasse dos indígenas na medida do possível.<br /><br />Inclusive, a capitania de Pernambuco precisava de um missionário de tempo integral, disto não restava dúvida. O pastor Soler, da igreja francesa no Recife, visitava dominicalmente a aldeia de Nassau, perto da casa de campo do Conde (no atual bairro das Graças no Recife), e ocasionalmente pregava na aldeia de São Miguel, uns quilômetros para o norte. Em 1641 seu próprio pastor auxiliar, o problemático francês Gilbertus de Vau, apresentou seus serviços. Depois de um estágio no campo missionário de Itamaracá, começou seu trabalho em São Miguel. Mas, infelizmente, mudança de campo não muda a personalidade e De Vau continuou causando problemas, tanto para o pastor Soler como na sua própria aldeia. Depois de muita confusão, o Presbitério resolveu demiti-lo, e finalmente foi embarcado de volta à Holanda, ficando o Conde e seus conselheiros a se perguntarem "se ele tinha o seu juízo completo".<br /><br />B. Ministério de Educação<br />Além do ministério de pregação começou o da educação. Mas onde estariam os professores que sabiam falar o português? O primeiro professor evangélico entre os índios foi o espanhol Dionísio Biscareto, casado com D. Ana, holandesa. No mesmo dia em que foi decidido que David seria o "predicante" entre os índios, Dionísio foi nomeado professor para Itapecerica, a maior aldeia da região de Goiana. Mas somente depois de muita procura acharam um professor para as aldeias paraibanas, o inglês Thomas Kemp, cuja longa folha de excelente serviço na obra do Senhor pede uma biografia posterior. De certo foi indicado para a aldeia de Massurepe.<br /><br />Em geral o trabalho nas escolinhas estava indo bem. Um dos problemas, porém, era a língua. A Holanda sempre quis que o holandês fosse ensinado nas aldeias. Professor Dionísio tinha muitos filhos, mas Kemp era solteiro. Então foi decidido procurar dois mestres de escola com filhos a fim de que "os brasilianinhos, no decorrer do tempo, por meio da conversação com os filhos dos mestres, possam aprender a língua." E a Holanda mandou mais nove professores com suas respectivas famílias para este fim. Mas provavelmente, os poucos holandesinhos teriam aprendido o tupi antes dos muitos brasilianinhos aprenderem o flamengo!<br /><br />Como o ano de 1640 foi de suma importância na área da pregação com a primeira santa ceia, assim também no setor de ensino foi feito um grande progresso: iniciou-se neste trabalho a brasilianização. Novamente foi o pastor Soler o idealizador desse importante desenvolvimento. Durante a segunda reunião do Presbitério naquele ano, ele observou que na aldeia de Nassau, perto da casa de campo do Conde, havia "um brasiliano razoavelmente experimentado nos princípios da religião, e no ler e escrever", e capaz de instruir os índios. O pastor Eduardus, então, lembrou que havia alguns outros assim também em Goiana. Decidiu-se sugerir ao governo que tais índios fossem nomeados professores nas aldeias, solicitando-se para eles um salário de 12 florins mensais, como um cabo do exército. Os Senhores XIX, na Holanda, alegraram-se muito ao ouvir que brasilianos podiam instruir a sua própria nação "no conhecimento do verdadeiro Deus e do caminho reto da salvação".<br /><br />Realmente foi um desenvolvimento importantíssimo. Foram os primeiros professores indígenas da igreja evangélica da América do Sul. E desde o início de 1641 dois professores índios estavam trabalhando ao lado dos obreiros espanhol, holandês e inglês: João Gonsalves e Melchior Francisco. O antigo alvo da Companhia de ter indígenas na obra estava surgindo no horizonte.<br /><br />C. Ministério de Literatura<br />Pierre Moreau afirmou em seu livro publicado em 1651, que os holandeses tinham entre os índios vários ministros, sobressaindo-se um jovem ministro inglês, que traduzira as Santas Escrituras para a língua brasiliana.5 Tudo indica que o tradutor era o hábil lingüista e pastor Eduardus. Mas o que traduziu, na verdade? A informação deve ter sido ampla demais; provavelmente foram traduzidos somente trechos bíblicos, mas nenhuma pista deles foi encontrada nos arquivos por enquanto. Evidencia-se, entretanto, o esforço da Igreja Cristã Reformada entregando aos índios a mensagem bíblica em sua própria língua.<br /><br />Além da Bíblia era necessário que houvesse um catecismo em tupi. Muitos brasilianos conheciam como segunda língua o português. A idéia, então, foi preparar um catecismo em tupi, português e holandês. Originou-se talvez com o pastor Soler, que já havia escrito algo em português. Nesse meio tempo, o rev. David tinha sido mandado às aldeias, e a necessidade de um manual de catecúmenos aumentou. O Presbitério incumbiu os pastores Soler e David de confeccionar "uma breve, básica e clara instrução na religião cristã".<br /><br />No ano seguinte o trabalho ficou pronto e, depois de examinado pelo Presbitério, foi enviado à Holanda para ser impresso sob o título: "Uma instrução simples e breve da Palavra de Deus nas línguas brasiliana, holandesa e portuguesa, confeccionada e editada por ordem e em nome da Convenção Eclesial Presbiterial no Brasil com formulários para batismo e santa ceia acrescentados." De fato David era o autor, Soler dando apenas uma ajuda indireta.<br /><br />Na Holanda, o Presbitério de Amsterdã achou que não havia nada de errado no livrinho, mas que deviam ter seguido mais de perto a ordem do Catecismo de Heidelberg (com suas divisões básicas sobre a nossa perdição, salvação e gratidão). Também, consideraram muito extensas as perguntas e muito resumidas as respostas. Finalmente, ainda, que as fórmulas sobre o batismo e a ceia do Senhor eram diferentes das aprovadas pelo Sínodo Nacional de Dordt, o que era perigoso. O livrinho, então, devia ser devolvido ao Brasil.<br /><br />Até esta altura o catecismo tupi não causara problemas. Entretanto, a partir de julho de 1641, iniciar-se-ia um ano turbulento. A causa foi que a Companhia das Índias Ocidentais mandou imprimir o pequeno livro, sem mais nem menos, contra a opinião declarada do Presbitério de Amsterdã. Foi numa gráfica de Enkhuizen, importante cidade portuária no norte da Holanda, participante ativa da Companhia, com grande igreja reformada, onde o pastor Abraão Doreslaer era o pastor mais destacado. Rev. Abraão tinha muito interesse no trabalho missionário, especialmente na publicação dessa obra da autoria do seu próprio filho David. De certo foi ele quem conseguiu as verbas para custear a sua publicação, e foi ele quem corrigiu minuciosamente os testes. Amsterdã, porém, não se conformou e levou o assunto ao Sínodo da Holanda. Até concílios de outras províncias neerlandesas se dirigiram à Companhia por causa do livrinho. Mas a Diretoria nem se preocupou com todo esse barulho e enviou os catecismos ao Brasil, onde devem ter chegado em abril de 1642. Por outro lado, a Companhia pareceu conscientizar-se finalmente de que, de fato, estava causando problemas e, numa carta ao governo no Recife, advertiu os conselheiros sobre o "uso do catecismo brasiliano". Estes, por sua vez, entregaram o catecismo nas mãos da igreja, que sabia dos problemas através de correspondência recebida diretamente do Presbitério de Amsterdã.<br /><br />No início de junho dois representantes do Presbitério do Brasil se encontraram com David para falar sobre o livrinho. Em seguida, David escreveu da sua aldeia uma das cartas mais importantes da sua vida missionária. Declarou que era ele o autor do Catecismo, inclusive dos formulários, mas que entregou as duas partes ao Presbitério do Brasil, que decidiu que seria uma publicação sua, e, então, ele devia responder às indagações levantadas. Declarou que, desde jovem, creu no que ouviu na igreja na pátria, subscrevendo-o na hora da sua ordenação. Por isso queixou-se de que a igreja houvesse suspeitado algo "estranho", o que tanto o entristecera, que quase sentira vontade de deixar seu ministério entre os brasilianos. Em seguida descreveu também o problema missionário da publicação: era necessário ser bem simples, inclusive por causa da língua indígena. Posteriormente, quando soubesse melhor o tupi, acharia , se Deus quisesse, palavras para descrever melhor a riqueza da Escritura.<br /><br />Os representantes eclesiásticos do Brasil encaminharam a carta ao Presbitério de Amsterdã, suplicando: "Por favor, deixem de suspeitar de algum mal!" Amsterdã aceitou a explicação, considerando, porém, que o autor devia ter tido mais cuidado no modo de expressar-se. E depois de algum ribombar cessou o temporal ao redor de um dos esforços missionários mais sublimes da época.<br /><br />Mas como foi possível um livro tão pequeno causar uma tempestade tão grande? Sem dúvida a causa era composta por vários fatores. O mais evidente era a tensão entre a igreja e o estado. Para todos os efeitos práticos, a Companhia representava no Brasil o governo estabelecido. E os Senhores XIX de certo consideravam o catecismo trilingüe como um projeto unificador de suma importância para o Nordeste, promovendo sua publicação apesar da desaprovação da Igreja.<br /><br />Um outro fator era que a própria igreja temia que o Brasil estivesse se desviando das três "fórmulas da união" adotadas pela Igreja Cristã Reformada no Sínodo Nacional de Dordt em 1619: a Confissão Neerlandesa, o Catecismo de Heidelberg e os Cânones de Dordt. Mas com muita razão a igreja no Brasil insistia que nada disso estava na mente de ninguém e que todos estavam uníssonos na doutrina.<br /><br />O problema mais básico era a tensão acerca da responsabilidade missionária pelas colônias: será que era somente das igrejas onde havia câmaras da Companhia das Índias Ocidentais, ou da igreja nacional inteira? Por isso outros sínodos nos Países Baixos participaram da discussão. Sem dúvida, por ter o catecismo trilingüe entrado em campo numa época de tensões nestas três áreas, ele foi aproveitado como bola chutada na partida. E levantou mais poeira ainda por causa da grande velocidade com que fez seu aparecimento, pressa do pastor David, do Presbitério do Brasil, do velho pai Abraão e da Câmara de Enkhuizen. Decerto, o pastor Abraão teria ajudado mais a seu filho se tivesse tentado contornar o problema incluindo umas frases explicativas. Involuntariamente, a pressa excessiva prejudicou a obra.<br /><br />Onde encontraríamos um exemplar do catecismo? Até agora não foi achada nenhuma pista, apesar de intensa procura. Repentinamente, deparamo-nos com uma lista de livros existentes no armazém da Companhia no Recife poucos dias antes da eclosão da revolta. Em primeiro lugar, registraram-se 2.951 "livrinhos de perguntas" e em segundo lugar 2.200 catecismos em espanhol (tudo indica, de uma tradução muito falha). Quanto ao resto dos livros não havia mais do que uns 200 exemplares de cada. Qual seria o primeiro ítem da lista? Não pode referir-se ao Catecismo de Heidelberg na língua holandesa, porque este aparece em 17o. lugar da mesma lista. Tudo indica que estamos diante de uma pilha dos catecismos trilingües, falados demais para serem usados, santos demais para serem queimados.<br /><br />D. Ministério Diaconal<br />Além do ministério de pregação e educação, esboçava-se o aspecto diaconal ou da assistência social. Os pastores se preocupavam com a saúde dos índios, alertando o governo para a falta de alimentos, remédios, etc., inclusive para a grave diminuição da população indígena. Doreslaer e Eduardus calculavam que para cada brasiliano que nascia, três morriam. Na expedição naval contra Angola havia 240 índios, dos quais somente um quinto regressou às suas aldeias. Então, por insistência do Presbitério, o governo proibiu que os brasilianos servissem na expedição seguinte.<br /><br />Um outro problema social era a situação matrimonial caótica em geral, também entre os índios. Muitos brasilianos casados viviam separados das suas esposas, ou por causa da guerra ou de "motu proprio". Não podiam casar-se novamente, embora alguns quisessem fazê-lo. O Presbitério então considerou em 1638: "Não podendo (os brasilianos) ficar sem a comunhão matrimonial, pergunta-se de que maneira e por que meio podem ser assistidos na sua necessidade." O concílio foi de opinião de que a parte desertora deveria ser citada dentro de um período determinado, por um edital público do juiz civil. Além disto, depois daquele período, a parte abandonada deveria ser considerada e declarada livre da parte desertora. E o assunto subiria ao magistrado para aprovação. Foi uma tentativa para se trazer alguma solução legal à situação matrimonial confusa reinante. De fato, foi o primeiro projeto de reconciliação ou divórcio legal na América do Sul, reconhecendo a dureza dos corações humanos.<br /><br />Demorou dois anos para que alguma solução governamental fosse dada. É que o magistrado hesitou por causa das "conseqüências mais amplas". Finalmente, um edital foi promulgado em que todos os brasilianos foram chamados a viver com as suas próprias mulheres, mas o resultado prático foi limitado.<br /><br />Por outro lado, o assunto da escravidão dos índios pedia uma solução urgente. Desde o início da invasão holandesa no Brasil havia se tornado claro que o tratamento conferido aos brasilianos seria caracterizado por muita liberdade, tanto para os tupis amansados como para os tapuias selvagens. A liberdade dos brasilianos seria até um dos capítulos fundamentais da "Constituição do Brasil Holandês". Os "Regulamentos" de 1629, 1636 e 1645 não deixam margem de dúvida sobre isso. O motivo foi moral, mas também político: não precisavam dos índios na guerra contra os ibéricos? Além disto havia uma simpatia profunda na Holanda para com os índios, pois os dois povos estavam sendo oprimidos pela Ibéria, superpotência mundial da época. A própria Holanda estava se libertando do jugo opressor e a mesma coisa devia acontecer com os brasilianos.<br /><br />Conseqüentemente, a conquista de uma das colônias ibéricas na América do Sul foi motivo de grande júbilo, e as musas inspiravam os poetas da época. Um dos médicos da frota invasora cantou, depois da queda de Olinda: "... da escravidão liberto o índio ..." E a própria Holanda vibrou com a notícia. Talvez a poesia mais clara neste sentido seja a do pastor de Haarlem, Samuel Ampzing. O título de um dos seus epigramas (que não eram necessariamente satíricos para a época) era uma "Locução poética para o indiano ocidental sobre a tirania espanhola e o começo da atual vingança de Deus". Disse ele:<br /><br />Deus está vendo a vossa injustiça e infelicidade<br /><br />e vos faz estar aberta uma porta da liberdade.<br /><br />O Batavo,6 o Pão da Vida vos fornecerá<br /><br />e a mortífera violência espanhola castigará ...<br /><br />Assim o Marrano7 das suas plagas expulsaremos nós<br /><br />e o vosso arraial e país novamente adquirireis vós.<br /><br />A Constituição do Brasil holandês era clara, mas como este alvo se concretizou na realidade? Os Senhores XIX insistiram que fossem postos em liberdade plena os brasilianos que tinham sido escravizados pelos portugueses em 1625, depois da partida da esquadra holandesa. A realização dessa meta demorou, todavia, e foi com o início do trabalho missionário entre os indígenas que esta libertação começou a tomar forma concreta. Quem melhor podia sentir a real situação eram os obreiros missionários, e freqüentemente, pessoalmente ou como concílio eclesial, dirigiam-se ao governo para sanar irregularidades ou melhorar a lei.<br /><br />Descobriu-se em 1638 que os moradores portugueses ainda tinham escravos indígenas e o governo no Recife estipulou que deviam ser registrados para verificação do título "justo" de escravidão, e, se não, os capitães das aldeias deviam tirá-los dos lares lusos. Realmente uma boa parte deles haviam sido presos nas expedições punitivas ao redor da Baía da Traição em 1625; estes deviam ser libertados imediatamente.<br /><br />Mas também a semi-escravidão começou a ser combatida: o governo lembrou aos fazendeiros em Alagoas, que índios somente podiam trabalhar nas lavouras se fosse de livre vontade, e somente com a devida remuneração. Dois anos depois o Recife insistiu que ninguém podia manter (em semi-escravidão) um brasiliano na sua casa, sem o consentimento dos capitães das aldeias. Em caso de transgressão dos moradores ou dos capitães, os pastores-missionários podiam reclamar junto aos magistrados, o que aconteceu de fato, pois depois de alguns meses os missionários Doreslaer e Kemp dirigiram-se pessoalmente ao alto governo no Recife para denunciar que na capitania do Rio Grande jovens, tanto rapazes como moças, e adultos não-casados eram forçados a trabalhar em propriedades alheias. Imediatamente o Conde de Nassau e seus conselheiros determinaram que isso estava categoricamente proibido: os brasilianos eram livres e deviam ter tempo de lavrar as suas próprias roças.<br /><br />Outra forma de exploração era o sub-pagamento. Os capitães das aldeias (holandeses ou índios) abusavam do seu poder nesse ponto. Exigiam dos moradores um pagamento antecipado para uns cinco peões indígenas, mandando somente três ou quatro que largavam do serviço ainda antes de terminar. O governo, então, estipulou que os capitães que abusavam do seu poder deviam ser castigados; até seria melhor contorná-los, como o fazia o governador da Paraíba, usando os pastores como mediadores entre os fazendeiros e os trabalhadores indígenas. Os índios, por sua vez, começaram a cogitar de uma mudança para as aldeias onde havia missionários, mas não tinham coragem de fazê-lo por causa dos capitães. Depois da intervenção do Presbitério, o governo determinou que tais mudanças fossem realizadas, para que "o crescimento da igreja de Deus" pudesse ser promovido, devendo se dirigir os pastores não aos capitães, mas diretamente à Sua Excelência o Conde de Nassau.<br /><br />Dois casos específicos de atuação da igreja na libertação dos índios devem ser mencionados ainda. O primeiro é a famosa "lei do ventre livre" de 1645. Originou-se de uma consulta do pastor Kemp e um colega. É que haviam alguns brasilianos casados com escravas africanas, e também escravos negros casados com mulheres indígenas. Será que neste caso a parte escrava devia ser considerada livre? O governo decidiu o seguinte: a parte escrava não se libertava pelo matrimônio, mas, sim, podia ser alforriada; e os filhos desse tipo de casamento seriam considerados livres, reiterando que brasilianos, sem exceção, eram livres, inclusive tapuias.<br /><br />O outro caso específico foi a salvação da antropofagia tapuia. Tanto no Ceará como no Maranhão holandês vários senhores de engenho haviam comprado alguns jovens (potiguaras e tapuias) a outros tapuias, que já haviam devorado uns dos mais velhos. Perguntava-se agora o que se devia fazer: comprar e soltá-los, comprar e revendê-los ou deixá-los para serem devorados pelos tapuias? O governo, tanto no Recife como na Holanda, depois de uma certa vacilação, pronunciou-se categoricamente contra qualquer tipo de escravidão dos índios. Indicou até uma aldeia perto de Goiana para esses brasilianos, e estudou posteriormente um meio para indenizar aqueles que perderam seus escravos indígenas.<br /><br />Decerto não é exagerado concluir que a realidade de serem eles colonizadores-da-segunda-onda obrigou os holandeses a cumprirem realmente o que a lei e a igreja defendiam no Brasil, tanto português como flamengo: a liberdade dos índios. Por outro lado, nesta libertação dos índios havia um sentido amplo, integral. Não era somente uma libertação espiritual, para adoçar a realidade da escravidão diária, mas inclusive a libertação sócio-política, com todos os direitos humanos da época. E não consistia somente numa libertação sócio-política para encher a barriga indígena, mas também na libertação espiritual com todas as promessas divinas para a vida que agora é e da que há de ser, pois não só de pão vivia o homem do século XVII (1 Timóteo 4.8, Mateus 4.4). Libertação religiosa, porém não obrigatória como sob o domínio luso, mas voluntária sob o domínio holandês reformado. Se alguém tivesse sugerido uma libertação sócio-política sem a libertação espiritual, toda a ala cristã reformada o teria tachado de herético, e os da ala católica romana teriam aplaudido pelo menos uma vez, porque a vida na época ainda era homogênea, integral mesmo. E os missionários procuravam de fato servir ao homem total de modo abrangente, num holismo autêntico.<br /><br />Infelizmente, todavia, as consciências cristãs estavam subdesenvolvidas no que diz respeito à escravidão africana, porque quando o corajoso pastor recifense Jacobus Dapper perguntou se era lícito a um cristão negociar ou possuir escravos, até o Conde de Nassau opinou que eram escrúpulos desnecessários. Assim, ele se conformava à opinião do seu tempo, embora contrariando o pensamento do pai intelectual da Companhia, o belga Willem Usselincx, e também do pai espiritual da Igreja Reformada, o francês João Calvino.8<br /><br />O segundo período do trabalho missionário durante o governo de Maurício de Nassau (1637-1644) estava terminando. Depois da euforia dos primeiros anos instalou-se uma certa decepção com os resultados parcos e surgiram dúvidas a respeito dos métodos usados. Uma reflexão mais madura foi dificultada devido ao regresso à Holanda de três grandes obreiros com seus dons diversos: Soler o motor, Doreslaer o fundador e Eduardus o tradutor. As fileiras tinham sido reforçadas um pouco com a ordenação de Kemp para pastor, e a promoção de Dionísio para "proponente". E na área da educação o ex-soldado Johannes Apricius havia começado o seu trabalho nas aldeias da Paraíba. A igreja, então, não abandonou o trabalho missionário, mas inaugurou-se um período de paciência perseverante, sabendo que os frutos viriam. O Conde voltou para Europa, e ninguém imaginava que o teste viria tão cedo.<br /><br />III. Conservação, 1645-1654<br />O último período da missão da Igreja Cristã Reformada pode ser denominado como época da paciência; não a da resignação, mas a da esperança, conservando com muito amor a obra iniciada. Inaugurou-se com duas assembléias importantes, uma eclesiástica, outra política.<br /><br />À mesa da assembléia geral das igrejas chegaram vários pedidos de tribos que queriam receber os seus próprios obreiros, tanto no sul, na região do Rio São Francisco, como no Rio Grande do Norte. Aliás, de lá, até o cacique dos tapuias, Nhandui, pediu ajuda. Foi difícil achar as pessoas necessárias. O professor Dionísio Biscareto foi ordenado pastor, e dois brasilianos nomeados professores; no mais, os obreiros das igrejas holandesas teriam de auxiliar na medida do possível. Por outro lado, o próprio governo requisitou a assistência da igreja. Reconhecendo que deviam ser mais cuidadosos no contato transcultural, pediram ao Sínodo que alguns pastores "que conhecem melhor o caráter dos índios" traçassem um regulamento para a vida diária nas aldeias. Sob orientação do pastor Kemp preparou-se um projeto com uma aplicação do Decálogo à sociedade indígena, o qual foi aprovado pelo governo e implantado nas aldeias.9<br /><br />Poucos meses antes do começo da revolta em 1645, reuniu-se em Itapecerica, na capitania de Itamaracá, a primeira grande assembléia indígena com 120 representantes. Foram organizadas três câmaras, encabeçadas por três "regedores": a câmara de Itamaracá, sob o índio Carapeba; a câmara de Paraíba, sob o índio Pedro Poti; e a câmara do Rio Grande, sob o índio Antônio Paraupaba. Ao lado deles o governo holandês nomeou Johannes Listri como comandante geral.<br /><br />O teste final e violento da política governamental e da missão reformada veio três meses depois da assembléia indígena, com a eclosão da guerra da restauração portuguesa. A fidelidade dos brasilianos refugiados ao redor das fortalezas litorâneas foi impressionante, atestada por todos os documentos. Os mais famosos destes são as chamadas "cartas tupis", basicamente uma correspondência entre dois primos brigados, escritas em sua língua materna: o capitão-mor Filipe Camarão e seus oficiais e Pedro Poti e seus homens. O primeiro era o grande defensor do lado luso-romano na guerra do açúcar, o segundo o decisivo parceiro do lado flamengo-reformado, disposto a "viver ou morrer" com os holandeses.<br /><br />Em todas essas cartas está patente a estreita ligação entre fé e nação, igreja e estado. Filipe Camarão escreveu: "... não quero reconhecer a Antônio Paraupaba nem a Pedro Poti, que se tornaram hereges ..." O índio Poti por sua vez respondeu numa longa carta datada do dia 31 de outubro de 1645, talvez de propósito no dia comemorativo da reforma protestante. Nessa carta Poti afirma que seus índios viviam em maior liberdade do que os outros, enfatizando que os portugueses queriam escravizá-los. Lembrou as matanças da Baía da Traição e de Sirinhaém, havia poucas semanas, onde, depois da rendição da força holandesa, os portugueses mataram cruelmente todos os 23 índios prisioneiros de guerra, apesar das condições acordadas. Mencionou ainda como foi educado na Holanda e confessou ser cristão "crendo somente em Cristo, não desejando contaminar-se com a idolatria", exercitando-se diariamente na fé. Convidou finalmente seus parentes e amigos a passar para "o lado dos piedosos", que "nos reconhecem no nosso país e nos tratam bem."<br /><br />As cartas seguiram para a Holanda, ou na forma original ou em cópia. Ali foram traduzidas pelo pastor Eduardus, utilizando o vocabulário que ainda possuía da língua tupi. Em verdade elas formam um ponto alto na história da missão reformada, num momento crucial dos anos da ocupação flamenga do Nordeste brasileiro. Nenhum dos primos, porém, veria o desfecho final da luta sangrenta. Filipe Camarão faleceu em 1648, depois da primeira batalha de Guararapes, e, no ano seguinte, Pedro Poti foi aprisionado na segunda batalha naquelas colinas perto do Recife.<br /><br />Depois de restabelecido um pouco de paz, o trabalho missionário continuou. Um passo muito importante foi dado, não quantitativo, mas qualitativo: a brasilianização dos pregadores. A partir de 1647 nomes de pregadores indígenas começam a se destacar. O conhecido professor índio João Gonsalves, um homem "muito honesto e fiel no seu ministério", que já trabalhava durante cinco anos numa das aldeias da Paraíba, por sugestão do missionário Kemp foi promovido a "consolador de enfermos", e o Presbitério pediu maior salário para ele, sendo agora evangelista. Deve ter havido mais um consolador indígena, e com estes dois a primeira igreja indígena estava tomando uma forma mais autêntica. O surgimento de diáconos, presbíteros e pastores era uma questão de tempo.<br /><br />Também na área do ensino a brasilianização continuou e o Presbitério nomeou mais dois professores índios, Álvaro Jacó e seu colega Bento da Costa, sendo colocados na folha de pagamento dos funcionários eclesiásticos pagos pelo governo no Recife.<br /><br />Ao lado do trabalho da pregação e do ensino destacou-se nesse tempo difícil a diaconia. A população indígena, junto com seus aliados europeus, comprimida numa faixa estreita do litoral pela revolta lusa, estava passando por "incrível miséria". A maior parte havia se refugiado na ilha de Itamaracá. Por isso, uns mil e duzentos, especialmente mulheres e crianças, foram levados ao Rio Grande onde era mais fácil protegê-los contra os ataques dos portugueses. O presbitério apelou para que a Holanda ajudasse os brasilianos, "de grande fidelidade e da nossa religião, havendo-se convertido a Cristo".<br /><br />As igrejas na Holanda reagiram, Amsterdã em primeiro lugar, mas também o próprio Nassau, mandando entre outras coisas boa quantidade de linho, muito cobiçado pelos índios. Depois de serem transportados gratuitamente pela Companhia, os donativos haviam de ser distribuídos no Brasil. Sabemos de pelo menos três distribuições. A primeira realizou-se em 1647 sob orientação do pastor Kemp, entre os refugiados decerto ao redor do Castelo Reis Magos no Rio Grande. A segunda ocorreu perto do forte "Cabo Dello" na Paraíba, sob controle do pastor Biscareto. Aí, entre os 60 nomes registrados aparecem somente 10 homens; de 15 senhoras foi dito especificamente que eram viúvas, cada família recebendo entre 3 e 7 "côvados"10 . A terceira distribuição foi feita no forte Wilhem, na capitania de Itamaracá, pelo pastor Apricius na presença do regedor Carapeba e seus oficiais, alcançando 135 pessoas, sendo que eram somente mulheres e crianças.<br /><br />A gratidão das igrejas indígenas foi grande, "não podendo admirar-se o bastante de como era possível que irmãos que nunca os viram lhes dessem provas de tão grande afeição". A ajuda, entretanto,não podia ser mais do que um alívio temporário; não podia evitar que a situação entre os índios chegasse a ser desesperadora. Os brasilianos "quase não queriam mais deixar-se consolar."<br /><br />O domínio holandês estava terminando. Em 1649, na segunda batalha de Guararapes, o regedor Pedro Poti foi preso, não podendo esperar nenhuma compaixão dos seus juízes. Seu sofrimento deve ter sido terrível. Conforme testemunho de Antônio Paraupaba ele foi lançado num poço, onde permaneceu durante seis meses. Quando retirado, de vez em quando, padres, juntamente com seus parentes, saltavam sobre ele, tentando força-lo a abjurar a religião reformada. Mas, disse Paraupaba, o Deus de toda misericórdia na vida e na morte, que o havia trazido da escuridão para a luz, fortaleceu aquele junco frágil, transformando-o num pilar da fé. Todos que estavam presos com ele naquele tempo no Cabo Santo Agostinho puderam testemunhar isto. Depois foi embarcado para Portugal, "viagem que não acabou, atalhada da morte."<br /><br />A guerra da restauração, sem dúvida, aproximou ainda mais os índios dos holandeses, e não é para menos que um dos motivos da persistência flamenga, encurralados durante nove anos, tenha sido o pacto com os brasilianos. Quando não houve mais condições de segurar o Recife, com as tropas de Francisco Barreto às portas das fortificações e uma armada lusa a forçar a entrada do porto, o Nordeste foi devolvido a Portugal. Terminou também forçosamente a missão cristã reformada, a qual era impossível sem a proteção de um país protestante.<br /><br />De fato, os índios "rebeldes à coroa de Portugal" foram incluídos no perdão geral da capitulação de Taborda de 26 de fevereiro de 1654. Mas a maioria fugiu, não acreditando nas promessas. Percorreram mais de 750 quilômetros de sertão para a Serra de Ibiapaba, longe no oeste do Ceará. Ali se juntaram aos índios tabajaras. Com os refugiados a população deve ter chegado a umas quatro mil pessoas, um verdadeiro "Palmares dos índios". Sem dúvida, corsários holandeses mantiveram contato com eles, e foi num desses navios que embarcou Antônio Paraupaba, com dois dos seus filhos, como representantes dos refugiados.<br /><br />Dentro de poucos meses, em agosto de 1654, Paraupaba apresentou na Holanda uma "Remonstrância" em nome da "nação índia inteira", dirigida ao governo central, os Estados Gerais dos Países Baixos. Pleiteou que esses, como "senhores alimentadores da igreja verdadeira de Deus", mandassem socorro o quanto antes, caso contrário, seus brasilianos seriam extirpados. O governo apoiou o pedido, mas não fez muito, pois vinte meses depois Paraupaba entregou outra "Remonstrância" implorando pelo seu povo. "Ajudem agora! A luz da Palavra de Deus será apagada por falta de pastores." Não sabemos o que foi feito, mas armas e panos e talvez um obreiro devem ter chegado ao Nordeste na barra do rios Camocim, Jaguaribe e Açu, fomentando depois a "Guerra dos Bárbaros". Paraupaba ficou na Holanda, onde faleceu, provavelmente no frio inverno de 1657, pois na capa do panfleto que contem as duas "Remonstrâncias" se diz que "durante sua vida foi regedor dos brasilianos na capitania do Rio Grande."11<br /><br />Enquanto isso, no Nordeste, o padre jesuíta Antônio Vieira visitou a Serra de Ibiapaba ainda em 1654. Conforme ele, a região tinha se tornado uma verdadeira "Genebra de todos os sertões do Brasil". A influência do ensino religioso havia sido mais profunda do que se imaginava à primeira vista. Os padres ficaram atônitos diante do traje fino dos indígenas, da arte de ler e escrever e especialmente do lado religioso, porque "muitos deles eram tão calvinistas e luteranos como se houvessem nascido na Inglaterra ou Alemanha", considerando a igreja romana uma "igreja de moanga", uma igreja falsa.<br /><br />Quando de viagem a Portugal, Vieira reteve para os jesuítas o encargo de cuidar espiritualmente dos índios em geral, com uma recomendação especial pela "reformação" dos indígenas influenciados pelos holandeses. Com muito cuidado, a missão de Ibiapaba finalmente conseguiu arrebanhar os índios novamente à obediência de Roma. Se tivesse existido liberdade religiosa poderiam ter permanecido como a primeira igreja indígena evangélica nas Américas, à semelhança da igreja indígena reformada nas ilhas do arquipélago da Indonésia. Mas debaixo da bandeira portuguesa, isto era absolutamente impossível.<br /><br />O último vestígio da missão reformada no Nordeste apareceu durante a "Guerra dos Bárbaros". Foi uma luta de ferro e fogo que grassou no oeste do Rio Grande do Norte durante os últimos anos do século XVII, em que os tapuias nhanduis foram exterminados por serem "inadaptáveis, insubmissos e saudosistas".12 Lembrou em certos aspectos a contemporânea revolta dos Camisardos, os huguenotes do sul da França, depois da revogação do Edito de Nantes.<br /><br />Até que ponto esses tapuias tinham sido evangelizados pelos holandeses, não sabemos. Depois do convite do cacique Nhandui, o "ema pequena", os pastores Kemp e Apricius e outros obreiros devem ter estado com eles, mas na verdade perdemos os rastros concretos da sua evangelização. Sabemos, contudo, que o contato com eles se estremeceu poucos meses depois da eclosão da revolta lusa. É que o pastor Stetten, acompanhado por um grupo de soldados, foi mandado ao Rio Grande para refrear os tapuias para não acabarem com todos os portugueses, pressentindo, de certo, que tinha chegado a hora da verdade: ou os portugueses, ou eles haviam de morrer um dia.<br /><br />Na rendição dos holandeses em 1654 os tapuias foram incluídos no perdão geral. Uns aceitaram, mas os outros? E o que sobrou da missão reformada entre eles? Talvez mais do que pensamos. Deparamos com a "Memória" do capitão Pedro Carrilho de Andrade falando sobre os "Jandois" do Rio Açu: para eles "não deve valer a imunidade da igreja por serem uns hereges e públicos tiranos..." Poucos anos depois deparamos com um dos líderes tapuias, preso na cadeia do Recife, tendo seu nome registrado como "João Pregador". Sua notícia chegou até Lisboa, onde o Conselho Ultramarino "lembrou que fosse remetido para Angola ou para outra parte, com um praça de soldado". Seria esse João Pregador um tipo de missionário indígena, um "consolador" do clã dos Nhanduis? Por enquanto não dispomos de outros indícios, embora seu apelido soe especificamente "reformado", pois a pregação da Palavra de Deus era central em todo o culto reformado. João Nhandui era pregador do povo, "predicante" dos tapuias.<br /><br />Conclusão<br />Finalmente, tentemos avaliar o trabalho missionário da Igreja Cristã Reformada no Nordeste, pensando no lado qualitativo e quantitativo.<br /><br />A respeito do total dos missionários, a primeira impressão é que o número deles era muito baixo. Mas convém colocar os esforços no conjunto do total dos obreiros disponíveis. Entre os índios trabalharam três tipos de irmãos: pastores (e "proponentes" ou licenciados), "consoladores" (ou evangelistas) e professores (ou "leitores"). Os documentos nos fornecem mais de cem nomes de evangelistas e professores, mas é extremamente difícil definir quantos deles estavam entre os índios. Quanto aos pastores, as informações são bem mais específicas. Ao todo houve 47 ministros no Nordeste durante os anos da ocupação holandesa. Dentre eles seis eram missionários de tempo integral. De mais meia dúzia sabemos que fizeram um trabalho de tempo parcial, outros dois ocasionalmente, e mais cinco serviram à causa indígena indiretamente. Juntando tudo, podemos afirmar que pelo menos 17% do esforço pastoral esteve voltado para o trabalho entre os índios. E nos últimos anos da colônia isto subiu para até 40%!<br /><br />Quanto ao aspecto qualitativo, isto depende em grande parte do ponto de vista do avaliador. Em geral, as avaliações negativas são inspiradas por sentimentos como os de frei Manuel Calado, que escreveu em 1648 que "os índios foram traidores, à lei de Deus e à Pátria amada..."13 , colocando-os na categoria do mulato Calabar. As avaliações positivas geralmente se inspiram na fonte da reforma evangélica do século XVI, como o luterano Helmut Andrae ou o presbiteriano Domingos Ribeiro, em estudos valiosos14 baseados na tradução das atas do Presbitério do Brasil. Realmente o assunto é controvertido por natureza: missões por invasores? Mas quem foram os primeiros moradores do Brasil, e quem os primeiros invasores?<br /><br />Fatos não mudam, mas a interpretação deles sim. A imensa quantidade de informações complementares que vieram à tona, corroborando e ampliando o quadro das atas conhecidas do Presbitério do Brasil, nos comprovam que, pela graça de Deus, foi feito um bom trabalho.<br /><br />Mas quem devia opinar em primeiro lugar seriam os próprios índios. Os poucos documentos do lado deles revelam uma grande confiança nos obreiros reformados, uma sincera lealdade à causa evangélica abraçada e uma profunda gratidão por terem conhecido melhor a Cristo. A avaliação final e definitiva, porém, virá quando estivermos ao redor do trono daquele que enxugará todas as lágrimas. E disso testificaram também os brasilianos no nordeste do Brasil holandês, inclusive usando as palavras do primeiro "Domingo" do Catecismo de Heidelberg, traduzido na sua língua tupi pelo seu pastor Johannes Apricius.<br /><br />Perguntava o consolador indígena João Gonsalves: "Qual é a tua única consolação na vida e na morte?" E seus alunos respondiam: "É que, de corpo e alma, na vida e na morte, não pertenço a mim mesmo, mas sim ao meu fiel Salvador Jesus Cristo..."<br /><br />Na vida e na morte... Também quando não havia mais lugar para índios evangélicos num Brasil de dimensões continentais.<br />Francisco Leonardo Schalkwijk <br />Tags:<br /><br /><br />CompartilharLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-78392879934386021082009-09-13T17:14:00.000-07:002009-09-13T17:43:23.500-07:00Diga não à ditadura gay !- CAMPANHA CONTRA O PL 122/2006 <br /><br />Ajude a derrotar a lei que pretende criminalizar a sua fé. <br /><br />DIVULGUE! FAÇA A SUA PARTE!<br /><br />Saiba como e por que<br /><br />O Projeto de Lei nº 122 de 2006, que criminaliza – na forma de delito de opinião – manifestações contra o homossexualismo tramita no Senado e atualmente encontra-se na Comissão de Assuntos sociais, tendo Fátima Cleide (PT-RO) como relatora. <br />Um pai tem o direito de educar seus filhos de acordo com sua consciência, ensinando a eles que o homossexualismo é errado. É uma invasão à intimidade do lar pretender coibir, por lei, esse tipo de orientação. O sacerdote no púlpito também deve poder manifestar-se sobre o comportamento sexual, já que são garantidos pela Constituição brasileira os direitos de culto e à liberdade religiosa. <br />O homossexualismo é claramente antinatural, e tanto os pais quanto os religiosos não podem prescindir do direito de orientar seus filhos e fiéis sobre o que seria correto no que se refere à escolha sexual. <br />É importante que os senadores percebam como é prejudicial para a sociedade, para a família e para o direito de liberdade religiosa a aprovação desta lei. <br />Você também pode ligar para o Senado Federal: 0800 61 22 11. A ligação é gratuita e pode ainda ser feita através de celular. Exija que os senadores que você mesmo elegeu no seu estado votem contra o vergonhoso PL 122 /2006, que visa criminalizar a sua liberdade de consciência, de expressão e de credo religioso. <br /><br />Visite o site do Senado: www.senado.gov.br, peça aos senadores para estarem atentos a este Projeto de Lei. Telefone para os representantes do seu estado. <br />Faça a sua parte, divulgue em listas de discussão, blogs, Orkut, MSN etc. <br /><br />MODELO DE E-MAIL PARA ENVIAR AOS SENADORES:<br /><br />Prezado Senador / Prezada Senadora <br />Assunto: Manifesto Contra PLC nº 122, de 2006 <br /><br />Venho por meio deste manifesto público solicitar seu apoio contra a aprovação do Projeto de Lei em epígrafe. <br /><br />Solicito encarecidamente que seja respeitado o direito individual de cada brasileiro decidir a sua opção sexual, que seja respeitado o direito de o homossexual ir e vir, de não sofrer violência, de trabalhar dignamente. <br /><br />Mas que seja respeitado também, no mesmo nível, o direito e dever legal de um pai educar seus filhos no caminho ditado por sua própria consciência, que foi o de formar família e de poder dizer que homossexualismo é errado. Ou o direito de um sacerdote, do púlpito, ensinar segundo a sua crença religiosa que homossexualismo é pecado. Porque é garantido pela Constituição brasileira o direito de culto, a liberdade religiosa, e arrancar da Bíblia a palavra escrita por Moisés que nos adverte, há milênios, que o homem que deita com outro homem como se fosse mulher comete diante dos olhos de Deus uma abominação. <br /><br />Neste sentido, votar contra do PLC 122/2006, Vossa Excelência contribuirá para a construção de um Brasil embasado nos princípios morais de família, de sociedade e liberdade religiosa. Um país sólido que preza pela plenitude dos direitos de todos seus cidadãos e, não somente de uma minoria, e assim respeita a diversidade e os direitos de todos e promove a paz. <br /><br />À sua disposição. <br /><br />Agradecidamente.Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-70741675583096744642009-08-26T15:30:00.000-07:002009-08-26T15:45:07.277-07:00Rock'n'roll e SatanismoTexto escrito por um ex-satanista resgatado pelo Senhor.<br />Debater esse assunto, com quem nunca esteve nesse mundo, e fala do que OUVE é uma coisa, mas debater com quem já VIVEU, então essa pessoa fala do que CONHECE e não somente do que OUVE. Glórias a Deus!!<br /><br />"...emoções de toda espécie são produzidas pela melodia e pelo ritmo: através da música, por conseguinte, o homem se acostuma a experimentar as emoções certas: tem a música, portanto, o poder de formar o caráter, e os os vários tipos de música, baseados nos vários modos, distinguem-se pelos seus efeitos sobre o caráter - um, por exemplo, operando na direção da melancolia, outro na da efeminação, um incentivando a renúncia, outro o domínio de si, um terceiro o entusiasmo, e assim por diante, através da série".<br /><br />Aristóteles, filósofo grego (384-322 a.C.)<br /><br /><br />Saiba que eu fui fã incondicional do Punk Rock, além de ouvir, eu tocava, coisas como: GBH, Exploited, Garotos Podres, Cólera, Ramones, Clash, Dead Kennedys, Suicidal Tendencies, Toy Dolls, Virus 27, e, além disso, eu convivia com muitos músicos punks da época. Alguns dos redutos eram o "Madame Satã" e o "Cais".<br /><br />Um dos punks flagrados pelos jornais, no "quebra" do Palace, no show do Ramones, era eu!<br /><br />Embora eu ouvisse esse estilo pra ficar no "ponto", com toda uma ideologia punk. Eu também, particularmente ouvia muito rock, diria: "melancólico". Eu adorava a idéia da morte. Como Doors, Joy Division, Nick Cave, Sister of Mercy, etc.<br /><br />Essas músicas, eram a nossa "droga", mas quando me converti, passei a prestar atenção nas letras das músicas, e a conclusão que eu cheguei foi que: eu próprio me amaldiçoava, eu próprio invocava demônios e maldições.<br /><br />Da mesma maneira devo ser rude e radical com a música sertaneja e o pagode (Não falo da harmonia musical, e nem do estilo) refiro-me às letras.<br /><br />O leitor já percebeu, que as letras sempre falam de um infeliz que perdeu a mulher para outro, e que por isso é um desgraçadinho, que a vida dele não vale nada; ou, que a mulher fugiu com o padeiro e por isso se tornou um ébrio.<br /><br />A pessoa que continuamente se expõe a informações como essas, começará a ter problemas na auto-estima e nos relacionamentos, passando a ter um ciúme e insegurança exacerbados, além de outras coisas.<br /><br />Lembre-se de uma coisa, tanto a música, quanto as letras das músicas liberam poder, pois são executadas por seres humanos. E quando cantadas, as informações que estavam registradas num CD, ou vinil, adquirem poder efetivo.<br /><br />O louvor a Deus, produz efeitos: A presença de Deus se manifesta, e quando a presença de Deus se manifesta tudo muda. Curas, Libertações, Milagres acontecem.<br /><br />A música satânicamente inspirada, quando cantada, também produz efeitos: compulsões pelo vício, violência, sexo ilegal, morte, suicido. E o recente caso dos Jovens de Denver, Dylan e Eric, que eram fãs do satanista Marilin Manson.<br /><br />Você pode perguntar: Mas então você é contra o Rock Gospel? Claro que não!<br /><br />Veja, tenho recebido inúmeros e-mails nesse sentido! Jovens cheio de dúvidas e coisas assim. Amados o problema todo está no coração. A Palavra de Deus diz que o nosso Pai Celestial, está numa "busca acirrada", por aqueles que O Adorem em Espírito e Verdade.<br /><br />Por acaso, a Bíblia nos deixou qual o ritmo, ou quais os instrumentos certos para adorá-lo, ou louvá-lo? Já procurei e procurei nesses 12 anos de conversão, e pasmem, nunca achei!!!<br /><br />Pelo contrário, muitas vezes, eu disse muitas vezes, os levitas fizeram uma "barulheira" total, sob ordens de Deus.<br /><br />Josué 6.8-20 >> eis aqui o bom e velho rock'n'roll, literalmente as "pedras rolaram" nesse incidente das muralhas de Jericó!!!<br /><br />Juízes 7.16-22 >> com 300 homens espalhados, Gideão, sob ordens de Deus, repartiu 300 trombetas, e em certo momento, tocando e gritando, afugentaram e destruíram os midianitas, pois estes pensaram que haviam uns 3.000 homens contra eles.<br /><br />Amados, há muitas referências desse tipo de "louvor" a Deus.<br /><br />Até um tempo atrás um certa pastora, dizia que a bateria era do diabo, hoje ela tem bateria nas igrejas dela. Ué, o diabo desistiu da bateria? Por muitos anos, toquei percussão: tumbadoras, e pelo fato do instrumento, ser semelhante aos atabaques das religiões afro. Me julgavam, me acusavam e estendiam o dedo.<br /><br />O diabo, não é dono de nenhum instrumento musical, e de nenhum ritmo. O que acontece, é: satanás no seu passado, era o líder musical no Reino de Deus, sabedor de todas as possibilidades que existem na música. MAS ELE FOI BANIDO!!!!!!! DERROTADO!!!!!! Ele deixou lá todos os instrumentos que tocava.<br /><br />Mas ele trouxe na sua queda, todo o conhecimento musical. E ele pode e consegue, inspirar homens para produzir musica ritual que pode destruir.<br /><br />Mas não é só rock'n'roll, é pagode, é sertanejo, é valsa, é clássico, é flamenco. Quantas valsas absolutamente satânicas existem amados.<br /><br />Eu, Flávio, de maneira particular, prefiro os louvores congregacionais para os meus momentos de adoração. Mas também, ouço sim, rock, rap, etc.<br /><br />Uma pergunta: Quem entre nós, irmãos, pastores, ministros, podem julgar por exemplo, o evangelista Dale Thompson, líder e vocalista do Bride. Quantas pessoas já não foram salvas através da vida dele? Te garanto que muitas.<br /><br />E para encerrar minha opinião, por favor acompanhe comigo essa passagem com atenção:<br /><br />Quem não é contra nós é por nós<br /><br />Marcos 9.38-40<br />38. E João lhe respondeu, dizendo: MESTRE, VIMOS UM QUE, EM TEU NOME, EXPULSAVA DEMÔNIOS, O QUAL NÃO NOS SEGUE (ele não age como nós); E NÓS LHO PROIBIMOS, PORQUE NÃO NOS SEGUE (ele é muito esquisito, mestre!).<br />39. JESUS, PORÉM, DISSE: Não lho proibais, porque ninguém há que faça milagre em meu nome e possa logo falar mal de mim.<br />40. Porque quem não é contra nós é por nós.<br /><br />Mas tome cuidado meu amado, você deve sondar seu coração, não seja escravo de nada e de ninguém. Verifique se um ritmo qualquer não é o seu deus. Faça a pergunta a si mesmo: Se Jesus me pedisse pra abandonar isso, eu abandonaria sem pestanejar? Seja sincero, e verifique sua resposta.<br /><br />Mas te garanto, o Senhor só pediria isso, se estivesse causando danos a sua vida, ou seja, se você estivesse usando o rock,'n'roll, ou sertanejo, como fuga, como bengala, e assim, você não seria nem um pouco diferente dos viciados em drogas.<br /><br />Primeiro que tudo, o leitor deve entender que, historicamente a música surgiu com Jubal, segundo relato bíblico de Gênesis 4.21: "E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e órgão". A cultura começava então a se desenvolver.<br /><br />Jubal era descendente de Caim, e este por sua vez, havia se retirado da presença de Deus, conforme Gênesis 4.16. Desta forma se estabeleceu uma sociedade e cultura altamente desenvolvidas com um agravante: deixaram Deus de fora.<br /><br />Jubal teve mais dois irmãos Jabal e Tubalcaim; Jabal foi o pai dos que habitam em tendas e possuem gado (Gênesis 4.20) - a agricultura começava a se aflorar; Tubalcaim foi artífice de todos os instrumentos cortantes, de bronze e de ferro (Gênesis 4.22), onde verificamos o surgimento das indústria.<br /><br />Essas coisas: a agricultura, a indústria e a música, não são malignas em si mesmas, no entanto, havia um terrível problema, eles deixaram Deus do lado de fora de todos esses projetos. O Egocentrismo era o paradigma das pessoas daquela época conturbada.<br /><br />Agora repare, somente depois que Sete, irmão de Caim e de Abel (assassinado), teve um filho, é que a Bíblia diz em:<br /><br />Gênesis 4.26<br />26. DAÍ SE COMEÇOU a invocar o nome do Senhor.<br /><br />Esse primeiro sistema mundial criado por Caim ficou tão amaldiçoado que Deus teve que destruí-lo, conforme o relato bíblico de:<br /><br />Gênesis 6.7<br />7. E disse o Senhor: destruirei, de sobre a face da terra, o homem que criei ... porque me arrependo de os haver feito.<br /><br />É notório que a essência daquilo que Jabal criou, ou seja, a música sem Deus, se perpetuou até os dias de hoje, desta forma a música é, evidentemente, um dos mecanismos mais comuns de se influenciar as massas - sejam elas: velhos, jovens, negros, brancos, crianças, etc.<br /><br />Nos Aspectos Naturais<br /><br />A música é matemática, e por conseguinte, física pura.<br /><br />Quando fazemos música, vibrando os acordes, observamos muitos dos conceitos da física em ação. Em determinadas freqüências, fazem estilhaçar taças de cristal, lustres e vidraças.<br /><br />Tomemos por exemplo, uma tropa de soldados marchando em uníssono, ao rodear uma muralha. O somatório das vozes, da cadência da marcha, da altura e principalmente da freqüência dos sons, se estiverem na mesma freqüência das vibrações das moléculas da estrutura daquela muralha, podem faze-la ruir em poucos segundos. A destruição da muralha, pode ser semelhante à destruição de um a vidraça!<br /><br />E isso aconteceu: A Bíblia registra o caso do Josué, como exemplo mais explícito dos aspectos da fisica, nas frequência de um determinado som, como foi n a destruição dos muros de Jericó. Josué 6.4-20<br /><br />Este caso ficou provado, após minuciosa perícia técnica das ruínas, que num determinado momento, os muros simplesmente desmoronaram, como se tivesse havido uma grande implosão, algo sobrenatural e ao mesmo tempo físico, desintegrando ou desestruturando toda a unidade de uma molécula à outra, nas bases das edificações.<br /><br />Dessa forma, esses conceitos nos fazem observar que determinadas vibrações na música são usadas de maneira subliminar, visto que o ouvido humano tem certos limites para captação de sons conscientes.<br /><br />As vibrações abaixo e acima destes limites são captadas inconscientemente provocando em algumas pessoas, dores de cabeça, sensações de mal-estar, medo, angústia, excitação ou até mesmo, uma calma aparente.<br /><br />Os sons subliminares são muito usados no cinema para se conseguir um estado alterado de consciência ou para se conseguir o efeito desejado em determinadas cenas, semelhantes às sugestões hipnóticas.<br /><br />Veja novamente:<br /><br />Juízes 7.16-22 >> por inspiração divina, Gideão, obedeceu a ordem de Deus, e instruiu seus 300 homens para que em uníssono, tocassem as trombetas e gritassem e quebrassem vasos, imitando um som de explosão. Isso causou nos inimigos midianistas, hipnose e torpor. Ficaram paralisados, alguns fugiram apavorados, outros morreram de ataques cardíacos. Eles pensaram pelos sons, que haviam milhares de hebreus contra eles.<br /><br />Nos Aspectos Sobrenaturais<br /><br />A música é em essência: Espiritual. Foi criada por Deus para o Seu Louvor. E foi deturpada pelo seu antigo dirigente celeste: Lucifer! (Veja Capítulo 9).<br /><br />Podemos classificar a influência da música em 5 tópicos principais: violência, sexo, drogas, ocultismo e hedonismo.<br /><br />E antes de iniciar a nossa abordagem ao Rock, desejo esclarecer aqui que de maneira nenhuma poderia abominar esse estilo, ele não é do diabo; esse ser decaído não tem nada, não possue nada.<br /><br />Desde suas raízes o rock sempre foi associado de uma forma ou de outra ao ocultismo. Mesmo quando não associado diretamente à adoração satânica o rock tem sido frequentemente acusado de incitar a rebeldia e despertar sentimentos violentos nos jovens.<br /><br />Em especial algumas vertentes do Rock'n'Roll, como: Black Metal, Heavy Metal, Punk Rock e por aí afora. Todo esse movimento não aconteceu do nada; antes foi cuidadosamente planejado pelo sistema satânico desde a sua origem. Sem exceção todas as bandas desses segmentos têm como guru: Aleister Crowley e Anton Szandor Lavey.<br /><br />Preste atenção, eu sou jovem, e nem por isso tenho que ouvir todo esse lixo.<br /><br />Os motivos que nos fazem associar o estilo do Rock aos anseios satânicos, ou seja, a uma vida sem Jesus, são vários:<br /><br />- De uma maneira geral o Rock incita a rebeldia contra os costumes atuais e ataca o sistema vigente.<br /><br />- O rock prega o hedonismo, o que é absolutamente contrário aos ensinos bíblicos. O hedonismo é traduzido como o gozo máximo dos prazeres terrenos (drogas, sexo) é na verdade um dos princípios satânicos. Basta lembrarmos da "máxima": Sexo, Drogas e Rock'n'roll.<br /><br />- O rock prega o culto a si mesmo - individualismo e egoísmo. Este é um outro ponto fundamental dos satanistas - O Lema difundido por Crowley: "Faz o que tu queres, há de ser toda a lei".<br /><br />O maior motivo das acusações de satanismo nos últimos 20 anos se deve ao fato de muitos pop-stars terem adotado abertamente uma atitude satânica, (como Kiss, Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Wasp, etc) enquanto que outros abordam apenas o tema satânico como (Rolling Stones, Iron Maiden, Black Sabbath, AC/DC, etc).<br /><br />http://www.evangelizacaopessoal.com/apresentacao.html<br /><br />Desde setembro / 2003<br />A serviço do Senhor<br />By Evangelização PessoalLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-42997973311716776752009-08-06T18:27:00.000-07:002009-08-06T18:28:49.496-07:00Jesus orou para que fossemos umAtenção povo de Deus nesta cidade, Deus é um, mas seu povo está esfacelado em vários seguimentos denominacionais.<br /> Deus quer que sejamos um! Você já pensou quanto trabalho estamos dando para Deus? Jesus em sua oração rogou ao Pai para que fossemos um. Vejamos em João 17: 21-23; “Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.”<br /> Mas nós não paramos para pensar nessa oração e nem temos colaborado para se cumprir está oração,e cada dia surge uma facção.<br /> Povo de Deus, vamos dar um basta nisto, chega de divisões, as facções não procedem de Deus,mas, sim de homens carnais, isto aconteceu em coríntios. Vejamos em I Cor.1.10; “Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer.”<br /> O Apóstolo Paulo foi informado pela família de Cloé que havia contenda entre eles. Vemos no verso 12,13 “Quero dizer com isto, que cada um de vós diz: Eu sou de Paulo, e eu de Apolo, e eu de Cefas, e eu de Cristo. Está Cristo dividido? foi Paulo crucificado por vós? ou fostes vós batizados em nome de Paulo?”.<br /> Em I Cor 3.3- 6 Paulo está dizendo “Porque ainda sois carnais; pois, havendo entre vós inveja, contendas e dissensões, não sois porventura carnais, e não andais segundo os homens? Porque, dizendo um: Eu sou de Paulo; e outro: Eu de Apolo; porventura não sois carnais? Pois, quem é Paulo, e quem é Apolo, senão ministros pelos quais crestes, e conforme o que o Senhor deu a cada um? Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento”.<br /> Como está nossa situação hoje? Se naqueles dias o Apóstolo estava rogando para que não houvesse dissensões entre eles, antes que fossem unidos. Que não diria o Apóstolo Paulo, para nós hoje, será que também não temos uma parcela de culpa nas facções de hoje?<br /> Voltemos a origem da palavra de Deus; Efes. 4: 4 - 6 “Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; Um só Senhor, uma só fé, um só batismo; Um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, e por todos e em todos vós”.<br /> Será que você está vivendo e cooperando para que isto seja assim? Ajude a viver a Igreja nessa cidade, você pode estar dizendo: Mais um grupo está surgindo, mais uma nova denominação. Queremos dizer que não somos uma denominação, pregamos o Corpo de Cristo que é a sua Igreja na terra, cremos na unidade do Espírito para chegarmos a unidade da fé, lutemos juntos para que a palavra de Deus seja cumprida em nós nestes dias.<br /><br /> Uma palavra que está registrada em Deut. 2:1 Vejamos “Depois viramo-nos, e caminhamos ao deserto, caminho do Mar Vermelho, como o SENHOR me tinha dito, e muitos dias rodeamos o monte Seir”.<br /> Temos ouvido hoje, como o Senhor tem dito, estamos hoje buscando pela graça viver dentro do propósito de Deus, se você é um daqueles que quer viver a unidade do Corpo de Cristo em sua cidade, ouça a oração que o Senhor fez e viva sua palavra, para que sejam um, como nós somos um. Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.” <br /> Altivir A. StivalLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-37787314770301578772009-08-05T21:57:00.000-07:002009-08-05T21:58:42.907-07:00É correcto chamar ao local de culto ‘Casa de Deus’ e ‘Igreja'?Não, não é correcto chamar ao local de culto ‘casa de Deus’ porque a casa de Deus não é um edifício feito de tijolos ou de pedras ou de madeira (como é um local de culto) mas um edifício espiritual feito por pessoas nascidas de novo o qual serve para morada de Deus em Espírito. O escritor aos Hebreus de facto diz: "A qual [a de Deus] casa somos nós" (Heb. 3:6), Paulo diz aos Efésios: "No qual também vós juntamente sois edificados para morada de Deus em Espírito" (Ef. 2:22), e Pedro diz na sua primeira epístola: "E, chegando-vos para ele, pedra viva, rejeitada, na verdade, pelos homens, mas, para com Deus eleita e preciosa, vós também, quais pedras vivas, sois edificados como casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais, aceitáveis a Deus por Jesus Cristo" (1 Ped. 2:4-5). <br /> <br />Não é correcto também chamar ao local de culto ‘igreja’ porque a palavra grega ekklesia significa ‘assembleia’ [dos tirados fora]; pelo que esta palavra deve ser usada só em referência à assembleia dos irmãos em Cristo sem importar onde se reúnem para render o seu culto a Deus. E que seja assim é testificado pelas seguintes Escrituras. Paulo escrevendo aos santos de Colossos diz: "Saudai aos irmãos que estão em Laodicéia, e a Ninfas e a igreja que está em sua casa" (Col. 4:15), e aos de Roma diz para saudar a igreja que estava em casa de Áquila e Priscila (cfr. Rom. 16:5). Quando Pedro foi preso a Escritura diz que "a igreja orava com insistência a Deus por ele" (Actos 12:5). Depois que Saulo se converteu ao Senhor a Escritura diz: "Assim, pois, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samária, tinha paz, sendo edificada, e andando no temor do Senhor; e, pelo auxílio do Espírito Santo, se multiplicava" (Actos 9:31). Para citar só alguns dos muitos versículos onde duma maneira ou doutra a igreja se refere à assembleia dos resgatados.<br /> <br />É bom pois que aqueles que têm o hábito de chamar ao local de culto ‘Casa de Deus’ ou ‘Igreja’ deixem de fazê-lo.Luiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-7836648613146375672009-07-29T15:27:00.000-07:002009-07-29T15:28:25.995-07:00JESUS É O SENHORHoje em dia quem não ouviu falar que Jesus Cristo é o Senhor?<br />Se formos pesquisar, analisar veremos que muitos responderão que sim. Mas será que basta falar? Gostaria que pudesse com seus com seus lábios e com o teu coração, reconhecer, confessar na presença do Deus Pai que Jesus Cristo vive e é Senhor.<br /> Melhor ainda seria se você pudesse e você pode confessar Jesus Cristo como seu único Senhor, aceitando-o como de fato Ele o é, Jesus Senhor de todas as coisas, sua Vida, e assim poderás dizer antes eu te conhecia de ouvir falar, mas agora de contigo andar, estar.<br /> Jesus Senhor da minha vida: Que Jesus é o Senhor todos sabemos, mas talvez nem todos tenhamos confessado como Senhor Absoluto, aquele que toma as decisões, a direção, os negócios, aquele que recorremos nos momentos alegres ou tristes em que passamos, pois Ele está sempre disposto a nos ouvir. A quem devemos dar toda a reverência e que muitas vezes não o reverenciamos. A honra a glória, o poder as ações de graça, adoração, louvor, exaltação. Ele é razão do meu viver, confessar, andar, falar, pensar, agir... (I Pedro 3.15) ( II Pedro 3.1-9) Luiz ErnaniLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-57105838057649256602009-07-27T17:10:00.000-07:002009-07-27T18:15:39.688-07:00Abra-te - Marcos 7.31Assim como naqueles dias em que Ele colocou o surdo e mudo a parte da multidão, assim o Senhor quer falar conosco hoje. Que venhamos ouvir o que Ele fala e, falar somente aquilo que Ele manda falar. <br /> O nosso adversário que está se levantando para impedir que falemos das maravilhas do Senhor! Não podemos calar os nossos lábios, porque, aprouve do Senhor colocar-nos neste Corpo, nesta família. Não existem barreiras! Se estás aparecem é porque nós nos fechamos.<br /> O Senhor está falando hoje: Abra-te.Não devemos olhar para quem está falando a palavra de Deus, mas sim para Deus na vida dele.<br /> Não tenhamos comunhão com as dificuldades, mas sim com o Senhor, porque o nosso inimigo anda 24 horas, ao nosso derredor tentando nos enganar, vamos buscar o Senhor, estejamos preparados para qualquer situação, para termos de Deus a palavra certa, no momento em que as pessoas vierem até nós, enviadas pelo Senhor.<br /> Marcos 8.22,26 novamente podemos nos relacionar com o Senhor, que vem e nos toma a parte da multidão, muitos suplicam a Ele por nós, pois não conseguimos ver claramente, somos como cegos. Então o Senhor nos toma pela mão para fora, longue da muldidão.<br /> Ele pergunta-nos como o vemos, mas a nossa visão é deficiente e obscura. Assim somos nós, não conseguimos abrir os nossos olhos, precisamos que outros supliquem por nós,nossa visão ainda não está clara,como o Senhor quer que vejamos,isto é: "Ter visão Espiritual".<br /> Então o Senhor Jesus impõe as maõs sobre nós,para que sejamos curados deste mal que nos cega, de não poder ver claramente.<br /> Qual seja o milagre, cremos que agora o Senhor Jesus, quer que olhemos bem de perto, dando-nos visão, isto é, abrindo nossos olhos para ver (Ter visão Celestal -Milagre de Deus). <br /> Sendo assim o Senhor ainda tem cuidado para que não percamos está visão, mandando-nos que tomemos cuidado, então podemos ir para casa dizendo, agora eu vejo, pois, o Senhor abriu os meus olhos. Luiz ErnaniLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-48622336549230433052009-07-27T17:08:00.000-07:002009-07-27T17:09:24.042-07:00Eu quero te abraçar e chamá-lo de Irmão.“ Essa mensagem foi escrita por um ex-viciado em Drogas”.<br /><br />A erva alucinante, e que leva a dependência, é prejudicial ao corpo e a mente. E muitos usuários não admitem o vício. Outros experimentam algo ainda mais forte, e nunca assumem que possivelmente estão doentes e prescisam de tratamento.<br /><br />Podemos parar um instante e fazer as seguintes perguntas: Porque a pessoa fuma? Ou bebe? cheira? Ninguém nasceu com vícios. Como conseguir parar? Acha que pode?<br /><br />Hoje, com tantos ocorridos, que fazem parte da realidade já se chegou a seguinte conclusão: Que também há um círculo vicioso e que este o leva a conviver com pessoas que usam a mesma.<br /><br />Você poderá se achar o melhor, o maior, o cabeça e até o mais importante dentre os demais que a usam!<br /><br />Com um pouquinho de sensibilidade podemos observar, a vida de pessoas famosas (cantores,atores,esportistas,traficantes e viciados) alguns, acabam-se finalizando-a fatalmente.<br /><br />Saiba você que se acha legal o cabeça como assim o diz; Que aqueles que você chama de careta, mané, jução, pessoas mormais da sociedade estes não estão nem aí,não os conhecem, os discriminam, não os compreendem, não os valorizam,os desprezam e ninguém pergunta: Você é Feliz?...<br /><br />Claro que está pergunta só você poderá responder!<br /><br />Olhe por onde você anda, acha que realmente esse é o seu caminho? É isso que você quer , pense um pouco e reflita comigo, o que vem ser a vida!<br /><br />Você tem uma razão para viver, quer ter? Tem um nome não é? Ou quer que sempre o chamem de louco! Deus o chama pelo nome! Você não está só... por isso não deixe que ninguém lhe roube o seu nome e a sua alegria, pare!<br /><br />Olhe ao redor, seja você mesmo, venha se puder e resgate tudo aqui-lo que roubaram de você; O que? Também não tem conciência disso? Mais isso é uma realidade, estão roubando a sua vida! Ou você acha que Deus te criou para você ser infeliz?<br /><br />Deus certa vez disse: Amo-te com eterno Amor, e por isso estendi o meu favor.<br /><br />Essa é a mensagem de Deus para o homem, não só falou do seu grande Amor, fez ainda mais que isso entregou seu próprio filho, por amor de você!<br /><br />Mas Deus revela que o Ama e derrama da sua abundante graça, transformando-o e dando sentido verdadeiro a sua vida, não somente fisicamente mas agora principalmente uma Vida Nova.<br /><br />Hoje, agora você pode mudar pelo poder de Deus, pode testemunhar e glorificar o nome do Senhor Jesus por ter salvo sua vida. Somente Ele pode mudar o rumo e o sentido da sua vida! Diga a Jesus Cristo que você lhe aceita e lhe recebe, e que de todo coração lhe entrega a sua vida. Peça-lhe que lhe guie conte como a um dos seus, renucie as trevas e o mundo, e seja verdadeiramente feliz com sua vida nova.<br /><br />Seja batizado em Cristo. Faça-se um verdadeiro cristão e faça parte da família de Deus. Aí então irei te abraçar e chama-lo de irmão. Luiz ErnaniLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-36463401253457703142009-07-27T17:04:00.001-07:002009-07-27T17:04:39.874-07:00Uma Razão Para ViverVocê já parou para pensar como está sua vida hoje, agora? E o que esta representa para você ? Muitos, não sei se é o seu caso, estão por aí se entregando às aventuras deste mundo passageiro, festas, drogas, sexo e rock roll. /<br /><br />Outros buscam refúgio na bebida, jogos, religiões. Outros, sem nenhuma dessas alternativas citadas, podem até pensar, em ser uma pessoa boa, não ter vícios, fazer caridade.<br /><br />Será que é só nesta realidade de hoje que pensamos e em mais nada ? Sendo assim qual será nossa razão para viver? De onde vim? Para onde vou ? Dê onde surgiu o mundo e tudo que nele há? Deus existe? Como poderei provar de sua existência? Muitas são as interrogações em poucas palavras!<br /><br />Ainda que eu na minha insanidade pudesse dizer, que o mundo surgiu de uma explosão, quem a praticou? Eu vi? Estava lá? Assim posso / argumentar com pensamentos filosóficos, ateus, e direi às religiões, à história, à ciência, à humanidade: Deus, não existe!<br /><br />Como poderei provar do que não vi e não conheço? Você alguma vez já teve sentimento de dor ao cortar um dedo ou mesmo a mão? Você já perdeu alguém querido da sua família? Qual seja a sua resposta, podemos saber que este sentimento existe. Você não vê o vento, mas o sente.<br /><br />Você um dia amou ou ama alguém, a quem pode demonstrar tais senti-mentos e valores da vida: amor, ódio, alegria, tristeza, morte e vida! Estou querendo afirmar que ninguém pode conhecer aquilo que não experimenta.<br /><br />Deus é a uníca Razão Para Viver. E para que isto faça sentido em sua vida, primeiro você tem que querer mudar, e se assim quiser, só existe uma solução: Jesus Cristo. Não lhe apresento um método, religião ou filosofia.<br /><br />Apresento-lhe Jesus Cristo o filho do Deus Criador, que morreu e ressuscitou por mim e por você; O príncipio de tudo, O Verbo , seja o proprio Deus que se tornou carne e veio viver entre nós.<br /><br />Se você se encontra nestas condições já mencionadas e deseja de coração mudar, basta querer ir até Ele e dizer-lhe assim:<br /><br />Senhor Jesus, confesso que preciso mudar, sei que sou um pecador , arrependo-me agora de tudo que fiz e entrego minha vida a Ti, renuncio o mundo, e as trevas, Aceito-Te como meu único Senhor e Salvador. Amém<br />Luiz ErnaniLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-51677910735991156982009-07-27T16:52:00.000-07:002009-07-27T16:53:05.681-07:00Homens SensuaisAmados é com grande amor no coração que vós escrevo para que o Pai seja glorificado no seu Filho.<br />Somos o Corpo de Cristo o Senhor está sendo formado em nós, se conseguirmos ver tal formação teremos vergonha em nós, pela vida que temos levado sem comunhão e amor.<br />Como temos sido egoístas, nós mesmo achamos que Deus está aí só para resolver os nossos problemas. Nossas dificuldades, queremos um Deus pessoal e exclusivo nosso, quanto egoísmo e ciúme de nossa parte, Deus trabalha por meio de seu Filho, pelo seu Espírito em seu Corpo .<br />A vida o Senhor nos deu! E não pediu nada em troca a não ser que fossemos santos e perfeitos como Ele o É! Ele sabe que por nós mesmos não temos condição, por isso veio Ele terminar a obra que havia começado.<br />Mas nós ainda persistimos em criar e querer fazer algo para Deus, como que aquilo que Cristo fez por sua igreja não fosse suficiente; Ele nos comprou e nos enviou seu Espírito para realizar sua Obra.<br />Insuficientemente nós pela fraqueza do nosso ser deixamos que nossa alma e nossa carne nos conduzam a viver uma vida enganando-nos por anos e achando que estamos servindo a Deus.<br />Homens sensuais, que cuidam da alma e do corpo, não subjugam estes ao Espírito, para que vivam segundo a vontade de Deus!<br />Assim vivemos até aprender a deixar o Senhor trabalhar e nos ensinar por Ele.<br />Precisamos ter uma vida de submissão à pessoa do seu Espírito, tudo o que fizermos por melhor que acharmos ser bom, se não estiver dentro de sua vontade , estaremos edificando sobre areia, feno ou palha. Breve cairá, e pegará fogo!<br />Homens sensuais. Vivem para si mesmo, cuidando do seu corpo e de sua alma, sendo guiados e conduzidos por este mundo alma e corpo buscando sempre fazer a sua vontade própria.<br />O Senhor nos dá uma grande ajuda para entender que agora não estamos sós; Pois recebemos o Espírito de Cristo, ELE SE ENTREGOU POR AMOR, Para não vivermos isoladamente e sim tivéssemos comunhão com Ele.<br />Cristo sendo então formado em nós, como Corpo, e Ele sendo cabeça desse, nos direciona a Sí mesmo.<br />Agora um questionamento: temos vivido para o Senhor ? Ou ainda vivemos uma vida sensual ?<br />Que cada um de nós possa refletir e olhar como estamos vivendo porque e para quem.<br />Qual é a edificação de Deus? Qual é o material que temos trazido para essa edificação do Corpo de Cristo? Será que ainda edificamos as sinagogas os templos do judeus e dos pagãos.<br />Será que ainda não conseguimos ouvir o que Jesus disse a samaritana : (João 4:23) – “Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.<br />(João 4:24) - Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade.”<br />Veja aqui uma palavra chave : o Pai procura a tais que assim o adorem, Deus está procurando verdadeiros adoradores , então que possamos ouvir como diz Apocalipse: “ Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas.” Então deixaremos de sermos sensuais e andarmos por nós.<br />Muitas vezes estamos querendo construir e edificar uma babel, no entanto Deus está nos mandando sair dela!<br />Que pela graça que o Filho recebeu do Pai possamos entender que Deus é um Deus que se preocupa com os homens e não com programas; pois estes não mudam a vida de ninguém!<br />A graça o Amor do Pai, esteja em cada um de vós, e que o Espírito nos ensine a levar a nossa alma e o nosso corpo, a ficar sobre o governo do Espírito de Cristo. Então parar e ouvir o Senhor falar (João 17:1-21) :<br />“ JESUS falou assim e, levantando seus olhos ao céu, disse: Pai, é chegada a hora; glorifica a teu Filho, para que também o teu Filho te glorifique a ti;<br />- Assim como lhe deste poder sobre toda a carne, para que dê a vida eterna a todos quantos lhe deste.<br />- E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste.<br />- Eu glorifiquei-te na terra, tendo consumado a obra que me deste a fazer.<br />- E agora glorifica-me tu, ó Pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse.<br />- Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste; eram teus, e tu mos deste, e guardaram a tua palavra.<br />- Agora já têm conhecido que tudo quanto me deste provém de ti;<br />- Porque lhes dei as palavras que tu me deste; e eles as receberam, e têm verdadeiramente conhecido que saí de ti, e creram que me enviaste.<br />- Eu rogo por eles; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me deste, porque são teus.<br />- E todas as minhas coisas são tuas, e as tuas coisas são minhas; e nisso sou glorificado.<br />- E eu já não estou mais no mundo, mas eles estão no mundo, e eu vou para ti. Pai santo, guarda em teu nome aqueles que me deste, para que sejam um, assim como nós.<br />- Estando eu com eles no mundo, guardava-os em teu nome. Tenho guardado aqueles que tu me deste, e nenhum deles se perdeu, senão o filho da perdição, para que a Escritura se cumprisse.<br />- Mas agora vou para ti, e digo isto no mundo, para que tenham a minha alegria completa em si mesmos.<br />- Dei-lhes a tua palavra, e o mundo os odiou, porque não são do mundo, assim como eu não sou do mundo.<br />- Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal.<br />- Não são do mundo, como eu do mundo não sou.<br />- Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.<br />- Assim como tu me enviaste ao mundo, também eu os enviei ao mundo.<br />- E por eles me santifico a mim mesmo, para que também eles sejam santificados na verdade.<br />- E não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela sua palavra hão de crer em mim;<br />- Para que todos sejam um, como tu, ó Pai, o és em mim, e eu em ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste.<br />- E eu dei-lhes a glória que a mim me deste, para que sejam um, como nós somos um.<br />- Eu neles, e tu em mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que tu me enviaste a mim, e que os tens amado a eles como me tens amado a mim.<br />- Pai, aqueles que me deste quero que, onde eu estiver, também eles estejam comigo, para que vejam a minha glória que me deste; porque tu me amaste antes da fundação do mundo.<br />- Pai justo, o mundo não te conheceu; mas eu te conheci, e estes conheceram que tu me enviaste a mim.<br />- E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.<br /><br />“ Porque grande é o Senhor dos Exércitos que nós fez de criaturas suas , Filho! ”<br />Luiz Ernani P. FariaLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-25515180886663434522009-07-27T16:39:00.000-07:002009-07-27T16:55:54.961-07:00Os filhos ouvem a Sua Voz(Atos 4:12) - E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos. (Tito 2:11) - Porque a graça de Deus se há manifestado, trazendo salvação a todos os homens. (Romanos 10:10) - Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação.<br /><br />(João 1:12) - Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, aos que crêem no seu nome; (João 1:13) - Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. Somos irmãos pela fé agora, servimos o mesmo Deus, parece ser tão simples assim uma pessoa que nunca tinha visto na vida agora tenho que conviver.<br /><br />Então agora congregamos na mesma igreja, compartilhamos e dividimos o que recebemos de Cristo. ( Comunhão) Programas , seguir calendários etc Seguimos a doutrina desta igreja, nos encaixamos em suas programações, diversidades de cultos e missas. (Culto da fogueira, Missa para as Almas).<br /><br />(Nicolaísmo) nicolaíta em grego é composta de duas palavras ; nikao conquistar ou sobre outros e laos povo comum, povo secular ou lacaito, nicolaítas referes-se a um grupo de pessoas que se auto-avaliam muito acima dos cristãos comuns).<br />Pastores Padres, Bispos, Anciãos dirigem e direcionam o povo. Muitos aceitam sem as vezes questionar. Então sufocamos o primeiro amor, aquilo que recebemos de Cristo, e nos moldamos a um sistema que não muda vida de ninguém. Afinal todos temos que fazer e acontecer, servir, dar do melhor, a ponto de deixar de pensar até em nós mesmos.<br /><br />Alguém para ser escravo de uma religião seja qual for, também não somos máquinas, somos humanos. Muitos acham que Deus tem que fazer tudo agora pois, afinal, o servimos. Será mesmo que isso é servir a Deus? As vezes não deixamos nem o Senhor trabalhar em nossas vidas, porque estamos ocupados com as atividades da igreja e, assim,o tempo passa.<br /><br />A conversão, mudança de mente (metanóia),não é desenvolvida. O morrer, o negar a si mesmo, é romper e se afastar do pecado: nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus.(I Corintios 6:10) Cristo mudou sua vida? Então haja como tal. Sirva-o em espírito e verdade.<br /><br />Seja verdadeiro com você mesmo, não se esconda atrás de uma religião. Não seja hipócrita, seja humano, ame o próximo, Jesus está comprometido com a vida das pessoas. Jesus não foi Senhor de multidões, escolheu doze, os ensinou,os amou, os serviu, estava comprometido com eles, se entregando por eles e por nós indo, a cruz, para que hoje você e eu tenhamos um caminho.<br /><br />Muitos na igreja querem ser amados, aceitos, curados, arrumar amizades, buscar poder, ter autoridade sobre outros, ter cargos, fazer parte do ministério, da liturgia , ser o pastor de nome, o bispo de renome, e achamos que isso é servir a Deus.<br /><br /><br />Mas Cristo quer ser Senhor de nossas vidas. Ficamos na mesma posição que os fariseus no passado buscando encontrar na religião meio para servir a Deus. A igreja no primeiro século foi resultado da pregação do evangelho de salvação em Cristo , esse depois enviou seu Espírito Santo e deu dons aos homens.<br /><br />Onde esses se reuniam, nas casas. montanhas, cavernas,segundo o novo testamento, porque os cristão eram perseguidos dos judeus e dos romanos e também não havia necessidade de templo sendo que este são o templo do Espírito e a igreja e compostas de pessoas e não um prédio.<br /><br />Muitos querem negar a divindade do SENHOR... MAS A Palavra de Deus é clara vejamos... (João 14:8) - Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta. (João 14:9) - Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: Mostra-nos o Pai?<br /><br />(Romanos 9:5) - Dos quais são os pais, e dos quais é Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém. Jesus também diz: (João 5:40) - E não quereis vir a mim para terdes vida. (João 14:6) - Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 6:37) - Todo o que o Pai me dá virá a mim; e o que vem a mim de maneira nenhuma o lançarei fora.<br /><br />(João 16:7) - Todavia digo-vos a verdade, que vos convém que eu vá; porque, se eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, quando eu for, vo-lo enviarei. (João 14:26) - Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.<br /><br />(João 15:16) - Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai ele vo-lo conceda. (I João 4:6) - Nós somos de Deus; aquele que conhece a Deus ouve-nos; aquele que não é de Deus não nos ouve.<br /><br />Nisto conhecemos nós o espírito da verdade e o espírito do erro. (João 5:32) - Há outro que testifica de mim, e sei que o testemunho que ele dá de mim é verdadeiro. (João 17:15) - Não peço que os tires do mundo, mas que os livres do mal. (João 17:16) - Não são do mundo, como eu do mundo não sou. (João 17:26) - E eu lhes fiz conhecer o teu nome, e lho farei conhecer mais, para que o amor com que me tens amado esteja neles, e eu neles esteja.<br /><br />O Apostolo Paulo .... ( Atos 19:9 ) - Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles, e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano. ( Atos 20:28 ) - Olhai, pois, por vós, e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue.<br /><br />Que igreja Paulo era? (Atos 28:30) - E Paulo ficou dois anos inteiros na sua própria habitação que alugara, e recebia todos quantos vinham vê-lo; (Atos 28:31) - Pregando o reino de Deus, e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum.<br /><br />(Isaías 28:16) - Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis que eu assentei em Sião uma pedra, uma pedra já provada, pedra preciosa de esquina, que está bem firme e fundada; aquele que crer não se apresse. Sendo assim, em amor para com o Noivo e desejosos de vê- Lo face a face, menos ocupados com as coisas terrenas, não seguindo homens ou organizações, vivamos para a eternidade.<br /><br />Pela fé, agradeçamos a Cristo, permitindo-Lhe,como Cabeça da Igreja, alimentar-nos,suster-nos, dirigir-nos e viver a Sua vida através de nós para a Sua glória. LuizLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-510243499858514449.post-14353887392605334172009-07-25T21:11:00.000-07:002009-07-27T16:54:47.095-07:00A obra da cruzEm cada uma das epistolas da Palavra de Deus nos é chamada a atenção para quem o Senhor Jesus Cristo é. Se um homem não conhece o Senhor Jesus ele não será capaz de conhecer a Sua igreja. <br /><br />Muitos hoje estão bastante satisfeitos com a condição da igreja, mas é porque que diante do Senhor ainda eles não enxergaram, eles não tem visto Aquele que está assentado no trono, eles conhecem somente um pouco de Deus, têm pouca revelação de Deus e são mais tolerantes com as coisas presunçosas. <br /><br />Os que verdadeiramente conhecem a Deus, conhecem a real condição da igreja. E conhecem os falsos profetas, os falsos irmãos, conhecem as coisas que estão para se cumprir e conhecem as coisas mediante a pessoa de Cristo que está em nós. <br /><br />Nós deveríamos perceber que o conteúdo da igreja é Cristo. Olhando todas as epístolas, olhando versículo por versículo, podemos perceber que toda a Palavra fala Dele, e Ele é colocado em primeiro lugar.<br /><br />Em Cl (1:18) nos diz: E Ele é a cabeça do Corpo da igreja, é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência, para que em tudo Ele tenha o primeiro lugar.<br /><br />Em I Co (1: 30-31) nos diz: Mas vós sois Dele em Jesus Cristo o qual para nós foi feito por Deus Sabedoria e Justiça e Santificação e Redenção, para que como está escrito: Aquele que se gloria glorie-se no Senhor.<br /><br />Também em Cl (2:6-7) nos diz: Como pois recebeste o Senhor Jesus Cristo assim também andai nele, arraigados e sobre-edificados nele e confirmados na fé, assim como fostes ensinados abundando em ações de graça.<br /><br />Nesses dias tem se falado muito sobre a vida da igreja e a expressão do Corpo de Cristo, mas temos que perceber que se não somos capazes de nos apossar da plenitude de Cristo como tudo para nossas vidas, jamais poderá haver a realidade da igreja. Não podemos ter Cristo somente em palavras ou doutrinas, nós temos que ter Cristo na realidade e na prática, Cristo realmente deve ser tudo para nós, Ele deve estar em primeiro lugar. <br /><br />A maneira de suprirmos vida à igreja a maneira de suprir vida aos irmãos é com Jesus Cristo, pois a Palavra de Deus nos diz que Ele nos justificou, em Rm 5.1 nos diz: Justificados pois mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. <br /><br />A Palavra de Deus também nos diz em Rm (5:11) : Ele nos reconciliou, nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, por intermédio do qual recebemos a reconciliação. <br /><br />A Palavra de Deus também nos diz que: Ele nos santificou. I Co (1:2) nos diz: A igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus. <br /><br />Em Rm (8:30) nos diz: Ele nos glorificou..., e aos que predestinou a estes também chamou, e aos que chamou a estes também justificou, e aos que justificou a estes também glorificou. <br /><br />Em Ap (1:6) nos diz que: Ele nos transformou em Reis e Sacerdotes, e nos constituiu Rei e sacerdote para o Seu Deus e Pai. <br /><br />Em Ap (1:5) nos diz: Ele nos lavou de todos os nossos pecados, aquele que nos ama, e pelo Seu sangue nos libertou de todo s os nossos pecados. <br /><br />Em Ef (1:3) nos diz também que: Ele nos abençoou com toda a sorte de bênçãos espirituais. Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que nos tem abençoado com toda a sorte de bênçãos espirituais. <br /><br />Em Rm (8:37) nos diz que: Ele nos fez mais do que vencedores por meio daquele que nos amou.<br />Em Mt (11:29-30) nos diz que seus mandamentos são leves e suaves: tomai sobre vós o meu julgo e aprendei de mim que sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para as vossas almas, porque o meu fardo é leve e o meu julgo é suave.<br /><br />Em Jo (1:17) nos diz que nós recebemos a graça e na verdade Porque a lei foi nos dada por intermédio de Moisés, mas a graça e a verdade vieram por intermédio de Jesus Cristo. <br /><br />Em 2 Co (5:18) nos diz que Ele nos deu o ministério da reconciliação: Ora, tudo provém de Deus, e nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo Jesus, e nos deu o ministério da reconciliação. <br /><br />Em Ef (2:19) nos diz: Assim, já não somos mais estrangeiros, peregrinos não somos mais mas somos concidadãos dos santos e somos a família de Deus.<br /><br />É assim, através da palavra que poderemos perceber o quanto Cristo Jesus fez por nós, e o quanto nós podemos suprir vida a igreja através da vida de Cristo em cada um de nós.<br /><br />A Palavra de Deus também nos diz em 2 Co (11:3) Mas temo que assim como a serpente enganou Eva, com a sua astúcia, assim também seja de alguma sorte corrompido os vossos sentidos e se apartem da simplicidade que há em Cristo Jesus. <br /><br />Em 2 Co (1:12) nos diz: Porque a nossa glória é esta, o testemunho da nossa consciência de que com simplicidade e sinceridade de Deus, não com sabedoria carnal mas, na graça de Deus temos vivido no mundo e maiormente convosco.<br /><br />Sim, essa palavra simplicidade de Cristo é a obediência é a obediência e Cristo é a obediência Dele, simplicidade é aquilo que não é duplo, é aquilo que é humilde, puro, que não é complicado, é aquilo que existe modéstia e que não tem mistura. <br /><br />A simplicidade de Cristo é a perfeita obediência a vontade de Deus, e como nós podemos obedecer esta vontade de Deus: temos então que fazer assim como Paulo em Atos (26.19) que ele disse: Ó rei Agripa, eu não fui desobediente a visão celestial.<br /><br />Mas como funciona realmente na prática essa obra de Cristo, essa obra da cruz, essa obra de justificação. <br /><br />Nós temos nos capítulos de Romanos, onde são apresentados vários aspectos da nossa salvação, a nossa justificação pelo sangue, a libertação através da cruz de Cristo. <br /><br />Esta obra consumada de Cristo no Calvário, deve ser consumada na vida individual do crente, a medida que ele reconhece por revelação a sua eficácia e permite em fé e obediência que a verdade se torne eficaz em sua vida.<br /><br />Em síntese, ela funciona assim: Tudo o que estava no primeiro Adão foi colocado em Jesus Cristo, e Nele foi eliminado para sempre. Aos olhos de Deus, Adão foi deixado num túmulo e nós fomos incluídos nele também. <br /><br />Agora iremos nos perguntar: Estamos em Adão ou estamos em Cristo? Em 1 Co (15: 47) nos diz: O primeiro homem da terra é terreno, o segundo homem, o Senhor, é do céu. <br /><br />Aleluia! Nós não mais estamos em Adão, mas agora estamos em Cristo Jesus e Deus nos considera fora das exigências dos antigos tiranos e sob o governo da tirania, na cruz, Deus nos libertou, libertou a raça de Adão da escravidão e da tirania, que estão registrados em Rm (5, 6, 7 e 8).<br /><br />Ele nos libertou da punição do pecado e da morte, nos libertou da tirania do pecado como escravidão, nos libertou do poder do pecado como uma lei, nos libertou da presença do pecado quando recebermos a redenção perfeita de nossos corpos.<br /><br />O objetivo de Deus é que esta nova vida seja mais do que uma posição ou uma experiência, deve ser uma nova maneira de viver, um novo propósito para a nossa existência. <br /><br />Em Gl (2:20) Paulo nos diz: Não mais eu mas Cristo vive em mim. Muitas e muitas vezes tentamos fazer que a verdade da identificação com Cristo e a Sua morte e ressurreição seja real em nossas vidas, contudo, apesar daquilo que sabemos das tentativas de apropriarmo-nos e da nossa entrega, ainda temos a impressão que nada disso trouxe a realidade. <br /><br />Como é importante termos a realidade em nossas vidas. Enfim, ainda não recebemos a vitória, a benção que nós esperávamos. A verdade é que existe um problema, é que inconscientemente muitos cristãos, muitos de nós estamos mais preocupados com nós mesmos do que com o próprio Senhor. <br /><br />Estamos mais interessados naquilo que nós desejamos, que Deus faça coisas para nós do que naquilo que nós deveríamos nos tornar para Ele. Não podemos usar Deus e a obra da cruz para os nosso próprios interesses, a cruz, a substituição não é o começo para desejos e conquistas egoístas, mas sim um fim para o nosso egoísmo. <br /><br />Deus planejou a cruz para trazer o homem de forma completa para Ele. Muitas vezes continuamos centrados em nós mesmos, nós somos o centro, embora tenhamos algum conhecimento mais profundo sobre os ensinamentos de Cristo, podemos continuar ainda centrados em nós mesmos. <br /><br />Só queremos receber, só queremos tudo o que Deus tem para dar, queremos possuir tudo o que temos de direito, queremos nos apropriar de toda a nossa herança em Cristo. Que Deus abra os olhos do nosso coração para que não usemos da cruz para o nosso proveito ao invés de morrer na cruz, Deus não vai tolerar essa atitude de centralização em nós mesmos. <br /><br />A chave é que de Sua morte eu devo tornar-me vivo para Deus. Em Rm 6, Deus enfatiza que o ponto fundamental é vivermos para Ele.<br /><br />Em Rm (6:10-13) nos diz: Pois quanto a ter morrido de uma vez morreu para o pecado, mas quanto a viver, vive para Deus. Considerai-vos como mortos para o pecado mas vivos para Deus em Cristo Jesus o nosso Senhor. Nem tampouco, apresenteis vossos membros ao pecado como instrumentos de iniquidade, mas apresentai-vos a Deus como filhos dentre os mortos os vossos membros a Deus como instrumentos de justiça.<br /><br />A ênfase do Senhor é que nós venhamos a viver inteiramente para Ele.<br />Deus através da cruz muda o antigo centro e o objetivo da nossa vida, afim de trazer-nos para Ele e para o Seu supremo propósito. <br /><br />No momento em que nos tornamos vivos para Deus, abre-se a porta para que Ele nos traga a completa vitória e libertação. <br /><br />Muitos hoje não tem vitória, ainda não tem a Sua libertação, mas no momento em que nos tornarmos vivos para Deus abra-se as portas para que Ele nos traga a completa vitória.<br />Em Mt (6:33) nos diz: Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a Sua justiça, e as demais coisas vos serão acrescentadas. <br /><br />Quando o buscamos em primeiro lugar então as demais coisas nos serão acrescentadas. O que a cruz então realizou para o nosso Deus? Que a nova vida, não seja vivida para si mesmo, não podemos continuar vivendo para nós mesmos, mas para Deus.<br /><br />Em 2 Co (5:15) nos diz: E Ele morreu por todos, para que os que vivem, não vivam mais para si mas para aquele que por ele morreu e ressuscitou. <br /><br />A mensagem moderna é proferida de acordo com as tendência atuais, satisfazendo desse modo o gosto o raciocínio humano, seu individualismo e o seu egocentrismo, mas a mensagem da cruz, não quer conversa com o mundo, para a carne orgulhosa de Adão ela significa o fim da jornada. <br /><br />A cruz aponta para o caminho celestial, o viver para Deus. Enfim, é o mesmo processo encontrado em Rm (12:1-2) que nos diz: Rogo-vos pois irmãos, (aqui o Espírito está suplicando) pela compaixão de Deus que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus que é o vosso culto racional, e não vos conformeis com este mundo mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.<br /><br />Para que venhamos a conhecer a Deus em Sua perfeita e agradável vontade, temos de nos consagrar, e este consagrar é viver para Deus é viver para Ele. Não podemos viver para nós mesmos e para os nossos próprios prazeres, não podemos continuar vivendo essa vida dupla.<br />Por isso, mesmo conhecendo verdades mais profundas, muitos não entrarão na vida abundante.<br />Que Deus abra os olhos do nosso coração, de que as vezes conhecemos verdades tão profundas mas que ainda não entramos na vida abundante, na vida abundante da cruz, simplesmente porque não vivemos exclusivamente para Deus. <br /><br />Que realmente a vida do Senhor que ela venha brotar, que ela venha florescer. E que cada um de nós venha viver exclusivamente para o nosso Deus, sabemos que este é o propósito do Senhor. Que a cada dia possamos perceber as verdades e as maravilhas e a glória de Deus. O Senhor Jesus disse que edificaria a Sua igreja, e que ela tem um Supremo Legislador, que é Ele mesmo Cristo Jesus o Cabeça da Igreja .<br /><br />Em Cl (1:18) nos diz: E Ele é a cabeça do Corpo da igreja, é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência, para que em tudo Ele tenha o primeiro lugar, para que Ele tenha exclusividade. Que Deus nos ilumine perfeitamente para que venhamos conhecer toda a Sua vontade que esta em Cristo Jesus O nosso Senhor.<br /><br /><br />Extraído do programa “PARA ONDE VAMOS COMO IGREJA EM ALEGRETE ?”<br />RÁDIO GAZETA 1370 Kz<br />Alegrete,RSLuiz Ernani P.Fariahttp://www.blogger.com/profile/01849766702750665715noreply@blogger.com0